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DIREITO ADMINISTRATIVO II 2011 2016

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WEB AULAS 2011/2016
DIREITO ADMINISTRATIVO II
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(OAB-FGV) José, enquanto caminhava pela rua, sofre graves sequelas físicas ao ser atingido por um choque elétrico oriundo de uma rede de transmissão de uma empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica 
Diante do caso em questão, discorra sobre a possível responsabilização da empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica, bem como um possível direito de regresso contra o funcionário responsável pela manutenção da rede elétrica. 
A ocupação temporária de bens privados consiste no apossamento, mediante ato administrativo unilateral, de bem privado para uso temporário, em caso de iminente perigo público, com o dever de restituição no mais breve espaço de tempo e eventual pagamento de indenização pelos danos produzidos. Deve o examinando explicitar que se trata de instrumento de exceção e que exige a configuração de uma situação emergencial. E, mais, que a ocupação independe da concordância do particular e que se configura instituto temporário, a ser exercido por meio de ato administrativo. 
WEB 2 
 (OAB-FGV) No curso de uma inundação e do aumento elevado das águas dos rios em determinada cidade no interior do Brasil, em razão do expressivo aumento do índice pluviométrico em apenas dois dias de chuvas torrenciais, o Poder Público municipal ocupou durante o período de 10 (dez) dias a propriedade de uma fazenda particular com o objetivo de instalar, de forma provisória, a sede da Prefeitura, do Fórum e da Delegacia de Polícia, que foram completamente inundadas pelas chuvas. 
Diante da hipótese acima narrada, identifique e explicite o instituto de direito administrativo de que se utilizou o Poder Público municipal, indicando a respectiva base legal. 
A ocupação temporária de bens privados consiste no apossamento, mediante ato administrativo unilateral, de bem privado para uso temporário, em caso de iminente perigo público, com o dever de restituição no mais breve espaço de tempo e eventual pagamento de indenização pelos danos produzidos. Deve o examinando explicitar que se trata de instrumento de exceção e que exige a configuração de uma situação emergencial. E, mais, que a ocupação independe da concordância do particular e que se configura instituto temporário, a ser exercido por meio de ato administrativo.
WEB 3 Caso Concreto 
(OAB/FGV) O Município de Rio Fundo, informando de que o prédio em que se localizava a escola pública estadual local – prédio antigo, e de importante significado histórico para aquela comunidade – seria objeto de demolição para que ali se construísse um depósito de mercadorias do Estado, deflagra o procedimento destinado ao tombamento do bem. 
R: Inicialmente, o primeiro argumento apresentado pelo Estado está equivocado, eis que o Município possui competência para legislar sobre tombamento no que concerne a interesse local, bem como para declarar e desapropriar bens. Já em seu segundo argumento, assiste razão ao Estado, haja vista o princípio da hierarquia proibir que bens estaduais sofram intervenção do Município. 
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 (OAB-CESPE) O Poder Público municipal, por meio de decreto, desapropriou imóvel de Paulo e Maria, para implantar, no local, um posto de assistência médica. A expropriação foi amigável, tendo sido o bem devidamente integrado ao patrimônio público municipal. Não obstante a motivação prevista no ato expropriatório, que era a de utilidade pública, o município alterou a destinação atribuída ao bem para edificar, no local, uma escola pública.
Nessa situação hipotética, ocorreu tredestinação ilícita? Paulo e Maria têm direito à retrocessão? Fundamente suas respostas, mencionando a definição do instituto da retrocessão e sua(s) hipótese(s) de cabimento.
R: Não, pois no caso concreto em questão a alteração da destinação do bem pelo Município ao construir uma escola pública manteve o interesse público. 
Para a doutrina e jurisprudência majoritária, em nenhuma hipótese o expropriado possuirá direito a retrocessão, não importando se for por tredestinação lícita ou ilícita. Já para a doutrina minoritária, o expropriado possui o direito de reaver o bem pelo instituto da retrocessão, quando ocorrer a tredestinação ilícita, o que não ocorreu no caso. 
Web 5 
(OAB-FGV) Para viabilizar a pesquisa botânica de alunos da rede pública, o Prefeito municipal iniciou a desapropriação de certa área florestal em perímetro urbano, alegando urgência. 
Sabendo-se que atualmente é notória a indisponibilidade de recursos para satisfação de dívidas pelos entes públicos, os quais protraem no tempo a quitação de suas obrigações, como você opinaria o pedido de imissão provisória na posse do bem?
R: O juiz deverá determinar a citação do expropriado para que este apresente a sua contestação. Em seguida, designará a avaliação do para depois ajuizar um valor justo para que a administração pública deposite em juízo. A Constituição determina que a indenização da desapropriação deva ser prévia, justa e em dinheiro, tendo assim o ato da administração pública ferido a CF.
 
SEMANA 6 
 (OAB-FGV) Um latifundiário teve parte de sua propriedade rural, por ele não utilizada, declarada de utilidade pública, com o propósito de desapropriação. Publicado o decreto expropriatório, a União depositou o valor cadastral do imóvel para fins de lançamento de imposto territorial rural, cujo valor fora atualizado no ano anterior, e pediu, independentemente da citação do réu, imissão provisória na posse. Deferida a imissão, pretendeu a União registro da terra em seu nome.
Em face dessa situação hipotética, responda as seguintes indagações:
São devidos, ao expropriado, juros compensatórios?
R= sim, são devidos juros compensatórios, já que houve imissão provisória na posse, contando o prazo a partir da imissão.
O poder público deve intentar a ação expropriatória no prazo de até dois anos, contados da expedição do decreto expropriatório?
R= sim, de acordo com a Lei Complementar nº 76/93, art. 3º. A ação de desapropriação deverá ser proposta dentro do prazo de dois anos, contado da publicação do decreto declaratório.
O depósito do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento de imposto territorial rural, é insuficiente para permitir a imissão provisória na posse?
R= não ofende a garantia constitucional da justa e prévia indenização, no que se refere a imissão provisória do expropriante na posse do imóvel, apresentando o depósito de seu valor cadastral (Lei 3365/41, art. 15, § 1º, c).
Uma vez que, incorporados à fazenda pública, os bens expropriados não podem ser objeto de reivindicação?
R= de acordo com a lei, só é permitido na fase judicial da expropriação, a impugnação do preço ofertado ou a denúncia de vício da expropriação, e proíbe a reivindicação do bem incorporado à fazenda pública, mesmo havendo nulidade processual (art. 20, Decreto-Lei nº 3.365/41).
Semana Aula: 7
 (OAB-CESPE) O imóvel de Maria foi desapropriado para nele se construir uma escola. Passados 5 anos da efetiva transferência da propriedade, o referido imóvel foi cedido a uma borracharia. Diante disso, Maria pretende reaver o imóvel.
Considerando-se esse caso hipotético, qual o instituto que autoriza o retorno do imóvel à Maria, o prazo de sua utilização e a natureza jurídica e qual o termo inicial do prazo prescricional?
R- O instituto que autoriza o retorno do imóvel â Maria é chamado de retrocessão, quanto à natureza jurídica tratar-se de direito real, e o prazo prescricional é dez anos.
Semana Aula: 8
 (OAB-CESPE) Prefeito de certa municipalidade deseja saber se possui competência para, em sua esfera, legislar sobre o Domínio Econômico. Desta forma, o Prefeito espera de você, assessor jurídico, que elabore um parecer sobre o assunto para que possa ou não encaminhar projeto de lei sobre esta matéria para a Câmara Municipal. Elabore o parecer sem se preocupar com as formalidades.
Essa é pra torar.....
SEMANA 9 
Caso Concreto 
(OAB - CESPE ) A empresa “X” foi multada por um fiscal do IBAMA (autarquiafederal) em virtude da prática de uma infração ambiental. Contra a aplicação da multa a empresa interpôs, quando já transcorrido o prazo legal, recurso hierárquico impróprio, sem efeito suspensivo, dirigido ao Ministro do Meio Ambiente. O Ministro, em seu despacho, embora reconhecendo a inexistência da infração, se negou a anular o ato, com base nos seguintes argumentos:
Analise cada um dos argumentos do Ministro, à luz dos dispositivos constitucionais e legais pertinentes e dos princípios aplicáveis ao processo administrativo. 
R: Não assiste razão aos argumentos do ministro pelas seguintes razões: em primeiro lugar, a lei não exige que o recurso administrativo seja subscrito por advogado, pelo contrário, o art. 3° da Lei 9784 dispõe que o recorrente poderá facultativamente constituir advogado. Neste sentido é também o entendimento do STF na súmula vinculante n°5. Outro sim ainda que o recurso tenha sido interposto intempestivamente, se o ministro reconheceu a inexistência da infração, significa que a multa aplicada é ilegal e deveria ter sido anulada de ofício pelo ministro na forma do ar. 62, § 2 ° 9784/99 em razão do princípio da autotutela. Desta forma apesar de ser necessária a previsão legal do recurso hierárquico impróprio, o argumento do ministro tornou-se irrelevante em virtude da ilegalidade do ato.
SEMANA 10 
 (OAB-CESPE) Um grupo de policiais militares realizou a ronda em determinado local da Zona Norte, onde praticaram delito em conluio com traficantes da região, em razão do qual, foram denunciados. Aberta Sindicância para apuração dos indícios, a comissão sindicante, após instruir e colher os devidos depoimentos, opina pela abertura do processo administrativo disciplinar para aplicação da pena de demissão com relação aos quatro integrantes. 
Qual é a natureza jurídica da sindicância administrativa? 
R: Processo administrativo preparatório, inquisitivo, não litigioso.
Quais as principais diferenças entre a sindicância e o processo administrativo disciplinar? 
A sindicância tem natureza preparatório e tem por objeto uma apuração preliminar, visando apurar a infração, a autoria e o elemento subjetivo. Já o PAD há contraditório e ampla defesa resguardados ao servidor em virtude da definitividade do PAD, que tem por objeto a apuração principal da infração e quando for o caso, aplicação de sanção. 
c) com base nas respostas anteriores, quais argumentos você apresentaria para fundamentar o posicionamento da instituição. 
Em sede de sindicância não há acusado e sim investigado e, portanto, a defesa é dispensada nessa fase investigadora. Tendo em vista que no processo administrativo principal foram garantidos aos policiais a ampla defesa e o contraditório, não há que se alegar qualquer mácula na fase de sindicância. 
SEMANA 11 Caso Concreto 
(OAB – CESPE) O Tribunal de Contas da União, em inspeção ordinária em uma autarquia federal, detectou o firmamento de um contrato administrativo em desconformidade com a Lei 8.666/93 e, por isso, assinou prazo de 30 dias para que a referida autarquia pudesse restabelecer a legalidade. Passados os 30 dias, a autarquia manteve-se inerte e não corrigiu a ilegalidade. O TCU então sustou a execução do contrato. Inconformado com a medida do TCU, a autarquia federal ingressa em juízo reivindicando a invalidação do ato de sustação expedido pelo TCU. 
Analise a questão à luz da disciplina legal acerca do tema. 
R: Assiste razão à autarquia em seu pleito de invalidação do ato do Tribunal de Contas da União (TCU). Isto porque o TCU agiu de maneira ilegal ao afrontar o art. 71 da CRFB/88, eis que a priori o TCU deveria ter comunicada a ilegalidade ao Congresso Nacional e somente se este se quedasse inerte por mais de 90 dias, surgiria a competência do TCU para sustar o contrato.
SEMANA 12 
 (OAB – CESPE) Moradores do bairro de Santa Tereza estão revoltados com o barulho produzido pelos bailes, música ao vivo e outras atividades do Clube X todas as noites, até quase ao amanhecer, perturbando o sossego e o repouso de todos. Alegam, também, ter aumentado a violência no bairro após o início das atividades do Clube, em razão do uso de bebida alcoólica, drogas, acidentes de trânsito etc. À luz do exposto, tomando os fatos narrados como verdadeiros, responda fundamentadamente.
Qual seria a medida judicial cabível, quem teria legitimidade para propô-la e onde?
Caberá o mandado de segurança, a legitimidade para a propositura, seria da associação de moradores.
O que seria pleiteado, contra quem e com que fundamento?
Seria pleiteado a nulidade da licença por vicio de legalidade, contra o clube, com fundamentos de preceito cominatório para fazer cessar o barulho sob pena de multa diária. 
SEMANA 13 
 (OAB-CESPE) - Lei estadual, de iniciativa de deputado, cria, em determinada entidade autárquica, cinquenta novos cargos públicos destinados ao provimento em comissão, sendo metade de “chefes de seção” – destinados à chefia imediata dos diversos setores da entidade – e metade de “analistas administrativos”, com atividades de apreciação processual ordinária. Aprecie a juridicidade do diploma normativo.
R: A lei do caso em tela é inconstitucional por dois motivos: em primeiro lugar, o vício de iniciativa, visto que a lei que cria cargo público é de iniciativa privada do chefe do executivo na forma do art. 61 § 1º, inciso II, “a”, da CFRB/88 que deve ser aplicado simetria no âmbito estadual e municipal. Outro ssim,  há inconstitucionalidade material, vista que os cargos em comissão destinam-se exclusivamente as atribuições de direção, chefia e assessoramento, e não a atividades de apreciação processual ordinária. 
SEMANA 14 
 (OAB-FGV) O PODER PÚBLICO ESTADUAL, com o escopo de promover a reestruturação orgânica de seus quadros funcionais, com a modificação dos níveis de referências das carreiras para realizar correções setoriais, promulga lei que altera a nomenclatura, as classes e as referências do quadro da Fazenda, de modo a promover reclassificação de cargos na escala funcional.
Estudada a hipótese, responda fundamentadamente:
É lícito à Administração Pública proceder à reestruturação orgânica de seus quadros funcionais?
R: Sim, a Constituição confere a administração o poder discricionário para promover a reestruturação orgânica de seus quadros funcionais.
Em caso afirmativo, há no ordenamento jurídico algum limite a essa mudança?
R: Sim, a Constituição impõe como limite desta reestruturação a irredutibilidade de vencimento.
Qual a natureza do regime jurídico entre o servidor público e a Administração? 
R: Regime estatutário, onde conforme decisões dos tribunais superiores, não há que se falar em direito adquirido a imutabilidade do regime estatutário.
SEMANA 15 
 (OAB-CESPE) Carlos exerce os cargos públicos de professor de universidade federal, em regime de 40 horas semanais, e de professor da rede municipal de ensino, também em regime de 40 horas semanais. A administração federal, ao constatar tal acumulação, considerou-a ilícita e notificou o servidor para que optasse por um dos cargos.
Considerando essa situação hipotética, discorra, com a devida fundamentação, sobre a regularidade dos referidos descontos na remuneração percebida pelo servidor.
R: O caso em tela trata de acumulação de ilegal de cargos públicos em virtude da incompatibilidade de horários. Porém ao ser notificado pela administração pública, o servidor realizou a opção em ocupar apenas o cargo federal, na forma do art. 133, da Lei 8112/90, e sendo assim demonstrou sua “boa-fé”. Desta forma, os descontos realizados pela administração pública são ilegais, conforme jurisprudência do STF.

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