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APOSTILA ECONOMIA

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2016 
 
Introdução a Economia 
 Economia 
 Página 1 
 
DEFINIÇÕES E CONCEITOS DE ECONOMIA 
A expressão economia política teve aparição apenas no século XVII com a 
publicação, no ano de 1615, do Traité de l’Économie Politique, do mercantilista francês 
Antoine de Montchrétien (1575-1621). 
Essa complexa ciência que hoje se ocupa do desenvolvimento, da inflação de preços, 
do desemprego, do nível da renda social, das recessões e da plena utilização dos 
escassos recursos do sistema econômico, nesta época, porém, Economia era 
considerada como a ciência da administração da comunidade doméstica. O núcleo 
central das Ciências Econômicas, seu campo de ação e sua definição derivariam, 
então, da própria etimologia da palavra economia (do grego oikonomia, de oikos = 
casa, nomos = lei). Tratava-se, pois, de um ramo do conhecimento destinado a 
abranger apenas o campo comunal da atividade econômica, em suas mais simples 
funções de produção e distribuição. Como a teria definido Aristóteles, a Economia era 
"a ciência do abastecimento, que trata da arte da aquisição". 
Da Antiguidade à Renascença, as questões econômicas assumiram gradualmente 
maior importância, com o aparecimento de formas de organização mais complexas que 
as do primitivo regime de comunidades domésticas. Nesse período, foram 
abundantemente discutidos os sistemas da posse territorial, a servidão, a arrecadação 
tributária, a organização das corporações, a exploração pré-capitalista das fazendas e 
ainda as questões relacionadas à concessão de mercados, ao comércio inter-regional e 
a cunhagem e emprego de moedas. 
As dimensões da Economia só se alargariam no período pós-renascentista, quando o 
desenvolvimento dos novos Estados nações da França, Alemanha, Inglaterra, Espanha 
e Portugal e, particularmente, a descoberta da América impuseram a necessidade de a 
“Análise Econômica” se desligar das questões puramente éticas, às quais se mantivera 
ligada como que por um cordão umbilical e pelas quais se deixara eclipsar durante 
longos séculos. Nesse novo período, os escritores mercantilistas desenvolveriam 
diversos estudos sobre a administração dos bens e rendas do Estado, ampliando-se 
então, de forma extraordinária, o campo de ação da Economia. 
 Economia 
 Página 2 
 
Nessa nova fase, devido ao alargamento das dimensões do mundo econômico e à 
consolidação da figura política do Estado Nação, a Economia passaria então a ser 
considerada muito mais do que um simples ramo do conhecimento devotado à 
administração da comunidade doméstica. Suas funções e dimensões também se 
ampliaram. Na maior parte das obras dos escritores pós-renascentistas, a Economia 
seria definida como um ramo do conhecimento essencialmente voltado para a 
melhor administração do Estado, sob o objetivo central de promover o seu 
fortalecimento. 
Definições Clássicas 
Esse grande salto, porém, não seria definitivo, pois só no século XVIII é que a 
Economia iria desenvolver-se e ingressar em sua fase científica. Naquele século, 
considerado como a Idade da Razão ou a Época do Iluminismo, os pensadores 
econômicos procurariam reformular os princípios fundamentais da Economia. Duas 
importantes obras foram publicadas, em 1758 e 1776: Tableau Économique de 
François Quesnay, e An lnquiry into the Nature and Causes of the Wedth of Nations, de 
ADAM Smith. A partir das obras desses dois autores — fundadores de duas 
importantes escolas econômicas na França e na Inglaterra —, os pensadores 
econômicos iriam dedicar-se à descoberta e análise dos princípios, das teorias e das 
leis que pudessem ser estabelecidas em cada um dos três grandes compartimentos da 
atividade econômica: formação, distribuição e consumo das riquezas. 
Esses três compartimentos formariam as bases de uma nova trilogia teórica, sobre a 
qual, a partir de então, se baseariam as definições clássicas da Economia. Basearam-
se nela as definições do pastor Malthus, do financista John Law, do político Stuart Mill, 
do médico-economista François Quesnay, do banqueiro Richard Cantillon, do 
negociante David Ricardo e do teórico Jean Baptiste Say. Este último, considerado 
como um dos mais notáveis discípulos do classicismo na França, assim definia a 
Economia, em seu Traité d’Économie Politique, publicado em 1803: A Economia 
Política torna conhecida a natureza da riqueza; desse conhecimento de sua 
natureza deduz os meios de sua formarão, revela a ordem de sua distribuição e 
examina os fenômenos envolvidos em sua destruição, praticada através do 
consumo. 
 Economia 
 Página 3 
 
As definições clássicas da Economia fundamentavam-se, assim, nos três 
compartimentos básicos da atividade econômica. Da formação ao consumo das 
riquezas, passando pela sua distribuição, toda a atividade econômica haveria de ser 
cuidadosamente classificada, investigada e submetida a um coerente e completo 
conjunto de princípios, teorias e leis. 
Esta nova concepção indicaria que as Ciências Econômicas se haviam definitivamente 
libertado dos padrões pós-renascentistas, não se subjugando apenas ao atendimento 
dos objetivos políticos do Estado. A partir das aberturas liberais desenvolvidas no 
século XVIII, cuidaria a Economia de penetrar em cada um dos aspectos da atividade 
econômica livre, investigando os fatores envolvidos no processo de formação das 
riquezas, examinando os aspectos relacionados à sua distribuição e chegando, afinal, a 
considerar a etapa última do consumo. 
Sob tais perspectivas é que as Ciências Econômicas iriam experimentar um 
extraordinário desenvolvimento, como um ramo do conhecimento, voltado para a 
percepção e a análise, em seu todo, das questões relacionadas à riqueza. 
 
A Abordagem Socialista 
No século XIX, à concepção clássica da economia somou-se a abordagem socialista, 
de inspiração marxista. O binômio produção-distribuição (entendendo-se distribuição no 
sentido de processo repartitivo ou, mais simplesmente, como repartição) foi a base a 
partir da qual a perspectiva socialista construiu sua concepção sobre a matéria de que 
se ocupa a economia. 
Os pontos básicos dessa perspectiva foram assim destacados por LANGE: 
 O homem, vivendo em uma sociedade que se encontra em certo nível de 
desenvolvimento histórico, sente necessidades de naturezas diversas. Uma 
parte destas é de caráter biológico, sendo sua satisfação indispensável à vida; 
outra parte é consequência da vida em comum na sociedade e produto de um 
conjunto de condições determinadas pelo estágio cultural alcançado. Mesmo as 
necessidades biológicas se revestem de um caráter e de uma forma que são 
 Economia 
 Página 4 
 
função da cultura da sociedade. As necessidades dos homens, embora 
primitivamente originadas das biológicas, são por conseguinte um produto da 
vida social e em comum. Dependem, assim, do grau de desenvolvimento da 
sociedade humana. 
 Para satisfazer as necessidades humanas, é indispensável a produção ou 
usufruto de bens que o homem extrai da natureza, transformando-os, 
modificando seus caracteres, deslocando-os no espaço e estocando-os. A 
atividade humana que consiste em adaptar os recursos e as forças da natureza 
com a finalidade de satisfazeràs necessidades humanas é designada pelo 
termo produção. Trata-se de uma atividade consciente e intencional, 
fundamentada no trabalho. 
 Das conexões entre a produção e o trabalho se extraem os elementos vitais do 
processo econômico. A produção é um ato social, que envolve divisão do 
trabalho. O trabalho de um homem é apenas uma parte do trabalho combinado e 
associado de todos os membros da sociedade. É uma parte do trabalho social, 
cujo produto é representado pelos bens que servem, direta ou indiretamente, 
para satisfazer as necessidades humanas, manifestadas de formas diferentes 
em diferentes sociedades. 
 A realização completa desse processo social inclui, por fim, a distribuição ou 
repartição do produto social do trabalho. A repartição reveste-se também de um 
caráter social. É por sua natureza, um ato social, que assume diferentes formas, 
de acordo com os graus de desenvolvimento da sociedade. Há vínculos, que se 
cristalizam historicamente, entre os modos de produção e a maneira como se 
opera a distribuição do esforço social de produção. Em sua Introdução à critica 
da economia política, Marx acentuou que "as relações e os modos de 
distribuição aparecem simplesmente como o anverso da produção. A estrutura 
da distribuição é determinada pela estrutura da produção". 
 Conclusivamente: enquanto as relações de produção dependem do nível 
histórico das forças produtivas, isto é, da atuação social do homem no trato com 
a natureza, as relações de distribuição dependem das relações de produção. A 
maneira como se opera a distribuição dos produtos na sociedade determinada 
pela maneira como os homens participam do processo de produção. 
 Economia 
 Página 5 
 
 O estudo das leis sociais que regulam a produção e a distribuição dos 
meios materiais destinados a satisfazer as necessidades humanas resume 
o campo de que se ocupa a economia. 
A Síntese Neoclássica 
As definições clássicas e a perspectiva socialista centraram-se em: produção – 
distribuição – consumo. 
As diferenças essenciais entre ambas resultaram da ênfase dada a cada um desses 
termos e, principalmente, ao entendimento dos processos sociais que conduzem à sua 
articulação. 
Já na transição dos séculos XIX-XX, uma nova linha conceitual seria proposta por 
Alfred Marshall, ilustre professor de Economia em Cambridge, responsável pela 
chamada síntese neoclássica. Em seu livro Principies of Economics, editado em 1890, 
Marshall centrou sua atenção na constatação de que o processo econômico visa 
atender às aspirações humanas e à satisfação de suas necessidades materiais. 
Deslocou, assim, para conceitos mais abrangentes, como os de riqueza e bem-estar 
social, as questões cruciais da economia. Os pontos fundamentais dessa abordagem 
são: 
 As necessidades e os desejos humanos são inúmeros e de várias espécies. 
Apenas em estágios primitivos de civilização são suscetíveis de serem 
satisfeitos. Na verdade, o homem não civilizado não tem mais necessidades do 
que o animal, mas à medida que vai progredindo, elas aumentam e diversificam-
se, ao mesmo tempo em que surgem métodos capazes de satisfazê-las. 
 As mudanças nos estágios culturais das sociedades organizadas implicam maior 
quantidade e diversidade de utilidades. A economia examina a ação individual e 
social, em seus aspectos mais estritamente ligados à obtenção e ao uso dos 
elementos materiais do bem-estar. Assim, de um lado, é um estudo da riqueza; 
e, de outro, e mais importante, uma parte do estudo do homem. 
 A economia é o estudo dos homens tal como vivem, agem e pensam nos 
assuntos ordinários da vida. Mas diz respeito, principalmente, aos motivos que 
afetam, de modo intenso e constante, a condução do homem no trato com as 
 Economia 
 Página 6 
 
questões que interferem em sua riqueza e nas condições materiais do seu bem-
estar. 
Cabe observar que a síntese de Marshall não se limitou à descrição e análise dos 
processos econômicos relacionados à riqueza e ao bem-estar. Foi além, ao discutir 
aspectos éticos ligados à conduta humana e às formas de organização da sociedade 
que poderiam ampliar ou diminuir, em função do processo distributivo, o número dos 
que têm de fato acesso às condições materiais possíveis de serem alcançadas em 
dado estágio cultural. Traços da organização social, como a liberdade de 
empreendimento e a concorrência, foram analisados sob a óptica de sua influência na 
geração e difusão do bem-estar social. Daí foram derivadas algumas de suas mais 
contundentes observações sobre o caráter social da economia. Entre as mais citadas, 
destacam--se: "Em um mundo no qual todos os homens fossem perfeitamente 
virtuosos, todos pensariam só nos seus deveres e nenhum desejaria ter uma cota de 
conforto maior do que a de seus vizinhos. Os mais fortes facilmente suportariam o 
fardo mais pesado e admitiriam que seus vizinhos mais fracos, embora produzindo 
menos, elevassem o seu consumo. Felizes nessa maneira de pensar, eles trabalhariam 
para o bem geral com toda a energia, espírito inventivo e iniciativa que tivessem. Mas a 
história em geral, e especialmente a das aventuras socialistas, mostra que os homens 
comuns raramente são capazes de um ideal altruísta por tempo considerável. Mas, em 
contrapartida, tem uma capacidade de serviço desinteressado muito maior do que a 
que demonstram. E a concorrência, por seu lado, não registra apenas efeitos 
perniciosos; a sua proscrição poderia ser mais antissocial do que ela própria. Constitui, 
assim, o fim último da Economia descobrir como se pode combinar o latente ativo 
social das virtudes humanas com as forças da concorrência para a promoção do bem--
estar social." 
A Perspectiva de Robbins 
Aparentemente menos influenciada por sistemas ideológicos, uma tentativa mais 
recente (e também mais atraente) de caracterizar os fatos econômicos e de então 
identificar em que consiste o aspecto propriamente econômico da conduta humana, foi 
empreendida na primeira metade dos anos 30, por Leonel Robbins, no ensaio An 
Essay of Nature and Significance of Econoinic Science. 
 Economia 
 Página 7 
 
A sistematização de Robbins não partiu, como todas as que a antecederam, do 
polimônio: produção – distribuição – dispêndio - acumulação. Os pontos fundamentais 
em que se fixou foram os seguintes: 
 Independentemente de sua classificação como econômicos ou não-econômicos, 
são múltiplos os fins que a atividade humana procura alcançar. 
 Além de múltiplos, os fins possíveis, almejados pelo homem, têm importância 
diversa e podem ser classificados por ordem de prioridade, embora esta varie no 
tempo e no espaço e, respeitada a individualidade de cada um, possa também 
variar de indivíduo para indivíduo. 
 Os meios para alcançar a multiplicidade dos fins possíveis são limitados. 
 Os meios têm usos alternativos e, por isso mesmo, podem ser mobilizados para 
os mais diversos fins. 
Para Robbins, nenhuma dessas quatro condições, isoladamente considerada, é 
suficiente para caracterizar o fato econômico. Este é caracterizado por um importante 
elemento, que estabelece os elos de ligação entre as quatro condições vistas como um 
todo. Este elo é a capacidade humana de fazer escolhas, em face da multiplicidade de 
fins pretendidos e ainda da diversidade de meios para alcançá-los. Ademais,os atos de 
escolha também decorrem do fato de os recursos poderem ser mobilizados para 
diferentes fins, embora sejam escassos ou limitados. 
A primeira lição que se extrai dessa sistematização diz respeito à economicidade da 
ação humana. Esta decorre da inevitabilidade da escolha. Entre uma multiplicidade de 
opções sobre as ações que presumivelmente conduzirão à geração e acumulação das 
mais variadas categorias de riqueza e aos mais diversos estágios de prosperidade e 
bem-estar, o homem está agindo economicamente quando procede a uma escolha 
determinada. Seja qual for esta escolha, ela conduzirá: 
1. Ao alcance do fim proposto, total ou parcialmente, sob diferentes graus de 
eficiência. A isto, damos a denominação genérica de benefício. 
2. À utilização de meios disponíveis, também sob diferentes graus de eficiência. A 
isto, damos a denominação genérica de custo. 
 Economia 
 Página 8 
 
3. À determinação de como se utilizarão os meios disponíveis na consecução do 
fim proposto. Aos mecanismos e critérios que envolvem a destinação dos meios 
utilizados dá-se a denominação genérica de alocação. 
4. À não-consecução de outros fins. A escolha de determinado fim e a 
consequente utilização de meios escassos implica necessariamente a redução 
da capacidade efetiva da sociedade para obter outros benefícios. A esta quarta 
decorrência do processo de escolha dá-se a denominação de custo de 
oportunidade. 
Quaisquer escolhas feitas por indivíduos, empresas, governos ou outros agentes 
econômicos quanto à alocação de recursos implicam, portanto, uma relação entre 
custos (os meios empregados) e benefícios (os fins alcançados), bem como a 
ocorrência de custos de oportunidade (outros fins que, com os mesmos recursos, 
poderiam ter sido alcançados). 
 
 
 
 
 
A sistematização de Robbins se encontra esquematizada na Figura abaixo: 
 Economia 
 Página 9 
 
 
 
 
Desta sistematização pode-se então, com algum rigor conceitual, esclarecer de que se 
ocupa a economia. 
 
 
 
 Economia 
 Página 10 
 
Desde que o fato econômico se manifeste através de atos de escolha entre fins e 
meios, a economia pode ser vista como um ramo das ciências sociais que se 
ocupa da administração eficiente dos escassos recursos existentes, empregados 
na consecução dos fins que tenham sido estabelecidos pela sociedade — quer 
seja através de descentralizado processo decisório, quer seja através de um 
poder central. 
Ou, como Robbins a definiu, "a economia é, pois, a ciência que estuda as formas do 
comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas 
necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos 
alternativos". 
O posicionamento de Robbins foi historicamente reforçado pelo Grande Despertar dos 
povos subdesenvolvidos — vale dizer, pela conscientização dos contrastes entre a 
opulência e a miséria. Com isso, passaria a Economia a ser considerada, na mais 
simples das suas definições, como a ciência da escassez. Os teóricos 
contemporâneos sentiram, certamente mais do que em outras épocas, que o 
atendimento de quaisquer objetivos de bem-estar ou de universalização do 
desenvolvimento econômico dependeria, essencialmente, da melhor administração dos 
escassos recursos disponíveis. É essa a razão por que propuseram: 
 
A Economia é o estudo da organização social através da qual os homens 
satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos (Myron H. Umbreit, 
Egin F. Hunt e Charles V. Kinter). 
 
Assim, embora nem sempre seja fácil a demarcação das fronteiras que separam a 
Economia de outras disciplinas ou campos do conhecimento social, há atualmente 
concordância geral em relação ao seu conteúdo principal. Ao se ocupar das condições 
gerais do bem-estar, o estudo da Economia inclui a organização social que implica 
distribuição de recursos escassos entre necessidades humanas alternativas e uso 
desses recursos com a finalidade de satisfazê-las a um excelente nível. 
 Economia 
 Página 11 
 
Conceitos de Economia de Autores Contemporâneos 
Paul A. Samuelson: 
A Economia é a ciência que se preocupa com o estudo das leis econômicas 
indicadoras do caminho que deve ser seguido para que seja mantida em nível elevado 
a produtividade, melhorado o padrão de vida das populações e empregados 
corretamente os recursos escassos. 
Raymond Barre: 
A Economia é a ciência voltada para a administração dos escassos recursos das 
sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas pelo comportamento humano 
na disposição onerosa do mundo exterior em decorrência da tensão existente entre os 
desejos ilimitados e os meios limitados aos agentes da atividade econômica. 
Stonier e Hague: 
Não houvesse escassez nem necessidade de repartir os bens entre os homens, não 
existiriam tampouco sistemas econômicos nem Economia. A Economia é, 
fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes. 
 Economia 
 Página 12 
 
Quadro abaixo sintetiza as três principais abordagens consideradas: a neoclássica, a 
socialista e a de ROBBINS. 
 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ECONOMIA NO BRASIL 
 
A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, 
um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças 
sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira. 
O primeiro ciclo econômico do Brasil foi a extração do pau-brasil, madeira avermelhada 
utilizada na tinturaria de tecidos na Europa, e abundante em grande parte do litoral 
brasileiro na época do descobrimento (do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte). Os 
portugueses instalaram feitorias e sesmarias e contratavam o trabalho de índios para o 
corte e carregamento da madeira por meio de um sistema de trocas conhecido como 
escambo. Além do pau-brasil, outras atividades de modelo extrativista predominaram 
nessa época, como a coleta de drogas do sertão na Amazônia. 
 Economia 
 Página 13 
 
O segundo ciclo econômico brasileiro foi o plantio de cana-de-açúcar, utilizada na 
Europa para a manufatura de açúcar em substituição à beterraba. O processo era 
centrado em torno do engenho, composto por uma moenda de tração animal. O plantio 
de cana adotou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método 
agrícola. A agricultura da cana introduziu a modo de produção escravista, baseado na 
importação e escravização de africanos. Esta atividade gerou todo um setor paralelo 
chamado de tráfico negreiro. A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do 
Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. 
Durante todo o século XVII, expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o 
interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras 
preciosas (diamantes, esmeraldas). Afinal, já no início do século XVIII (entre 1709e 
1720) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e 
Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas 
Gerais, Goiás e Mato Grosso, dando início ao ciclo do ouro. Outra importante atividade 
impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as diferentes vilas e cidades 
da colônia, através dos tropeiros. 
O café foi o produto que impulsionou a economia brasileira desde o início do século 
XIX até a década de 1930. Concentrado a princípio no Vale do Paraíba (entre Rio de 
Janeiro e São Paulo) e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do 
Paraná, o grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. 
Foi introduzida por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, a partir de 
sementes contrabandeadas da Guiana Francesa. 
Em meados do século XIX, foi descoberta que a seiva da seringueira, uma árvore 
nativa da Amazônia, servia para a fabricação de borracha, material que começava 
então a ser utilizado industrialmente na Europa e na América do Norte. Com isso, teve 
início o ciclo da borracha no Amazonas (então Província do Rio Negro) e na região que 
viria a ser o Acre brasileiro (então parte da Bolívia e do Peru). 
O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente 
econômica que prevaleceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até 
o Regime Militar, com especial ênfase na gestão de Juscelino Kubitschek. 
 Economia 
 Página 14 
 
Valendo-se de políticas econômicas desenvolvimentista desde a Era Vargas, na 
década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infraestrutura em pouco 
tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento econômico. Todavia, o governo 
muitas vezes manteve suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e 
desencadeando uma grande onda inflacionária. O modelo de transporte adotado foi o 
rodoviário, em detrimento de todos os demais (ferroviário, hidroviário, naval, aéreo). 
Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação 
foi a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dos Estados Unidos. O 
modelo adotado para o plantio de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, 
provocando desemprego no campo e alta lucratividade para um novo setor chamado 
de "agronegócio". O crescimento da cultura da soja se deu às custas da "expansão da 
fronteira agrícola" na direção da Amazônia, o que por sua vez vem provocando 
desmatamentos em larga escala. A crise da agricultura familiar e o desalojamento em 
massa de lavradores e o surgimento dos movimentos de sem-terra (MST, Via 
Campesina). 
Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado Milagre Econômico, quando um 
crescimento acelerado da indústria gerou empregos não-qualificados e ampliou a 
concentração de renda. Em paralelo, na política, o regime militar endureceu e a 
repressão à oposição (tanto institucional quanto revolucionária/subversiva) viveu o seu 
auge. A industrialização, no entanto, continuou concentrada no eixo Rio de Janeiro-São 
Paulo e atraiu para esta região uma imigração em massa das regiões mais pobres do 
país, principalmente o Nordeste. 
Da Crise do Petróleo até o início dos anos 1990, o Brasil viveu um período prolongado 
de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação 
(hiperinflação) combinados com arrocho salarial, crescimento da dívida externa e 
crescimento pífio. 
Já na década de 80, o governo brasileiro desenvolveu vários planos econômicos que 
visavam o controle da inflação, sem nenhum sucesso. O resultado foi o não pagamento 
de dívidas com credores internacionais (moratória), o que resultou em graves 
problemas econômicos que perdurariam por anos. Não foi por acaso que os anos 80, 
na economia brasileira, ganharam o apelido de "década perdida". 
 Economia 
 Página 15 
 
No governo Itamar Franco o cenário começa a mudar. Com um plano que ganhou o 
nome de Plano Real a economia começa a se recuperar. Pelas mãos do então ministro 
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que eleger-se-ia presidente nas eleições 
seguintes por causa disso, alija o crescimento econômico do país em nome do 
fortalecimento das instituições nacionais com o propósito de controlar a inflação e atrair 
investidores internacionais. 
Reconhecendo os ganhos dessa estratégia, o governo do presidente Lula, que tanto o 
havia criticado quando na oposição, manteve suas linhas gerais, adaptando apenas 
alguns conceitos ao raciocínio esquerdistas. 
A Economia Brasileira 
A economia brasileira, desde o abandono do II PND --II Plano Nacional de 
Desenvolvimento-- em 1976, está 'em ponto de bala'. Faz parte de um reduzido grupo 
de economias, de países como a China e a Índia, que, recém-saídos do estágio de 
desenvolvimento extensivo, mesmo num contexto de recessão e crise da economia 
mundial, tem um potencial de crescimento médio em torno de 5% ao ano, durante um 
período prolongado, da ordem de 10 a 20 anos. 
As implicações concretas de tal crescimento são difíceis de se imaginar. Mas pode-se 
fazer uma ideia lembrando-se que nesse período o PIB per capita quase duplicaria na 
primeira década, para US$ 9000 e triplicaria até ao final da segunda década 
alcançando da ordem de US$ 15 000. Os efeitos para as camadas de população de 
baixa renda seriam ainda mais contundentes, dado que tal desenvolvimento implicaria 
necessariamente em uma concentração de renda menor, vale dizer, em alguma 
medida de redistribuição de renda, a permitir a necessária elevação do nível de 
reprodução da força de trabalho, assim como o escoamento dos bens de consumo. 
Assim, se o Brasil não toma esse caminho do crescimento/ desenvolvimento, é porque 
algo o impede. Tal impedimento, ou bem é imposta por forças externas ao país, ou pelo 
contrário, origina-se na própria formação social brasileira. 
Aqui se propõe que as razões da perpetuação do não-desenvolvimento são internas e 
inerentes à sociedade brasileira. Que nessa se dá um processo de reprodução 
 Economia 
 Página 16 
 
autônoma da formação social de origem colonial, a sociedade de elite. A base de 
sustentação dessa sociedade é a manutenção, como nos tempos coloniais, da 
expatriação de uma porção do excedente produzido por ela, e que de fato essa 
expatriação é o próprio princípio e força motriz da organização da produção e da 
sociedade, em um processo que podemos chamar de acumulação entravada (Deák, 
1991) ou simplesmente, desenvolvimento entravado. 
 Entre os principais meios de manutenção dos entraves ao desenvolvimento estão: 
1. Sistema financeiro: ausência de crédito e juros altos 
2. Fragmentação deliberada e precariedade crônica das infraestruturas espaciais ou da 
produção. 
3. A produção nacional necessária pela restrição da balança de pagamentos será 
restrita aos bens de consumo. O progresso técnico, que se dá nos ramos de máquinas, 
fica assim eliminado mesmo com o aumento do volume de produção. 
4. Se alguns 'setores-chave' são ainda assim necessários para o apoio da produção de 
bens de consumo, estes, serão delegados ao Estado ou ao capital estrangeiro, 
impedindo, em ambos os casos, o desenvolvimento de forças sociais internas com 
interesses vinculados ao desenvolvimento e notadamente, a transformação da elite em 
burguesia.5. Os meios de reprodução dos entraves serão apresentados como sendo resultado de 
atraso ou de dominação --qualquer força externa contra a qual seria impensável a 
sociedade brasileira se rebelar, formando a ideologia do subdesenvolvimento, 
dependência ou globalização. 
Considerando-se o crescimento do produto, a melhoria das condições médias de vida e 
a alteração da estrutura produtiva no sentido de se fornecer bens mais completos e 
com maior produtividade dos fatores de produção, podemos perceber que o Brasil se 
constituiu num dos exemplos mais bem-sucedidos de desenvolvimento econômico no 
período do pós-guerra, pelo menos até a década de 80. 
 Economia 
 Página 17 
 
O país apresentou taxas médias de crescimento em torno de 7% a.a., com ampla 
transformação na base produtiva e nas condições de vida da população, a partir da 
passagem de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial, com o 
consequente aumento da urbanização. Estas transformações necessitaram de 
alterações no quadro institucional e nas formas de organização social. 
O período foi marcado por algumas descontinuidades e rupturas, podendo ser dividido 
em alguns sub períodos: 
 O Processo de Substituição de Importações (PSI) - 1930/61 
 A crise do PSI e as reformas institucionais no PAEG - 1962/67 
 O crescimento com endividamento externo 
 Milagre Econômico, 1968-1973 
 II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), 1974-79 
 A crise da década de oitenta: o processo de ajuste externo 
 As políticas de combate a inflação da Nova República 
TEORIA MICROECONÔMICA 
 
A teoria econômica pode ser subdividida em dois ramos: micro e macroeconomia. A 
primeira se preocupa em estudar o comportamento econômico das unidades 
econômicas individuais, tais como consumidores, empresas e proprietários de 
recursos. Ela trata basicamente dos fluxos de bens e serviços das organizações para 
os consumidores, dos recursos produtivos (ou de serviços) de seus proprietários para 
as organizações, da composição desses fluxos e da formação dos preços dos seus 
componentes. 
MICROECONOMIA 
 
A Teoria Microeconômica não deve ser confundida com Economia de Empresas, pois 
tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da 
demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela 
 Economia 
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interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um 
dado bem ou serviço. 
O estudo da demanda está situado na área de domínio da microeconomia. 
Portanto, antes de aprofundar seus conhecimentos sobre demanda, vamos ver o que é 
a microeconomia e quais seus objetivos. 
Nesse sentido, um dos objetivos básicos da teoria microeconômica é responder 
questões do tipo: 
. O que determina o preço dos tipos de bens e serviços? 
. O que determina a remuneração de um trabalhador? 
. O que determina o quanto de cada produto será produzido? 
. O que determina a maneira que um indivíduo gasta sua renda entre os mais diversos 
tipos de bens e serviços? 
A Microeconomia é considerada a base da moderna teoria econômica, estudando suas 
relações fundamentais. É definida como um problema de alocação de recursos 
escassos em relação a uma série possível de fins. Os desdobramentos lógicos desse 
problema levam ao estudo do comportamento econômico individual de consumidores e 
organizações, bem como a distribuição da produção e rendimento entre eles. 
 
“A MICROECONOMIA, ou TEORIA DOS PREÇOS, é a divisão da Ciência Econômica 
que analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o 
consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem 
ou serviço EM MERCADOS ESPECÍFICOS” 
CONCEITO E TIPOS DE MERCADO 
Designa-se por mercado o processo pelo qual as pessoas (físicas ou jurídicas) 
procedem à troca de bens por uma unidade monetária ou por outros bens. Os 
mercados tendem a equilibrar-se pela lei da oferta e da procura. 
Os mercados funcionam ao agrupar muitos vendedores interessados em determinado 
bem ou serviço e ao facilitar que os compradores potenciais os encontrem. Uma 
 Economia 
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economia que depende primariamente das interações entre compradores e vendedores 
para alocar recursos é conhecida como economia de mercado. 
Tipos de Mercado: 
1-Concorrência Perfeita - Vários ofertantes e vários demandantes. É quando cada 
empresa supõe que o preço de mercado será independentemente do seu nível de 
produto, Portanto num mercado competitivo cada empresa tem que se preocupar 
apenas com a quantidade de produto que ela deseja produzir. Qualquer quantidade por 
ela produzida só pode ser vendida a um preço: o preço vigente no mercado. É a melhor 
estruturação de mercado, pois retira das mãos de ofertantes e demandantes a 
determinação dos preços. 
2- Monopólio - Um único ofertante e vários demandantes, é a pior forma de 
estruturação mercadológica do ponto de vista da economia, pois os preços são 
manipulados de acordo com o ofertante. 
3- Oligopólio - Poucos ofertantes e vários demandantes (ou Duopólio quando há 
apenas dois ofertantes, expressão quase não é utilizada), frequentemente a um bom 
número de competidores no mercado, mas não tantos para considerar cada um deles 
como tendo um efeito desprezível sobre os preços. Portanto também não é uma 
estruturação de mercado bem vista para os economistas. 
4- Monopolisticamente competitivo – quando há muito vendedores oferecendo 
produtos ligeiramente diferentes. Um exemplo deste tipo de mercado é um software – 
programas diferem entre si e tem o seu próprio preço. 
 Economia 
 Página 20 
 
LEI DA OFERTA E DA PROCURA 
A Lei da Oferta e da Procura (Demanda) busca estabilizar a procura e a oferta de um 
determinado bem ou serviço. Oferta é a quantidade do produto disponível em mercado, 
enquanto procura é o interesse existente em relação ao mesmo. A oferta depende do 
preço, da quantidade, da tecnologia utilizada na fabricação entre outras coisas 
relacionadas aos produtos e serviços. A procura é influenciada pela preferência do 
consumidor final, a compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do 
produto. 
O fator determinante para a procura de um determinado bem ou serviço deixou de ser 
o preço, pois o mesmo sofre alterações por causa de qualquer desequilíbrio entre a 
oferta e a procura. Dessa forma, pode-se dizer que o preço de algo é determinado pelo 
próprio consumidor, pois quando esses passam a buscar mais um produto qualquer, o 
produtor eleva o seu preço, fazendo com que o consumidor pague mais se deseja 
adquirir o mesmo. Em contrapartida, quando um produto não é mais procurado o 
produtor é estimulado a deixar de produzi-lo para que não tenha despesas em relação 
à oferta sem demanda. 
O preço de um bem ou serviço é fixado levando em consideração a relação entre a 
procura e a necessidade do consumidor final e, ainda, os custos gerados na fabricação 
e o tempo gasto em sua produção. Os fatores que influenciam o consumidor final a 
procurar um determinado produto são as necessidades em relação ao mesmo, o poder 
de compra, a concorrência, a qualidade, a satisfaçãodo cliente entre outros. 
CONCEITO DE DEMANDA INDIVIDUAL 
Pode-se dizer que a demanda (ou procura) de um indivíduo por um determinado bem 
(ou serviço) refere-se à quantidade do que ele deseja e está capacitado a comprar por 
uma unidade de tempo. 
A partir dessa definição, três elementos podem ser destacados: 
 Economia 
 Página 21 
 
• A demanda é uma aspiração, um desejo e não a realização deste. Ela é um anseio 
de comprar (um bem, um serviço) e a realização dele se dá pela compra do bem 
desejado. Logo, não se pode confundir demanda (ou procura) com compra. 
• Para que haja demanda por um bem (ou serviço) é preciso que o indivíduo esteja 
capacitado a pagar por ele. Em outras palavras, é preciso que tenha renda que lhe 
permita participar do mercado desse bem. Na realidade, nem todo desejo do 
consumidor se manifesta no mercado sob a forma de demanda. O anseio de um 
consumidor comprar um bem somente influirá no preço de mercado desse bem se tal 
desejo puder ser traduzido em uma demanda monetária para o bem em questão. 
Assim, podemos afirmar que em economia, demanda significa desejo apoiado por 
dinheiro suficiente para comprar o bem desejado. Como exemplo, podemos citar as 
inúmeras pessoas que desejam comprar um carro importado, porém, com certeza, 
poucas têm posses para efetivamente adquirir este tipo de bem. 
• A demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, devemos expressar a 
procura por uma determinada quantidade em um certo período de tempo. Assim, se 
dissermos que João deseja adquirir 20 litros de leite e que essa é sua procura, 
estaremos incorrendo em erro, uma vez que não teremos especificado a unidade de 
tempo em que João deseja comprar os litros de leite (se por dia, semana, mês, ano, ou 
qualquer outra unidade de tempo). Para que a informação esteja válida é preciso que 
se diga que João deseja adquirir 20 litros de leite por mês (ou qualquer outra unidade 
de tempo) sendo esta, então, a sua procura de leite. 
ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA DO CONSUMIDOR 
Feitas estas observações, devemos identificar quais os elementos que influenciam a 
demanda do consumidor por um determinado bem ou serviço. Dentre os diversos 
fatores, os economistas costumam destacar os seguintes: o preço do bem, a renda do 
consumidor, o gosto e preferência do consumidor, e o preço dos bens relacionados. 
Não podemos negar que a quantidade demandada (procurada) de um bem é 
influenciada por seu preço. Normalmente é de se esperar que quanto maior for o valor 
de um bem, menor deverá ser a quantidade que o consumidor desejará adquirir desse 
 Economia 
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bem; alternativamente, quanto menor for o preço, maior deverá ser a quantidade que o 
consumidor poderá obter desse bem. 
Quantas vezes você ficou só no anseio de comprar um bem, mas não pode ser 
classificado na demanda dele por não possuir recursos financeiros para adquiri-lo? 
Da mesma forma, pode-se esperar que para a maioria dos bens, uma elevação da 
renda do consumidor esteja associada a uma elevação das quantidades compradas. 
Essa é a regra geral, e os bens que têm essa particularidade são chamados bens 
normais. Os exemplos incluem a maioria dos alimentos, roupas, aparelhos de som ou 
domésticos, etc. É comum vermos uma pessoa ao receber aumento salarial pensar 
“agora vai sobrar um pouquinho para eu poder comprar mais roupas” ou algo similar. 
 
A demanda de um determinado bem ou serviço também depende dos hábitos e 
preferências do consumidor. Estes, por sua vez, dependem de uma série de 
circunstâncias tais como idade, sexo, tradições culturais, religião e até educação. 
Mudanças nesses hábitos e preferências podem provocar alterações na demanda 
desse bem. A moda esta ai para comprovar essa afirmação. 
 
Além disso, a demanda de um produto pode ser afetada pela variação no preço de 
outros bens. Isso ocorre em relação aos denominados bens complementares e bens 
substitutos. Bens complementares são aqueles que tendem a aumentar a satisfação 
do consumidor quando utilizados em conjunto. 
Neste caso, a elevação no preço de um deles produz uma redução na demanda de 
outro, e uma diminuição no preço gera um aumento na demanda do outro. É no caso, 
por exemplo, do pão e da manteiga. Assim, um aumento no preço do pão tende a 
reduzir a demanda de manteiga. Devemos observar que a complementaridade pode 
ser técnica, caso da caneta tinteiro e tinta, automóvel e gasolina, ou psicológica, tal 
como restaurante com música. 
Os bens substitutos (também denominados de concorrentes), por sua vez, são 
aqueles cujo consumo de um pode substituir de outro. Nesse caso haverá uma relação 
direta entre o preço de um e a demanda do outro bem. Em outras palavras, uma 
elevação do preço de um bem produzirá aumento na demanda do outro bem (e uma 
redução no preço de um provocará redução na demanda do outro). A manteiga e a 
 Economia 
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margarina, ao que parece, enquadram-se nessa classificação. Assim, um aumento no 
preço da manteiga deverá elevar a demanda de margarina (e uma diminuição no preço 
da manteiga deverá diminuir a demanda de margarina). Outros exemplos de bens 
substitutos seriam leite em pó e leite fresco, carne de frango e carne bovina, etc. 
A DEMANDA E AS EXPECTATIVAS SOBRE PREÇOS, RENDAS OU 
DISPONIBILIDADE. 
As expectativas que as pessoas têm em relação ao futuro de seus rendimentos e em 
relação ao comportamento dos preços também exercem papel fundamental na 
demanda por bens e serviços. Assim, se um consumidor acredita que, no futuro, terá 
um aumento substancial em seus rendimentos, poderá estar disposto a gastar mais 
hoje do que uma pessoa que acredita que virá a ter um rendimento bem menor no 
futuro. Da mesma forma, se o consumidor acredita que os preços irão aumentar no 
futuro próximo, pode crescer a demanda corrente de bens estocáveis, prevenindo-se 
assim de eventual dilatação de preços. Crescimentos na demandas correntes por 
determinados bens e serviços também poderão ocorrer caso as pessoas acreditem que 
esses bens e serviços irão escassear no futuro (ou seja, que haverá menor 
disponibilidade desses bens no futuro). 
ESCALA DE DEMANDA INDIVIDUAL 
Imagine ser possível indagar a um consumidor qualquer, cujo salário mensal constitua 
sua renda, quantas garrafas de refrigerante ele está disposto a adquirir mensalmente 
ao preço de $ 7,00 por garrafa. Dados sua renda, gosto, etc., ele pode responder que a 
esse preço não está disposto a comprar nenhuma garrafa de refrigerante por mês, pois 
considera o valor do produto muito elevado. Se diminuirmos para $ 6,00 por garrafa e 
refizermos a pergunta, talvez, a um preço mais baixo, ele esteja disposto a adquirir 
alguma quantidade de refrigerante, quem sabe, no máximo, 5 garrafas por mês. 
Se abaixarmos ainda mais, para $ 5,00, e perguntarmos novamente ao consumidor 
quantas garrafas de refrigerante ele está disposto a comprar, talvez a esse preço ele 
esteja disposto a adquirir 10 garrafas de refrigerante por mês. 
 Economia 
 Página 24 
 
 A pergunta poderá ser repetida para outros preços, sendo que as respostas podem ser 
as seguintes: 
 
Esta tabela mostra a quantidade máxima de garrafas de refrigeranteque o consumidor 
está disposto a comprar a cada preço, ou seja, a escala de demanda. 
Uma escala de demanda nos mostra a relação existente entre as variáveis preço e 
quantidade e deve ser lida da seguinte maneira: ao preço de $ 6,00 por garrafa de 
refrigerante, a quantidade máxima que o consumidor está disposto a adquirir é de 5 
garrafas por mês e assim por diante. Verificamos, então, que quando o preço diminui, a 
quantidade demandada de refrigerantes aumenta. 
Verificamos também que, quando o preço aumenta, a quantidade demandada de 
refrigerantes diminui. 
A CURVA DE DEMANDA INDIVIDUAL 
A relação preço – quantidade observada na escala de demanda poderá também ser 
mostrada graficamente. 
 
 Economia 
 Página 25 
 
 
ELASTICIDADE DA DEMANDA INDIVIDUAL 
Resume-se a reação do consumidor perante variações nos fatores determinantes de 
suas compras (preço, renda e concorrência): 
 
Elasticidade é a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual 
em outra. É sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de 
mudanças em outras variáveis. 
A elasticidade-preço da demanda é a variação percentual na quantidade demandada, 
dada uma variação percentual do bem. Mede a sensibilidade, a resposta dos 
consumidores quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. De acordo 
com a elasticidade-preço demanda, pode ser classificada como elástica, inelástica ou 
de elasticidade-preço unitária. 
 Economia 
 Página 26 
 
O valor numérico da elasticidade preço da demanda é formado pela disponibilidade dos 
bens substitutos, essencialidade do bem, importância relativa do bem no orçamento e o 
horizonte de tempo. 
Quanto mais substitutos são os bens, mais elástica é a demanda, pois, dado um 
aumento de preços, o consumidor tem mais opções para não consumir esse produto. 
Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura, não trazendo muitas opções 
para o consumidor fugir do aumento de preços. 
A importância relativa, ou peso do bem no orçamento é dada pela proporção de quanto 
o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. Quanto maior o peso no 
orçamento, maior a elasticidade-preço da procura. 
O consumidor é muito afetado por alterações no preço, quanto mais gasta com o 
produto. Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior 
permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de 
substituí-la, quando seu preço aumenta. 
Elasticidade-preço cruzada da demanda é a variação percentual da quantidade 
demandada do bem, dada uma variação percentual no preço de outro bem. 
A elasticidade-renda da demanda é a variação percentual da quantidade demandada, 
dada uma variação percentual da renda do consumidor. Ao lado da elasticidade-renda 
da demanda é o conceito mais difundido, sendo que a elasticidade-renda da demanda 
de produtos manufaturados é superior à elasticidade renda de produtos básicos, pois 
quanto mais elevada a renda, a tendência é aumentar mais o consumo de produtos 
manufaturados relativamente aos alimentos. 
A elasticidade-preço da oferta mede a variação percentual da quantidade ofertada, 
dada uma variação percentual no preço do bem. 
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
O equilíbrio de mercado é uma situação de mercado em que o preço e a quantidade 
do bem desejada pela procura e pela oferta se igualam. O preço que se verifica 
numa situação de equilíbrio de mercado é tal que a quantidade procurada do bem é 
 Economia 
 Página 27 
 
exatamente igual à quantidade oferecida desse mesmo bem. Diz-se, por isso que 
estamos perante uma quantidade e um preço de equilíbrio. O termo "equilíbrio" é 
utilizado porque numa situação como a descrita não existem quaisquer incentivos 
para aumentar o descer o preço desde que todas as restantes determinantes da 
oferta e todas as restantes determinantes da procura se mantenham constantes. 
 Economia 
 Página 28 
 
CAPITALISMO OU ECONOMIA DE MERCADO 
Numa economia capitalista, os meios de produção pertencem a indivíduos ou a 
sociedades formadas por indivíduos, tais como as empresas. Os proprietários desses 
meios de produção utilizam-nos para produzir algo ou os emprestam, mediante alguma 
forma de compensação, àqueles que desejam utilizá-los para produzir algo. Os 
indivíduos ou associações de indivíduos que produzem utilizando recursos próprios ou 
capital que tomam por empréstimo são denominados empresários. Um exame 
superficial poderia nos levar a imaginar que são os empresários que decidem o que 
deve ser produzido e como deve ser produzido. 
Entretanto, como eles produzem não para satisfazer suas próprias necessidades, mas 
para atender a necessidades de terceiros, é preciso que seus produtos sejam 
vendidos, no mercado, aos consumidores, ou seja, para aqueles que desejam consumi-
los. 
Assim sendo, o empresário só poderá ser bem-sucedido e realizar um lucro se for 
capaz de produzir melhor e mais barato, vale dizer, com um menor dispêndio de 
material e mão-de-obra, os antigos mais urgentemente desejados pelos consumidores. 
Portanto, são os consumidores e não os empresários que consumidor é o soberano. É 
ele que manda, e o empresário tem que se empenhar, no seu próprio interesse, em 
atender seus desejos da melhor maneira possível. 
A economia de mercado tem sido denominada democracia dos consumidores, por 
determinar através de uma votação diária quais são suas preferências. Tanto a 
contagem de votos numa eleição como os gastos efetuados no mercado são maneiras 
de abrir a preferência do público. São os consumidores que decidem, ao comprar ou se 
abster de comprar, se um empresário será bem-sucedido ou não. Enriquecem 
empresários pobres e empobrecem empresários ricos. Tomam os meios de produção 
daqueles empresários que não sabem como utilizá-los para melhor servir os 
consumidores e os transferem para aqueles que forem capazes de melhor utilizá-los. 
Na realidade, somente os empresários que produzem bens de consumo têm contato 
direto com os consumidores; são eles que recebem diretamente as ordens dos 
consumidores. Mas essas ordens seção logo transmitidas aos empresários que estão 
procurando vender no mercado os seus bens de produção. 
 Economia 
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Os produtores de bens de consumo têm que adquirir, onde forem possíveis, pelo 
menor preço, os bens de produção que necessitam para atender aos desejos dos 
consumidores. 
Se não forem capazes de comprá-los pelos menores preços e utilizá-los de maneira 
eficiente, não serão capazes de oferecer aos consumidores o que eles desejam e pelo 
menor preço; outros empresários mais eficientes, que sabem comprar e produzir 
melhor, logo ocuparia seu espaço no mercado. 
O consumidor como comprador pode decidir com base no seu gosto e na sua fantasia. 
O empresário tem que decidir pensando sempre na melhor forma de atender ao desejo 
do consumidor. 
O empresário que assim não agir verá que o retorno do seu investimento está sendo 
afetado, causando-lhe prejuízos e, portanto, colocandoem risco a sua posição como 
empresário. 
Por ter que contar centavo, o empresário muitas vezes é acusado de insensibilidade. 
Mas são os consumidores que o obrigam a agir dessa forma, porque não estão 
dispostos a pagar por gastos desnecessários. 
O que o empresário faz no seu dia-a-dia para administrar sua empresa lhe está sendo 
determinado pelos consumidores que, pelo seu comportamento no mercado, 
indiretamente determinam os preços e os salários e, portanto, a distribuição de renda 
entre os membros da sociedade. 
São as escolhas dos consumidores que determinam quem poderá ser empresário e 
proprietário de meios de produção. 
 A qualidade, a quantidade, o tipo de mercadoria a ser produzido e sua forma como o 
consumidor gasta seu dinheiro. Numa economia de mercado, os empresários não 
formam uma sociedade fechada. Qualquer indivíduo pode se tornar um empresário se 
for capaz de melhor antever a evolução do mercado, se conseguir inspirar confiança 
nos detentores de capital e se suas tentativas de agir por conta própria forem bem-
sucedidas. 
 Economia 
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Uma pessoa se torna um empresário, literalmente, abrindo seu próprio caminho e se 
expondo ao teste a que o mercado submete todo aquele que deseja ser ou permanecer 
empresário. Qualquer pessoa tem o privilégio de poder escolher se quer ou não se 
submeter a esse exame rigoroso. Não precisa ser convidado; precisa tomar a iniciativa 
e cuidar de saber onde e como poderá obter os meios necessários para exercer sua 
atividade empresarial. Há décadas vem sendo dito que na atual situação de 
"capitalismo tardio" já não é mais possível a uma pessoa egressa da classe pobre 
ascender a uma posição de empresário. Nunca conseguiram provar que isso fosse 
verdade. Desde que essa tese começou a ser enunciada, a composição da classe 
empresarial já mudou muito; um grande número de empresários, e seus herdeiros, já 
deixaram de sê-lo, e os mais destacados empresários dos nossos dias são, uma vez 
mais, pessoas que se fizeram por si mesmas (self-made-men). Essa permanente 
recomposição da elite empresarial é tão velha quanto à própria economia capitalista, e 
parte integrante da mesma. 
O que foi dito antes em relação aos empresários se aplica igualmente aos capitalistas. 
Um detentor de capital que não o empregue de maneira adequada (do ponto de vista 
do consumidor), isto é, de modo que os meios de produção sejam utilizados da 
maneira mais eficiente a serviço do consumidor, não conseguirá aumentar ou manter o 
seu capital. Se não quiser perder dinheiro, o capitalista tem que colocar seus recursos 
à disposição de empresas bem-sucedidas. Numa economia de mercado os capitalistas, 
assim como os empresários e os trabalhadores, servem os consumidores. Não parece 
ser necessário acrescentar que os consumidores não são apenas consumidores, e que 
a totalidade de consumidores é igual à totalidade de trabalhadores, empresários e 
capitalistas. 
 
Num mundo em que as condições econômicas permanecem absolutamente 
inalteradas, o que os empresários gastassem na aquisição de meios de produção, 
como salários, juros, aluguéis, lhes seria mais tarde devolvido por estar incluído no 
preço de seus produtos. Os custos de produção seriam, portanto, iguais aos preços 
dos produtos, e os empresários não teriam lucro nem prejuízo. 
Mas, na realidade, as condições econômicas mudam a todo instante e, por isso, a 
atividade produtora é essencialmente incerta e de caráter especulativo. Os bens são 
 Economia 
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produzidos para atender a uma demanda futura, sobre a qual não podemos ter no 
presente uma certeza absoluta. É essa incerteza que dá origem aos lucros e perdas; 
Lucros e perdas empresariais dependem de sua capacidade de antecipar corretamente 
a demanda futura. 
O empresário bem-sucedido é aquele que consegue antever os futuros desejos dos 
consumidores, melhor do que os seus competidores. Para o empresário, na qualidade 
de vassalo do consumidor, é irrelevante se os desejos e necessidades dos 
consumidores decorrem de uma escolha racional ou emocional, moral ou imoral. O 
empresário(a) procura produzir o que o consumidor quer. Nesse sentido pode-se dizer 
que ele é amoral. Pode tanto fabricar bebidas e armas como alimentos e roupas. Não 
lhe cabe dizer ao seu soberano como se comportar. 
Se um empresário, por razões éticas, se recusar a fabricar uísque, outros o farão 
enquanto as pessoas estiverem dispostas a pagar um preço compensador por uma 
garrafa de uísque. Não é porque existem destilarias que as pessoas bebem uísque; é 
porque as pessoas bebem uísque que existem destilarias. Podemos deplorar essa 
realidade. Mas, precisamos compreender que o aprimoramento moral da humanidade 
não é uma função empresarial. E os empresários não devem ser considerados 
culpados se aqueles cujo dever específico consiste em aprimorar moralmente a 
sociedade não conseguiram cumprir a sua missão. 
Assim sendo, numa economia capitalista produção e consumo são determinados 
exclusivamente pelo funcionamento do mercado, que é o centro nervoso do sistema. É 
através do mercado que as ordens dos consumidores são transmitidas aos produtores, 
permitindo assim o funcionamento suave da economia. Os preços estabelecidos pelo 
mercado fazem com que a oferta e a demanda se equilibrem automaticamente. 
Quando, mantidas iguais as demais variáveis, aumenta a oferta de bens, os preços 
caem; quando, mantidas iguais as demais variáveis, a demanda aumenta, os preços 
sobem. Uma coisa mais deve ser acrescentada. 
O fato de que numa sociedade baseada na propriedade privada dos meios de 
produção alguns desses meios pertençam e sejam operados pelo estado não significa 
a existência de uma economia mista, que compatibilize o socialismo com a propriedade 
privada. Na medida em que apenas algumas empresas sejam estatais, permanecendo 
 Economia 
 Página 32 
 
as demais privadas, as características da economia de mercado que determinam a 
atividade econômica não ficam gravemente prejudicadas. 
As empresas estatais, como compradoras de matéria-prima, bens semiacabados e 
mão-de-obra e como vendedoras de bens e serviços também têm que se adequar ao 
funcionamento da economia de mercado; também estão sujeitas às leis do mercado. 
Para não perder posição, precisam ter lucro ou, pelo menos, evitar perdas. Quando o 
governo tenta atenuar ou eliminar essa dependência cobrindo seus prejuízos com 
concessão de subsídios, está apenas transferindo o problema. 
Os recursos necessários para a concessão de subsídios precisam ser obtidos de 
alguma forma. Podem ser obtidos com a cobrança de impostos; essa carga tributária 
produzirá os seus efeitos no mercado; é o mercado, e não o departamento da receita 
que decide quem irá pagar os impostos e de que maneira a carga tributária irá afetar a 
produção e o consumo. Não há como escapar das inexoráveis leis do mercado. 
SISTEMA FINANCEIRO E MOEDA 
A moeda é à partida, um bem divisível ao qual determinada sociedade atribua a 
qualidade de instrumento geral de troca, isto é: de bem que possa ser trocado por 
quaisquer outros e de bens no qual quaisquer outros possam ser permutados. 
 
O sistema financeiro é o conjunto ordenado das entidades especializadas no 
tratamento do dinheiro. 
 
Teoria Monetária é o nome dado ao estudodo funcionamento do sistema monetário 
no ambiente econômico. 
O professor de economia Gregory Mankiw define moeda como “…o conjunto de ativos 
da economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de 
outras pessoas. 
Entende-se como sendo dois os tipos de moedas circulando na economia mundial 
como um todo. A saber: 
 Moeda-mercadoria: é assim denominada aquela moeda que toma a forma de 
uma mercadoria com valor em si mesma. Não se apresenta como moeda, mas 
 Economia 
 Página 33 
 
tem a faculdade de ser aceita pela sociedade como se tal fosse. O melhor 
exemplo de moeda-mercadoria é o ouro, mas, em determinados momentos, em 
situações particulares, temos outros tipos de moeda-mercadoria, como o cigarro 
nos campos de concentração ou nas prisões. 
 Moeda de curso forçado: ao contrário da primeira modalidade, ela não possui 
valor em si próprio, sendo necessário um decreto governamental garantindo seu 
valor e assim sua consequente circulação. É importante frisar que em uma 
sociedade onde o governo careça de credibilidade ou uma sociedade com sérios 
problemas estruturais, terá dificuldade em aceitar tal modalidade de meio de 
troca. 
A noção de sistema financeiro, avançada, é material. O Estado intervém largamente 
para regular o sistema financeiro, dando azo a um corpo de normas: o direito bancário 
institucional fazendo-o, o Estado delimita o âmbito de aplicação das próprias normas, 
isto é, define, para efeitos jurídicos, o que entende por sistema financeiro. Tem-se, por 
essa via, o sistema financeiro formal, isto é, o conjunto ordenado das entidades que 
o Estado entende incluir nessa noção. 
 
Os dois sistemas tendem a coincidir: doutro modo, o Estado iria abdicar de regular 
entidades que, materialmente, se ocupam do dinheiro – hipótese dum sistema formal 
mais restrito do que material – ou iria tratar como financeiras entidades estranhas ao 
fenômeno subjacente, confundindo o mercado e prejudicando os operadores. Haverá, 
porém, sempre disfunções. 
 
O conceito de moeda pode ser entendido a partir das funções que ela desempenha: 
 
• Meio ou Instrumento de Troca – essa é a função mais importante que a moeda 
exerce. Desde os primórdios, as mais variadas formas de moeda vêm desempenhando 
esta função, mesmo quando as moedas eram as próprias mercadorias utilizadas no 
escambo. Nos dias de hoje, ao trabalharmos para uma empresa, estamos trocando 
nossa mão de obra por moeda, para podermos trocá-la por bens e serviços de nossa 
livre escolha. 
 
 Economia 
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• Função de Medida de Valor – que é medir o valor dos diversos bens e serviços 
existentes em uma economia. Todos os bens e serviços de uma economia assumem a 
forma de preço, que é expresso em uma unidade monetária comum. 
 
• Função de Reserva de Valor – a moeda torna-se um elemento de entesouramento, 
de estoque de riqueza, quando é retirada de circulação. Como a moeda pode ser 
transformada em bens e serviços, a qualquer momento, ela pode ser definida como a 
representante universal da riqueza. 
 
• Função Padrão de Pagamento Diferido – Quando as operações de compra e venda 
de bens e serviços se fazem a crédito, a moeda intervém como meio de pagamento, ou 
seja, o produto é entregue ao comprador sem pagamento imediato, deixando expresso 
o valor do pagamento futuro. 
 
HISTÓRICO DA MOEDA NO BRASIL 
 Real (plural: réis) - de 1500 a 8.out.1834 
 Mil-réis - de 8.out.1834 a 1.nov.1942 
 Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis, ou 1.000 mil-réis) 
 Cruzeiro - de 1.nov.1942 a 13.fev.1967 
 Cruzeiro novo - de 13.fev.1967 a 15.mai.1970 
 Cruzeiro - de 15.mai.1970 a 28.fev.1986 
 Cruzado - de 28.fev.1986 a 15.jan.1989 
 Cruzado novo - de 15.jan.1989 a 15.mar.1990 
 Cruzeiro - de 15.mar.1990 a 1.ago.1993 
 Cruzeiro real - de 1.ago.1993 a 1.jul.1994 
 Real (plural: reais) - de 1.jul.1994 até atualmente 
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 
O QUE É TAXA DE CÂMBIO? 
Taxa de Câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações 
(centavos) da moeda nacional. No Brasil a moeda estrangeira mais negociada é o dólar 
americano, fazendo com que a cotação comumente utilizada seja a dessa moeda. 
 Economia 
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Dessa forma, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio é 2,00, significa que 
um dólar nos Estados Unidos custa R$ 2,00. A taxa de câmbio reflete, assim, o custo 
de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para compra e para 
a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado 
a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central. Segundo o Banco Central do 
Brasil, chama-se mercado de câmbio o ambiente abstrato onde se realizam as 
operações de câmbio entre os agentes autorizados (bancos, corretoras, distribuidoras, 
agências de turismo e meios de hospedagem) e entre estes e seus clientes. No Brasil, 
o mercado de câmbio é dividido em dois segmentos, livre e flutuante, ambos 
regulamentados e fiscalizados pelo Banco Central. O mercado livre é também 
conhecido como "comercial" e o mercado flutuante, como "turismo". A taxa de câmbio 
divulgada pelo Banco Central é a média das taxas verificadas nesses dois mercados. 
INFLAÇÃO 
 
CONCEITO: 
 
Aumento contínuo e generalizado no nível geral dos preços, ou seja, os movimentos 
inflacionários são dinâmicos e não podem ser confundidos com altas esporádicas de 
preços. 
DISTORÇÕES PROVOCADAS POR ALTAS TAXAS DE INFLAÇÃO 
Efeito sobre a Distribuição de Renda 
Umas das distorções mais sérias provocadas pela inflação, diz a respeito à redução do 
poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos, que possuem prazos 
legais de reajuste (i.e. dissídio). Neste caso, são os assalariados que, com o passar do 
tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos, até a chegada de 
um novo reajuste. Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda, que não 
têm condições de manter alguma aplicação financeira, pois tudo o que ganham gastam 
com sua subsistência. Percebe-se que a inflação é um imposto sobre os mais pobres. 
 
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Efeito sobre o Balanço de Pagamento 
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, 
encarecem o produto nacional relativamente ao produzido externamente. Assim, 
provocam estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo 
da balança comercial. Esse fato costuma provocar um círculo vicioso, se o país estiver 
enfrentando um déficit cambial. Nessas condições, as autoridades monetárias, na 
tentativa de minimizar o déficit, são obrigadas a permitir desvalorização cambial, as 
quais depreciam a moeda nacional e estimulam as exportações e desestimulam as 
importações. Contudo, produtos essenciais, tais como petróleo e seus derivados, 
tornam-se imediatamente mais caros, pressionando os custos de produção. Ocorre, 
então, uma nova elevação de preços, devido ao repasse do aumento dos custos aos 
preços dos produtos finais, recomeçando o processo. 
Efeito sobre as Expectativas 
Outradistorção provocada por elevadas taxas de inflação prende-se à formação das 
expectativas sobre o futuro. Particularmente, o setor empresarial é bastante sensível a 
esse tipo de situação, dada a instabilidade e imprevisibilidade de seus lucros. O 
empresário fica num compasso de espera enquanto a situação perdurar e dificilmente 
tomará iniciativas no sentido de aumentar seus investimentos na expansão da 
capacidade produtiva. Assim, a própria capacidade de produção futura e, 
consequentemente, o nível de emprego são afetados pelo processo inflacionário. 
Efeito sobre o Mercado de Capitais 
Tendo em vista o fato de que, num processo inflacionário, o valor da moeda deteriora-
se rapidamente, ocorre desestímulo à aplicação de recursos no mercado de capitais 
financeiros. As aplicações em cadernetas de poupança, títulos, devem sofrer retração. 
Por outro lado, a inflação estimula a aplicação de recursos em bens de “raiz”, como 
terras e imóveis, que costumam valorizar durante o processo inflacionário. 
Embora alguns possam ganhar com a inflação a curto prazo, pode-se dizer que, a 
longo prazo, quase ninguém ganha com ela, porque seu processo desarticula todo o 
sistema econômico. Assim, a inflação onera principalmente os trabalhadores, ao 
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corroer seus salários, é evidente que, com o empobrecimento dos trabalhadores, as 
empresas vão vender menos e o governo arrecadará menos 
CAUSAS DA INFLAÇÃO 
Inflação de Demanda 
Considerada o tipo mais “clássico” de inflação, diz respeito ao excesso de demanda 
agregada em relação a produção disponível de bens e serviços. Intuitivamente, ela 
pode ser entendida como “dinheiro demais à procura de poucos bens”. 
Inflação de Custos 
A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível 
de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos importantes 
aumentam e eles são repassados aos preços dos produtos. 
Inflação Inercial 
De acordo com a visão inercialista, os mecanismos de indexação provocam a 
perpetuação das taxas de inflações anteriores, que são sempre repassadas aos preços 
correntes. Ademais, mesmo sem terem apresentado aumentos significativos de seus 
custos, muito setores simplesmente elevam o preço pela inflação geral do país, 
divulgada pelas instituições de pesquisa. 
Por essa razão, nos planos anti-inflacionários adotados após de 1986, as autoridades 
monetárias adotam o congelamento de preços e salários, para tentar eliminar a 
chamada memória inflacionária. 
IMPOSTO INFLACIONÁRIO 
Uma das principais consequências de elevadas taxas de inflação recai sobre a classe 
de menor renda, que não tem condições de se defender-se dos aumentos de preços. 
Sobre eles recai o imposto inflacionário. 
O imposto inflacionário representa uma receita para o governo, devido ao monopólio 
que possui sobre as emissões. O governo praticamente não é afetado pela perda do 
 Economia 
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valor do estoque de moeda, pois, para pagar seus compromissos, basta emitir mais 
moeda. O imposto inflacionário é justamente a receita que o BC obtém ao emitir 
moedas a custo zero. 
A INFLAÇÃO NO BRASIL 
A INFLAÇÃO NO BRASIL E AS CORRENTES ECONÔMICAS 
 
Corrente Causas Principais Políticas anti-inflacionárias 
Liberais ou 
Neoliberais 
Desequilíbrio do setor 
público 
Ajuste fiscal, Controle monetário, Liberalização do 
comércio exterior 
 
Inercialistas Indexação generalizada Desindexação (para apagar a memória inflacionária) 
Estruturalistas Conflitos distributivos Controle de preços dos oligopólios, Reformas estruturais 
 
 
IGP -DI / FGV (variação % mensal ) 
 
IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) é calculado mensalmente 
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os conceitos Disponibilidade Interna e Oferta 
Global dependem de como se considera o componente Índice de Preço por Atacado. O 
IGP, no conceito Disponibilidade Interna, procura medir os preços que afetam 
diretamente as unidades econômicas situadas dentro do território brasileiro. Das 
ponderações é excluída a parte do produto interno que é exportada (no conceito Oferta 
Global a parte do produto que é exportada é considerada). 
O IGP-DI se refere ao mês "cheio", ou seja, o período de coleta vai do primeiro ao 
último dia do mês de referência e a divulgação ocorre próxima ao dia 20 do mês 
posterior. O IGP-DI foi criado em 1947 com o objetivo de balizar o comportamento de 
preços em geral na economia. Este índice é uma média aritmética ponderada 
composta pelos seguintes fatores: 
 Índice de Preços no Atacado (IPA) - onde entram preços praticados do mercado 
atacadista e representa 60 % do IGP-DI. 
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 Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - a coleta de dados ocorre nas cidades 
de S.Paulo e Rio de Janeiro dentre as famílias que tem uma renda de 1 a 33 
salários mínimos). Representa 30 % do IGP-DI. 
 Índice Nacional de Construção Civil (INCC) - onde são avaliados os preços no 
setor de construção civil, não só de materiais como de mão-de-obra. Representa 
10 % do IGP-DI. 
IGP-M / FGV (variação % mensal) 
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) 
A coleta do IGP-M é efetuada entre o dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de 
referência. A cada decênio do período de coleta ocorrem divulgações de prévias. O 
IGP-M foi criado com o objetivo de se possuir um indicador confiável para as operações 
financeiras, especialmente as de longo prazo, sendo utilizado para correções de Notas 
do Tesouro Nacional (NTN) dos tipos B e C e para os CDB pós fixados com prazos 
acima de um ano. É composto pelos mesmos fatores do IGP-M. 
INPC / IBGE (Variação % mensal) 
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) 
Índice calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o 
objetivo de balizar os reajustes de salário. 
O universo de pesquisa é composto de pessoas que ganham de 1 a 8 salários mínimos 
nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, 
São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do 
Município de Goiânia. A composição dos grupos de despesas para o cálculo do índice 
é o seguinte: Alimentação (33,10%), Artigos de Residência (8,85%), Habitação 
(12,53%), Transportes e Comunicação (11,44%), Vestuário (13,16%), Saúde e 
Cuidados Pessoais (7,56%) e Despesas Pessoais (13,36%). O período de coleta vai do 
primeiro dia do mês ao último dia do mês de referência e a divulgação ocorre próxima 
ao dia 15 do mês posterior. O INPC foi utilizado como indexador oficial no período de 
11/86 a 06/87. 
 
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MACROECONOMIA 
A macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação e o 
comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, 
emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e 
taxa de câmbio. O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas 
estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas 
interações relevantes. A macroeconomia se preocupa com aspectos em curto prazo 
como desemprego,

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