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Endodontia Urgências, soluções irrigadoras, técnicas anestésicas Urgência em endodontia 90% das emergências em odontologia Dor, Tumefação Problema interferindo atividades rotineiras Sono, alimentação, trabalho, concentração Duração No máximo 2 a 3 dias Eficácia de medicamentos Dificilmente medicamentos aliviam dores associadas às emergências endodônticas Não postergar tratamento Urgência em endodontia Diagnóstico Subjetivo História médica e dental Objetivo Exame clínico e visual Testes de vitalidade pulpar - Térmico, elétrico, cavidade Testes perirradiculares - Palpação e percussão Sondagem periodontal Radiográfico Tratamento Intervenção no sistema de canais Urgência em endodontia Dor de origem pulpar Fibras sensoriais do gânglio trigeminal Tipo A –Delta Mielínicas com rápida condução Baixo limiar e maior calibre Dor de origem dentinária – sensibilidade/hipersensibilidade Pulpite reversível – limiar reduzido Dor ao frio Estimulada, resposta rápida e de curta duração Geralmente não necessita de tratamento endodôntico Tipo C Amielínicas menor velocidade Elevado limiar e menor calibre Dor grave patológica Pulpite irreversível – limiar aumentado Espontânea, resposta lenta, difusa Frio alivia dor Necessidade de tratamento endodôntico Urgência em endodontia Tratamento Dores que necessitam intervenção Hipersensibilidade dentinária – exposição de túbulos dentinários Não requer tratamento endodôntico Dor aguda, localizada, provocada por estímulos(mecânicos, osmóticos, térmicos e bacterianos) Associadas a recessão gengival Tratamento – substâncias que promovem oclusão dos túbulos ou reduzem atividade nervosa(Oxalato de potássio ou flúor, cimentos de ionômero de vidro ou adesivos detinários) Pulpite reversível – geralmente causada por microrganismos Dor semelhante à da hipersensibilidade dentinária Associada a restaurações extensas, recentes ou fraturadas, cárie profunda ou recidivante, sem exposição pulpar Geralmente remoção do agente infeccioso(Cárie) = alívio da dor Curativo de oxido de zinco e eugenol Forramento com cimento de hidróxido de cálcio e restauração provisória Pulpotomia Urgência em endodontia Tratamento Dores que necessitam intervenção Pulpite irreversível sintomática – geralmente causada por microrganismos Exposição pulpar por cárie Dor aguda, contínua, espontânea e às vezes difusa Pode haver dor à percussão Remoção da cárie e tratamento endodôntico(Pulpotomia ou pulpectomia) Unirradiculares: Acesso Instrumentação dos 2/3 Medicação intracanal Restauração provisória Multirradiculares: Acesso Instrumentação dos 2/3 do canal mais amplo Superiores - palatino Inferiores - distal Medicação intracanal Restauração provisória Urgência em endodontia Dor de origem perirradicular Agressão microbiana Mediadores químicos desencadeiam uma resposta inflamatória Ação direta sobre as fibras nervosas Diminuição do limiar Vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular Formação de edema Compressão das fibras nervosas sensoriais Ligamento periodontal possui espaço limitado – situação crítica Principal responsável pela dor de origem perirradicular Produtos bacterianos Gazes Enzimas Componentes estruturais Urgência em endodontia Periodontite apical aguda Origem Infecciosa – canal infectado, microrganismos periodontais Tratamento endodôntico Traumática – restauração alta Alívio da restauração Dor intensa à mastigação Teste positivo de percussão Palpação positiva ou não Dor ao toque Sensação de “dente crescido” – ligeira extrusão do dente pelo edema no LP Radiograficamente pode haver ou não espessamento do LP Urgência em endodontia Abscesso periapical agudo Dor espontânea, Pulsátil Dor à mastigação Percussão e palpação positivos Pode haver mobilidade e envolvimento sistêmico(febre) Estágios: Inicial Não há tumefação – geralmente confundido com periodontite apical aguda Drenagem de exsudato purulento pelo canal após abertura coronária Em evolução Tumefação consistente e não flutuante Dor mais intensa Localizado no espaço subperiosteal Drenagem de exsudato purulento pelo canal após abertura coronária e às vezes por incisão intraoral Evoluído Tumefação flutuante Dramático alívio da dor após ruptura do periósteo pelo exsudato purulento Drenagem através de incisão intra ou extraoral Urgência em endodontia Abscesso periapical agudo Considerações Esperar que o exsudato seja drenado por completo Sempre selar porção coronária após cada sessão Flare up Emergência que se desenvolve entre as sessões Dor e ou tumefação Periodontite apical aguda ou abscesso periapical agudo secundários Causas Microrganismos e seus produtos – desequilíbrio Iatrogenia – sobre-instrumentação, sub-instrumentação, extravasamento de solução irrigadora no forame Fatores relacionados ao hospedeiro Dor prévia ao tratamento Mulheres acima dos 40 anos Dentes inferiores Dentes com lesão periapical Histórico de retratamento e alergia Soluções irrigadoras Auxiliares no processo de instrumentação mecânica Dissolução dos tecidos orgânicos – vivos ou necróticos Eliminação ou máxima redução de microrganismos Lubrificação Quelação de íons cálcio Suspensão de dendritos oriundos da instrumentação Remover smear layer Líquido, creme ou gel Soluções irrigadoras Requisitos Tensão superficial Forças de atração das moléculas da superfície é maior do que as do interior, devido o seu contato com o meio externo, essa superfície se comporta como uma película elástica Agentes tensoativos diminuem tensão superficial de substâncias Sólidos exercem força de atração sobre líquidos, quando essa força é maior que a tensão superficial ocorre o molhamento desse sólido Capilaridade é inversamente proporcional à tensão superficial Tensão superficial determina a profundidade de penetração do líquido no canal e nos túbulos dentinários Quanto menor tensão superficial, maior sua capacidade de molhamento e penetração e maior efetividade na limpeza das paredes do canal Viscosidade Resistência ao movimento relativo das moléculas de um fluido em movimento Quanto maior viscosidade mais difícil o escoamento Inverso de fluidez Aumento da viscosidade diminui sua capacidade de penetração Soluções irrigadoras Requisitos Dissolução de tecidos Propriedade necessária Visa remover tecido pulpar vivo ou necrótico Complexidade da morfologia interna dos canais radiculares – mecanicamente inacessíveis Todo tecido pulpar deve ser removido – para não servir de substrato para microrganismos Depende de vários fatores Volume de solução e massa do tecido orgânico Tempo de ação Temperatura da solução Agitação mecânica Concentração da solução Frequência da renovação da solução no interior do canal Atividade antimicrobiana Principais causadores de patologias pulpoperirradiculares Infecção mista – predomínio anaeróbias estritas (90%) Efeito adicional Redução de microrganismos não removidos mecanicamente Soluções irrigadoras Requisitos Atividade quelante Remove íons cálcio da dentina fixando-os quimicamente Depende de solubilidade e capacidade de dissociação mecânica Maior eficiência na apresentação aquosa Facilita o trabalho de instrumentação do canal Efeito descalcificante diminui resistência das paredes dentinárias e maior corte em canais atrésicos Não muito efetivo como agente descalcificante Maior efetividade na remoção de Smear Layer Atividade lubrificante Diminui atrito – instrumento x parede dentinária Diminui desgaste dos instrumentais Preserva capacidade de corte Favorece passagem de instrumentos até o comprimento de trabalho Soluções irrigadoras Requisitos Suspensão de dendritos Impede sedimentação na região apical Favorece remoção durante irrigação x aspiração Realizar renovações frequentes para evitar saturação Capacidade irrigante Irrigação x aspiração Propriedades físicas Pequeno coeficiente de viscosidade Pequena tensão superficial Aumento do alcance do jato Turbulência e refluxo do líquido na direção coronária Maior efetividade na limpeza do canal Soluções irrigadoras Requisitos Biocompatibilidade Apresenta toxicidade para as células Não seletivo Dependem de: Toxicidade Concentração Tempo de contato Área de contato Curto tempo e contato com área mínima = efeito irritante reduzido Efeito irritante transitório O não emprego dessas soluções pode comprometer o tratamento Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas Complexidade anatômica Contato dificultado da substância com os tecidos Tempo de permanência reduzido Pequeno volume do canal Renovação deficiente da substância Movimentação do instrumento durante preparo e cateterismo, facilita penetração Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas - NaOCL Hipoclorito de sódio Líquido de Dakin 0,5% Líquido de Dausfrene 0,5% Solução de Milton 1% Licor de Labarraque 2,5% Soda clorada 4 a 6% Água sanitária 2-2,5% Soluçao irrigadora mais utilizada Antimicrobiana Solvente de matéria orgânica Desodorizante – letal aos microrganismos, oxidação dos produtos bacterianos Clareadora Lubrificante Baixa tensão superficial Detergente Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas - NaOCL Hipoclorito de sódio Em pH ácido sua atividade antimicrobiana é potencializada e sue estabilidade é comprometida – ácido hipocloroso Dissolução de tecidos através de ação do hipoclorito de sódio e ácido hipocloroso agindo em componentes diferentes da polpa Toxicidade depende da concentração de NaOH(hidróxido de sódio) Atividade solvente depende: Volume da solução e massa do tecido Tempo de ação Temperatura da solução Agitação mecânica Concentração da solução Frequência de renovação da solução Quanto maiores os fatores supracitados = maior a capacidade de dissolução 19 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas - NaOCL Hipoclorito de sódio Atividade solvente Reação I – saponificação – acontece nas soluções mais concentradas Hidróxido de sódio reage com ácidos graxos(óleos e gordura), formando sais de ácidos graxos e glicerol(sabão) Reação II - neutralização Hidróxido de sódio reage com aminoácidos das proteínas, formando sal e água Reação III – acontece nas soluções menos concentradas Ácido hipocloroso reage com grupamento amina dos aminoácidos das proteínas, formando cloraminas e água Aumento da concentração e temperatura aumentam dissolução – aumento da colisão entre moléculas O tecido vital é dissolvido com mais facilidade do que o necrosado 20 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas - NaOCL Hipoclorito de sódio Atividade antimicrobiana Liberação de cloro – ácido hipocloroso e íon hipoclorito Hidróxido de sódio Potencializada em pH baixo – aumento de ácido hipocloroso não dissociado e diminuição de íon hipoclorito Inibição enzimática e formação de cloraminas na membrana e no citoplasma Considerações clínicas Armazenagem inadequada Abertura frequente do frasco Nenhuma amostra apresenta concentração prevista pelo fabricante Soluções de hipoclorito são instáveis As soluções de 0,5% são as que mais perdem cloro ativo proporcionalmente Perde eficiência com elevação da temperatura e exposição à luz e ao ar durante armazenagem Mais indicada na concentração 2,5% da marca Clorox, Super Globo e Q-Boa 21 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas - NaOCL Hipoclorito de sódio Vantagens Relativamente barato Rápida atuação Desodorizante e lubrificante Atividade antimicrobiana pronunciada contra bactérias, vírus e fungos Relativamente não tóxico nas condições de uso Solvente de matéria orgânica Concentrações facilmente determinadas Clareador Desvantagens Instável ao armazenamento Inativado por matéria orgânica Corrosivo Irritante a pele e mucosa Forte odor Descora tecidos Remove carbono da borracha 22 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas Clorexidina 2% Agente antimicrobiano de amplo espectro – gram positivas e gram negativas Substantividade – se liga à hidroxiapatita do esmalte ou da dentina e às glicoproteínas sendo liberada lentamente Em baixa concentração = bacteriostático Em alta concentração = bactericida Molécula catiônica da clorexidina é atraída pela superfície bacteriana que é carregada negativamente Promove ruptura da membrana citoplasmática – lise celular Inibe enzimas = ATPase Ausência de toxicidade aos tecidos orais Menor atividade antimicrobiana do que o NaOCL Não dissolve matéria orgânica Primeira escolha em pacientes alérgicos ao NaOCL e pacientes com ápice aberto Não pode ser associada ao NaOCL – Smear Layer – manchas acastanhadas 23 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas Ácido etilenodiamino tetracético dissódico (EDTA) Sal derivado de ácido fraco Promove quelação de íons cálcio da dentina Íons cálcio são incorporados às moléculas de EDTA até saturação da solução Inativação da solução = requer renovação Aumenta permeabilidade da dentina Atividade antimicrobiana – potencializa efeito do hipoclorito – bacilos anaeróbios estritos Remoção de Smear Layer após instrumentação - fase pre-obturação Acondicionado em recipiente de vidro pode quelar o cálcio do silicato de cálcio existente na composição do vidro, diminuindo sua efetividade 24 Soluções irrigadoras Substâncias utilizadas RC-Prep EDTA 15% + Peróxido de Uréia 10% e carbowax 75% Favorece remoção de detritos e limpeza do canal Glyde EDTA + Peróxido de Carbamida em base hidrossolúvel Semelhante ao RC-Prep EDTA gel EDTA + espessante Àcido cítrico Remoção de Smear Layer MTAD Tetraciclina + ácido cítrico + detergente Remoção de Smear Layer a antimicrobiano Água de Cal Irrigação de canais com vitalidade pulpar Tratamentos conservadores Hemostático Água oxigenada – peróxido de hidrogênio Glicerina Lubrificante – cateterismo de canais atrésicos Agua destilada Soro fisiológico Solução anestésica 25 Anestesia em endodontia Anestesia indolor Anestésicos tópicos Temperatura da solução – não muito baixa Injeção lenta da solução – 1 min por tubete Vibração dos tecidos moles adjacentes – desviar foco de atenção Qualquer procedimento endodôntico requer anestesia 26 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Mandibulares Bloqueio do NAI – principal técnica Alto índice de insucesso – variações de anatomia, erro de técnica, inervação acessória(nervo milo-hióideo) Dormência dos lábios – início em 5 a 7 min Anestesia pulpar – início em 10 a 15 min e duração por 2 a 2,5h Anteriores – bloqueio do incisivo, complemento com terminal infiltrativa vestibular Técnicas alternativas(Gow Gates e Akinosi) – somente em caso de limitações do paciente(trismo ou tumefações) Maxilares Terminal infiltrativa apresenta alto índice de sucesso Anestesia pulpar – início de 3 a 5 min e duração de 30 a 60 min O aumento de volume de anestésico(de 1 para 2 tubetes) aumenta taxa de sucesso e duração Eventualmente bloqueio dos NASP para intervenção em molares Bloqueio do infraorbitário não anestesia necessariamente polpa de incisivos, apenas de pré molares 27 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Suplementares Ineficácia das técnicas convencionais – principalmente em mandíbula Não substitui técnicas convencionais Grande possibilidade de sucesso 28 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Suplementares Intraligamentar Técnica de escolha quando convencional não foi eficaz Agulha inserida na mesial do dente Ângulo de 30° e em contato com o dente Agulha segura e sustentada com os dedos ou porta agulha Penetração máxima possível entre dente e crista óssea Bisel voltado para o dente Aplicação de forte pressão no embolo por cerca de 10s Aplicação lenta Se não houver resistência à agulha, a mesma deve ser reposicionada e inicia-se nova tentativa Repete-se a injeção na porção distal do dente Injeção de cerca de 0,2ml na mesial e 0,2ml na distal Pode ser muito doloroso em dentes anteriores Anestesia imediata Duração 20min Mais efetiva em posteriores Leve desconforto pós operatório Contraindicada em casos de patologia perirradicular sintomática(periodontite apical e abscesso periapical agudos) 29 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Suplementares Intrapulpar Segunda escolha Pode ser extremamente dolorosa Anestesia imediata Duração – 15 a 20min Anestesia profunda se executada sob pressão – resistência à injeção é essencial para sucesso da técnica Com os dedos firmando a agulha, insere lentamente e, ao mesmo tempo, pressiona o embolo lentamente para injetar solução Agulha inserida apicalmente até sofrer máxima resistência Nesse momento uma forte pressão é aplicada ao embolo por 5 a 10s Depositar o líquido passivamente na polpa não tem efeito anestésico eficiente Contraindicada em dentes com necrose pulpar – Expulsão de microrganismos pelo forame 30 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Suplementares Intraóssea Alto índice de sucesso em casos de pulpite irreversível Requer dispositivos especiais e treinamento específico Não muito difundida no Brasil Solução anestésica depositada direto no osso esponjoso Requer prévia anestesia dos tecidos moles adjacentes Dentes com pulpite irreversível mais difíceis de anestesiar em ordem decrescente Molares inferiores Pre molares inferiores e superiores Molares superiores Incisivos inferiores 31 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Abcesso Infiltração ao redor – principalmente por anterior e posterior Superior Bloqueio do NASP ou Infraorbitário Inferior Bloqueio do NAI + Bucal e ocasionalmente o N. Lingual Palato Anterior – nasopalatino Posterior – Palatino maior Em cima do forame – infiltração ao redor Técnicas suplementares são contraindicadas 32 Anestesia em endodontia Técnicas anestésicas Cirurgia perirradicular Anestesia eficaz profunda através de bloqueio Infiltrativas para promover hemostasia Anestesia de nervos lingual, nasopalatino e palatino maior Durante procedimento infiltrações adicionais nas áreas sensíveis são ineficazes 33 Resumo dos capítulos 6-Parte2, 13 e 19 do livro: Endodontia – Biologia e Técnica, 3ª edição; LOPES, Hélio Pereira; SIQUEIRA Jr., José Freitas
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