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CADERNO PROCESSO PENAL I

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PROCESSO PENAL I
Juliano Dessimoni
jdessimoni@hotmail.com
A Polícia Militar tem como função ostensiva, ela tem como dever evitar o crime. A polícia civil tem a função investigativa.
Quando ocorre o crime surge para o Estado o ius puniende , o direito de punir. O direito de punir vai se desenvolver na persecução penal.
Persecução penal – é a atividade do Estado consistente em investigar uma infração penal, processar o seu autor e aplicar a pena que foi imposta.
Persecução
Penal
Investigação
Processo
Execução da Pena
Essas são as fases da persecução penal fazendo com que o processo penal gire em torno dessas fases.
Para cada fase da persecução penal a pessoa receberá um nome
Na investigação chama-se suspeito. Suspeito é aquele que tem contra si escassos elementos de prova de autoria da infração. Se esses elementos de prova forem reforçados estaremos diante da figura do INVESTIGADO.
Indiciado – Quando a autoridade policial imputa formalmente a prática de uma infração penal. O indiciante ocorre com frequência na prisão em flagrante.
O inquérito policial é concluído e enviado para o MP que, em regra, denuncia ou promove o arquivamento. Se o promotor de justiça promove a denúncia surge a figura do denunciado. Quando o juiz receber a denúncia e determinar a citação do réu é que ele será o acusado (Réu = acusado).
Queixa – Tecnicamente é a petição inicial da ação penal privada
Quando acontece um crime e se vai à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência é uma notícia crime.
Suspeito
	Investigado
		Indiciado
			Chamado
				Acusado
					Sentenciado
						Executado
CONCEITO DE PROCESSO PENAL
É o ramo do direito público que estabelece as normas que deverão ser observadas após a prática da infração penal em relação a investigação, ao processo e a execução da pena.
FONTES DO PROCESSO PENAL
Pode ser material ou formal
Material – Estado. Competindo à União legislar privativamente (art. 22 CF)
Formal – CF e a lei
PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
PRÍNCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL – Art. 5º, LIV – CF
Divide-se em 2 subprincípios
Devido processo legal Formal – a necessidade de observância das normas produzidas pelo estado. Obedecer formalmente aquilo que dispõe a lei.
Devido processo legal Material – Impõe que o Estado atue sempre de forma justa e proporcional. Deste princípio decorre o princípio da proporcionalidade
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA – Art. 5º, LV – CF
O Estado deve proporcionar ao indivíduo uma defesa completa.
Ampla
DefesaDefesa técnica – Ninguém pode ser julgado sem a presença de um advogado. É indisponível; o réu não pode dispor deste direito. Se não for por ele constituído o Estado proverá um advogado.
Autodefesa – o réu realiza a sua própria defesa. O interrogatório é o momento em que o réu vai se defender. É disponível, pois o réu pode dispor deste meio ficando em silêncio ou confessando o ato a ele imputado.
		
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO – Art. 5º, LV – CF
Informação + ReaçãoAssegura que as partes tenham ciência dos atos praticados pela outra podendo sobre eles se manifestar.
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL – Art. 5º, LVI
O Juiz deve estar previamente estabelecido. Veda a criação dos chamados tribunais de exceção (criados após o fato para julgamento específico dele). Garante a imparcialidade do julgador.
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL – Art. 5º, LIII
Impede que o chefe da instituição (PGJ ou PGR) nomeie promotores ou procuradores da República para determinados casos. Impede que estes atuem somente em casos específicos
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – Art. 5º, LVII
Ninguém será considerado culpado senão após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
O ônus da prova recai sobre a acusação
A prisão antes da sentença penal condenatória é medida excepcional
02/03/17
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Todos os atos Judiciais devem ser públicos, salvo para preservação da intimidade ou quando o interesse social exigir. Ocasião em que os atos ficarão restritos às partes.
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO
1 A – Lei processual no espaço – âmbito territorial em que a lei processual será aplicada. Segundo o princípio da territorialidade, aplica-se em todo o território nacional (art. 1º do CPP).
1 B – Lei processual penal no tempo – Vige como regra o princípio da aplicabilidade imediata das normas. Se houver um processo em curso e surgir uma lei nova esta será aplicada neste processo.
PERSECUÇÃO PENAL
	
1 – SISTEMAS PROCESSUAIS
1 – Sistema acusatório – as tarefas de acusar, defender e julgar são atribuídas a pessoas distintas. O processo é público, com respeito aos direitos e garantias fundamentais
2 – Sistema inquisitivo – As tarefas de acusar, defender e julgar são concentradas no chamado Juiz inquisidor. O processo é sigiloso, não havendo respeito aos direitos e garantias fundamentais.
3 – Sistema misto – Há uma etapa inicial de caráter inquisitivo e uma fase acusatória em que se respeitam os direitos e garantias fundamentais.
O sistema utilizado pelo Brasil é o ACUSATÓRIO, a base legal está na CF, art. 129, I
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
INQUÉRITO POLICIAL
É necessário para a apuração uma infração penal e suas circunstâncias.
a – CONCEITO
É um procedimento administrativo por meio do qual a autoridade policial apura as infrações penais
b – NATUREZA JURÍDICA
No inquérito não há uma ordem lógica dos atos; estes são realizados conforme a necessidade da apuração dos fatos
	c – CARACTERÍSTICAS
Inquisitivo – não há contraditório e ampla defesa no inquérito policial. Não há uma acusação no inquérito policial.
Dispensável – Quando a investigação é realizada pelo MP, ou procedimento de investigação administrativa contra servidor público. O art. 12 do CPP, 46, §1º
Sigiloso – Somente tem acesso ao inquérito o Delegado, o Promotor, o Advogado e o Juiz
d – FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Ação penal pode ser pública ou privada. Somente será privada quando a lei expressamente o declarar. Se nada disser, será pública (art. 100 CP). 
Ação penal pública incondicionada – O Estado realiza a ação penal independente da vontade da vítima e/ou familiares.
Condicionada – representação do ofendido (autorização dada pela vítima para que possa ser iniciada a persecução penal). Ex: estupro. A representação é uma autorização da vítima para que o Estado realize a ação penal
Requisição do ministro da justiça
Ação
Penal
Ação penal privada – Somente se procede mediante a queixa crime da vítima
FORMA DE INSTAURAÇÃO EM AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
São 5 formas de instauração:
De ofício – o Delegado toma conhecimento da prática delitiva e, em razão disso, instaura ou não o inquérito.
Requisição do promotor ou do juiz – neste caso o delegado é obrigado a instaurar inquérito por força de lei (não é baseado em hierarquia).
Requerimento do ofendido – O delegado pode indeferir o requerimento para instauração do inquérito. Deste ato caberá recurso ao chefe de polícia (art. 5º, §2º CPP). Em São Paulo o chefe de polícia é o Delegado Geral.
Auto de prisão em flagrante – é o documento elaborado pelo Delegado que verificou a prisão dentro da legalidade. Servirá de auto de instauração de inquérito.
Delatio criminis – é a notícia da prática de uma infração penal levada ao conhecimento da autoridade policial por qualquer do povo.
FORMA DE INSTAURAÇÃO EM AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
Será iniciado com a representação ou com a requisição do Ministro da Justiça.
FORMA DE INSTAURAÇÃO EM AÇÃO PENAL PRIVADA
Através de requerimento do ofendido.
	PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
Regra geral o inquérito deverá ser concluído no prazo de 10 dias se a pessoa estiver presa. Caso ultrapasse o prazo de 10 dias a pessoa será solta por constrangimento ilegal. Se estiver solta será de 30 dias e se não terminar neste prazo o delegado vai requerer a DILAÇÃO DE PRAZO queé concedida pelo Juiz após concordância do MP. O limite é o prazo prescricional do crime.
03/03/17
Na justiça federal o prazo é de 15 dias se preso e 30 dias se estiver solto
PRAZO NO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS – LEI 11.343/06
O prazo é de 30 Dias se o réu estiver preso e 90 se estiver solto.
O inquérito é concluído através de um relatório (art. 10 CPP). Deve ter pelo menos caráter objetivo (ou seja, narrar o que foi apurado, as diligências feitas). Deve abster-se de fazer juízo de valor. Este relatório é dispensável.
Todos os eventuais vícios do inquérito policial não prejudicarão a ação penal.
Relatado o inquérito, serão encaminhados os autos ao juízo competente que recebe o inquérito e abre vistas ao MP. Quando encaminhado ao MP três possibilidades são abertas:
Oferecer a denúncia – Quando oferecer indícios de autoria e prova de materialidade
Arquivamento – ocorre em geral quando não há indícios de autoria e/ou prova de materialidade
Requisitar diligências – são realizadas com três condições: 
Caso o réu estiver solto
Imprescindibilidade – Tem que ser imprescindível. Se for prescindível oferece-se a denúncia e requisita-se que se faça a diligência em autos suplementares.
Se a diligência for imprescindível e o réu estiver preso deverá ser posto em liberdade para que seja realizada.
ARQUIVAMENTO
O arquivamento é determinado pelo juiz a pedido do MP em regra quando não houver indícios de autoria e/ou prova de materialidade. O delegado não pode pedir o arquivamento (art. 17 CPP).
O inquérito pode ser desarquivado caso haja notícia de nova prova – art. 18 CPP
Se o juiz discordar do arquivamento:
Esfera estadual
Na esfera Federal:
Em ambos:
FORO POR PRERROGATIVA
Se houver prerrogativa de foro o inquérito é enviado ao órgão especial – art. 25
REGRA – uma vez arquivado o inquérito policial não cabe recurso, salvo em 3 exceções:
- Casos contra a economia popular – nesse caso é chamado de recurso de ofício (ex lege)
Arquivamento de ofício pelo juiz – nesse caso cabe correição parcial. Se isso for acatado é prejudicial ao juiz, pois cabe sanção disciplinar.
Contravenção penal de jogo do bicho – Neste caso cabe o RESE – Recurso em Sentido Estrito
3 – AÇÃO PENAL
A – CONCEITO
Ação é o direito de pedir ao Estado a aplicação das normas de direito penal a um caso concreto.
B – CARACTERÍSTICAS
De natureza pública – a atividade jurisdicional é desenvolvida pelo Estado e, portanto, pública.
Direito subjetivo – Direito que o titular tem de provocar a ação do Estado.
Direito autônomo – o direito de ação não se confunde com o direito material veiculado por ela.
Direito abstrato – Independe do resultado da ação. Perdendo ou ganhando o direito de ação é exercido.
Direito específico – Está vinculado a um determinado caso concreto.
C – CONDIÇÕES
Existe determinadas condições que devem ser observadas para que o direito de ação seja exercido, podendo ser GENÉRICAS ou ESPECÍFICAS.
Genérica
Possibilidade jurídica do pedido. O que se pede deve ser admitido pelo direito (amparo no ordenamento)
Legitimidade de agir (legitimidade ad causa) – Neste caso é o MP ou o ofendido no caso de ação penal privada. A legitimidade passiva é do suposto autor do crime. 
Ilegitimidade passiva – quando o suposto autor é um homônimo.
Interesse de agir – é preciso exercer a ação penal para que a pena seja imposta. 
Justa causa – é o lastro probatório mínimo necessário para o início de uma ação penal. É um mínimo de provas que devem existir para que se possa iniciar uma ação penal
09/03/17
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
Condições exigidas especificamente
	Representação – exigida na ação penal pública condicionada.
Requisição do Ministro da Justiça
D – CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL
A ação penal pode ser pública ou privada. Em regra a ação penal é pública e só será privada quando a lei assim dispuser.
Pública
	Incondicionada – em regra a ação penal pública é incondicionada. Somente quando a lei expressamente prever será condicionada.
	Condicionada – Expressa em lei esta condição, depende de denúncia do ofendido.
Privada
	Exclusiva ou propriamente dita – aquela proposta pela própria vítima ou por seus sucessores.
	Personalíssima – Aquela que somente pode ser intentada pela própria vítima. A única hipótese está no art. 235, CP.
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
	Subsidiária da Pública – Ocorre diante da inércia do MP. Quando o MP no prazo não age, não faz a denúncia, não requisita diligências. Desta forma, a vítima da ação penal pública pode realizar a ação.
	Pressupõe:
Inércia do MP
	Vítima determinada
AÇÃO PENAL PÚBLICA
É a regra em nosso ordenamento (art. 100 CP). É promovida pelo MP. Ela obedece a alguns princípios.
Princípio da Obrigatoriedade – Orienta o oferecimento da denúncia. O MP não pode deixar de promover a ação penal por conveniência ou oportunidade.
	Exceção: Ocorre na lei 9099/95 – Lei dos juizados especiais – Na transação penal (crimes em que a pena máxima não ultrapassa 2 anos) o MP fará uma proposta ao réu que, se aceita e cumprida, impedirá a ação Penal. Por conta da transação penal, vigora o PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE MITIGADA.
Princípio da indisponibilidade
Pressupõe que a denúncia já foi oferecida. Proposta a ação penal, não poderá o MP dela desistir (art. 42 CPP)
	Exceção: Lei 9099/95 – Na hipótese de suspensão condicional do processo. Após o oferecimento da denúncia, nas penas em que a pena mínima for igual ou inferior a 1 ano, o processo ficará suspenso pelo período de 2 a 4 anos se preenchidos determinados requisitos. Se as condições da suspensão forem cumpridas a punibilidade do réu será extinta.
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA
	A ação penal não pode passar da pessoa do autor do crime.
A ação penal pública é movida através de denúncia
Requisitos da denúncia (art. 41 CPP)
Exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias – não é necessário somente o dispositivo legal, mas de forma pormenorizada o comportamento criminoso. É necessário uma narrativa do acontecimento. A pessoa não vai defender-se do tipo penal, mas sim dos fatos acontecidos. A exposição deve ser precisa, indicando local, tempo, circunstâncias, etc., pois pode ser considerada genérica e, assim, considerada inepta.
Individualização do acusado – é necessário que se aponte a qualificação civil (nome). É possível o oferecimento da denúncia sem a qualificação civil desde que certa a identidade física.
Classificação do crime (também chamado de Capitulação Jurídica) – Indicação do dispositivo penal em que o réu está incurso. Ainda que haja erro não haverá prejuízo no processo, pois o réu defende-se do fato.
Rol de testemunhas (se houver) – se for o caso de se comprovar o fato. Pode ser que o crime não tenha testemunhas. O número de testemunhas varia conforme o procedimento. Ordinário: 8 testemunhas. Caso uma pessoa tenha furtado 3 carros. Foram 3 fatos, logo poderá ter 24 testemunhas.
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA
Incondicionada – não depende de prévia autorização
Condicionada – depende de uma prévia autorização para ser exercida. Esta autorização pode ser de duas espécies:
Autorização ou
Requisição do Ministro da Justiça
Representação do ofendido
É a autorização que a vítima dá ao MP para o exercício da ação penal. Quando houver a representação haverá expressa disposição legal. A representação não obriga o MP a oferecer a denúncia.
É uma condição específica de procedibilidade. 
O que justifica o condicionamento? Duas hipóteses:
Strepitus Judici – Escândalo do processo. As vezes o escândalo é igual ou pior do que o próprio fato sofrido
Pequena gravidade do fato – quando o fato é de pequena gravidade o legislador deixa a critério da vítima a representação.
10/03/17
TITULARIDADE – quem pode oferecer a representação
Vítima maior de 18 anos 
Vítima menor de 18 anos ou deficiente mental de qualquer idade através de seu representante legal (tutor ou curador).
Vítima menor de 18 anos ou deficientemental de qualquer idade sem representante legal ou cujos interesses deste último colidam com o do ofendido – ou não há representante legal ou este representante seja o agressor. Nesta hipóteses o juiz nomeará um curador especial (art. 33 CPP).
Morte ou ausência da vítima – Neste caso cabe ao: 
Cônjuge
Companheiro (CF/88)
Ascendente
Descendente
Irmão
Neste caso a legitimidade é concorrente. Caso haja colidência (um quer oferecer a denúncia e outro não) prevalece a vontade positiva (aquele que quer que a ação penal prossiga). Havendo mais de uma vontade positiva segue-se a sequência do artigo (nesta ordem que se apresenta: Cônjuge, companheiro...).
A representação pode ser retratada. O marco temporal (limite) é até o oferecimento da denúncia (art. 25 CPP). Na lei 11.340/06 (lei Maria da Penha) ocorre até o recebimento da denúncia.
O prazo para oferecer a representação é de 6 meses contados do conhecimento da autoria. Pode-se fazer a retratação da retratação dentro deste período. A perda do prazo da representação opera a decadência.[1: A decadência no direito penal é causa extintiva de punibilidade – Art. 104, IV -CP]
Este prazo de representação é um prazo de direito material , ou seja, computa-se o dia do início[2: Direito material – computa-se o dia do início. É um prazo contínuo, não se suspende e não se interrompeDireito formal – exclui-se o dia do início ]
Prazo peremptório ou fatal – não se prorroga para o dia útil subsequente
Prazo decadencial
Material
Contínuo 
Peremptório
REQUESIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
É uma autorização que é dada pelo Min. da Justiça para o oferecimento da denúncia em certos crimes (geralmente contra o Presidente). Não vincula o MP, ou seja, ainda que o MJ entre com a representação o MP pode mover a ação penal ou não.
Não há prazo para a requisição da ação penal, porém deve-se observar o prazo prescricional do crime.
É possível que o MJ retrate-se da representação? A lei não diz nada. Há duas correntes doutrinárias:
Por ausência de previsão legal não cabe retratação
É possível a retratação aplicando-se por analogia a regra da representação
AÇÃO PENAL PRIVADA
É promovida pelo ofendido por meio da queixa. A queixa é a petição inicial da ação penal privada.
Na ação penal privada temos dois personagens: o Querelante (vítima) e o querelado (aquele que vier a se tornar réu).
Os requisitos da queixa são os mesmos da denúncia. Cuidado com a narrativa, pois deve ser bem detalhada sob o risco de tornar-se inepta.
A queixa deve ser feita por intermédio de advogado, que precisa de uma procuração para atuar em favor da vítima. Essa procuração possui requisitos: (art. 44 CPP)
Nela deve constar poderes especiais para atuação do advogado bem como menção do fato criminoso.
Caso não haja estes requisitos ocorre a rejeição da queixa. No entanto, este vício poderá ser corrigido no prazo decadencial de oferecimento da queixa. O prazo de oferecimento da queixa é o mesmo da representação (6 meses). Caso não seja oferecida, extingue o prazo pela decadência (art. 107, IV).
TITULARIDADE
É a mesma da representação. No caso de morte ou ausência ao invés de observar o art. 24, I, é observado o art. 31 e 36 CPP. No caso de pessoa jurídica a titularidade é do representante legal.
A PJ não pratica qualquer tipo de crime, somente nos crimes ambientais e contra a ordem econômica financeira. A calúnia só diz respeito a estes crimes. Dizer que a empresa rouba seus clientes não é calúnia
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
Exclusiva ou propriamente dita 
 É de titularidade da vítima ou de seus representantes legais
PRINCÍPIOS
Conveniência ou oportunidade – a vítima oferece a queixa se quiser
Disponibilidade da ação – a vítima pode desistir da ação penal ou também pode abandonar a ação penal (que gera a perempção).[3: As hipóteses de perempção constam no art. 60 do CPP]
Indivisibilidade – se a vítima vai exercer o direito de queixa ela tem que processar todos os autores do crime (não pode escolher um ou outro) Art. 48 CPP. O MP atua como fiscal da lei para observar que todos os autores sejam processados. O MP fará requerimento ao ofendido para aditar a queixa para a inclusão de todos os autores do crime sob pena da renúncia ofertada a aquele não processado se estender ao querelado.
Exemplo: A vítima foi caluniada por duas pessoas. V denunciou somente A, deixando B fora da denúncia. O MP fará o requerimento para que b seja incluído. Se isso não ocorrer o MP entende que a vítima não quer exercer a queixa contra b e isso estender-se-á ao agente A.
O art. 46, §2º CPP permite o aditamento pelo MP na ação penal privada exclusiva apenas para correção de erros materiais considerando que na ação penal privada exclusiva o MP atua como fiscal da lei, não cabe a ele aditar a queixa para realizar inclusões no polo passivo, zelando pela indivisibilidade. 
A inclusão de pessoa no polo passivo somente compete ao titular da ação penal, portanto, o MP zelará pela indivisibilidade da ação penal privada nos termos do art. 48 Do CPP, requerendo que a vítima adite a queixa para inclusão de outros autores do crime não processados sob pena de extensão da renúncia ao direito de queixa ofertada àqueles não processados ao querelado. 
16/03/17
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA
Somente pode ser proposta pela vítima, os sucessores não a podem propor.
A única ação penal privada personalíssima é o art. 236 – Erro de casamento. Somente o cônjuge enganado pode propor a ação. Se ou réu morrer, extingue a punibilidade.
Se a vítima for menor, deverá aguardar a maioridade.
Se a vítima for incapaz somente poderá propor a ação somente com a cessação da incapacidade.
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Este tipo de ação pressupõe a inércia do MP. [4: Inércia absoluta, deixando de praticar todos os atos (ação penal, arquivamento ou diligências)]
Pressupõe que a vítima seja determinada. Em caso de crimes contra a coletividade não é possível esta ação.
Prazo para oferecimento da queixa: art. 38 CPP – 6 meses a partir do conhecimento da autoria. Se a vítima já conhecia o autor do fato no curso do prazo do MP, este prazo se iniciará findo o prazo do MP.
O MP tem o prazo de 15 dias, se não praticar ato algum, no dia seguinte pode o interessado intentar a ação penal.
Caso não haja queixa em 6 meses perde o direito da queixa, mas não acarreta a extinção da punibilidade pela decadência, pois a titularidade da ação é do MP´. Neste caso o MP poderá oferecer a denúncia até o prazo prescricional do delito.
Neste caso, a decadência da queixa não gera a extinção da punibilidade
O MP pode aditar a queixa de forma ampla. Pode ainda repudiar a queixa oferecendo denúncia.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
PROVAS
O processo penal gira em torno de dois elementos: Autoria (quem cometeu) e Materialidade (comprovação do crime).
Conceito
Prova como atividade probatória – complexo de atos que visam formar a convicção do juiz (ação)
Prova como resultado – O juiz formou a sua convicção quanto a ocorrência ou não de um fato.
Prova como meio – A prova como instrumento destinado a formar a convicção do juiz (dispositivos da ação: prova pericial, confissão).
FASES DA PROVA
1 – Colheita
A fase em que se obtém a prova do mundo concreto. Geralmente obtidas na fase investigativa (pré-processual). Algumas terão que ser repetidas em juízo e outras, em razão de sua natureza, serão irrepetíveis (Ex: acidente de trânsito, interceptação telefônica).
Proposição
A fase em que as partes irão requerer ao juiz a produção de determinadas provas. O juiz pode indeferir determinada produção, devidamente justificada.
Em regra aacusação produz estas provas na denúncia e a defesa a resposta à acusação.
SISTEMA DE VALORAÇÃO DE PROVA
1 - Íntima convicção e certeza moral – o Juiz valora as provas formando a sua convicção sem a necessidade de expor as razões do seu convencimento. O juiz não precisa fundamentar. No tribunal do júri julga-se conforme a convicção e certeza moral. O jurado não precisa fundamentar a sua decisão. Este sistema é adotado somente no tribunal do júri.
1 - Sistema da prova legal ou tarifada
Esse sistema consiste no fato do legislador atribuir a cada prova um determinado valor, ficando o juiz adstrito (vinculado) a ele. Esse princípio não é adotado como regra.
3 – Admissão – o juiz vai admitir as provas pelas partes
4 – Produção – Em regra as produções irão ocorrer na Audiência de Julgamento
5 – Valoração – Ocorre a valoração na sentença
17/03/17
A prova da morte é feita por meio de certidão de óbito.
Nos crimes que deixam vestígios as provas tem que ser feitas através de perícia. O legislador exige que a prova tenha que ser pericial, com o exame de corpo de delito.[5: Exame de corpo de delito - ]
3 – Livre convencimento motivado ou da persuasão racional do juiz
O juiz possui ampla liberdade de valoração das provas devendo, no entanto, fundamentar a sua convicção (art. 93, IX – CF; 155 – CPP). Uma decisão sem fundamentação é nula
ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova recai sobre a acução. O réu não precisa provar que é inocente, pois tem a presunção de inocência e a dúvida lhe favorece.
PRINCÍPIOS DA PROVA
Princípio da verdade real
	Aquilo que efetivamente aconteceu. No processo penal deve se apurar os fatos que efetivamente aconteceram. É uma meta, no entanto, o juiz pode julgar com a verdade formal, que constam dos autos. Este não é um princípio imprescindível.
Princípio da Liberdade de Prova
Está diretamente ligada ao principio da verdade real. Se o objetivo é alcançar a verdade real, tem que permitir as partes a produzir provas por qualquer meio.
PROVA ILEGAL
Prova ilegítima – obtida com violação de norma processual. Exemplo: no tribunal do júri é possível a juntada de documentos até 3 dias antes do julgamento. Se for juntado em 2 dias antes será uma prova ilegítima.
Prova ilícita – A prova ilícita é aquela obtida com violação de norma de direito material (normas trazidas pela CF). Ex: confissão mediante tortura, prova obtida por meio de violação de domicílio
Prova ilegítima e ilícita – Ex: busca e apreensão realizada sem mandado judicial. Viola a CF e também o CPP.	É a prova obtida com violação de normas legais ou princípios sejam de caráter material ou processual.
	
Prova ilegal
Segundo a doutrina a prova deve ser declarada nula dentro do processo.
A prova ilícita deve ser desentranhada do processo.
Se for ilícita e ilegítima deve ser desentranhada
Art. 157 – CPP – dá a entender que qualquer tipo de prova deve ser desentranhada do processo (ilegítima ou ilícita).
Prova ilícita
Prova ilícita por derivação (teoria dos frutos da árvore envenenada)
Obtida a prova por meio ilícito, as provas posteriormente obtidas com base nela também serão ilícitas.
Sempre que houver uma relação causal entre a prova obtida ilicitamente e as posteriores, estas últimas também serão consideradas ilícitas.
É limitada por duas teorias:
	Teoria da fonte independente (art. 157, §1º - CPP). Também tem origem no direito americano. Se o órgão investigatório demonstrar que obteve legitimamente uma prova a partir de uma fonte autônoma que não guarde qualquer relação causal com a prova ilícita, esta prova será admitida no processo.
Exemplo: apuração de tráfico de drogas que realiza uma interceptação telefônica sem ordem judicial. Se outro órgão faz a interceptação, obtendo a mesma prova mas de forma lícita, logo, será admitida.
	Teoria da descoberta inevitável (art. 157, §2º - CPP) – Também de origem americana. A prova será admitida no processo ainda que obtida a partir de uma prova ilícita caso se comprove pelos elementos da investigação que a sua descoberta seria inevitável.
Exemplo: tortura para a confissão de onde estava o corpo. A pessoa torturada declara onde ele estava, mas já estava se fazendo buscas no local e o corpo não estava bem escondido. Dessa forma, seria inevitável a descoberta.
Princípio da proporcionalidade
Com fundamento no princípio da proporcionalidade a doutrina e a jurisprudência admitem a utilização de uma prova ilícita em favor do réu.
Exemplo: acusado que grava clandestinamente a confissão do verdadeiro autor do crime. O direito da liberdade sobrepõe-se ao da intimidade.
Nenhum direito fundamental é absoluto
O direito fundamental não deve ser utilizado para praticar crime, fazendo com que esta garantia seja desvirtuada.
24/03/17
Correção 
1 – o ato estava em andamento, ou seja, a lei nova, não o alcançava pois já estava correndo o prazo da intimação
2 – Deve verificar a veracidade dos fatos e se houver, deve instaurar o inquérito
3- pode ser colocada pelos sucessores e outra somente pela vítima
4 – não extingue a punibilidade, pois o MP é o titular da ação
5 – Sim, pois o direito à liberdade sobrepõe ao sigilo e quanto a acusação também pois...
6 - ...
PROVAS EM ESPÉCIE
PROVA PERICIAL
	A – Conceito 
É o exame procedido em pessoas e coisas por pessoa habilitada.
O principal intuito é verificar a materialidade do crime. 
A perícia não indica quem é o autor do crime, pode até auxiliar para isso, mas sua função é comprovar a materialidade do crime.
A perícia está sujeita ao contraditório diferido – é aquele realizado em momento posterior ao da produção da prova.
Exemplo: um homicídio foi cometido. A perícia vai realizar a avaliação e neste momento não poderá o acusado realizar o contraditório.
B - Contraditório diferido x contraditório real
Contraditório real – é aquele realizado no momento da produção da prova.
Exemplo: prova testemunhal. No momento que a testemunha é ouvida pode a parte fazer outras perguntas.
A prova pericial, em regra vai acontecer no contraditório diferido, pois a maioria das perícias são realizadas na primeira fase da persecução penal, na investigação. Pode-se contrariar estas provas periciais em momento posterior
	ESPÉCIES DE PROVA PERICIAL
Oficial – é aquela realizada por um perito que é funcionário público
Não oficial – é aquela realizada por perito particular
Quando a perícia for oficial basta um único perito. Quando a perícia for não oficial a lei estabelece a necessidade de que a perícia seja realizada por dois peritos – Art. 159 CPP
O perito não oficial presta um compromisso que agirá de acordo com a lei.
O juiz não fica vinculado a conclusão do perito. Esse sistema adotado chama-se LIBERATÓRIO, ou seja, o juiz tem liberdade de aceitar a perícia em todo ou em parte ou até mesmo de não aceitá-la.
“judex est pertus peritorum” – o juiz é o perito dos peritos.
O sistema adotado é o libetarório e não o vinculatório –art. 182 CPP 
Exame de corpo de delito
É a principal perícia que é realizada nos vestígios deixados pelo crime com a finalidade de comprovar a sua materialidade. Ex: lesão corporal
Quando se realiza o exame de corpo de delito?
A resposta vem a seguir.
D – Delicta fati permantentes x delicta facti transeuntis
Delicta fati permantentes – Crime de fato permanente. Crimes que sempre deixam vestígios. Nestes crimes o exame de corpo de delito é indispensável para a comprovação da materialidade do crime – art. 158 CPP.
Se um crime que sempre deixa vestígios e estes não forem encontrados em determinada situação (caso Bruno x Elisa Samúdio) a lei possibilita a prova da materialidade por outro meio (art. 167 CPP)
Caso não se faça a perícia em caso que poderia ser realizado segundo o CPP trata-se de hipótese de nulidade – art. 564, III, “b” CPP.
delicta facti transeuntis – crime de fato transeunte. São crimes que às vezes deixam vestígios. Exemplo: roubo. Nem sempre o roubo pode deixar vestígio. Estupro: pode deixarvestígio com a cópula ou ser praticado com o passar de mão nas partes genitais da vítima.
Neste tipo de crime a materialidade pode ser comprovada por qualquer meio, mesmo que tenha deixado vestígios.
O exame de corpo de delito não é indispensável, ainda que o crime tenha deixado vestígio.
1 – Interrogatório
Ato exclusivo da pessoa que está sendo acusada. O depoimento é prestado pela testemunha e a vítima faz declarações.
É um ato próprio do acusado realizado pelo juiz, ocasião na qual este poderá apresentar a sua versão sobre a acusação. O interrogatório é o último ato da instrução processual. Primeiro é ouvida a vítima, depois as testemunhas de acusação e defesa e por último é ouvido o réu.
O interrogatório possui algumas características:
É um ato personalíssimo – somente o réu pode ser interrogado
É um ato público – há algumas exceções constitucionais, mas em regra é em público.
É um ato privativo do juiz – só o juiz pode interrogar
É um ato contraditório – as partes podem fazer perguntas ao réu
É um ato assistido tecnicamente – deve ser realizado na presença do defensor (advogado)
É um ato individual – não pode ser interrogado em grupo, dupla. O réu é interrogado sem a presença dos demais.
O interrogatório é dividido em duas partes:
A primeira é referente à qualificação do acusado – não pode mentir nem manter-se em silêncio. Se mentir comete crime – Art. 307 CP.
A segunda diz respeito ao mérito – é a parte em que pode manifestar-se quanto à imputação/acusação que foi feita. Pode ficar em silêncio (CF) e pode mentir (prepondera que sim). Se incriminar outra pessoa responde por denunciação caluniosa ou calúnia.[6: Calúnia – é um crime contra a honra
Denunciação caluniosa – imputação de fato falso a determinada pessoa e gera uma investigação. É um crime contra a Administração.]
O interrogatório feito sem o defensor gera nulidade.
Natureza jurídica do interrogatório
Há 3 posicionamentos:
O interrogatório é um ato de defesa do réu
O interrogatório é um meio de prova – a partir dele consegue-se extrair elementos para condenar ou absolver
Misto – é um meio de defesa e um meio de prova – Corrente predominante
O interrogatório é feito na presença do juiz (autoridade competente). Excepcionalmente, sempre mediante decisão fundamentada, o interrogatório ocorrerá por vídeo conferência, presentes quaisquer das hipóteses do art. 185, §2º CPP.
3 – CONFISSÃO
A – Conceito
É a aceitação formal da imputação pelo acusado. O acusado admite que os fatos narrados na peça acusatória (denúncia ou queixa) são verdadeiros.
B – Valor relativo
Antigamente a confissão era considerada Regina probarium (rainha das provas) ou probatio probatíssima (prova das provas).
Atualmente tem um valor relativo como as demais provas do processo. A confissão vai ser analisada de acordo com o conjunto probatório. Só ela pode servir para a condenação, mas pode também acontecer que seja rejeitada (em todo ou em parte).
O valor da prova varia de acordo com o conjunto.
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
C – Requisitos
Requisitos para que a confissão seja válida:
Deve ser feita perante autoridade competente.
A confissão deve ser livre, espontânea e expressa
Seja verossímil. Precisa aparentar ser verdadeira
Deve ser compatível com as demais provas dos autos
Deve abranger o fato principal (a acusação da conduta imputada na denúncia)
Logicamente, esses requisitos são cumulativos.
D – Espécies 
Confissão simples ou plena – o acusado simplesmente aceita os fatos imputados como verdadeiros sem apresentar nenhum outro em contraposição.
Confissão complexa ou qualificada – o acusado admite os fatos imputados, mas apresenta um outro em sua defesa. Exemplo: legitima defesa.
Confissão ficta ou presumida – decorre de um comportamento do réu. Exemplo: permanecer em silêncio, fugir. – esse tipo de confissão não é admitido no processo penal.
E – Características da confissão
A confissão é divisível – pode-se aceitar uma parte e rejeitar outra. Exemplo: pessoa que rouba mas na confissão diz que não utilizou arma de fogo.
A confissão é retratável – O réu pode desdizer o que foi relatado.
4 – DELAÇÕES DO OFENDIDO
A vítima presta declarações, então ela não tem o compromisso de dizer a verdade. A vítima não responde por falso testemunho se ela mentir.
A vítima não é computada como testemunha (ainda que na prática isso seja diferente). Se no processo comportar 5 testemunhas, pode ser 5 testemunhas mais a vítima.
Valor
O valor das declarações do ofendido dependerão do tipo de crime e do contexto comprobatório. Há determinados crimes em que a palavra da vítima tem maior valor (como num estupro). A princípio neste tipo de delito há um peso maior da declaração da vítima. 
5 – TESTEMUNHAL
É chamada “a prostituta das provas”, ou seja, não dá para confiar.
A – Conceito de testemunha
Testemunha é toda pessoa humana capaz de depor e estranha ao processo chamada para declarar a respeito de fato percebido por seus sentidos e relativos à causa.
13/04/17
Revisão da prova
1 – Não! Somente se houvesse a prisão em flagrante e com a representação que é a autorização da vítima. Retratação, esgotado o prazo da representação entra em decadência. A retratação da retratação é possível desde que o fizesse dentro do prazo decadencial.
2 – Réu em liberdade – Inquisitar diligências
3 – Depende da identificação. Tratando-se de crime que as vezes deixa vestígio a comprovação pode se dar por outro meio de prova
4 – Depende do conjunto probatório pois todas as provas possuem valor relativo. No caso deveria ser a confissão pormenorizada.
5 – embora a denúncia pressupõe um prévio inquérito policial, ele não é indispensável, pois o MP pode, através de elementos concisos, oferecer a denúncia.
Características do depoimento
Oralidade – a testemunha não pode trazer o seu depoimento escrito. Tem que ser falado de acordo com as perguntas dadas. Não impede que a testemunha consulte apontamentos escritos. – art. 209 – CPP.
Individualidade – (art. 210 - CPP) – as testemunhas serão ouvidas uma a uma separadamente para que não haja influência.
Objetividade – a testemunha depõe sobre fatos que viu ou ouviu dizer e não pelo que ela acha.
Retrospectividade – responde sobre fatos passados.
Contraditoriedade – A prova testemunhal se submete ao contraditório REAL.
CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS
Testemunhas numerárias – são aquelas computadas para efeito do número máximo de testemunhas legalmente permitidas. Estas prestam o compromisso de dizer a verdade. 
Testemunhas extranumerárias – são aquelas que não são computadas para a aferição do número máximo legalmente permitido. São aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, aquelas que não prestam compromisso de dizer a verdade.
Testemunhas informantes – São aquelas que não prestam o compromisso de dizer a verdade.
Testemunhas referidas – São aquelas mencionadas em outro depoimento. Ex: João fala que “Pinga” estava com ele quando aconteceu o fato. Será uma testemunha referida.
Testemunha própria – São aquelas que prestam depoimento sobre a infração penal. Limita-se sobre a acusação que é feita contra o réu
Testemunha imprópria ou fedatária – São aquelas que não falam sobre a infração penal, mas sim sobre a regularidade de um ato. Ex: o indiciado/investigado deve assinar os documentos e se não o fizer estas testemunhas atestam a regularidade processual.
DEVERES DA TESTEMUNHA
1 – Dever de depor
REGRA: Tem o DEVER de depor
Exceção: As testemunhas que não têm o dever de depor são aquelas do 206 CPP.
Ascendente
Descendente
Afim em linha reta
Cônjuge (ainda que desquitado)
Irmão
Pai
Mãe
Filho adotivo do acusado
Exceção da exceção – Quando não houver outro modo de produzira prova
2 - DEVER DE COMPARECIMENTO
A testemunha deve depor no dia e horário designado pelo juiz. Se for intimada e não comparecer estará sujeita a condução coercitiva, multa e crime de desobediência. (art. 219 CPP).
Exceções: Membros do executivo, legislativo, Judiciário e MP serão ouvidos mediante prévio agendamento (art. 220 CPP)
Pessoas que podem dar declarações por escrito (221, §1º)
Presidente – ex: Temer respondeu as perguntas por ofício à Sérgio Moro
Presidente do Senado
Presidente da Câmara
Presidente do STF
3 - PRESTAR COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
Quem não tem o compromisso de dizer a verdade: (art. 208 CPP)
As pessoas do Art. 206
Os menores de 14 anos
Deficientes mentais
As pessoas que não prestam o compromisso respondem por falso testemunho? 
Duas correntes:
Se a testemunha não presta o compromisso ela não assume a obrigação de dizer a verdade, portanto, não responde pelo delito.
O compromisso não é elementar do falso testemunho. Não há no art. 242, não exige o compromisso como elementar, ou seja, tanto faz se ela tem ou não o compromisso de dizer a verdade Ex: peculato (apropriação de um bem por funcionário público. Mas a pessoa não era funcionário público. A tipicidade é relativa, pois o fato não deixa de ser criminoso – tipifica-se furto, apropriação indébita). Assim sendo, não é o compromisso o ponto chave para caracterizar-se falso testemunho.
A testemunha tem sempre o dever de dizer a verdade (não pode transigir com a verdade).
4 – COMUNICAR MUDANÇA DE ENDEREÇO
A testemunha tem que comunicar eventual alteração de seu endereço (art. 224 cpp)
20/04/17
BUSCA E APREENSÃO – Art. 240 e seguintes CPP.
É uma medida de natureza cautelar que visa impedir o desaparecimento de pessoas ou coisas.
Pode ocorrer em três possibilidades
	Pessoal – É aquela feita na pessoa. Pressupõe que haja uma suspeita concreta de que a pessoa esteja em posse de um objeto ilícito. Os meros critérios objetivos não ensejam a busca pessoal.
	Domiciliar – o domicílio é qualquer compartimento habitado, aposento de habitação coletiva (república), ainda que se destine por habitação por poucas horas e a compartimento não aberto ao público onde alguém exerce profissão ou atividade. Tem a necessidade de ordem judicial, exceto as exceções constitucionais.
Observação – a busca e apreensão em escritório de Advocacia depende de comunicação à OAB, a qual poderá encaminha representante para acompanhamento da diligência.
	Em órgão público – há duas situações:
Nos locais abertos ao público, que é acessível a todos, não é necessário autorização judicial.
Nos locais onde há necessidade de autorização para ingresso, é necessário que haja autorização judicial.
7 – INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA – lei 9296/96
a -Análise
Vem regulamentar o art. 5º, XII CF. 
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Extraí-se deste artigo 4 conclusões:
1 – A CF assegura a inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas visando tutelar a privacidade das pessoas
2 – A prova obtida com a violação do sigilo é ilícita, portanto, deve ser desentranhada do processo
3 – Quando em conflito com um valor maior, pode ser utilizada a prova ilícita – violação x liberdade
4 – a CF ressalva a quebra do sigilo das comunicações telefônicas mediante ordem judicial e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
b -Conceito e Natureza Jurídica
Conceito
A interceptação telefônica é a captação de uma conversa por terceiro sem o conhecimento dos interlocutores (interceptação em sentido estrito ou propriamente dita), ou com o conhecimento de um deles (escuta telefônica).
Discute-se se a escuta telefônica enquadra-se na lei de interceptação.
Gravação clandestina ou subrepitícia – um dos interlocutores grava sua conversa com outro sem a autorização deste.
Natureza Jurídica
É uma medida cautelar, um apenso no procedimento. Submetendo-se ao contraditório diferido, ou seja, após a produção da prova.
c - Legitimidade – Art. 3º -Lei 9296
Quem pode requerer a medida: 
Autoridade policial
MP
O Juiz – de ofício
27/04/17
Requisitos
Fumus boni juris – consiste na existência de indícios de autoria ou participação e na prova da materialidade. Art. 2º,I - Lei 9296
Periculum in mora – Risco da prova ser perdida sem a realização da interceptação telefônica diante da inexistência de outros meios de prova. Art. 2º, II - Lei 9296.
O crime apurado seja punido com reclusão. Somente estes vão admitir a interceptação telefônica.
Se caso a pessoa estiver também praticando um crime de detenção e tiver nexo com o crime a ser apurado então a interceptação poderá ser utilizada como prova daquele fato. Se não houver nexo essa prova não poderá ser utilizada, mas servirá como noticia criminis, podendo a autoridade utilizar outros meios de prova para punir a conduta.
5 - Prazo e procedimento
Tem um prazo de 15 dias, renovável por igual período quantas vezes forem necessárias, sempre em decisão fundamentada.
O pedido será formulado pelo requerente e o juiz terá 24 h para apreciá-lo. (art. 4º)
Se a interceptação for deferida o procedimento será conduzido pela autoridade policial a 
qual deverá dar ciência ao MP para acompanhar diligência.
Cumprida a diligência ao final a autoridade policial encaminhará ao juízo o resultado da interceptação, o qual deverá conter um auto circunstanciado com o resumo das operações realizadas.
6. Degravação
É transcrição das conversas capitadas. Art. 6, parágrafo 1 da lei 9.296/96
Há duas correntes:
1. Primeira Corrente - defende que a transcrição tem que ser integral uma vez que possibilita um maior controle da atividade que foi desenvolvida.
2. Segunda Corrente - Se admite que determinados trechos sejam selecionadas para serem transcritos de forma a preservar a intimidade de terceiros. Esta corrente é a que
prevalece.
 A transcrição pode ser parcial, desde que a defesa tenha pleno acesso a integralidade das gravações.
O relevante nesta corrente é o acesso integral da gravação a defesa para que não cerceie o direito de defesa.
PRISÃO
1. Conceito
É a privação da liberdade da pessoa em razão da prática de um ilícito penal.
2. Fundamento Constitucional
Da prisão art. 5 LXI
Tratamento constitucional da prisão.
A regra é que a prisão dependerá de ordem judicial (mandado de prisão), a própria CF/88 excepciona algumas situações em que não se precisará de ordem judicial para prender uma pessoa: 
flagrante delito
transgressão militar ou crime propriamente militar.
Em estado de sítio
No estado de defesa
Na hipótese de recaptura do preso – Art. 684 CPP
3. Espécies da Prisão
São espécies de prisão a Extrapenal, a Penal, e a Prisão de natureza Processual ou Cautelar.
Prisão Extrapenal – é aquela que não decorre de um ilícito penal. Há 3 possibilidades:
I. Prisão civil de devedor de alimento
II. Prisão administrativa - é uma prisão decretada por uma autoridade judiciária para fins administrativos. Ocorre nas hipóteses de deportação, extradição e expulsão.
III. Prisão disciplinar - é decretada pela autoridade militar em caso de transgressão militar (ex. se apresentar com a farda amassada) ou crime propriamente militar (somente pode ser praticado pelo militar, ex. deserção).
Prisão Penal - também chamada de prisão pena. Decorre de uma sentença penal condenatória transitada em julgado.
Prisão de natureza Processual ou Cautelar - A prisão ocorre antes do trânsito julgado da sentença penal. Suas espécies são:
Prisão em flagrante
Prisão Preventiva
Prisão Temporária
04/05/17
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
A primeira consequência da presunção é que o ônus da prova é da acusação e a segunda é que a prisão é umamedida excepcional, uma exceção. A liberdade provisória é a regra.
Princípio da Obrigatoriedade de Fundamentação da Prisão Cautelar
Este princípio tem duas consequências:
A prisão cautelar (antes do transito em julgado) deve ser sempre fundamentada concretamente. O juiz deve se valer das características do caso concreto, tem que motivar especificamente, não basta referencias de caráter genérico. Não basta a mera referência a lei.
Veda prisões “ex lege” – vedações de liberdade provisória trazidas pela própria lei. Art. 44 lei de drogas trazia esta previsão e foi declarado inconstitucional.
PRISÃO EM FLAGRANTE
1 – Conceito
A prisão em flagrante é uma medida de autodefesa social que caracteriza-se pela privação da liberdade de alguém sem ordem judicial desde que presente uma situação de flagrância
Vem do termo latim flagrare (queimar, arder) – é uma prisão que ocorre no momento da prática do crime ou que acabou de acontecer.
2 - Funções
Impedir que o delito se consume caso esteja sendo praticado
Auxiliar na colheita de provas – possibilita o impedimento de alteração do cenário probatório
Evitar a fuga do infrator – no momento do crime não se sabe se o infrator pode ou não permanecer vivendo em sociedade. 
3 – Fases
Captura – detém a pessoa que acabou de cometer o crime
Condução Coercitiva – a pessoa deve ser conduzida ao Distrito Policial
Instauração de Inquérito - o Delegado verifica se a prisão é legal ou não. Lavra-se Auto de Prisão em Flagrante
Comunicação – ao juiz competente bem como o MP e a Defensoria. A comunicação ao Juiz deve ocorrer em 24h. Essa comunicação serve para que o juiz possa aferir a legalidade da prisão. Essa verificação é feita na Audiência de Custódia.
Comunicado ao juiz sobre a prisão da pessoa, o juiz pode:
	Relaxar a prisão – relaxar está ligado à ilegalidade da prisão (não há uma situação de flagrância). O juiz não analisa mais nada, somente a situação de flagrante. 
	Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva – A prisão em flagrante é de período muito curto, durando da captura à decisão do juiz. Gerando a soltura ou a prisão preventiva.
	Concessão da liberdade provisória – com ou sem medidas cautelares. Pode o juiz determinar que haja cumprimento de algumas ordens para impedir que se perca as informações sobre a disposição do réu.
A regra é que prime pela liberdade. A prisão se for ilegal será relaxada, mas se for legal, pode ser decretada a prisão preventiva ou a liberdade provisória (com ou sem medidas cautelares – como monitoramento eletrônico, apreensão de passaporte, proibição de comunicação com determinada pessoa, etc).
4 – Sujeitos
	Ativo – aquele que efetua a prisão. Há duas possibilidades
		Flagrante facultativo – é aquele feito por qualquer pessoa. Provém do latim omnes civis est Miles – todo cidadão é um miliciano. Não é um crime, pois é um exercício Regular de direito, pois desaparece a ilicitude do fato, deixando assim de ser crime.
		Flagrante obrigatório – feito pelas autoridades policiais (ainda que não estejam em serviço). Não há discricionariedade, o agente policial tem o dever de efetuar a prisão. Não responde por delito por está em Estrito cumprimento do dever legal – que também é uma causa de exclusão de ilicitude.
	Passivo – é o preso. Em regra todos podem ser presos em flagrante (inclusive os inimputáveis). A criança ou adolescente não é preso, mas sim apreendido.
Existem determiandas situações em que a pessoan ao poderá ser presa em flagrante delito ou haverá restrições:
Presidente da República – não pode ser preso em flagrante delito durante o mandato. Art. 86, §3º CF. Essa imunidade ñao se estende a governadores e prefeitos. Só o presidente.
Chefes de Estado de Governo Estrangeiro – Imunidade diplomática. 
Magistrados e Membros do MP – Só poderão ser presos em flagrante em casos de crime inafiançável.
Senadores, Deputados Federais, Estaduais e Distritais – Somente poderão ser presos em casos de crime inafiançável. Essa regra não se estende aos Vereadores.
Advogados – no exercício da profissão, os advogados só poderão ser presos em casos de crimes inafiançáveis. Art. 7º, §3º Lei 8.906/94 – Estatuto da OAB.
05/05/17
5 – Espécies
Flagrante real ou Próprio – Art. 302, I e II – o indivíduo está cometendo o delito ou acabou de cometer. Quando o agente está cometendo o crime há uma certeza visual da prática da infração. Na hipótese do agente ter acabado de fazer a ação, há uma relação de uma imediatidade entre o fato e a prisão.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I está cometendo a infração penal;
II acaba de cometê-la;
Flagrante impróprio ou Quase Flagrante – Art. 302, III – “é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;”
O agente é perseguido em situação que se faz presumir ser ele o autor do fato. A perseguição deve ser contínua e logo após o fato. A interrupção descaracteriza o flagrante. A troca de turno não descaracteriza interrupção, mas desde que a perseguição não seja interrompida.
Flagrante ficto ou presumido – Art. 302, IV – “é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração.” – Não se tem critério exato quanto qual seria o Lapso temporal (logo depois), tendo que ser avaliado no caso concreto.
Flagrante preparado ou Provocado ou Delito Putativo por obra do agente provocador – Nesta espécie de flagrante o agente é induzido a praticar o delito, ocasião em que a autoridade já adota as cautelas para que o delito não se consume.
É um delito imaginário, por obra do agente provocador. 
Ex: o policial descaracterizado vai numa biqueira e aborda um sujeito que parece fazer tráfico. Esse sujeito vai e volta com a droga. Isso é uma indução, foi instigado a praticar o delito. Nessa hipótese o flagrante foi preparado.
O agente está no local e o policial pede a droga. O agente passa a droga. Nesta situação o agente já está portando a droga e, na lei de drogas, trazer consigo o entorpecente já caracteriza-se crime.
Súmula 145 – STF – consequência do flagrante preparado. A doutrina entende que se trata de crime impossível por ineficácia absoluta do meio, dessa forma, o flagrante é ilegal, pois não há crime. Se o flagrante ocorrer deverá ser relaxado.
Flagrante Esperado – (Doutrina) – a autoridade policial limita-se a aguardar o momento da prática do crime. Esse flagrante é legal pois não há indução da autoridade para que o agente cometa o delito.
6 – Flagrante nas várias espécies de crimes
CRIME PERMANENTE – Aquele cuja consumação se protrai no tempo, protrai no tempo, protrai no tempo. A associação criminosa é um exemplo de crime permanente, bem como o sequestro e cárcere privado (enquanto estes durar). A prisão em flagrante poderá ocorrer enquanto o delito estiver sendo praticado – Art. 303 – CPP.
CRIMES HABITUAIS – São aqueles cuja consumação depende da prática de vários atos. Um exemplo é a casa de prostituição (art. 229 CP). Majoritariamente entende que há a impossibilidade nestes crimes, pois há uma dificuldade de caracterizar a reiteração da conduta.
Há uma divergência – Mirabete discorda da posição majoritária afirmando que, se for possível a comprovação de imediato da reiteração de condutas será possível a prisão em flagrante delito.
CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA E AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO – nestes tipos de crime pode efetuar a captura do agente, a condução coercitiva até o DP, mas a lavratura do auto de Fragrante depende da manifestação e vontade da vítima. Ex: José Mayer é encontrado molestando a figurinista. O segurança que presenciou pode prender o ator, levá-lo ao DP, mas se a vítima não representar ele terá que ser solto.
7 – Lavratura do Auto de Prisão em Flagrante
Considerações:
A autoridade policial competente é a do local da prisão. Ex: Ladrão rouba carro em SP mas é apanhado em Guarulhos. O APF será emitido emGuarulhos.
O processo será feito no local onde aconteceu o crime (SP).
A lavratura possui uma sequencia:
Oitiva do condutor do preso e das testemunhas. DEVEM ser ouvidas 2 testemunhas, sendo que na jurisprudência é admitido que o condutor seja uma delas.
 Após, o preso será interrogado, devendo ainda a autoridade policial providenciar a entrega ao preso da nota de culpa no prazo de 24h.[7: NOTA DE CULPA: Documento que o delegado entrega a o preso em que estão expostos os motivos da prisão, bem como os responsáveis por ela.]
PRISÃO PREVENTIVA
1 – CONCEITO
É uma prisão cautelar (ou processual) realizada antes de uma sentença penal condenatória
A cautelaridade pode ser:
Social – retirando o agente do convívio social, pois o criminoso pode vir a cometer outro delito.
Processual – quando o agente tem um risco muito grande de fuga, ficando a cargo da justiça esta prisão, visto que pode decretar a pena e o agente pode fugir e não a cumprir, causando insegurança jurídica.
2 – INICIATIVA
Requerimento do MP
Requerimento do Querelante
	Por representação da autoridade policial – o Juiz pode decretar de ofício desde que esteja no curso do processo.
3 – PRESSUPOSTOS
FORMUS COMISSI DELUTI – Prova de materialidade e autoria. Demonstrado através da prova da materialidade e da demonstração de indícios de autoria.
PERICULUM LIBERTATIS – Pode ser desmembrado em 4 situações, ou seja, em quais situações a liberdade do indivíduo está correndo perigo
	1 - Garantia da ordem pública – avalia a possibilidade do indivíduo a voltar a delinquir . Através de folha de antecedentes pode-se averiguar se já houveram outros crimes praticados.
	Gravidade concreta do crime – pode ensejar a decretação da preventiva. A gravidade abstrata não basta para decretar a prisão preventiva. Alguns crimes têm esta avaliação de gravidade (como latrocínio, sequestro, etc). 
	O Clamor social – aqui prepondera que o clamor social não justifica a preventiva.
	Risco de linchamento – não é pressuposto que está na lei e ao Estado compete a segurança dos seus cidadãos
	2 – Garantia da ordem econômica – é a possibilidade de o agente voltar a praticar delitos econômicos ou a gravidade concreta de tais crimes (contra a ordem tributária, contra a economia popular).
	3 – Garantia da aplicação da lei penal – a possibilidade concreta do indivíduo fugir do distrito da culpa, inviabilizando a futura execução da pena
	4 – Conveniência da instrução criminal – se o réu, solto, vai causar algum prejuízo à produção de provas. Se o réu estiver preso exclusivamente por este motivo, uma vez colhida a prova, a prisão deve ser revogada.
4 – CABIMENTO
Art. 313 – CPP
I - Crimes dolosos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos – não cabe prisão preventiva em crimes culposos ou contravenções
II - Se o réu já estiver sido condenado por outro crime doloso com sentença transitada em julgado. Não se avalia a pena, mas sim a reincidência
III - No caso de violência doméstica, para assegurar a execução de medidas protetivas de urgências. 
P.Ú. - Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa
5 – PRAZO DA PRISÃO PREVENTIVA
Não há prazo determinado. É feito uma avaliação razoável do excesso, se é justificado ou não.
Embora não haja prazo para a prisão preventiva ela não pode perdurar indefinidamente. A regra é que os prazos processuais sejam rigorosamente observados quando o agente estiver preso preventivamente. Em havendo excesso de prazo (ou seja, não cumpriemnto dos prazos processuais), é necessário avaliar se este excesso é justificável ou não; caso não seja, revoga-se a preventiva. Sendo o excesso justificado (como na hipótese de complexidade do feito, necessidade de cartas precatórias, etc.) é preciso avaliar, neste segundo momento, a razoabilidade da duração do processo. Em não sendo razoável, há constrangimento ilegal, o qual ensejará a colocação da pessoa em liberdade.
6 – FUNDAMENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
A fundamentação deve ser feita com base em elementos concretos. O juiz não pode simplesmente dizer: “Presente os requisitos legais, decreto a prisão preventiva”. Não é possível a complementação da fundamentação na hipótese de Habeas Corpus quando o juiz presta informações ao tribunal.
Admite-se a fundamentação per relacionem – é aquela em que o juiz adota os argumentos do requerimento de prisão preventiva pelo MP ou da representação da autoridade policial como fundamentação de sua decisão.
Há duas correntes:
	É aceito para que o juiz não precise reproduzir as mesmas palavras do MP
	Não é aceito pois o juiz pode não analisar o caso.
7 – REVOGAÇÃO
A decisão que decreta a prisão preventiva é baseada na cláusula “rebus sic standibus” (enquanto as coisas permanecerem assim). Mantidos os pressupostoss que ensejaram a prisão preventiva, ela perdura. Se eles desaparecerem a prisão deve ser revogada – Art. 316 CPP.
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
8 – RECURSOS
Contra a decisão que indefere ou revoga a prisão preventiva cabe RESE (art. 581, V).
Da decisão que defere não cabe recurso (somente HC, que é ação).
19/05/17
PRISÃO TEMPORÁRIA
1 - Pressupostos
A prisão temporária garante as investigações do inquérito policial. Para ser decretada é preciso dos pressupostos previstos no art. 1º da lei 7.960/89:
	I – Periculum in mora
	II – Periculum in mora
III – Fumus boni iuris + natureza do crime
Os dois requisitos dos incisos I e II são alternativos. NASA impede que tenha os dois presentes, mas só um basta desde que cumulado com o inciso III.
Não cabe prisão temporária se o crime não estiver na relação do inciso III.
2 - Legitimidade
Será decretada pelo juiz mediante requerimento do MP ou representação da autoridade policial. O juiz de ofício não pode decretar.
3 – Momento
Ela só é cabível no curso do inquérito policial, diferentemente da prisão preventiva que cabe no andamento do processo.
4 – A Prisão Temporária tem duração de 5 dias prorrogáveis por mais 5. Na lei de crimes hediondos o prazo da PT é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
PRISÃO DOMICILIAR
É relativamente recente em nosso ordenamento jurídico.
É uma prisão cautelar substitutiva da prisão preventiva desde que presente uma das hipóteses legais.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
2 – Hipóteses – Art. 318 CPP
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 
I maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
III imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
LIBERDADE PROVISÓRIA
É a regra a liberdade. As medidas de prisão são cautelares.
1- Conceito
A liberdade provisória é um instituto processual que substitui a prisão em flagrante caso presentes os requisitos legais e desde que o agente cumpra as obrigações que lhe forem impostas
2 – Relaxamento
Ocorre quando a prisão é ilegal. No relaxamento a pessoa é colocada em liberdade quando há ilegalidade.
Quando há liberdade provisória é porque a prisão foi legal
3 – Espécies – Art. 310, III
Art. 310. Ao receber o auto de prisãoem flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
III conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
	Liberdade provisória com pagamento de fiança – Art. 322 CPP
Será concedida pela autoridade policial nas infrações penais cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 anos. Nos demais casos a fiança será avaliada pelo juiz
Há crimes que são inafiançáveis e estes estão previstos na CF. O legislador ordinário não pode estabelecer hipóteses de inafiançabilidade.
O art. 323 trás alguns crimes que não admitem fiança. Todas estas hipóteses estão na CF.
PROVA!
Art. 323. Não será concedida fiança: 
I nos crimes de racismo; 
II nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
III nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Obrigações – arts. 327 e 328 CPP
Comparecer ao inquérito e ao processo sempre que for intimado
Não mudar de endereço sem prévia autorização do juiz e sem comunicar o local em que possa ser encontrado.
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se
por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
O valor da fiança deve observar um critério de natureza objetiva (art. 325) e um critério de natureza subjetiva (art. 326).
	Objetivo: Pena máxima de 4 anos
	Subjetivo: 
LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA – Art. 310, p.ú. CPP.
Será concedida na hipótese de excludente de ilicitude.
Será concedida desde que compareça em todos os atos do processo.
EXTINÇÃO DA FIANÇA
Existem 3 hipóteses
	Quebramento da fiança – art. 328 e 341 CPP. Ocorre quando o agente descumpre as obrigações. O quebramento enseja a perda de 50% do valor pago na fiança, podendo ainda ser decretada a prisão preventiva quando couber (art. 343 CPP)
	Perdimento da fiança – Art. 344 – o agente perderá o valor dado em fiança quando não se apresentar para o início do cumprimento da pena.
A destinação da fiança consta do art. 336
	Cassação – Art. 338 e 339 CPP – Ocorrerá a cassação quando se reconhecer quando ela era incabível ou quando inovada a classificação do crime para uma infração inafiançável.
	Fiança sem efeito ou Inidônea - Art. 340, p.ú. – é a hipótese da fiança não reforçada. O art. 340 trás as ocasiões a serem exigidas este reforço.
“Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
I quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
II quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;
III quando for inovada a classificação do delito.”
25/05/17
MEDIDAS CAUTELARES
Art. 319 CPP
Bipolaridade do sistema cautelar
Prisão
Medidas cautelares –
Liberdade
A lei que inseriu é a 12.403/11. Esta lei alterou o CPP para inserir estas medidas. Primeiramente analisa se há a possibilidade da liberdade provisória. Se não for possível verificará a imposição de medidas cautelares. Somente quando não for possível essas medidas o Juiz decretará a prisão preventiva.
É uma medida provisória.
Deverá verificar:
Fumu bonus iuris
Periculum in mora
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). – ATENÇÃO! Não é prisão domiciliar. A pessoa pode sair para trabalhar.
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semiimputável
(art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IX monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
O juiz pode fixar quantas medidas cautelares que achar necessária.
O descumprimento da medida cautelar não importa, em decretação de prisão automática. Se houver uma violação o juiz pode impor outras medidas ou decretar a prisão.
COMPETÊNCIA
É a medida da jurisdição. As regras de competência delimitam quais são os casos em que o magistrado poderá julgar.
É o âmbito dentro do qual cada órgão jurisdicional exerce a jurisdição (poder de dizer o direito).
2 – Competência
A competência comporta algumas espécies:
Ratione Materiae – É a competência em razão da matéria. Verifica-se a natureza da infração penal – ex: crime eleitoral – será julgado pela justiça eleitoral.
Ratione Personae – É a competência em razão da pessoa. Leva-se em conta a existência do foro por prerrogativa de função. Ex: PM – será julgado pela justiça militar.
Ratione Loci – Competência territorial, em razão do território, no local em que se consumar a infração penal.
Exemplo: se uma moto foi roubada em SP e capturada em Moji das Cruzes. A lavratura do auto de flagrante será feita no DP mais próximo, mas 
	
	Competência funcional – é fixada de acordo com a função que cada órgão exerce no processo
		Por fase do processo – cada órgão jurisdicional vai exercer uma função conforme a fase em que o processo se encontrar. Ex: Tribunal do Juri. O procedimento é bifásico ou escalonado. 
A primeira fase é a manifestação do Juiz com a Pronúncia
A segunda fase é a atuação do conselho de sentença
		Por objeto do Juízo – cada órgão jurisdicional exercerá a sua competência sobre determinadas questões.
No júri, há a competência do conselho de sentença – matéria de fato
O juiz aplicará a pena – matéria de direito
Ele nunca vai dizer se o réu é culpado ou não. Somente analisa as questões de natureza de direito.
Nestes há a competência funcional HORIZONTAL
	Por grau de Jurisdição – divisão entre órgãos superiores e inferiores. Refere-se a competência recursal.
Nestes há competência VERTICAL
RELATIVA
Privado – essa distinção é bastante mitigada no processo penal.
É prorrogável
Alegada em momento oportun
o
Pode ser declarada de ofício(art. 251 CPP)
Competência territorial
ABSOLUTA
Interesse público
Improrrogável
Alegada a qualquer momento
Pode ser declarada de ofício
Competência em razão da matéria, da pessoa e territorial

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