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Simulado Enade História 2017

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Simulado ENADE Nota:5,0 
Disciplina: 4º CICLO - HISTÓRIA - LICENCIATURA 
 
 
 1a Questão (Ref.: 1096276) Pontos: 1,0 / 1,0 
Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, 
publicado no Reino 
Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em outras principais cidades 
inglesas. 
Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que 
desde o início dos 
distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para 
escarnecer dos hábitos 
de consumo da classe trabalhadora. Jones denuncia um sistemático abandono governamental 
dessa parcela da 
população: "Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade", diz. (...) "você 
não vai ver alguém assumir 
ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o comportamento 
das classes mais baixas. 
Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina de fumaça que ele oferece. Os distúrbios 
estão servindo como o 
argumento ideal para que se faça valer a ideologia de que os problemas sociais são resultados 
de defeitos individuais, 
não de falhas maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com 
a chegada de Margaret 
Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de 
oportunidades. (...) Os 
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade". 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado). 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I. Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população britânica. 
II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento 
individual como causas 
de problemas sociais. 
III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da 
ausência de políticas públicas. 
IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de 
consumo vigente. 
É correto apenas o que se afirma em 
 
 
II e III. 
 II, III e IV 
 
I e IV. 
 
I, III e IV. 
 
I e II. 
 
 
 
 
 2a Questão (Ref.: 1095499) Pontos: 1,0 / 1,0 
"Iniciando pela percepção mais difundida, o documento histórico seria uma folha (ou várias 
folhas) de papel escrito por alguém importante. Assim, um exemplo clássico dessa concepção 
de documento seria a carta escrita por Pero Vaz de Caminha e que relata o 
"descobrimento" do Brasil." KARNAL, Leandro e TATSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. 
In: PINSKY, Carla B e LUCA, Tania Regina O historiador e suas fontes. SP: Contexto, 2011. P 
10. 
A concepção de fonte histórica se altera e se amplia, desde a formalização da história como 
disciplina científica, no século XIX. Sobre a concepção de fonte histórica podemos afirmar: 
 
 
O marxismo, predominante na década de 70, valorizava apenas fontes produzidas no 
âmbito cultural, como a música e a poesia. 
 
A Escola dos Annales critica a análise interdisciplinar das fontes, alegando que a 
multiplicidade de olhares provocaria uma fragmentação do objeto. 
 
Para o historicismo de Leopold Ranke, apenas as fontes orais eram dignas de análise, 
pois eram os testemunhos vivos da história. 
 O positivismo entendia como fonte apenas os documentos oficiais, o que limitava 
sobremaneira sua análise e o horizonte historiográfico. 
 
A História Cultural rejeita as fontes oficiais por entenderem que estas são limitadas e não 
permitem uma análise mais ampla do objeto histórico. 
 
 
 
 3a Questão (Ref.: 1095520) Pontos: 1,0 / 1,0 
"Tenho suficiente experiência das asperezas do poder para deixar-me seduzir pelas suas 
exterioridades e satisfações de caráter pessoal. Jamais concordaria, por isso, em permanecer 
à frente dos negócios públicos, se tivesse de ceder quotidianamente às mesquinhas injunções 
da acomodação política, sem a certeza de poder trabalhar com maior proveito pelo bem da 
coletividade". 
(Trecho do discurso proferido por Getúlio Vargas no dia 10 de novembro de 1937, quando do 
golpe do Estado Novo). 
Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, à frente de um movimento revolucionário conhecido 
como Revolução de 1930. Nos primeiros quatro anos governou sozinho, sem o poder 
Legislativo, utilizando-se apenas de Decretos. Em 1932, pressionado por oligarquias que 
haviam chegado com ele ao poder, convoca uma Assembleia Nacional Constituinte que redigiu 
e promulgou a Constituição de 1934. Vargas foi eleito por via indireta por essa Assembleia, 
para um mandato de quatro anos, que terminaria em 1934. Em seu discurso de posse, Vargas 
declarou que seria impossível governar o pais com aquela Constituição. 
Sabendo que Vargas declarou não poder governar com uma Constituição que assegurava a 
volta do regime democrático no Brasil e relendo a frase do seu discurso de 1937 "Jamais 
concordaria, por isso, em permanecer à frente dos negócios públicos, se tivesse de ceder 
quotidianamente às mesquinhas injunções da acomodação política, ", podemos afirmar que: 
 
 
O golpe de Estado de 1937 foi resultado da Constituição de 1934 que tornou o Brasil 
ingovernável e levou Vargas a essa atitude extrema. 
 
Foi a última tentativa de Vargas para poder governar e realizar o seu projeto de governo 
que acabou fracassando levando ao seu suicídio no final do Estado Novo, em 1945. 
 As mesquinhas injunções da acomodação política eram os acordos, conchavos e 
concessões necessários a manutenção do apoio político necessário para que pudesse 
continuar governando. 
 
O golpe de Estado de 1937, que criou o Estado Novo, foi resultado do voluntarismo de 
Vargas e seu apego ao poder. 
 
As injunções políticas a que Vargas se refere são apenas subterfúgios para ocultar a 
verdadeira razão do golpe, que representou a vontade dos militares. 
 
 
 
 4a Questão (Ref.: 1095544) Pontos: 1,0 / 1,0 
"O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser 
eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo 
de governar." 
Esta frase é atribuída ao jornalista Carlos Lacerda, referindo-se à possibilidade de Getúlio 
Vargas se candidatar à presidência da República, em 1950, e voltar à presidência da 
República, desta vez, pelo voto direto e governando democraticamente. Carlos Lacerda era 
filiado à UDN (União Democrática Nacional), partido que havia sido criado em 1945, originado 
de uma frente de oposição ao Estado Novo e que defendia, doutrinariamente, a ¿prática da 
política liberal democrática¿ (Delgado, 2003, pg. 136). 
Pregar a revolução para impedir que um cidadão assuma o cargo para o qual foi 
democraticamente eleito pela vontade popular, não parece ser um exercício da prática política 
liberal democrática, entretanto parece que essa prática tem sido recorrente nos períodos 
democráticos que o Brasil tem atravessado -sempre com ameaças - pedidos de intervenção, 
alteração das regras do jogo democrático. 
Assinale, abaixo, a opção que melhor explica esse fenômeno político-
comportamental: 
 
 
Às vezes, o caminho tomado por certos governantes, leva à necessidade de medidas 
duras, muitas vezes não democráticas, para fazer com que os verdadeiros valores 
democráticos sejam restabelecidos. 
 A formação sócio-política brasileira traz, ainda, o autoritarismo resultante de uma 
sociedade escravista e que vai conhecer eleições livres e diretas e sem fraudes a partir 
de 1945. É uma sociedade que ainda não se habituou à prática da cidadania e a respeitar 
inteiramente os valores da democracia. 
 
Medidas antidemocráticas fazem parte do processo de construçãode um Estado 
democrático e devem ser entendidas como tal e não como uma falta de vocação para o 
exercício da democracia. 
 
Carlos Lacerda sabia que Vargas era obcecado pelo poder e faria de tudo para nele se 
perpetuar. Dessa forma, contrariando a doutrina de seu partido, entendia que um golpe 
ou uma revolução contra a posse de Vargas evitaria um mal maior. 
 
Getúlio Vargas havia sido um ditador e Carlos Lacerda, juntamente com seu partido, a 
UDN, queriam evitar que ele voltasse ao poder e, no poder, desse um novo golpe de 
Estado implantando, mais uma vez, uma ditadura no país. 
 
 
 
 5a Questão (Ref.: 1095481) Pontos: 1,0 / 1,0 
"A história da derrota do grande quilombo palmarino deu origem a um enigma que há certo 
tempo chama a atenção dos especialistas em escravidão brasileira: por que não houve outros 
Palmares na história do Brasil? O ponto é importante, pois a atividade quilombola se ampliou no 
século XVIII, com o aumento do volume do tráfico negreiro transatlântico e a formação dos 
núcleos mineratórios no interior do território, assumindo diferentes modalidades de norte a sul da 
América portuguesa. Afora as numerosas comunidades quilombolas, de dimensões e duração 
variáveis, o Brasil viu aparecer no início do século XIX outra forma de resistência escrava coletiva, 
presente no Caribe inglês havia bom tempo: o ciclo de revoltas africanas que agitou o Recôncavo 
Baiano entre 1807 e 1835." MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil 
Resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. In: Novos Estudos, CEBRAP nº74. SP: 
mar, 2006 
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
33002006000100007 Consultado em 02 de junho de 2017. 
Sobre as resistências escravas no Brasil, avalie as afirmações seguintes: 
I. Palmares foi o único quilombo brasileiro e esta não foi uma forma de resistência significativa 
do período escravista. 
II. A resistência indígena à escravidão foi mais branda que a africana visto que os índios se 
adaptaram ao trabalho escravo e a cultura colonizadora. 
III. As formas de resistência foram diversas e passam tanto pela luta aberta quanto por formas 
mais sutis, como o sincretismo religioso. 
É correto o que se afirma em: 
 
 
I e II, apenas 
 
I, II e III 
 
I, apenas 
 III, apenas 
 
II e III, apenas

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