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1º SIMULADO DE DIREITO DO TRABALHO 21/04 a 23/04 ENUNCIADO DA PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Rafael Aristóbolo foi contratado pela Concessionária Saramandaia Rodovia S.A., pessoa jurídica de direito privado, erigida sob a forma de sociedade anônima, para laborar, em Curitiba/PR, como inspetor de tráfego. Relata que, na atividade de inspetor de tráfego, Aristóbolo recolhia animais mortos na rodovia e prestava auxílio a vítimas de acidentes. O empregado chegava no local dos acidentes e aguardava a chegada dos socorristas. Em algumas ocasiões, auxiliava no atendimento às vítimas, normalmente bastante feridas. Rafael também era responsável pelo recolhimento de animais mortos na área da rodovia, frequentemente em estágio avançado de decomposição. Embora o próprio empregador reconhecesse que o trabalho era insalubre o empregado não recebia nada a mais por isso. Entretanto, estas atividades, em que mantinha contato com agentes biológicos, não eram realizadas em caráter habitual e permanente, e sim de forma intermitente. Por esse motivo, segundo o empregador, o adicional era indevido. Relata que no período aquisitivo 2013/2014 faltou 30 dias sem apresentar qualquer justificativa ao empregador por um motivo que preferiu não comentar. Conta que, em razão disso, o empregador não lhe concedeu as férias relativas a este período aquisitivo, sob o argumento de que já havia usufruído do descanso previsto em lei. Aristóbolo menciona que laborava das 8h às 17h e 30 minutos, de segunda a sexta- feira, sendo que usufruía de 1 hora de intervalo para alimentação, das 12h às 13h, e de outros dois intervalos de 15 minutos, às 10h e às 15h. Segundo o empregador estes 30 de intervalo não são considerados tempo à disposição do empregador, por isso não são devidos como horas-extras. Relata que estava de serviço no dia 09.09.2015, quando recebeu em telefonema de seu colega de trabalho Tonassi Encolheu, avisando que teria de retirar logo, com muito cuidado, um animal morto na Rodovia Bole-Bole, pois era muito perigosa. Aristóbolo localizou o animal e, quando preparava-se para retirar o corpo, o motorista de um caminhão ultrapassou as barreiras e os avisos luminosos que ele havia colocado na estrada e o atropelou. O empregado ficou dias em coma, quebrou os dois braços e o fêmur. Afirma que o acidente foi objeto de notícia nos grandes jornais da cidade, o que chamou atenção para a Concessionária, que teve de prestar diversos esclarecimentos. Isso enfureceu seu gerente Geovane Rosado que, após o retorno do empregado, em decorrência da alta médica, passou a chamá-lo, frequentemente, de “desaforento”, “esquisitão”, “encachacista”, “desmemoriento”, além de dizer que ele vivia de “mexiricânicia”, “bobice” e ingratitude”, deixando-o muito constrangido perante seus colegas de trabalho. O gerente tinha o claro intuito de fazer com o que o empregado pedisse demissão. Dois anos após a data do acidente o gerente o dispensou sem justa afirmando que se quisesse apresentasse sua “problemática” à Justiça do Trabalho, em busca de um “decisório”. Rafael o procura, como advogado, pedindo-lhe que apresente a medida processual cabível para lhe assegurar os direitos. QUESTÃO 1 Jorge presta serviços para a empresa Alfa Ltda., exercendo as funções de atendente, recebendo R$ 2.000,00 de salário e recebeu R$ 1.000,00 a título de ajuda de custo, trabalhando de forma subordinada de segunda a sexta das 08:00 às 18:00h com uma hora de intervalo para repouso e alimentação e 15 minutos para lanche, pergunta-se? A) A ajuda de custo paga deve integrar a remuneração do empregado para o pagamento de verbas trabalhistas? B) No caso em tela os 15 min para o lanche, devem ser computados com tempo de efetivo trabalho? QUESTÃO 2 Mara, empregada celetista da empresa Delta S/A, foi admitida em 01/08/2015 como aprendiz para o exercício das funções de auxiliar de produção, com jornada de 4h por dia de trabalho, recebendo mensalmente, a título de salário o valor de R$ 600,00 mensais, diante desta hipótese responda? a) É possível a contratação deste empregado em nosso ordenamento jurídico recebendo o valor R$600,00 em sua CTPS ? b) Tendo Mara 22 anos na data de sua admissão, seria possível tal contratação na modalidade de aprendiz tendo em vista sua idade? QUESTÃO 3 Luana foi admitida em 20/07/2015 pela empresa Galvão Ltda, para prestar serviços em uma rede de lojas na cidade de Salvador, exercendo as funções de atendente, e recebia R$ 3.000,00 mensais para trabalhar na unidade localizada no Centro da cidade. Aryanna Linhares foi admitida pela mesma empresa Galvão Ltda, em 01/04/2016, para também prestar serviços de atendente com as mesmas tarefas, mas em outra cidade da mesma região metropolitana, recebendo R$ 2.500,00. Luana e Aryanna nunca se viram e trabalham em cidades distintas, ressalta-se que a empresa possuía um quadro de carreira, todavia este não estava homologado, Pergunta-se? a) Aryanna tem direito a equiparação salarial com Luana? b) Se Luana fosse empregada readaptada pelo INSS, ela poderia receber um salário maior que o de Aryanna? QUESTÃO 4 A empregada Marinalva trabalhou no CERS como vendedora, passando o dia visitando clientes com uma motocicleta da empresa, ingressou com uma reclamação trabalhista alegando que a época em que trabalhava estava exposta a uma atividade perigosa, e que durante este período recebeu apenas o salário sem o adicional, comprovando mediante recibo que recebia a quantia de R$ 1.000,00 de forma mensal, pergunta-se? a) Nesse caso é devido o pagamento do adicional de periculosidade como requerido? b) Nesse caso deve ser realizada a perícia como prevê o art. 195 da CLT? ( 0,65)
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