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Trabalho de Anatomofisiologia

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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA 
 
28º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM 
CIÊNCIAS DA ENFERMAGEM I 
ANATOMOFISIOLOGIA 
 
 
 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
E 
 ARTICULAÇÕES 
 
 
Bárbara Neves Nº 4721 
 
 
 
Docente: Prof. Dra. Ana Paula Nunes 
 
 
Ano Letivo 2016/2017 
2 
 
Indíce 
 
Sistema Endócrino……………………………………………………………...………..3 
Funções do Sistema Endócrino …………………………………………………………..4 
Hormonas do Hipotálamo ……………………………………………………...………..5 
Hormonas da Hipófise …………………………………………………………………...6 
Hormonas da Glândula Tiroideia ………………………………………………………..8 
Hormonas da Glândula Paratiroideia …………………………………………………….8 
Hormonas das Glândulas Supra-renais ………………………………………….……….9 
Hormonas do Pâncreas …………………………………...…………………………….10 
Hormonas do Sistema Reprodutor …………………………...…………………………11 
Articulações ……………………………………………….……………….…………..12 
Ilíaco e Sacro ………………………………………………………………...…………12 
Ilíaco e Fémur …………………………...………………….…………………………..12 
Osso Temporal e Parietal ……………...………………….…………………………….13 
Cotovelo …………………………………………….……..……………….…………..14 
Metacárpicos e as falanges ………………………………..……………………………14 
Costelas e Vertebras ……………………………………………………………………15 
Joelho ……………………………….………………………………………………….16 
Articulação das vertebras entre si ………………………………………………………17 
Bibliografia …………………………………………………………………………….18 
 
 
 
 
3 
 
Sistema Endócrino 
O Sistema Nervoso e o Sistema Endócrino são os principais sistemas de regulação do 
nosso organismo, e em conjunto vão regular e coordenar a atividade de todas as estruturas 
do corpo para conseguir manter a homeostase. 
O Sistema Endócrino é composto por glândulas e células endócrinas que se encontram 
localizadas por todo o corpo. 
O Sistema Endócrino transmite mensagens através de hormonas, que são transportadas 
através da corrente sanguínea para todas as células do corpo, onde se vão ligar a recetores 
iniciando muitas reações celulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 Principais órgãos do Sistema Endócrino 
 
 
 
 
 
Glândulas Supra-Renais 
Timo 
Tiroide 
Hipófise 
Hipotálamo 
Glândula Pineal 
Glândulas Paratiroideias 
Pâncreas 
TestículoOvários 
4 
 
Funções do Sistema Endócrino 
O Sistema Endócrino é constituído pelas seguintes funções: 
1. Metabolismo 
Regula a taxa de utilização de nutrientes e a produção de energia. 
2. Controlo do consumo de comida e da digestão 
Regula os níveis de saciedade e da quebra de comida em nutrientes individuais. 
3. Desenvolvimento de tecidos 
Influência o desenvolvimento de tecidos, como aqueles do Sistema Nervoso. 
4. Níveis de iões 
Ajuda a regular o pH sanguíneo, assim como a concentração de iões 𝑁𝑎ା, 𝐾ା e 
𝐶𝑎ଶା no sangue. 
5. Balanço de água 
Regula o balanço hídrico por meio do controle da concentração de solutos no 
sangue. 
6. Mudanças nos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea 
Ajuda a regular os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, bem como a 
preparar o corpo para atividades físicas. 
7. Controlo dos níveis de açúcar e outros nutrientes no sangue 
Regula a concentração de glicose e outros nutrientes no corpo. 
8. Controlo das funções reprodutivas 
Controla o desenvolvimento do sistema reprodutor feminino e masculino. 
9. Contrações uterinas e libertação de leite 
Regula as contrações uterinas durante o parto e estimula a libertação de leite dos 
seios de lactante. 
10. Função do sistema imunitário 
Ajuda a controlar a produção de células imunitárias 
 
 
 
 
 
5 
 
Hipotálamo 
Fig.2 Hipotálamo 
Hormonas do Hipotálamo 
 
 Hormona libertadora de crescimento (GHRH) 
É um peptído que estimula a secreção da hormona de crescimento pela adeno-
hipófise 
 Hormona inibidora da hormona de crescimento ou somatostatina (GHIH) 
É um pequeno peptído que inibe a hormona de crescimento. 
 Hormona libertadora de tirotropina (TRH) 
É um pequeno péptido que estimula a secreção da hormona estimuladora de 
tirotropina pela adeno-hipófise. 
 Hormona libertadora de corticotropina (CRH) 
É um péptido que estimula a hormona adrenocorticotropina da adeno-hipófise. 
 Hormona libertadora de gonadotropina (GnRH) 
É um pequeno péptido que estimula as hormonas luteinizantes e folículo-
estimulante pela adeno-hipófise. 
 Hormona libertadora de prolactina (PRH) 
Regula a secreção de prolactina pela adeno-hipófise. 
 Hormona inibidora de prolactina (PIH) 
Regula a secreção de prolactina pela adeno-hipófise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Hormonas da Hipófise 
Neuro-Hipófise 
 Hormona antidiurética (ADH) 
Aumento da reabsorção da água, isto é, existe uma menor perda de água sob a 
forma de urina. 
 Ocitocina 
A ocitocina estimula as células do músculo liso uterino, desempenhando um papel 
bastante importante na expulsão do feto no decorrer do parto ao estimular a 
contração da musculatura lisa uterina. Nas mulheres, a ocitocina é responsável 
pela expulsão do leite, no decorrer do período da amamentação provocando a 
contração das células semelhantes ás dos músculos lisos que rodeiam as glândulas 
mamárias. 
 
Adeno-Hipófise 
 Hormona do crescimento ou somatropina (GH) 
Estimula o crescimento da maioria dos tecidos; aumento da captação de 
aminoácidos e da síntese das proteínas; aumento da degradação de lípidos e 
libertação de ácidos gordos das células; aumento da síntese de glicogénio e subida 
dos níveis de glicemia; aumento da produção de somatomedina. 
 Hormona tiro-estimulante ou Tirotropina (TSH) 
Estimula a síntese e a secreção de hormonas tiroideias. 
 Hormona Adrenocorticotrópica (ACTH) 
Aumento da secreção da hormona glicocorticóide. 
 Lipotropinas 
Aumento da degradação de gorduras. 
 Beta-endorfinas 
Atuam ao nível da analgesia no encéfalo e inibem da secreção da hormona 
libertadora das gonadotropinas. 
 Hormona estimuladora dos Melanócitos (MSH) 
Aumenta a produção de melanina nos melanócitos para poder tomar a pele mais 
escura. 
 
 
 
7 
 
Hipófise 
Hipotálamo 
 Hormona luteinizante (LH) 
Responsável pela ovulação e pela produção de progesterona nos ovários, pela 
síntese de testosterona e suporte para a produção de células espermáticas nos 
testículos. 
 Hormona Folículo-estimulante (FSH) 
Maturação dos folículos e secreção de estrogénio nos ovários, espermatogénese 
nos testículos. 
 Prolactina 
A prolactina desempenha um papel fundamental na produção de leite pelas 
glândulas mamárias, nas mulheres lactantes. A prolactina também poderá 
aumentar o número de moléculas receptoras de FSH e LH nos ovários e poderá 
também estimular o aumento da secreção de progesterona pelos ovários depois da 
ovulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.3 Hipotálamo e da Hipófise 
8 
 
Artéria tiroideia inferior 
Traqueia 
Artéria Carótida 
Istmo 
Glândula Tiroideia 
Laringe 
Artéria Tiroideia Superior 
Glândulas Paratiroideias 
Hormonas das Glândula Tiroideia 
 Hormonas Tiroideias 
Responsável pelo aumento da atividade metabólica. 
 Calcitonina 
Diminui a taxa de destruição dos ossos pelos osteoclastos. 
 
 Hormonas da Glândula Paratiroideia 
 Hormona Paratiroideia ou Paratormona (PTH) 
Aumenta a taxa de destruição dos ossos pelos osteoclastos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.4 Glândula Tiroideia e 
Paratiroideia 
9 
 
Glândula Supra-Renal 
Veia Renal 
Artéria Aorta Abdominal 
Ureter 
Rim 
Hormonas da Glândulas Supra-renais 
Medula Supra-Renal 
 Adrenalina 
Eleva os níveis sanguíneosde glicose, encontra-se relacionada com a 
noradrenalina. 
 Noradrenalina 
Percursor na formação de adrenalina. 
Córtex Supra-Renal 
 Cortisol 
Aumento da degradação de gorduras e proteínas assim como o aumento da 
produção de glicose, inibe a resposta imunitária. 
 Aldosterona 
Ajuda a manter constante a quantidade de sódio e potássio no organismo. 
 Esteroides sexuais 
Desenvolvimento de algumas características sexuais nas mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5 Glândula Supra-Renal 
10 
 
Canal Pancreático 
Pâncreas 
Hormonas do Pâncreas 
 Insulina 
Aumenta a captação e a utilização de glicose e de aminoácidos. 
 Glucagon 
Aumenta a degradação de glicogénio e a libertação de glicose para o sistema 
circulatório. 
 Somatostatina 
Inibe a secreção de insulina e glucagon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 6 Pâncreas 
11 
 
Hormonas do Sistema Reprodutor 
Testículos 
 Testosterona 
Interfere na espermatogénese, assegura a manutenção da função dos órgãos 
reprodutores, dos caracteres secundários e do comportamento sexual. 
 Inibina 
Inibe a secreção de FSH. 
Ovários 
 Estrogénio 
Responsável pelo desenvolvimento e função do útero e das glândulas mamárias, 
também é responsável pelas características sexuais secundárias e pelo ciclo 
menstrual. 
 Progesterona 
Responsável pelo desenvolvimento e funcionamento do útero e da glândula 
mamária, dos caracteres sexuais secundários e do ciclo menstrual. 
 Inibina 
Responsável pela inibição da secreção de FSH. 
 Relaxina 
Aumenta a flexibilidade do tecido conjuntivo na região pélvica, especialmente 
na zona da sínfise púbica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Ligamento Iliofemoral 
Ligamento Pubofemoral 
Espinha Ilíaca ântero-inferior 
Espinha Ilíaca ântero-superior 
Crista obturatória 
Trocanter menor 
Trocanter maior 
Fig.7 Articulação Coxo-femoral 
Articulações 
As articulações são conexões existentes, entre dois ou mais ossos com a finalidade 
de evitar o atrito entre as extremidades dos ossos, ou seja, pode-se dizer que a 
articulação é um “amortecedor” das extremidades ósseas, pois é ela que protege 
do desgaste ósseo e dá amplitude de movimentos. 
 
Ilíaco e Sacro 
A articulação sacroilíaca é formada pela junção da superfície auricular de um osso 
ilíaco e uma superfície articular do osso do sacro. As articulações sacroilíacas 
suportam a maior parte do peso do superior do nosso corpo e são 
fundamentalmente apoiados por ligamentos, esta articulação é do tipo 
acefiartrose. 
 
Ilíaco e Fémur 
A cabeça do osso do fémur articula-se com o acetábulo do osso ilíaco, formando 
a articulação da anca ou coxo-femoral, sendo esta uma articulação do tipo 
enartrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Occipital 
Temporal 
Fig. 8 Crânio 
Parietal 
Sutura escamosa 
Frontal 
Ossos temporal e parietal 
Os ossos temporal e parietal apresentam uma articulação fibrosa, isto é, os ossos 
deste tipo de articulação são constituídos por dois ossos que se encontram unidos 
através do tecido conjuntivo fibroso interposto entre as superfícies articulares, não 
possuindo cavidade articular e apresentam pouco ou nenhum movimento. 
Os ossos temporal e parietal apresentam uma sutura escamosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Úmero 
Olecrano 
Cúbito 
Rádio 
Cotovelo 
Trata-se de uma articulação sinovial que se encontra rodeada por uma cápsula 
articular e reforçada por ligamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metacárpicos e as falanges 
A articulação metacarpofalângica une a extremidade inferior do metacarpo com a 
extremidade superior da primeira falange, sendo esta uma articulação do tipo 
condilartrose. 
As superfícies articulares encontram-se constituídas pelo côndilo da extremidade 
inferior do metacárpico e pela cavidade glenoide da extremidade superior da I 
falange. Existe uma fibrocartilagem que amplia a cavidade glenoide. 
Os meios de união são constituídos pela cápsula articular, pelos ligamentos 
palmares, pelos ligamentos laterias, pelos ligamentos intermetacárpicos palmares 
que unem entre si a extremidade inferior dos quatro metacarpos. 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 9 Cotovelo 
15 
 
Costelas e vertebras 
As costelas articulam-se com a coluna vertebral em dois pontos: 
 Articulação costovertebral 
 Articulação costotransversal 
A articulação costovertebral, é do tipo sinovial, encontra-se envolvida pela 
cápsula articular que é dividida em cavidade articular superior e cavidade articular 
inferior, pela presença de um ligamento intra-articular curto, que se encontra 
disposto horizontalmente, desde a cabeça da costela para o disco invertebral. A 
cápsula articular, encontra-se reforçada anteriormente pelo ligamento radiado. 
A articulação costotransversal, é do tipo sinovial, que se encontra envolvida pela 
cápsula articular que é espessa inferiormente, mas que se encontra delgada em 
outras porções. É importante referir que os ligamentos costotransversais próprios 
laterais e superiores reforçam a articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Fémur 
Membrana Sinovial 
Fémur 
 Joelho 
A articulação do joelho pode ser descrita como uma articulação troclear 
modificada, localizando-se entre o fémur e a tíbia. O fémur articula-se com a 
extremidade proximal da tíbia. 
O perónio não se articula com o fémur, somente com a parte lateral da tíbia. 
 Articulação Fémuro-rotuliano 
É classificada como uma trocleartrose, em que o fémur se articula com a rótula. 
 Articulação Fémuro-tibial 
É classificada de bicondilartrose, em que o fémur se articula com a tíbia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patela 
Tíbia 
Fig. 10 Joelho 
17 
 
Articulação das vertebras entre si 
As vertebras encontram-se ligadas entre si através de ligamentos longitudinais 
anteriores e posteriores e pelos discos invertebrais. 
 Articulação Occipito-atloideia 
Classificação: Condilartrose 
 Articulação Atloido-Odonteia (entre as apófises) 
Classificação: Trocartrose 
 Articulação entre os corpos vertebrais (entre o arco anterior do atlas e o 
dente do axis) 
Classificação: Anfiartroses 
 Articulação entre as apófises articulares (cervicais e dorsais) 
Classificação: Artrodias 
 Articulação entre as apófises articulares (lombares) 
Classificação: Condilartroses Rudimentares 
 Articulação sacro-vertebral (entre o corpo da 5ª vertebra lombar a base do 
sacro) 
Classificação: Anfiartrose 
 Articulação sacro-vertebral lateral (apófises articulares) 
Classificação: Artrodias 
 Articulação Sacro-coccígea 
Classificação: Anfiartrose 
 Articulações costo-vertebrais (propriamente ditas) 
Classificação: Artrodias 
Classificação costo-vertebrais (costo-transversárias) 
Classificação: Artrodias 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Bibliografia 
 
1. Junqueira LC. Carneiro J. Histologia Básica 12ª edição. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013 
2. Hall J. Tratado de Fisiologia Médica Guyton e Hall 12ª edição. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2011. 
3. VanPutte CL. Regan J. Russo AF. Anatomia e Fisiologia de Seeley. Porto 
Alegre: Mc Graw Hill, 2016. 
4. Netter FH. Atlas de Anatomia Humana6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2015. 
5. Hansen JT. Netter Anatomia para Colorir. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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