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Reportagens analisadas pela burocracia de weber e pelas disfunções de merton, selznick, gouldner, crozier

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
EDUARDA COURAS CARVALHO
A BUROCRACIA DE WEBER E SUAS DISFUNÇÕES NO CONTEXTO BRASILEIRO
PORTO ALEGRE, 07 DE JUNHO DE 2017
REPORTAGEM 1:
“Reforma da Previdência é condição para sustentar crescimento, diz 
secretária” (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-06/reforma-da-previdencia-e-condicao-para-
potencializar-crescimento-diz acessado em: 07/06/2017)
A reportagem escolhida trata da reforma da previdência que está atualmente em votação na 
política Brasileira. Em seu texto, traz mudanças como o tempo de contribuição e a idade mínima 
para que homens e mulheres possam se aposentar.
A reforma da previdência faz parte de todo um conjunto de leis e regras que, combinados, 
regularizam direitos e deveres dos trabalhadores dentro do Brasil. Essa, junto com todas as outras, 
são propostas e votadas pelo poder legislativo, que por sua vez é eleito pelo povo. Dentro desse 
processo, as características da burocracia de Weber são extremamente perceptíveis, como por 
exemplo:
- Na existência de funções definidas e rigorosamente determinadas
- Uma hierarquia/ordem definida, a medida que um projeto que a nível municipal foi aprovado, não 
vai valer para o país inteiro.
Entretanto, há algumas outras características da burocracia de Weber que não funcionam 
bem quando se trata desse assunto, como por exemplo, o “efeito primário” pensado por Gouldner, 
que é a divergência entre os interesses pessoais dos indivíduos e os objetivos formais do sistema 
organizacional: na reportagem, a secretária do Tesouro Nacional Ana Paula Vescovi, diz que a 
reforma da Previdência é importante para melhorar as contas públicas e para que o país impulsione 
o crescimento. Contudo, a reforma não é o interesse pessoal de cada indivíduo que necessita do 
benefício, pois trará mais empasses para que cheguem na aposentadoria, gerando conflito entre as 
partes, fato que a Burocracia de Weber não tolera.
Além do mais, Selnick apontava o dilema entre participação e escolha seletiva, que trata-se 
do ideal de participação total anunciado, enquanto, na realidade, o processo decisório é um 
procedimento seletivo de escolha e eliminação de possibilidades de ação. 
REPORTAGEM 2:
“Governo edita MP que mantém foro privilegiado para Moreira Franco” 
(https://oglobo.globo.com/brasil/governo-edita-mp-que-mantem-foro-privilegiado-para-moreira-franco-21420643 
acessado em: 07/06/2017)
A reportagem noticia que o governo editou uma Medida Provisória para garantir que 
Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, tivesse foro privilegiado após ser 
acusado de receber o total de 4 milhões de reais da Odebrecht. Tal nota teve que ser editada, pois já 
havia sido criada para possibilitar a nomeação de Moreira para o cargo de ministro, visto que já 
havia sido acusado em uma delação premiada.
Nesse caso, tanto o recrutamento quanto a promoção não obedeceram os ideais da 
democracia citados por Weber. Ao invés do julgamento ter sido imparcial e igual e livre de 
favoritismos e relações pessoais, o que aconteceu foi justamente o contrário. O uso das relações 
pessoais trouxe o favoritismo a Moreira Franco, ao considerar que a decisão mais sábia a se tomar 
seria deixá-lo ser julgado sem foro privilegiado para que fosse analisado se ele era realmente 
moralmente capaz de assumir um cargo de tamanha importância no governo.
Selznick disserta sobre o dilema da ação social é a contradição entre teoria e prática, 
discurso e ação, declaração que faz total sentido no contexto da reportagem, uma vez que em teoria 
a democracia existe para beneficiar a todos nós, mas na prática, acabou por contrariar a vontade do 
povo.
Tais fatos também remetem à falsa burocracia de Gouldner, uma estrutura que não 
representa o grupo organizacional e aos problemas da ação coletiva de Croizer, usufruindo da 
manipulação.
REPORTAGEM 3:
Empresa deixa funcionários levarem cachorros ao escritório, e foi uma
festa (https://petmoney.blogosfera.uol.com.br/2016/06/29/empresa-deixa-funcionarios-levarem-cachorros-ao-
escritorio-e-foi-uma-festa/ acessado em 07/06/2017)
A reportagem conta do caso da Nestlé, que permitiu por alguns dias que os funcionários 
levassem os seus animais de estimação para o escritório, ação essa que agradou à todos na empresa.
Analisando pelos princípio da burocracia de Weber, a existência de funções definidas e 
competências rigorosamente determinadas por leis ou regulamentos, em que a divisão de tarefas é 
feita racionalmente, baseando-se em regras específicas, a fim de permitir o exercício das tarefas 
necessárias à consecução dos objetivos da organização não se encaixa na reportagem, pois uma 
tarefa que não é necessariamente ligada ao propósito da empresa foi implantada para o bem estar 
social geral, não só do serviço em si.
Para exemplificar de outra forma, Selznick traz o dilema que: de um lado, o apego às regras 
e aos padrões burocráticos formais e, do outro, a renovação de políticas administrativas. A tendência
dos burocratas da agência de se apegarem às normas e aos procedimentos formais bloqueavam a 
inovação e o desafio dos padrões estabelecidos para renovação administrativa. Um método não 
tradicional de administração trouxe benefícios sociais para a empresa.