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Princípios da ação antibacteriana Farmacologia Quimioterápicos são substâncias químicas que devem ser tóxicas para o organismo patógeno, porém inócuas para o hospedeiro Essa toxicidade seletiva depende da: Descoberta das diferenças bioquímicas entre patógeno e o hospedeiro Os antibióticos podem ser: Bactericidas: vai matar a bactéria Bacteriostática: deixa a bactéria estática, não permite o crescimento (em números); nesse caso, quem fará a eliminação dessas bactérias é o sistema imune, desse modo, para pessoas com o sistema imunológico fragilizado, deve-se optar por bactericidas Inibidores das Topoisomerases (enzima com importante papel nos processos de replicação e empacotamento de DNA) As quinolonas são uma importante classe de antibióticos que atuam na inibição das topoisomerases do tipo II (uma DNA girasse bacteriana) Amplamente utilizadas no tratamento de infecções urogenitais, respiratórias e gastrintestinais Inibidores da Transcrição A rifampicina exerce sua atividade bactericida através da formação de um complexo estável com a RNA polimerase bacteriana, inibindo, assim, a síntese de RNA Inibidores da síntese proteica Ribossomo: Cada ribossomo possui 3 sítios de ligação ao RNAt: sítios A (aminoacil-RNAt), P (peptidil- RNAt) e E (saída), e um sítio de ligação ao RNAm Inibidores do metabolismo Os organismos sensíveis à sulfonamidas, diferentemente dos mamíferos, não podem utilizar o folato exógeno, mas devem sintetizá-lo a partir do PABA Essa via é, portanto, essencial para a produção de purinas e para a síntese do ácido nucleico Como análogos estruturais do PABA, as sulfonamidas inibem a di-hidropteroato sintetase e a produção de folato Inibidores da síntese da parede celular Em 1928, Alexander Fleming fez uma descoberta casual que iria revolucionar o tratamento das infecções bacterianas. Essa descoberta foi a penicilina, o primeiro de uma longa lista de antibióticos que atuam através da inibição da síntese da parede celular bacteriana Bioquímica da síntese da parede celular: A parede celular das bactérias é uma rede tridimensional de polímeros de açúcares, com ligação cruzada peptídica, que circunda a célula no lado externo de sua membrana citoplasmática A parede celular possui função crítica para as bactérias: Resistência à tração Mantém a pressão osmótica A resistência se deve às ligações peptídicas cruzadas Excelente alvo para ação de fármacos Inibidores da ligação cruzada de polímeros Antibióticos Beta-Lactâmicos Penicilinas Cefalosporinas Carbepenéns e monobatâmicos Todos são compostos Beta-lactâmicos, assim designados em virtude de seu anel lactâmico de quatro membros As penicilinas compartilha certas características químicas, mecanismo de ação, farmacologia e características imunológicas com as Cefalosporinas, os monobactâmicos, os carbapenêmicos e os inibidores da beta- lactamase Embora as penicilinas sejam muito eficazes e bastante utilizadas, elas podem ser destruídas por enzimas amidases e beta-lactamases bacterianas (penicilinases) Principal tipo de resistência Classificação das penicilinas Grupo 1 – penicilinas sensíveis à penicilinase Benzilpenicilina ou penicilina G Fenoximetilpenicilina ou penicilina V Carbenicilina Grupo 2 – penicilinas que resistem a penicilinase Metilcilina Nafcilina Oxacilina Dicloxacilina Cloxacilina Grupo 3 – penicilinas de espectro aumentado (aminopenicilinas) – sensíveis à beta-lactamase Amoxilina Ampicilina Grupo 4 – penicilinas antipseudomonas (carboxipenicilinas) – sensíveis à beta-lactamase, maior custo Ticarcilina Carbenicilina Grupo 5 – penicilinas de 4ª geração (ureidopenicilinas) – alto custo Aziocilina Mezlocilina Piperacilina Mecanismo de ação β-lactâmicos A proteína de ligação da penicilina (PBP, uma enzima) remove a alanina terminal no processo de formação de uma ligação cruzada com um peptídeo adjacente As ligações cruzadas conferem à parede celular a sua rigidez estrutural Os antibióticas beta-lactâmicos, análogos estruturais do substrato d-Ala-d-Ala natural, ligam-se de modo covalente ao local das PBP Essa ligação inibe a reação de transpeptidação e interrompe a síntese de peptidoglicano, levando à morte da célula Efeitos adversos da penicilina Efeito pró-convulsionante quando administrado intratecalmente Reações de hipersensibilidade dos produtos de degradação da penicilina que se combinam com proteínas do hospedeiro e se tornam antigênicos Mais sério é o choque anafilático agudo, que pode ser fatal Quando por via oral, pode causar distúrbios TGI Antibióticos Beta-Lactâmicos Cefalosporinas e cefamicinas Também são antibióticos isolados de fungos Cefalosporinas de amplo espectro semissintéticas variam com relação à suscetibilidade às beta- lactamases Primeira geração: cefalexina Segunda geração: cefuroxima, cefaclor Terceira geração: cefixima, ceftriaxoma Carbepenéns e monobatâmicos Imipeném: espectro de ação muito amplo de atividade microbiana > gram positivos e negativos, aeróbios e anaeróbios Monobactâmicos Aztreonam: resistente à maioria das beta-lactamases Injetável e tem meia vida de 2h Tem espectro de ação não usual, contra bacilos aeróbios negativos, como pseudômonas, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae Escolha do antimicrobiano Identificação do microrganismo infectante Tratamento empírico antes da identificação do microrganismo Antibiograma (suscetibilidade antimicrobiana do agente infeccioso) Local da infecção (barreira hematoencefálica) Fatores do paciente Segurança do medicamento Custo Os fatores farmacológicos incluem: Cinética de absorção, distribuição e eliminação Capacidade do fármaco de ser liberado no local da infecção Toxicidade potencial do agente Interações farmacocinéticas ou farmacodinâmicas com outros fármacos
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