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ELETRO Microcorrente sia

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Microcorrente
É uma corrente aplicada a uma intensidade muito baixa. 
Têm características subsensoriais, não causando desconforto ao paciente. 
Histórico
Em 1925 utilizou-se folhas douradas carregadas de eletricidade para prevenir cicatrizes de varíola.
Em 1977 comprovou-se um auxílio na aceleração de consolidação óssea com uso de microcorrentes.
Em 1982 Cheng e col. iniciaram um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação das microcorrentes, onde demonstrou o aumento da concentração de ATP, aumento da síntese de proteína, aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular.
Em 1983 demonstrou-se a biossíntese de colágeno dérmico e epidérmico em porquinhos de laboratório (York Shire) com o uso das microcorrentes.
Definição
Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas.
Também chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation).
Segundo Robinson e Snyder-Mackler (2001) o modo normal de aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e, como resultado, os pacientes não têm nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos (estimulação subliminar).
Já Starkey (2001), relata que esta forma de estimulação elétrica tende a ser aplicada em nível sub-sensorial ou sensorial muito baixo, com uma corrente que opera a menos que 1000 microamperes.
Craft (1998) afirma que a microcorrente trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, e que isso é compatível com o campo eletromagnético do corpo.
Breve retrospectiva
 O organismo humano é constituído por células, tecidos e líquidos que contém dissolvidas substâncias químicas dos tipos orgânicas e inorgânicas, moléculas e partículas em suspensão e com carga elétrica. As substâncias orgânicas são as proteínas, gorduras, hormônios, carboidratos, vitaminas, entre outros. As substâncias inorgânicas são a água e os sais minerais 
 Neste sistema aquoso encontram-se dispersos íons, que são átomos com carga elétrica presente devido à perda ou ganho de elétrons, e que permitem a transmissão da corrente elétrica.
Cada tecido e cada célula possui líquidos em seu interior e exterior, com diferentes valores de concentrações, pressões osmóticas, potenciais de ação e níveis de polarização. Esses líquidos estão separados por membranas, as quais são permeáveis e possibilitam a passagem das substâncias.
Quando estes valores estão desiguais, comparando o meio intracelular com o extracelular, é necessário alcançar um equilíbrio, através de intercâmbio iônico. O intercâmbio iônico pode ocorrer devido a aplicação de uma força eletromagnética, na qual: elementos com cargas elétricas iguais são repelidos e elementos com cargas elétricas diferentes são atraídos. 
Efeitos fisiológicos
Restabelecimento da bioeletricidade  tecidual 
Síntese de ATP 
Transporte ativo de aminoácidos 
Síntese de proteínas 
Transporte ativo de membranas 
Ação no sistema linfático 
a) Restabelecimento da bioeletricidade tecidual
Pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesado.
Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos da lesão. Isto é, porque quando uma lesão acontece, uma carga positiva forma-se na área lesionada e joga para cima a diferença de voltagem potencial, servindo como uma bateria bioelétrica que espera ser ligada. Como as membranas ficam menos permeáveis ao fluxo de íons (especificamente potássio e outros íons positivos), e mais isolada eletricamente, o fluxo intrínseco de bioeletricidade é forçado a levar o caminho de menor resistência.
Portanto a bioeletricidade evita áreas de alta resistência e vai em direção ao caminho mais fácil, geralmente evitando a lesão pela circulação sanguínea ao redor dela, isto resulta em diminuição da condutância elétrica na área da ferida. O decréscimo do fluxo elétrico na área lesionada diminui a capacitância celular, e como resultado, gera a inflamação e a cura é assim diminuída.
Os equipamentos de microcorrente especificamente são projetados para imitar e ampliar os sinais bioelétricos minuciosos do corpo humano. Estes equipamentos trabalham ao nível celular criando um veículo de corrente elétrica para compensar a diminuição da corrente bioelétrica disponível para o tecido lesionado. Isto aumenta a habilidade do corpo para transportar nutrientes e resíduos metabólicos das celulas na área afetada.
Pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesionado. Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos à lesão da corrente. 
A aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo da corrente endógena. Isto permite à área traumatizada recuperar sua capacidade, ocorrendo um processo de cura.
b) Síntese de ATP (Adenosina Tri Fosfato)
Noventa por cento do total de ATP, utilizados nos trabalhos celulares são transformados durante o metabolismo da glicose, com a energia liberada pela oxidação subseqüente dos átomos de hidrogênio liberados durante a glicólise.
Toda energia acumulada será armazenada nas mitocôndrias, também denominadas “poços de energia” celular, e definidas como uma organela intracelular composta de várias membranas, sendo responsável por todas as reações do metabolismo aeróbico que utiliza esta forma de combustível. 
Dentro desta estrutura celular, existe uma combinação de várias enzimas especiais que transportam os íons de hidrogênio liberados pela degradação metabólica da glicose e gordura. Estes íons fluem através da membrana celular, dando origem à Adenosina Trifosfato (ATP), principal fonte de energia química.
A microcorrente atua diretamente no organismo, aumentando a síntese de ATP e eleva o seu aumento em até 500%.
A energia do transporte de elétrons é primariamente para bombear prótons para o exterior da mitocôndria, formando a carga positiva no exterior da membrana mitocondrial, isso forma um gradiente de prótons. 
Esse gradiente forma uma força próton motriz que leva a síntese de ATP. Isso ocorre porque a membrana interna é impermeável aos prótons, estes só podem retornar ao interior da mitocôndria e desfazer o gradiente através de sítios específicos localizados na membrana interna, esses sítios são constituídos pelo complexo ATPase, e é esse complexo que une o ADP com ATP.
Então podemos dizer que o processo de síntese de ATP está intimamente ligado a um processo elétrico fisiológico. Esse processo é acelerado pela ação da microcorrente que aumenta a formação desse gradiente de prótons, fornecendo à membrana externa íons positivos, e íons negativos para a membrana interna, 
aumentando assim a diferença elétrica entre as duas membranas aumentando assim a força próton motriz, força essa que leva à formação de ATP.
Estudos realizados por Cheng e col. (1982), mostraram que o uso de microcorrentes a 500 A aumentou a produção de ATP, que aumentou o transporte de aminoácidos, e estes dois fatores contribuíram para um aumento da síntese de proteína.
A adenosina trifosfato (ATP) é um fator essencial no processo de cura. 
Grande quantidade de ATP, a principal fonte de energia celular, são requeridas para controlar funções primárias como o movimento dos minerais vitais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio, para dentro e para fora das células. Isto também sustenta o movimento dos resíduos para fora da célula. Tecidos lesionados tem resistência elétrica mais alta e também são pobres em ATP. 
Como mencionado anteriormente, quando um músculo ou tecido experimenta um trauma, a passagem da corrente biolétrica é obstruída, resultando em impedância elétrica. 
A impedância elétrica causa uma redução no suprimento sanguíneo, oxigênio, e nutrientes para o tecido, conduzindo a espasmosteciduais.
A circulação diminuída causa uma acúmulo de resíduos metabólicos, resultando em hipóxia local, isquemia, e metabólitos nocivos que levam à dor. Quando isto ocorre, é sinal que a produção de ATP está reduzida. Os impulsos elétricos do corpo precisam de uma corrente necessária para superar a barreira de impedância inerente ao tecido traumatizado. Isto também, resulta em um obstáculo da própria habilidade do corpo para começar o processo curativo até o tecido se recuperar substancialmente do trauma.
Como a microcorrente reabastece o ATP, os nutrientes podem novamente fluir para dentro das células lesionadas e os resíduos dos produtos metabólicos podem fluir para fora das células. Isto é primordial para o desenvolvimento da saúde dos tecidos. O ATP também abastece os tecidos de energia necessária 
Para produzir novas proteínas e aumentar o transporte de íons através das membranas.
Cheng e col. (1982), utilizaram aparelho de microcorrentes com corrente contínua para o aumento da produção de ATP. A microcorrente atuando diretamente no organismo de síntese de ATP, leva a um aumento do ATP celular local em até 500%.
c) Transporte ativo de aminoácidos
Favorecido pelo uso da microcorrente, que favorece a síntese de ATP. 
Este mecanismo de transporte ativo depende diretamente da energia liberada pelas moléculas de ATP, e o aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e consequentemente aumenta a síntese de proteínas como foi verificado por Cheng (1982) (intensidade variando entre 100 e 500 microamperes).
d) Síntese de proteínas
O uso da microcorrente aumentou a síntese proteica e  a geração de ATP em cerca de 500%. 
Foi constatado que correntes constantes aumentam o transporte ativo de aminoácidos e consequentemente a síntese de proteínas em 30% a 40%. 
Quando a corrente foi aumentada estes efeitos bioestimulatórios foram invertidos, e correntes que excederam 1000 μA (1 mA) reduziram o aminoácido cerca de 20 % a 73 %, e a síntese de proteína diminuiu mais de 50%. O mais importante é que a microcorrente aumentou a geração de ATP em cerca de 500%. 
Cheng e col. (1982), através de pesquisas em vitro, relatam que as intensidades acima de 1000μA inibem a respiração celular.
A produção de ATP aumentada também provê a energia que tecidos exigem formar novas proteínas, para aumentar a síntese de proteína, e aumentar o transporte de íons. 
Juntos, estes processos são elementos iniciais para o desenvolvimento de tecidos saudáveis.
e) Aumenta o transporte de membranas
Em virtude do aumento da produção de ATP ocorre a intensificação do transporte ativo através da membrana. (renovando a célula)
f) Ação no sistema linfático
A microcorrente aumenta a mobilização de proteína para o sistema linfático. Quando são aplicadas microcorrentes em tecidos traumatizados, proteínas carregadas são postas em movimento, e a migração para o interior dos tubos linfáticos torna-se acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos é então aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço intersticial.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
1) Analgesia
2) Aceleração do processo de reparação tecidual
3) Reparação de fraturas / aumento da osteogênese
4) Anti-inflamatório
5) Edema 
6) Relaxamento muscular
1) Analgesia
Como resposta, à utilização das microcorrentes e em consequência do restabelecimento da bioeletricidade tecidual, o SNC transmite uma mensagem de diminuição do quadro álgico, diminuição esta que é gradativa e cumulativa.
2) Aceleração do processo de reparação tecidual
A excitação elétrica de uma ferida aumenta a concentração de receptores de fator de crescimento que aumenta a formação de colágeno.
Microcorrentes parecem aumentar a multiplicação de células em tecido conjuntivo, e aumenta a velocidade de formação de colágeno novo em feridas de tendão.
3) Reparação de fraturas / aumento da osteogênese
Eletrodos de aço com 5 a 20 microamperes produziram melhor crescimento ósseo
4) Anti inflamatório
5) Bactericida
Num processo de cicatrização o pólo negativo de uma corrente direta deve ser colocado sobre a ferida por sua ação bactericida. Quando a ferida deixar de ser infectada inverte-se a polaridade do eletrodo sobre a mesma, para que o pólo positivo possa fazer a promoção do reparo.
Embora a maioria dos estudos mencionam que usa-se pólo negativo para inibir crescimento bacteriano e pólo positivo para promover a cura, estudos recentes mencionam o uso de correntes que alternam entre o positivo e o negativo (correntes unipolares). 
Pesquisadores, após estudo em animais, apóiam esta técnica, sugerindo que ela é melhor para a cura de feridas.
6) Edema 
Com a ação da microcorrente no sistema linfático, aumentando a absorção do líquido intersticial, podem ocorrer respostas positivas na resolução de edemas.
 
 
7) Relaxamento muscular
Não há nenhuma dúvida de que a cura de certos tipos de danos está significativamente acelerada por aplicação apropriada de microcorrente, e muito disto está associado com o aumento da produção de ATP (energia) e síntese de proteínas dentro das células 
As microcorrentes pode ser utilizadas basicamente de 2 formas:
a) Utilizando eletrodos convencionais (borracha de silicone, autoadesivos, etc.)
b) Utilizando eletrodos tipo sonda (bastonetes, cotonetes, ...)
Outras formas de utilizar as microcorrentes 
Obs.: Alguns aparelhos oferecem outras opções de eletrodos como luvas, máscaras, pregadores auriculares, etc.
INDICAÇÕES / CONTRAINDICAÇÕES
Cicatrizes
Rupturas miotendinosas
Tendinites, tenossinovites
Pós operatório imediato
Úlceras de decúbito
Fraturas
Alergia ou irritação à corrente elétrica
Sobre útero grávido - Deve-se ter precaução porque a 
excitação elétrica pode afetar, teoricamente, os sistemas de 
controle endócrinos (ainda não há comprovação).
Eixo de marca-passo 
Segundo Starkey (2001), podemos tomar como precaução as seguinte situação:
- O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode 
causar náuseas, tontura e/ou dores de cabeça Considerações 
Recuperação de queimaduras
Dermato-funcional Craft (1998) afirma que a terapia de microcorrentes rejuvenesce tecidos sem deixar cicatrizes, e é a forma natural de curar mais rápida do mundo.
Técnicas de aplicação
Os eletrodos devem ser colocados ao redor do tecido-alvo de uma maneira em X. Normalmente, utilizam-se intensidades mais baixas para situações agudas (em torno de 100 mA) e intensidades mais altas para situações crônicas (em torno de 600 mA).
Parâmetros 
Os eletrodos devem ser colocados ao redor do tecido-alvo de uma maneira em X
60 à 100 mA tecidual
100 à 600 mA analgésico
< frequência + superficial
> frequência + profundo

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