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Agentes Antimicrobianos Profa. Regina Nardi Aspectos históricos 1900-1915 Paul Ehrlich – “balas mágicas” 1909 Ehrlich – sintetiza “salvarsan” e cria o termo quimioterapia 1928 Fleming – fenômeno de antibiose – Penicillium notatum x Staphylococcus aureus (penicilina) 1932-1935 Domagk – vermelho de prontosil (sulfonamida) 1940 Florey & Chain - purificação da penicilina 1941 Aplicação clínica da penicilina 1944 Waksman – isolou bactérias do solo produtoras de antibióticos 1960 quinolonas e estreptograminas 1960-1999 lapso de inovações 2000 Novo antimicrobiano – oxazolidona 2011...Pesquisa de novas drogas antimicrobianas Definições ANTIMICROBIANOS – substâncias químicas capazes de destruir microrganismos ou de suprimir sua multiplicação ou crescimento. A tendência atual é subdividir os antimicrobianos: 1. ANTIBIÓTICOS – substâncias químicas produzidas por diversas espécies de microrganismos capazes de, em pequenas concentrações, inibir o crescimento de outros microrganismos. 2. AGENTES QUIMIOTERÁPICOS – substâncias químicas sintetizadas em laboratório. Antimicrobianos 5000 compostos antimicrobianos distintos são conhecidos 300 novos compostos a cada ano 1% destes números são usados na clínica médica humana e veterinária 10 classes de antibióticos naturais estão no mercado Aplicações Agentes terapêuticos Antitumorais (citostáticos) Contra doenças das plantas Preservantes de alimentos (ex:nisina, bacteriocina, contra os clostridios) Estimulantes do crescimento animal Ferramentas na bioquímica e biologia molecular Produção mundial anual de antibióticos Características gerais de compostos antimicrobianos Quanto à síntese: Microbiana – antibióticos clássicos Química – ex: quinolonas Semi-sintética – antibióticos modificados quimicamente em laboratório ex: penicilinas semi- sintéticas Antimicrobianos sintetizados por microrganismos Microrganismo produtor Bastonete Gram + Bacillus subtilis Bacillus polimyxa Actinomicetos Streptomyces nodosus Streptomyces venezuelae Streptomyces aureofaciens Streptomyces fradie Fungos Cefalosporium spp. Penicillium notatum Penicillium griseofulvum Antibiótico produzido Bacitracina Polimixina Anfotericina B (antifúngico) Cloranfenicol Clortetraciclina Neomicina Cefalotina Penicilina Griseofulvina Antimicrobianos sintetizados em laboratórios Sulfanilamidas Sulfonas Quinolonas Isoniazida Cloranfenicol –produzido por bactéria- atualmente sintetizado em laboratório Antimicrobianos sintetizados por microrganismos e quimicamente modificados em laboratórios Penicilinas Cefalosporinas Classificação dos agentes antimicrobianos de acordo com a estrutura química Compostos contendo carboidratos Açúcares puros Aminoglicosídeos Ortosomicinas N-glicosídeos C-glicosídeos Glicolipídeos Exemplos de compostos Nojirimicina Estreptomicina Everninomicina Estreptotricina Vancomicina Moenomicina Classificação dos agentes antimicrobianos de acordo com a estrutura química Lactonas macrocíclicas Antibióticos macrolídeos Antibióticos polienos Ansamicinas Macrotetrolídeos Eritromicina Candicidina Polimixina Rifampina Tetranactina Classificação dos agentes antimicrobianos de acordo com a estrutura química Quinonas Aminoácidos e peptídeos Heterocíclicos com nitrogênio Heterociclicos com oxigênio Derivados alicíclicos Aromáticos Alifáticos Tetraciclina Penicilina Polioxinas Monensina Ciclohexamide Cloranfenicol Fosfomicina Características gerais das drogas antimicrobianas Toxicidade seletiva – é a capacidade de uma substância antimicrobiana atuar seletivamente sobre o microrganismo sem causar dano ao hospedeiro. Drogas que atuam sobre funções bioquímicas e/ou estruturas microbianas inexistente no hospedeiro têm maior toxicidade seletiva. Toxicidade seletiva é relativa/ concentração da droga deve ser controlada O equilíbrio da microbiota indígena do hospedeiro é afetado pelos antimicrobianos Caroline Highlight Características gerais das drogas antimicrobianas Atividade “cida” Bactericida - mata bactéria Fungicida – mata fungo Atividade “stática” Bacteriostática – inibem o crescimento de bactérias Fungistática – inibe o crescimento de fungos Propriedades antimicrobianas desejáveis Toxicidade seletiva Atividade cida (bactericida, fungicida) Amplo espectro de ação ?? Não levar à pronta resistência bacteriana Espectro de ação antimicrobiana Espectro de ação é o percentual de espécies sensíveis (número de espécies/ isolados sensíveis) Espectro de ação antimicrobiana amplo x reduzido Relação entre a estrutura bacteriana e a permeabilidade aos antimicrobianos Membrana externa de bactérias Gram negativas LPS – impede o acesso de antibióticos hidrofóbicos à bicamada lipídica Bicamada lipídica - determina a velocidade de permeação em função da lipofilia do soluto:drogas hidrossolúveis não entram por difusão simples Poros hidrofílicos (porinas) - permitem a rápida penetração de moléculas hidrossolúveis (com mais de 650Da) através da membrana externa Proteínas de transporte - garantem a penetração de moléculas capazes de ligarem-se a este tipo de receptor (Barbosa & Torres,2006) Relação entre a estrutura bacteriana e a permeabilidade aos antimicrobianos Ácidos teicóicos e teicurônicos da parede de bactérias Gram positivas O caráter extremamente aniônico destes polímeros pode afetar a velocidade de permeação de moléculas ionizadas (Barbosa & Torres,2006) Relação entre a estrutura bacteriana e a permeabilidade de antimicrobianos Membrana citoplasmática Bicamada lipídica - tem papel igual ao da bicamada lipídica da membrana externa de bactérias Gram negativas Permeases ou proteínas de transporte - facilitam a penetração de agentes com estrutura química semelhante à de nutrientes. Podem ainda apresentar baixa especificidade permitindo a entrada de substâncias semelhantes aos nutrientes (Barbosa & Torres,2006) Mecanismos de ação Inibição da síntese de parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da síntese de ácidos nucléicos Alterações das membranas citoplasmáticas Inibição da síntese de metabólitos essenciais Mecanismos de ação Mecanismo de ação Inibição da síntese de parede celular Antibióticos beta lactâmicos Inibição da síntese de parede celular Atividade antibacteriana Inibição da ligação cruzada (transpeptidação) da peptidioglicana inibição de outras etapas da síntese do peptídeoglicano Atividade antifúngica Inibição da síntese de βglicano Drogas Penicilinas, cefalosporinas, imipenem, aztreonam, vancomicina Cicloserina, bacitracina Caspofungina Inibição da síntese de parede celular β-lactâmico se liga aos receptores (PBP) na parede celular bacteriana Proteínas ligadoras de penicilina (PBP) - são transpeptidases responsáveis pelas etapas finais das ligações cruzadas da peptídeoglicana Complexo antibiótico-PBP estimula a liberação de autolisinas Inibição da síntese de parede celular Penicilina * Liga-se a PBP e enzimas responsáveis pela síntese de peptídeoglicano Cefalosporina e cefamicinas ** Idem Carbapenem*** Idem Monobactam **** Idem Inibidor da beta lactamase ***** Liga-se à beta lactamase e impede a inativação enzimática do beta- lactâmico Vancomicina Rompe a ligação cruzada das camadas de peptídeoglicano Bacitracina Interrompe o movimento de precursores do peptideoglicano Isoniazida Interrompe a síntese de ácido micólico Etionamida Interrompe a síntese de ácido micólico Etambutol Interrompe a síntese de arabinogalactano Ciclosserina Rompe a ligação cruzada das camadas de peptídeoglicano *Penicilinas naturais: Benzilpenicilina (penicilina G),Fenoximetilpenicilina (penicilina V) Penicilinas de espectro ampliado:Aminopenicilinas (ampicilina, amoxicilina) Carboxipenicilinas (carbenicilina, ticarcilina), Ureidopenicilinas (mezlocilina, piperacilina) Penicilinas resistentes à penicilinase: Nafcilina, Meticilina, Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina ** Cefalosporinas e cefamicinas: pimeira geração (cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefapirina cefradina. Agentes de espectro ampliado (de segunda geração) Cefaclor, cefamandol, cefonicida cefuroxima cefotetano, cefoxitina Agentes de amplo espectro (de terceira geração) Cefepima, cefixima, cefotaxima, ceftazidima *** Carbapenem, Imipenem, Meropenem **** Monobactâmico, Aztreonam ***** Inibidor da beta-lactamase: Ácido clavulânico/amoxicilina,Acido clavulânico/ticarcilina,Sulbactam/ampicilina,Tazobactam/piperacilina Antibióticos beta lactâmicos Penicilinas Penicilina G Penicilina V Oxacilina Meticilina Amoxicilina / Ampicilina Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (Clavulin®) Amoxicilina + Sulbactam (Trifamox®) Antibóticos beta lactâmicos Antibióticos beta lactâmicos Cefalosporinas Ceftriaxona: Rocefin® Cefuroxima: Zinat® Cefotaxima: Claforan® Cefalotina: Keflin® Cefalexina: Keflex® Cefepime: Maxcef® Cefadroxila: Cefamox® Cefpiroma: Cefron® Inibição da síntese de parede celular Antibióticos β-lactâmicos não têm ação em Mycoplasma spp.( ausência de parede celular) Ação antimicrobiana apenas em bactérias que estão se multiplicando (biossíntese de parede celular) Inibição da síntese de proteínas Aminoglicosídeos (30S) Tetraciclinas (30S) Cloranfenicol (50S) Eritromicina (50S) Clindamicina (50S) Linezolida (50S) Bloqueia o funcionamento do complexo de iniciação e causa leitura errada no mRNA Bloqueio a ligação do tRNA ao ribossomo Bloqueia a peptidiltransferase Bloqueia a translocação Bloqueia a formação de ligações peptícas Bloqueia os passos iniciais na formação do ribossomo Inibição da síntese de proteínas Aminoglicosídeo * Liga-se a proteínas ribossômicas 30S Tetraciclina ** Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossomo 30S Macrolídeo Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossomo 50S Cloranfenicol Liga-se à subunidade 50S e inibe a formação da ligação peptídica Lincomicina,clinda micina Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossomo 50S *(Estreptomicina, canamicina, gentamicina, amicacina, tobramicina, netilmicina,neomicina) **(Tetraciclina, doxicilina, minociclina, tigecilina) ***(Eritromicina, claritromicina, azitromicina, espiramicina) Macrolídeos Eritromicina Claritromicina (Klaricid®) Roxitromicina (Rotran®) • Clindamicina Atuam sobre a subunidade 30S dos ribossomos bacterianos. • Oxazolidonas -Linezolida (Zivox®) Inibição da síntese proteíca Inibição da síntese de ácidos nucléicos Quinolonas Liga-se à subunidade alfa da DNA- girase Rifampina Impede a transcrição pela RNA- polimerase DNA-dependente Rifabutina Impede a transcrição pela RNA- polimerase DNA-dependente Metronidazol Rompe o DNA bacteriano (citotóxico) Quinolonas - Fluorquinolona Ciprofloxacina: Cipro® - 2ª geração Ácido Nalidíxico – 1ª geração Esparfloxacina – 3ª geração Cinafloxacina – 4ª geração Alteração na membrana citoplasmática Polimixina Rompe a membrana citoplasmática bacteriana Bacitracina Daptomicina Rompe a membrana citoplasmática bacteriana Forma poros e despolariza a membrana citoplasmática Inibição da síntese de metabólitos essenciais Análogos de fatores de crescimento Sulfonamidas Inibem a di-idropteroato-sintetase e interrompem a síntese de ácido fólico Dapsona Inibe a di-idropteroato-sintetase Trimetoprim Inibe a di- idrofolato-redutase e interrompe a síntese de ácido fólico Fatores de crescimento- substâncias químicas específicas, cuja presença no meio é necessária, uma vez que o micro-organismo não é capaz de sintetizá-la. Inibição da síntese de metabólitos essenciais Análogos de fatores de crescimento Isoniazida – espectro de ação apenas contra Mycobacterium tuberculosis Isoniazida é análogo da vitamina nicotinamida Interfere na síntese do ácido micólico PIN- fosfatidil inositol manosídeos Drogas antifúngicas Alvos de ação Drogas antifúngicas Polienos (anfotericina B) Combina-se aos esteróis (ergosterol) da membrana citoplasmática,tornando-a permeável Imidazóis * e Triazóis ** Interfere com a síntese de esteróis Griseofulvina Inibição do fuso mitótico Resistência bacteriana aos antimicrobianos 1. Resistência natural ou intrínseca ausência da estrutura ou via metabólica alvo no microrganismo 2. Resistência adquirida: mutação ou aquisição de material genético Mecanismos de resistência a antimicrobianos Modificação do alvo da droga na bactéria Mutação em proteínas de ligação à penicilina Mutação na proteína da subunidade ribossômica 30S Substituição da alanina por lactato no peptideoglicano Mutação na DNA girase Mutação na RNA-polimeras Mutação na catalase - peroxidase Drogas Penicilinas Aminoglicosídeos Vancomicina Quinolonas Rifampicina Isoniazida Resistência bacteriana aos antimicrobianos Resistência mediada por genes cromossômicos: Mutação Depende de mutação espontânea evento raro É quase sempre dirigida a uma só droga Os genes são transferidos com freqüência relativamente baixa Resistência mediada por genes plasmidial Podem conferir resistência múltipla Podem ser transferidos por conjugação Podem ser transferidos a outros gêneros e espécies Resistência mediada por elementos móveis: Transposons, plasmídio R e integrons Mecanismos de resistência a antimicrobianos Mecanismos de resistência a antimicrobianos Mecanismo Inativaçãoda droga Clivagem por enzimas: Βlactamase Metilases Acetilases Fosforilases Outras Drogas afetadas/ base genética da resistência βlactamase (penicilina, cefalosporinas) – plasmidial e cromossômica Cloranfenicol (acetiltransferase – plasmidial e cromossômica) Aminoglicosídeos (plasmidial) Mecanismos de resistência a antimicrobianos Mecanismo Redução da permeabilidade Drogas afetadas/ base genética da resistência Penicilinas/cromos sômica Pseudomonas aeruginosa Bactérias entéricas Mecanismos de resistência a antimicrobianos Redução da permeabilidade da droga Mutação nas proteínas de porinas Ausência do sistema de transporte da droga Drogas Penicilinas Aminoglicosídeos Aminoglicosídeos (bactérias anaeróbias obrigatórias) Bomba de efluxo O papel natural das bombas de efluxo é remover os produtos químicos que poderiam desestruturar a membrana citoplasmática do micro-organismo. Do ponto de vista da resistência a drogas as bombas apresentam habilidade de expulsar ativamente antimicrobianos. As bombas de efluxo apresentam, geralmente, três componentes: a própria bomba, uma proteína ligadora e uma proteína de membrana, que age como portal de saída (BOMONO & SZABO, 2006). Mecanismos de resistência a antimicrobianos Exportação da droga para fora da bactéria – bomba de efluxo ou bomba de multirresistência às drogas (MDR) Drogas Tetraciclinas Sulfonamidas Quinolonas β-lactâmicos Aminoglicosídeos Ex: bactérias entéricas, Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis Mecanismos de resistência a antimicrobianos Desenvolvimento de uma via bioquímica resistente Sulfonamidas Bactérias entéricas Staphylococcus aureus Bases não genéticas para a resistência aos antimicrobianos Proteção do microrganismo dentro de uma cavidade de um abscesso no qual a droga não penetra Bactérias podem permanecer em fase estácionária de crescimento, tornando-se insensíveis aos inibidores de parede celular Bactérias podem sobreviver na forma de protoplasto (sem parede celular) e se torna insensíveis aos inibidores de parede celular Dosagem da droga inadequada e/ ou falha do paciente em tomar a drogas Indicação incorreta do antimicrobiano Outras Medidas que visam a redução da pressão seletiva dos antimicrobianos Rotatividade das drogas Proibição da venda indiscriminada de antibióticos Proibição do uso de drogas em ração animal e para a conservação de alimentos Conhecimento dos padrões locais e regionais de resistência Limite do uso de antibióticos profiláticos Analise do teste de susceptibilidade para escolha do antibiótico Escolha de droga com espectro de atividade antimicrobiana mais restrito Usar antibióticos reservados à microrganismos resistentes somente na infecções causadas por eles Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Métodos de difusão em ágar: Kirby- Bauer Teste Epsilométrico – E Teste Testes de diluição em caldo de cultura Teste de diluição em ágar Sistemas Comerciais: Vitek (bioMérieux) MicroScan (Dade International) Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Potência ou concentração inibitória mínima (MIC, MIC50, MIC90) é a concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento bacteriano, de forma que quanto menor o MIC, maior a potência e, quanto maior a potência, maior a dificuldade da bactéria em desenvolver resistência. Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Kirby-Bauer E-teste Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Diluição em ágar Uso:anaeróbios obrigatórios fastidiosos Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Pseudomonas aeruginosa Paomuts – linhagem hipermutante deficiente do sistema de reparo do DNA Pseudomonas aeruginosa PAO1 Linhagem sensível Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro Vitek (bioMérieux) Beta-lactamases de espectro estendido Enzimas capazes de degradar cefalosporinas de terceira e quarta gerações As beta-lactâmicos, a exemplo das cefalosporinas, são os antimicrobianos mais prescritos na prática clínica Há falha na detecção caso não seja utilizado teste específico para sua detecção A detecção baseia-se no fato de que são inativadas pelo clavulanato de potássio Critérios para detecção estabelecidos para K. pneumoniae, E.coli e P. mirabilis Testes de sensibilidades aos antimicrobianos in vitro QUICOLOR ES® for Enterobacteriaceae and Staphylococci, and QUICOLOR NF® for non-fermentatives like Pseudomonas and Acinetobacter.
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