Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO CIVIL II - OBRIGAÇÕES PROF. EDUARDO RÉGIS GIRÃO C. PINTO COLABORAÇÃO DA MONITORA TAINAH SALES (2010) Parte I – Teoria geral e transmissão das obrigações 01. Em que consiste e qual a natureza jurídica da cessão de crédito? Como se instrumentaliza (analisar planos da validade e da eficácia)? 02. A respeito da cessão de crédito, analise as afirmativas a seguir: I. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que tinha contra o cedente no momento em que veio a ter conhecimento da cessão. II. Na cessão de crédito, a título oneroso, ainda que não se responsabilize, o cedente fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu. III. A cessão de crédito apenas é eficaz em relação ao devedor quando a este notificada ou quando o devedor se declarar ciente da cessão por meio de escrito público ou particular. Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. 03. (OAB Unificada Maio 2008) Acerca do direito das obrigações, assinale a opção correta: a) Se, em uma obrigação solidária passiva, um dos devedores, sem a anuência dos demais, renegociar a dívida, assumindo a majoração dos juros pactuados, a obrigação adicional é devida por todos os coobrigados em face da aplicação da teoria da representação, ou seja, da existência de mandato recíproco entre os devedores solidários. b) A cessão do crédito afasta a compensação, pois acarreta a modificação subjetiva da relação obrigacional, mediante a alteração do credor. Assim, o devedor que, notificado da cessão que o credor faz dos seus direitos a terceiros, nada opõe à cessão não pode alegar direito à compensação. c) A cessão de crédito consiste em negócio jurídico por meio do qual o credor transmite o seu crédito a um terceiro, com modificação objetiva da obrigação, e para cuja validade é necessário o consentimento prévio do devedor. d) Nas obrigações alternativas, as partes convencionam duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis, cujo adimplemento requer o cumprimento de apenas uma delas, ou seja, concentra-se em uma única para pagamento por meio de escolha, seja do credor seja do devedor. 04. Observadas as proposições abaixo, assinale a alternativa correta: I. A cessão de crédito depende de anuência do devedor. II. A assunção de dívida deve ser comunicada ao credor no prazo de trinta dias de sua realização, sob pena de suspensão de seus efeitos até medida judicial ulterior. III. Na cessão de crédito, pode o cessionário exercer atos conservatórios do direito cedido independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor. a) Somente estão corretas I e III. b) Somente estão corretas I e II. c) Somente está correta III d) Somente está correta II e) Se estão corretas I, II, III. 05. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que: a) for feita em primeiro lugar. b) for feita por escritura pública. c) se completar com a tradição do título do crédito cedido. d) for feita por último. e) abranger todos os seus acessórios. 06. (OAB/CESPE – 2007.3. PR) Assinale V ou F com relação ao direito das obrigações. Havendo pluralidade de devedor, o inadimplemento da obrigação indivisível não altera os direitos do credor nem a obrigação perde esse caráter, podendo, assim, o credor demandar a obrigação por inteiro, mais perdas e danos, de qualquer dos devedores. Com a assunção de dívida, subsiste o débito originário, com os seus acessórios e garantias especiais, assumindo o terceiro a posição de devedor, independentemente da concordância do credor ou do devedor originário. 07. (OAB SC – 2003) Assinale a alternativa CORRETA, conforme o ordenamento civil. a) O terceiro não interessado, que paga uma dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, se sub-rogando nos direitos do credor. b) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou. c) O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. 08. João é devedor de José na quantia de R$200.000,00, com data definida em contrato para sessenta dias. O credor negociou com o Banco X seu crédito, recebendo o valor de 95% do total do título. Que tipo de transação ocorreu entre o Banco X e José? O que deve ser feito para a transação ser eficaz? 09. José cedeu seu crédito a João no valor de R$40.000,00. Contudo, João não notificou ao devedor acerca da cessão de crédito, tendo este pago a José. Este pagamento foi válido? O cessionário poderá cobrar o valor do devedor? 10. Leia atentamente as assertivas abaixo acerca das obrigações solidárias. I - A suspensão da prescrição em favor de um dos credores solidários estender-se-á a todos. II - O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais. III - O pagamento feito a um dos credores solidários extingue inteiramente a dívida. IV - A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. V - Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Sobre as assertivas acima, pode-se afirmar que estão corretas: a) I, II e III; b) II, IV e V; c) I, III e IV; d) II, III e IV; e) III, IV e V. 11. Responda V ou F e justifique as alternativas falsas: A indivisibilidade da obrigação depende da pluralidade de credores ou devedores. Os conceitos de obrigação alternativa e facultativa têm o mesmo significado. Em regra, a escolha da obrigação alternativa cabe ao credor. A solidariedade não se presume. Na obrigação solidária ativa o devedor se desobriga pagando a qualquer credor nas mesmas condições em que se libera do vínculo obrigacional indivisível. 12. Em que consiste e qual a natureza jurídica da assunção de dívida? Quais os pressupostos de validade? Quem é o assuntor? 13. (OAB Ceará 2004) Assinale, entre as afirmações a seguir, qual a correta, considerando-se as disposições do Código Civil/2002: a) A validade da assunção de uma dívida, por terceiro, independe da anuência expressa do credor. b) A assunção da dívida não exonera o devedor primitivo, ficando a sua obrigação intacta até que o assuntor cumpra a obrigação. c) Mesmo com assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. d) O novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que cabiam ao devedor primitivo, exceções essas que se transferem ao assuntor como efeito da própria assunção da dívida. e) O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se- á dado o assentimento. 14. (OAB Unificada 2009) A transmissibilidade das obrigações pode se dar por vontade das partes. “A cessão de crédito enfoca a substituição, por ato entre vivos, da figura do credor.” (Sílvio de Salvo Venosa). Sobre esta cessão é INCORRETO afirmar que: a) pode ocorrer a título oneroso ou gratuito; b) o crédito é transferido intacto, tal como contraído; c) os créditos inalienáveis por natureza, por força de lei ou por convenção entre credor e devedor não podem ser objeto de cessão; d) o cedente garante ao cessionário a existência do crédito, nas cessões onerosas;e) o cessionário não pode tomar medidas protetivas de seu crédito, antes de notificar o devedor. 15. Na assunção de dívida, a recusa do credor, no que diz respeito à mudança do devedor, precisa ser justificada? O que é assunção cumulativa de dívida? GABARITO – PARTE I 1. Subjetiva 6. FF 11. VFFVF 2. D 7. C 12. Subjetiva 3. B 8. Subjetiva 13. E 4. C 9. Subjetiva 14. E 5. C 10. B 15. Subjetiva Parte II – Pagamento e Extinção das Obrigações 16. (OAB-MG Agosto 2009) Sobre pagamento assinale a alternativa INCORRETA: a) qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la. b) o terceiro não interessado que paga a dívida em seu próprio nome se sub-roga nos direitos do credor. c) considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação. d) o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido. 17. (OAB CE 2004) O pagamento: a) só pode ser feito pelo devedor. b) só pode ser feito pelo devedor ou por terceiro interessado. c) pode ser feito mesmo por terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. d) só pode ser feito pelo devedor, seu representante ou sucessor. 18. (OAB CE 2004) Dá-se a imputação do pagamento na seguinte hipótese: a) o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é devida. b) o terceiro interessado paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. c) o devedor contrai com o credor nova dívida, substituindo ou extinguindo a anterior. d) a pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, ambos líquidos e vencidos, a um só credor, indica qual deles oferece o pagamento. 19. (OAB Unificado 2009.3) Assinale a opção correta a respeito da transmissão e das modalidades de obrigações. a) A obrigação pura é qualificada por uma condição, termo ou encargo. b) Tratando-se de assunção de dívida, o novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. c) A cessão de crédito pro soluto transfere o crédito sem que tal transferência possa significar a extinção da obrigação em relação ao devedor. d) Na obrigação de resultado, o devedor será exonerado da responsabilidade se provar que a falta do resultado previsto decorreu de caso fortuito ou força maior. 20. (TJSC – 2003) Assinale a alternativa correta: a) As prestações relativas a imóveis serão pagas, sempre, no lugar previsto contratualmente para o pagamento, ainda que diverso do local de situação do bem. b) Mesmo que ocorra motivo grave, o devedor não poderá efetuar o pagamento em lugar diverso do previsto contratualmente, ainda que não decorra prejuízo para o credor. c) O pagamento reiteradamente feito em outro local, faz presumir a renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. d) O pagamento será feito sempre no domicílio do devedor, não podendo as partes convencionar local diverso para o cumprimento da obrigação. 21. Correspondentemente ao instituto da compensação, assinale-se a única alternativa correta: a) O Código Civil admite a compensação de prestações de coisas infungíveis; b) Dívidas ilíquidas são passíveis de compensação; c) De regra, o fiador pode compensar a sua dívida com a de seu credor ou afiançado; d) É admissível a compensação de dívidas líquidas e vencidas, ainda que um dos devedores tenha a ela renunciado; e) Aquele que se obriga por terceiro pode compensar a dívida decorrente dessa obrigação com que o credor a ele dever; 22. (TJSC – 2002) Quanto ao instituto da “TRANSAÇÃO”, podemos afirmar: a) Nula uma das cláusulas da transação, esta subsiste íntegra quanto às demais; b) A transação entre o credor e o devedor principal só desobriga o fiador deste se as partes assim o estipularem expressamente; c) A transação entre o credor e um dos devedores solidários não extingue a obrigação quanto aos demais devedores; d) Admite-se a imposição, em transação, de pena convencional; e) A transação a respeito de litígio decidido por sentença passada em julgado é válida e eficaz, ainda que um dos transatores não tivesse conhecimento da sentença; 23. (TJSP – 173 – 2000) a) A compensação é um modo de extinção de obrigação, até onde se eqüivalerem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedora e credora uma da outra, por dívidas líquidas, vencidas e infungíveis. b) Quando o pagamento é efetuado em quotas periódicas, a quitação da última estabelece a presunção "juris tantum" de estarem solvidas asanteriores. c) Chama-se evicção a perda da coisa, por força de sentença judicial que a atribui a outrem, por direito anterior ao contrato. d) Tendo-se em consideração a autonomia de vontade e a liberdade contratual, ainda assim é inoperante a cláusula de não indenizar, estabelecida por empresa que explora estacionamento de veículos. 24. (TJPR – 1998) Sobre os modos especiais de extinção das obrigações, de acordo com disposições do Código Civil, assinale a alternativa correta: a) A pessoa que se obrigar por terceiro tem o direito de compensar a dívida, a cujo pagamento se obrigou, com a que o credor dele lhe dever. b) A consignação tem lugar sempre que o credor se recusar a receber o pagamento. c) O credor pode receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação que lhe era devida. d) A novação por substituição do devedor não pode ser efetuada sem o consentimento deste. 25. (OAB SP Agosto 2007) A empresa A é devedora da empresa B de quantia em dinheiro. Posteriormente, ocorre uma incorporação societária de B por A. Nessas condições, indique o que ocorrerá com a dívida existente. a) Deixará de existir, por remissão. b) Deixará de existir, por confusão. c) Continuará a existir, por novação. d) Continuará a existir, pela não satisfação da obrigação. 26. (MPRJ – XXIV – 2000) JOÃO, através de contrato escrito, emprestou para PEDRO cem mil reais, que deveriam ser pagos no dia 30 de abril de 2000. Na data do vencimento, PAULO, amigo de longos anos de PEDRO, procura JOÃO para efetuar o pagamento. Diante da recusa de JOÃO em receber o pagamento da quantia devida, PAULO pretende efetuar o pagamento por consignação. Pergunta-se (RESPOSTA JUSTIFICADA): A) pode PAULO usar da ação de consignação em pagamento para compelir o credor a receber a quantia devida? B) quais os efeitos jurídicos do pagamento efetuado por PAULO, caso JOÃO tivesse concordado em aceitá-lo? 27. (OAB/RJ) João, na qualidade de credor, aceita receber de Caio, devedor, um objeto diverso daquele estabelecido no instrumento obrigacional, extinguindo a obrigação pactuada. Nesse caso, foi realizada uma: a) doação b) transação c) novação subjetiva passiva d) dação em pagamento 28. (Juiz do Trabalho substituto 24 região 2006) Sobre a dação em pagamento, considere as proposições abaixo: I. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. II. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. III. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão. IV. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. RESPONDA: a) Todas estão corretas. b) Todas estão incorretas. c) Somente I e III estão corretas. d) Somente II e III estão incorretas. e) Somente IV está incorreta. 29. (Defensor do RN/2006) No regramento das obrigações dispõe o CódigoCivil que: a) feita a quitação do capital sem reserva de juros, estes se presumem pagos. b) não tendo sido ajustada época para o pagamento deve o credor notificar o devedor dando-lhe prazo de trinta dias para efetuar o pagamento. c) são, em regra, quitadas no domicilio do credor. d) não é válido o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo. 30. (TJBA – 1999) Ao modo de extinção de obrigações, até onde se equivalerem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedor e credor uma da outra se dá o nome de: 01. Imputação do pagamento, e pode ser feita independentemente do consentimento do credor. 02. Compensação, e só se efetiva entre dividas vencidas e coisas infungíveis. 04. Confusão, e pode verificar-se sobre toda a divida ou só pane dela. 08. Compensação, e só se opera em relação à divida toda. 16. Novação, e por ela podem ser validadas obrigações nulas ou extintas. 32. Compensação, e pode efetuar-se entre coisas fungíveis. 31. (OAB SP) Sobre o adimplemento das obrigações, é correto afirmar: a) o pagamento feito de boa-fé a quem aparentava ser credor, mas não o era, é considerado válido. b) pagamento reiteradamente aceito pelo credor em local diverso do combinado não presume renúncia do credor acerca do previsto no contrato. c) a pessoa obrigada com o mesmo credor, por dois ou mais débitos líquidos e vencidos, deve pagar primeiramente o mais antigo. d) ocorre a compensação quando se confundem na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor de uma obrigação. 32. (OAB RJ 2006) A operação de mútua quitação entre credores recíprocos é: a) Compensação; b) Dação em pagamento; c) Resilição; d) Transação. 33. (OAB PR 2006) Sobre o adimplemento e o inadimplemento das obrigações, assinale a alternativa CORRETA: a) o inadimplemento absoluto gera nulidade superveniente da obrigação. b) a consignação em pagamento de um valor em dinheiro é sempre instrumento hábil para desobrigar o devedor mesmo se tratando de obrigação de dar coisa certa. c) o integral inadimplemento da prestação devida não se confunde com o inadimplemento absoluto da obrigação. d) o pagamento do valor previsto na cláusula penal compensatória sempre pode ser exigido pelo credor cumulativamente com o cumprimento, ainda que intempestivo, da prestação devida. 34. (OAB DF 2006) O direito obrigacional estabelece: a) dentre as modalidades das obrigações, as obrigações de dar, que por sua vez se subdividem em dar coisa certa e dar coisa incerta; b) nas obrigações de não fazer, sua extinção vincula-se ao dolo do obrigado, cuja abstenção se comprometeu a realizar; c) a principal modalidade de adimplemento obrigacional é o pagamento, que importa na exoneração que o credor realiza em face do devedor, mas não quanto aos terceiros obrigados; d) Tempo e lugar do pagamento são conceitos absolutos, que não admitem modelações entre o credor e o devedor. 35. (OAB / 2006) Em conformidade com o direito das obrigações, assinale a opção incorreta. a) A obrigação alternativa ou facultativa tem natureza complexa porque possui prestações e objetos múltiplos, exigíveis cumulativamente, em que o devedor se libera prestando integralmente todas as prestações pactuadas, salvo em razão do perecimento de uma ou de algumas das prestações em razão de caso fortuito ou por força maior. b) Se a obrigação for solidária, e houver novação entre credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contraiu a nova obrigação remanescem todas as garantias do crédito novado, ficando, por esse fato, exonerados os outros devedores. c) Nas obrigações de meio, o devedor satisfaz a obrigação desde que demonstre que todas as possibilidades foram utilizadas para atingir o objetivo pretendido, mas não necessário. d) O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra mais valiosa. O devedor só se desonera da obrigação após entregar ao credor exatamente a coisa prometida. Do contrário, a obrigação converte-se em perdas e danos. 36. Quais modalidades de pagamento estão presentes nas seguintes hipóteses? a) o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é devida. b) o terceiro interessado paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. c) o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir a anterior. d) a pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, ambos líquidos e vencidos, a um só credor, indica qual deles oferece o pagamento. 37. José é fornecedor assíduo de João, comerciante de cereais. A cada quinze dias, mandava quantidade de gêneros e João emitia cheques pré-datados. Desta forma, no dia 20 de outubro de 2016, José estava de posse de 3 cheques vencidos e líquidos na seguinte forma: um no valor de R$15.000,00 vencido no dia 15/08/2016; outro de R$32.000,00 vencido no dia 15/09/2016; outro no valor de R$34.000,00 vencido no dia 15/10/2016. No dia da cobrança (20/10/2016), João só possuía R$33.000,00. a) João pode escolher pagar qualquer uma das dívidas? b) Como se dá o nome dessa modalidade de pagamento? c) Se, ao invés de possuir somente R$33.000,00, possuísse R$47.000,00, quais dívidas poderia escolher pagar? 38. Maria comprou um quadro pertencente a seu namorado. Como nada foi estipulado acerca da data do pagamento, o namorado cobrou o valor no momento da entrega. Maria recusou-se a pagar, sob a justificativa de que se nada houver sido estipulado, o devedor tem 30 dias para efetuar o pagamento. Está correto o pensamento de Maria? Justifique. 39. Maria devia R$5.000 ao seu amigo, tendo sido estipulado o dia 10/02/2007 para o pagamento. Em julho o amigo resolveu cobrar o montante, havendo sido pago o valor de R$5.000,00, mediante recibo de quitação plena e irrestrita. Possível, nesse caso, cobrar posteriormente juros e multas? 40. Desejando fazer surpresa para seu pai, Marcos resolveu solver uma obrigação dele junto ao credor, solicitando recibo em seu próprio nome. Posteriormente, após grande aborrecimento com seu pai, resolve cobrar a dívida, sendo esta no valor de R$15.000,00. Seu pai negou-se a pagar, tendo em vista que não havia pedido favor ao filho. Esta recusa é correta? 41. Maria viajou aos Estados Unidos e fez muitas compras, pagando-as no cartão de crédito. Ao receber o extrato, as especificações da cobrança estavam em dólar. No vencimento, Maria foi ao banco com dólares para pagar o valor do débito. O caixa do banco deverá aceitar? Por quê? 42. José deve R$20.000,00 para João, sendo que R$2.000,00 se referem a juros. A devedora pagou R$1.000,00 e no recibo não se estipulou se era referente ao principal ou aos juros. a) Como se presume o pagamento realizado: é referente aos juros ou ao principal? b) O credor poderia não ter aceitado ter recebido parcialmente? 43. Alguém comprou mercadoria e quis pagar com cheque, mas o credor recusou-se a receber o pagamento alegando que só aceitaria receber dinheiro. Essa recusa é válida, sabendo que o cheque é prática comum na sociedade? 44. O pagamento feito por terceiro em favor do devedor somente obriga o devedor a reembolsá-lo se o devedor tiver concordado com o pagamento do terceiro? 45. O devedor foi à residência do credor pagar e espécie um cheque que havia emitido sem fundos no valor de R$1.000. O credor não estava em casa, mas apenas sua esposa, que tinha o cheque em seu poder e queria entrega-lo ao devedor em troca do devido pagamento, pois estava sem o recibo de quitação. Este, então, para não correr risco de pagar mal, disseà esposa que só recebia mediante recibo e voltou pra casa com o dinheiro e sem o cheque, prometendo voltar quando o credor tivesse em casa. O devedor agiu corretamente? GABARITO – PARTE II 16. B 26. Subjetiva 36. Subjetiva 17. C 27. D 37. Subjetiva 18. D 28. A 38. Subjetiva 19. D 29. A 39. Subjetiva 20. C 30. 32 40. Subjetiva 21. C 31. A 41. Subjetiva 22. B 32. A 42. Subjetiva 23. A 33. C 43. Subjetiva 24. C 34. A 44. Subjetiva 25. B 35. A 45. Subjetiva Parte III – Inadimplemento das Obrigações 46. No que diz respeito à mora e aos seus efeitos, pode-se afirmar que: a) Seria uma formar de purgação de mora, se aquele que possui direitos decorrentes da mora os renuncia (são direitos disponíveis); b) O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, exceto nas hipóteses de caso fortuito e força maior; c) Ainda que agindo dolosamente, o devedor não tem responsabilidade pela conservação da coisa, na hipótese de mora do credor; d) A culpa do devedor não é requisito essencial à configuração da mora; e) Nas obrigações provenientes de delito, a mora se estabelece a partir da data da denúncia. 47. (2015; CESPE; TRF5ªR; Juiz Federal) A respeito do inadimplemento das obrigações, assinale a opção correta. a) A redução da cláusula penal quando a obrigação principal tiver sido cumprida em parte deve-se dar no percentual de dias cumpridos do contrato. b) Se, devido a mora do devedor, a prestação não for mais de interesse do credor, este poderá rejeitá-la e exigir a satisfação das perdas e dos danos. c) Devido a obrigação proveniente da prática de ato ilícito, o devedor será considerado em mora desde o ajuizamento da ação indenizatória. d) Devido ao fato de a obrigação principal e a multa compensatória terem naturezas diversas, a cobrança desta não impede que o credor exija o cumprimento daquela. e) Em caso de inexecução involuntária do contrato, o inadimplente pode ser compelido a pagar as perdas e os danos se tiver se responsabilizado pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou de força maior. 48. Consoante as regras pertinentes ao direito obrigacional é correto afirmar que: O descumprimento de uma obrigação de fazer sempre se resolve em perdas e danos; a) A mora somente se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial; b) Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, o requerimento desta será a única opção do credor; c) Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora; d) O valor da cominação imposta na cláusula penal pode exceder o da obrigação principal; 49. Para exigir a pena convencional por descumprimento de obrigação, não é necessário que o credor alegue prejuízo, conforme o art. 416, do Código Civil: a) por isto é sempre considerada como indenização máxima, sendo inválida a cláusula prevendo ressarcimento suplementar; b) porém se o prejuízo exceder ao previsto na cláusula penal sempre o credor poderá exigir indenização suplementar; c) mas o Juiz deverá reduzi-la se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio; d) mas não pode exceder a 2% (dois por cento) do valor da obrigação. 50. A respeito das Arras, é incorreto afirmar: a) Se na conclusão de contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal. b) Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado. c) Nas arras confirmatórias e penitenciais, a parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização. d) Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar. 51. (2010; FGV; Prefeitura de Angra dos Reis – RJ; Auditor Fiscal da Receita Municipal) Assinale a alternativa correta. a) A mora ex re deriva de inadimplemento de obrigação, positiva e líquida, para cujo pagamento se estabeleceu prazo certo. Neste caso, a constituição da mora é automática, sem necessidade de interpelação judicial ou extrajudicial do credor. b) O devedor em mora sempre responde pela impossibilidade da prestação, ainda que esta decorra de caso fortuito ou força maior. c) A mora do credor possui o condão de afastar do devedor a responsabilidade pela conservação da coisa, mesmo que este último atue dolosamente. d) Os juros de mora são contados desde a constituição do devedor em mora, no caso da mora ex persona. e) O credor, quando a prestação devida tornar-se inútil por mora do devedor, pode exigir deste a satisfação das perdas e danos cumulada com a prestação de obrigação alternativa. 52. (2015; FGV; TCM-SP; Agente de Fiscalização) Cuidando- se de obrigação indivisível em que haja vários devedores, sendo inadimplente um deles, a cláusula penal de natureza pecuniária poderá ser exigida pelo credor: a) integralmente de cada um dos devedores; b) proporcionalmente de cada um dos devedores, inclusive do devedor culpado; c) integralmente de qualquer um dos devedores; d) proporcionalmente, e somente do devedor culpado; e) proporcionalmente de cada um dos devedores não culpados. 53. (2008; FGV; TCM-RJ; Procurador) A multa convencional nas obrigações pecuniárias cumpre função: a) punitiva e liberatória. b) compensatória e punitiva. c) de prefixação das perdas e danos e punitiva. d) de reforço da necessidade de cumprir a obrigação e de prefixação das perdas e danos. e) de reforço da necessidade de cumprir a obrigação e liberatória. 54. (2015; FGV; Prefeitura de Niterói – RJ; Fiscal de Tributos) Fabrício celebrou contrato de promessa de compra e venda de um terreno com Milena. O contrato foi pactuado por escritura pública e o pagamento foi convencionado em trinta e seis parcelas mensais, com uma entrada no ato da escritura a título de arras, sem previsão do direito de arrependimento. Após o pagamento da sétima parcela, Fabrício restou inadimplente durante oito meses, o que fez com que Milena pleiteasse a resolução do contrato. Considerando que não houve qualquer referência à natureza das arras, é correto afirmar que: a) além de reter as arras, Milena tem direito à indenização suplementar; b) todos os valores pagos por Fabrício devem ser restituídos para evitar um locupletamento sem causa; c) Milena tem direito tão somente a reter as arras pagas por Fabrício; d) como se trata de arras confirmatórias, Milena não tem direito a rescindir o contrato, podendo apenas cobrar os valores devidos por Fabrício; e) como se trata de arras penitenciais, Milena não tem o direito de rescindir o contrato, podendo apenas cobrar os valores devidos por Fabrício. 55. (2010; CESPE; AGU; ProcuradorFederal) A respeito da responsabilidade contratual, julgue os itens a seguir. Se o contrato celebrado for de obrigação de resultado, o inadimplemento se presumirá culposo. Certo Errado 56. (2008; CESPE; INSS; Analista do Seguro Social) Pode-se afirmar que o direito das obrigações exerce grande influência na vida econômica, em razão da inegável constância das relações jurídicas obrigacionais no mundo contemporâneo; ele intervém na vida econômica, nas relações de consumo sob diversas modalidades e, também, na distribuição dos bens. O direito das obrigações é, pois, um ramo do direito civil que tem por fim contrapesar as relações entre credores e devedores. (Bruna Lyra Duque. Análise histórica do direito das obrigações. In: Jus Navigandi. Internet, com adaptações). A partir das ideias apresentadas no texto acima, julgue os seguintes itens, acerca do direito das obrigações. A incidência das arras penitenciais prescinde da verificação do inadimplemento da parte. Certo Errado 57. (2010; CESPE; AGU; Contador) A respeito do inadimplemento das obrigações, julgue o item seguinte. O inadimplemento absoluto caracteriza-se pelo fato de não ser mais útil ao credor receber a prestação em atraso. Certo Errado 58. (2017; CESPE; SEDF; Analista) Acerca do inadimplemento das obrigações e do Código de Defesa do Consumidor (CDC), julgue o próximo item. Nas relações jurídicas que tiverem por objeto uma obrigação de não fazer, o inadimplemento se configurará a partir do momento em que a parte obrigada expressar sua vontade em realizar o ato de que deveria se abster. Certo Errado 59. (2013; CESPE; TRT10ªR; Analista Judiciário) À luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens a seguir, acerca dos direitos fundamentais. A CF admite a prisão por dívida do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. Certo Errado 60. (2017; FGV; ALERJ; Procurador) João e Pedro celebram contrato no qual João se obriga a fornecer a Pedro, mensalmente, 30 (trinta) quilos em fios de lã, mediante remuneração de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Fixam as partes cláusula penal moratória no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), a incidir sempre que houver mora na prestação mensal. Ajustam, ainda, cláusula penal compensatória no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Em agosto, segundo mês de execução do contrato, João não realiza a entrega do material, o que leva Pedro a cobrar a prestação juntamente com a cláusula penal moratória. Em setembro, João, ainda inadimplente, deixa, novamente, de realizar a entrega, e Pedro reitera a cobrança. Antes que fosse devida a prestação de outubro, Pedro, buscando evitar o agravamento dos prejuízos já suportados, notifica João e resolve o contrato. Em seguida, propõe ação de cobrança, na qual poderá apenas contemplar: a) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); b) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mais perdas e danos, desde que comprove que os prejuízos superam o valor da multa compensatória; c) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e a entrega dos 60 (sessenta) quilos em fios de lã, correspondentes às últimas duas prestações (vencidas e pagas); d) o valor da cláusula penal compensatória, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), além da entrega dos 60 (sessenta) quilos em fios de lã, correspondentes às últimas duas prestações (vencidas e pagas), e, ainda, R$ 2.000,00 (dois mil reais) em razão das multas moratórias relativas às prestações dos meses de agosto e setembro; e) a entrega dos 60 (sessenta) quilos em fios de lã, correspondentes às últimas duas prestações (vencidas e pagas), além de R$ 2.000,00 (dois mil reais), em razão das multas moratórias relativas às prestações dos meses de agosto e setembro ou, alternativamente, o valor da cláusula penal compensatória. GABARITO – PARTE III 46. A 51. A 56. Certo 47. E 52. E 57. Certo 48. D 53. D 58. Errado 49. C 54. A 59. Certo 50. C 55. Certo 60. D
Compartilhar