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Segue o gabarito dos Casos Concretos de 1 a 5

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Segue o gabarito dos Casos Concretos de 1 a 5:
CASO CONCRETO 1:
1- Com relação à produção escrita (laudos ou pareceres) elaborada pelos psicólogos no
universo do judiciário é correto afirmar que:
a. Essa produção deve apontar, conclusivamente, uma alternativa de encaminhamento à
demanda solicitada.
( )certo ( ) errado (EU ANULARIA ESSA QUESTÃO, POR COMPORTAR DUPLA INTERPRETAÇÂO E SER POLÊMICA DEMAIS PARA UMA MÚLTIPLA ESCOLHA)
b. Essa produção deve considerar os discursos e as percepções do demandado.
(X) certo ( ) errado
2- Sabemos que vários conhecimentos da Psicologia, com frequência, são utilizados pelo senso comum. A partir das alternativas abaixo, marque aquela que melhor descreve a apropriação que o senso comum faz do conhecimento da Psicologia.
a- Esse menino é muito triste
b- Aquela senhora está preocupada.
c- A mulher gritava de forma histérica. (É essa!)
d- A criança não estava satisfeita com o brinquedo
e- O homem parecia gostar de seu trabalho
3- Sicrana conversava com Fulana sobre os progressos que estava fazendo em seu tratamento psicoterápico:
    - Você não imagina, Fulana, como me sinto bem quando vou para a terapia.
    - Por que você se sente tão bem? Eu acho que fazer terapia é o mesmo que conversar com um amigo. Qual a diferença, Sicrana?
    - A diferença, Fulana, é que o terapeuta adivinha o que você sente e um amigo, quase sempre, só escuta como você se sente.
    Os psicólogos adivinham os que os outros pensam? Analise o caso concreto e construa sua resposta a partir do que foi aprendido sobre Psicologia e Senso Comum.
     Não. Psicólogo não adivinha o que os outros pensam. Ele apenas entende um pouco mais sobre o comportamento e a mente humana, pelos estudos que faz, e compreende linguagens não verbais, como a corporal, por exemplo.
     OU
     O Sr. X e a Srª. Y viviam sob união estável e dessa união tiveram uma filha, hoje com 4 anos de idade. Quando a criança estava com um ano de idade houve a separação do casal e a criança permaneceu sob os cuidados maternos. Quando ocorreu a separação ficou acordado que a criança visitaria o pai aos finais de semana, quinzenalmente, e que esse pagaria pensão alimentícia. A Srª. Y ingressou com o pedido de pensão alimentícia porque o genitor não estava cumprindo com o acordo. O pai, em contrapartida, solicitou a guarda judicial da filha alegando maus-tratos infringidos pela genitora. Devido à circunstancia alegada, situação de risco, foi solicitada, pelo advogado do genitor, audiência especial, que foi concedida. Na referida audiência, devido às alegações apresentadas, o juiz deferiu a guarda ao genitor. A sentença determinava que a genitora deveria visitar a criança na residência paterna de quinze em quinze dias, sendo monitorada. Ao saber da decisão judicial a genitora se descontrolou, manifestando comportamento incompatível com o Judiciário. O caso foi encaminhado à equipe técnica com o objetivo de se realizar estudo psicossocial. De posse do procedimento, ouvida a genitora e com base em visita domiciliar, ficou evidente que a criança não estava em situação de risco. Desse modo, a equipe procurou o juiz solicitando, com base nas teorias psicológicas, que a criança não tivesse os vínculos com a genitora abruptamente rompidos, o que poderia trazer danos psicológicos para a criança. O juiz solicitou a manifestação do Ministério Público. Segundo o MP a mãe não teria condição de permanecer com a criança por ser “desequilibrada”, “insana”, comportamento que foi observado em audiência. A equipe, mais uma vez partindo dos pressupostos da Psicologia, descreveu as possíveis consequências da separação entre mãe e filha. Faça uma analise do caso acima mencionado, demonstrando onde, no texto, fica clara a diferença entre a Psicologia Científica, de um lado, e a apropriação de conceitos dessa Ciência pela “psicologia” do senso comum.
 
  Juiz e Promotor chegaram a conclusões sobre o equilíbrio emocional e a sanidade mental da sra. Y a partir de uma simples observação do comportamento dela durante uma audiência, quando ela teve conhecimento de uma decisão pela qual perderia a guarda da filha, por motivos que não correspondiam à verdade. Eles julgaram isso por um recorte de um momento que foi difícil para ela. Os psicólogos usaram técnicas, recursos e estratégias científicos para fazer uma avaliação mais profunda da sua personalidade, e conseguem, por isso, ter uma ideia mais precisa de seu funcionamento psíquico e da relação dela com a filha, podendo avaliar melhor os benefícios ou danos que essa convivência traz à criança.
CASO CONCRETO 2
1- De acordo com a matriz sócio-histórica da Psicologia, é correto afirmar com relação ao sujeito:
a história de vida do indivíduo não é importante na construção de sua singularidade.
b. as experiências da primeira infância são decisivas na formação da identidade do indivíduo.
c. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas. (É essa!)
d. na constituição do sujeito não há articulação entre dimensões pessoais e coletivas.
e. nenhuma das respostas acima.
2- No que tange à atuação do psicólogo, no contexto prisional, analise as afirmativas abaixo:
a. O profissional de Psicologia que atua no sistema prisional deve entender a complexidade das questões relacionadas ao encarceramento e promover a construção da cidadania em detrimento da primazia da segurança e da vingança social.
(X ) certo ( ) errado
b. Em caso de perícias psicológicas de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o indivíduo que cometeu o delito o foco principal.
(X ) certo ( ) errado
3 - A perspectiva sócio-histórica da Psicologia entende o ser humano como produto e produtor da realidade social. Ela propõe que o fenômeno psicológico seja entendido a partir de uma abordagem dialética caracterizada por uma análise processual, explicativa e histórica. Proponha uma situação em que a atividade profissional do psicólogo jurídico contribua para transformações na realidade dos indivíduos.
 Qualquer situação, imaginada pelo aluno, em que a pessoa perceba em si comportamentos que foram aprendidos e, alterando-os, provoque mudanças em seu entorno.
OU
 3- Ana Lúcia foi casada com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos: Thiago(10 anos) e Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma relação bastante afetiva marcada por muita cumplicidade e comunhão de vidas. Muitas foram as conquistas afetivas e de crescimento mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse, adoravam Dorival Caymmi e curtiam blues das antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo apartamento em um bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos para obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de Beatrice, Ana Lúcia pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo a felicidade e bem estar de seus filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um entusiasta da nova situação. Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar numa outra empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho criativo e nem tão pouco era uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que havia ganhos financeiros maiores que o emprego anterior. Nos três últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia sem nenhum motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento, Joaquim dizia que precisava trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este último era feito de maneira mecânica e sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam quese tratava de um comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos homens. Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais e por ter parado de trabalhar e ao perceber o cansaço e olheiras de seu marido se consumia emocionalmente. Tentava estimular sexualmente seu marido, assim como buscava agradar-lhe de todas as formas mas não lograva êxito. A esposa buscou ajuda em psicoterapias, centro espírita e até cartomantes e nada conseguiu mudar o comportamento frio que Joaquim estabelecia com sua esposa. Não conseguindo suportar a permanência daquele tão frio tratamento, Ana Lúcia, mesmo apaixonada por seu marido, procurou uma advogada de sua confiança e entrou com o pedido de divórcio. Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande culpada do fracasso do seu casamento, sofria com a saudade que seus filhos sentiam do pai e nos dias que Joaquim levava as crianças para a visita na casa da avó paterna, após a saída das crianças, Ana Lúcia chorava quieta e sozinha no sofá da sala. Em função desta silenciosa culpa e compaixão com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a casa de praia integralmente com Joaquim (a casa passou a pertencer somente a Joaquim), enquanto o apartamento que ambos adquiriram foi dividido e mantinha-se no nome dos dois. Após a separação, com as crianças maiores, Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e por ter uma formação acadêmica melhor que Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa grande e poderosa empresa na área de telecomunicações. A remuneração de Ana Lúcia era tão boa que mantinha oitenta por cento das necessidades das crianças. Enquanto Joaquim mantinha-se no emprego que trabalhava antes da separação e, por vezes, fazia “bicos” nos finais de semana já que o mesmo dizia se esforçar para acompanhar o padrão de vida que as crianças sempre tiveram. Esses comportamentos de Joaquim emocionavam Ana Lúcia que mesmo divorciada via em Joaquim um grande e afetuoso homem. Aos olhos de todos os amigos e dos familiares, foi Ana Lúcia que teve o desejo inicial da separação, já que foi ela que deu o ponta pé inicial para feitura do divórcio. Entretanto Ana Lúcia amargava uma rejeição enorme e um constante sentimento de tristeza. Pensou por diversas vezes buscar uma psicoterapia mas foi desestimulada pelas amigas que diziam que o bom da vida está num passeio ao shopping e numa bela cirurgia plástica. Objetivando sanar esta tristeza, sentimento de rejeição e baixa autoestima, Ana Lúcia colocou silicone nos seios e deu início a uma série de treinamento de condicionamento físico na academia de ginástica próxima a sua casa. Aproveitou e contratou um personal para facilitar o ganho de massa muscular. Ana Lúcia deu início a relações sexuais com o seu personal mas não conseguia se apaixonar pelo mesmo já que mantinha-se afetivamente ligada ao ex-marido. Logo após a separação, teve uma noite de sexo bastante feliz com um ex-namorado e sentiu tanta culpa que esta foi a mola propulsora para dar integralmente a casa de praia para Joaquim. Dois anos após o divórcio, Ana Lúcia soube que Joaquim estava vivendo maritalmente com uma mulher quinze anos mais jovem que ele e que juntos já tinham um filho de quatro anos, cujo nome era Joaquim Júnior. Ao saber, Ana Lúcia ligou imediatamente para sua advogada e pediu que fosse revista a pensão de alimentos assim como deu início a uma série de comportamentos que dificultaram a manutenção do contato entre Joaquim e os filhos nascidos do casamento com Ana Lúcia. Em seguida, entrou num estado depressivo grave em que ficou catatônica em sua cama, sem conseguir comer ou levantar da cama. A partir do caso concreto acima descrito, em sua opinião, qual a interface da Psicologia com o Discurso Jurídico?
A Psicologia Jurídica possibilitará que o operador do Direito tenha uma visão mais ampla e um entendimento mais profundo sobre as questões subjetivas e as motivações do casal, podendo, assim, aplicar a norma jurídica (desenvolver o discurso jurídico) de forma mais adequada.
CASO CONCRETO 3
1- Marque a resposta correta:
A Psicologia do Desenvolvimento tem como objetivo:
a. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas inserido em seu contexto social.
b. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas quanto ao seu intelecto e aspectos afetivoemocional.
c. Estudar o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físicomotor, intelectual, afetivoemocional e social desde o nascimento até a velhice. (É essa)
d. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas quanto ao seu aspecto intelectual e a construção de seu conhecimento desde a infância até a vida adulta.
e. Estudar o desenvolvimento do ser humano e sua personalidade na infância.
2- Analise os itens a seguir, relativos à Psicologia do desenvolvimento.
a. Segundo os estudos do desenvolvimento humano, o ambiente tem mais influência no desenvolvimento de um indivíduo do que a hereditariedade.
( ) Certa (X ) Errada
b. A psicologia do desenvolvimento restringe seus estudos aos processos de mudança no comportamento humano no decorrer da infância e da adolescência.
( ) Certa (X ) Errada
3 - "Reality Shows" podem ser considerados um fenômeno televisivo internacional. Hipoteticamente, um pesquisador interessado em investigar possíveis fatores associados ao fato de as pessoas assistirem a esses programas realizou um estudo no qual verificou que, na audiência de "reality shows", predominam pessoas com idade entre 15 e 25 anos. Em vista disso, fundamentado nos estudos deas teorias do desenvolvimento, realizados nesta aula, apresente uma hipótese que forneça uma possível interpretação do resultado obtido nesse estudo (Adaptação ENADE 2000)
A adolescência é uma fase de busca por novas referências e de teste aos nossos limites. Essas características podem ser relacionadas à grande audiência de reality shows nessa fase.
OU
Doutrina da Proteção Integral, presente no artigo 227 da República Federativa do Brasil, nos fala de uma integralidade da proteção de crianças e adolescentes e sua peculiar condição de sujeitos em desenvolvimento. Dito de outra maneira, se faz necessário a garantia do desenvolvimento BIOPSICOSSOCIAL de crianças e adolescentes, já que o cuidado assume um valor jurídico. A partir destes pressupostos, leia o seguinte caso concreto e responda o que se pede: Luiz e Raquel são casados. Luiz era caminhoneiro, autônomo e num acidente ficou tetraplégico. Raquel precisou manter a sua casa, já que a pensão recebida em função do acidente do marido não consegue manter os muitos tratamentos de Luiz e nem as necessidades da família. Na época do acidente de seu marido, ambos tinham um bebê de três meses de vida (Pedro). Raquel deu início a uma intensificação de seu trabalho como costureira autônoma, em sua casa. Raquel não tem condições financeiras de pagar uma babá e não há ninguém que a ajude nos cuidados com Pedro e com Luiz. Em função disto, deixa Pedro num “cercadinho” de madeira ao lado da cama de Luiz que emite sons ao sinal de algum perigo que Pedro possa ser vítima. E assim, levaram suas vidas numa teia peculiar de laços afetivos. Atualmente, Pedro tem dois anos e ainda não engatinha, apresentando um sério transtorno psicomotor em função de não ser estimulado a caminhar fora do “cercadinho”. Este atraso psicomotor foi notificado ao Conselho Tutelar que solicitou que a mãe estimulasse Pedro a caminhar. A partir do caso concreto em tela, faça uma análise que leve em conta o cuidado como valor jurídico, as funções do Conselho Tutelar e a Doutrina da Proteção Integral.
O aluno deve mostrar que não faltou cuidado com o filho, por parte de Raquel, pois deixá-lo no cercadinho foi uma forma de cuidado que ela encontrou, dentro de suas circunstâncias. Todavia, o Cuidado garantido pela Proteção Integral é o Cuidado adequado, que promova o desenvolvimento biopsicossocial da criança, e a forma de cuidar adotada por essa mãe não estava promovendo isto e, portanto, não era adequada. O Conselho Tutelar, em sua função de vigiar e promover também o cuidadocom crianças e adolescentes, agiu bem, orientando-a e advertindo-a num primeiro momento, pois muito provavelmente essa inadequação dos seus cuidados se deu de forma involuntária, por desconhecimento.
CASO CONCRETO 4
1 - Como vimos na aula 4, existem vários significados para a palavra 'Personalidade' dependendo do campo de estudo em que ela esteja sendo usada. Pesquise sobre o conceito de Personalidade para o Direito e faça uma comparação com este conceito de Psicologia.
Para o Direito, Personalidade é a aptidão para ser Sujeito de Direitos, ter Direitos e Deveres. Já para a Psicologia, Personalidade é a soma de todas as características físicas, psíquicas, mentais, emocionais e intelectuais, somadas a todas as experiências de vida que, juntas, tornam o sujeito aquilo que ele é - alguém único, exclusivo, que não tem outro igual no mundo.
OU
Luciana, jovem de 17 anos, estudante, voltava da escola para casa e foi estuprada por três homens, repetidas vezes, enquanto todos passavam as mãos em seu corpo, mantendo-a imobilizada e emudecida pela própria calcinha, violentamente arrancada e enfiada em sua boca, quase até asfixiá-la. Após breve confabulação, os três decidiram não matá-la e fugiram do local, de posse dos escassos bens da vítima: alguns trocados, passes escolares e o relógio barato adquirido na feira livre do bairro. Luciana permaneceu um tempo, que lhe pareceu infinito, deitada sobre o chão imundo, onde os três urinaram antes de se evadir, sentindo mais nojo do que dor. Deve ter perdido os sentidos, pois, de repente, viu-se só. Arrastou-se, com dificuldade, entre a vegetação, até conseguir se orientar. Levantou-se e, tremendo e chorando, buscou o caminho de casa. Com muita vergonha, relatou o ocorrido para mãe e o padrasto  Enquanto a mãe consolava-a, o padrasto, não deixou de recriminá-la por seus “modos”. “Sempre achei que ainda ia acontecer alguma desgraça”, afirmou. A mãe, entretanto, fez questão de levá-la à delegacia do bairro para prestar queixa. A ocorrência foi comunicada à polícia civil, seguindo-se o suplício de se submeter a exame de corpo de delito. Nos próximos meses, Luciana permaneceu em casa, recuperando-se pouco a pouco da provação. Perdeu o emprego e não conseguiu retomar as aulas naquele ano... Tinha vergonha de encarar os colegas de trabalho e de escola. Passou a evitar conhecidos e parentes. Algum tempo depois, a polícia logrou êxito na prisão dos suspeitos, os quais foram identificados, submetidos a julgamento, sentenciados e condenados. Durante o julgamento, a advogada de defesa dos criminosos colocou em dúvida o depoimento de Luciana, questionando a gravidade dos fatos, alegando que a vítima não soube precisar quantas vezes foi estuprada por cada um dos elementos. ( In: FIORELLI, O. J. & MANGINI, R.C.R. Psicologia Jurídica 3ªEd.p.10. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2011.) A partir da leitura acima responda:
A - Sintetizando definições de personalidade como condição estável e duradoura dos comportamentos da pessoa, embora não permanente, apresente as características mais evidentes da personalidade dos atores do caso concreto apresentado. Agressividade, sadismo, falta de empatia.
B - Relacione, na medida do possível, as características evidenciadas pelos personagens do caso com as teorias de personalidade estudadas.
Ex: Teorias Psicodinâmicas - os atores apresentam fragilidade em seu superego e id exacerbado,o que lhes permite a prática de excessos na busca por satisfação, sem se preocupar com o certo ou errado ou com o dano que causam aos outros.
       Teorias Sociocognitivas - os autores tiveram em suas vidas modelos que os levaram a perceber a mulher como um objeto para seu prazer, autorizando comportamentos agressivos contra ela. 
C - Se o atendimento de Luciana fosse encaminhado para um Psicólogo, qual seria sua conduta para um estudo mais completo da personalidade?
        Entrevistas, Testes Psicológicos, Inventários de Personalidade 
2- A conceituação de personalidade retrata a complexidade do campo do saber psicológico. A personalidade pode ser definida como o conjunto das características da pessoa que explicam padrões consistentes de sentimentos, de pensamentos e de comportamentos. As teorias de personalidade são estudadas em uma perspectiva pluralista. Sobre as teorias de personalidade, as seguintes afirmativas são feitas:
I. As teorias cognitivas reforçam a visão da personalidade como um sistema ativo de processamento de informações sobre si e sobre o mundo, uma vez que não é possível abordar cognitivamente as emoções.
II. As teorias psicodinâmicas descrevem a personalidade como um sistema energético marcado por forças conscientes e inconscientes, que, em conflito não resolvido, podem levar aos sintomas psicopatológicos.
III. As teorias humanistas colocam em relevo as características emergentes e irredutíveis do homem, propondo o foco na experiência psicossocial e na cultural, como fontes determinantes da constituição da pessoa.
IV. A psicologia evolutiva descreve a personalidade como uma função biopsicológica, com traços geneticamente herdados, cujas características foram selecionadas pela interação com o ambiente evolutivo de adaptação.
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) II e IV. (É essa) E) III e IV.
3- Marque a resposta correta:
A entrevista estruturada se caracteriza fundamentalmente por
a ) Ser realizada numa situação estruturada.
b ) Ser utilizada como procedimento preferencial na área de recursos humanos.
c ) Obedecer a um controle severo do tempo de início e término da entrevista.
d) Supor o estabelecimento prévio de um roteiro com perguntas. (É essa)
e ) Possibilitar que o entrevistado responda às perguntas por escrito.
CASO CONCRETO 5
1) Pesquise situações que expressam estereótipos positivos e negativos, classificando-os quanto aos tipos (étnico, social, cultural, religioso, profissional, etc...)
Ex: "Todo policial é corrupto" - estereotipo negativo, profissional. / 'Quem mora em favela é bandido" - estereotipo negativo, social. / "Japonês é inteligente" - estereotipo positivo, étnico. 
2) Vincent Van Gogh nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853. Começou sua carreira muito jovem, com aproximadamente 15 anos. Depois de cinco anos se mudou para Londres e posteriormente para Paris, devido ao reconhecimento que teve. Ele entrou para a História como um dos exemplos mais notórios do artista maldito, do gênio desajustado, do homem incompreendido por seu tempo, mas que foi aclamado pela posteridade. Ao longo da vida, sofreu uma série interminável de infortúnios: desilusões amorosas, crises nervosas, misérias financeiras, Foi tratado como louco, ficou várias vezes exposto à fome, à solidão e ao frio. Ridicularizado pela maioria de seus contemporâneos, hoje é considerado um dos maiores mestres da pintura universal. Durante sua vida, Van Gogh não conseguiu vender nenhuma de suas obras de arte. No final do ano de 1888, o pintor cortou sua orelha direita. Alguns biógrafos do artista afirmam que o ato seria uma espécie de vingança contra sua amante Virginie, depois de descobrir que ela estava apaixonada pelo artista Paul Gauguin. Segundo essa versão, o artista teria enviado sua orelha ensangüentada para a amante dentro de um envelope. Desde sua morte, e infelizmente nunca antes disso, o pintor holandês Vincent Van Gogh tem sido objeto de fascínio e curiosidade. E não apenas pelos apreciadores de sua arte, mas também por estudiosos da mente humana que se dedicam a reconstruir os caminhos que o levaram ao suicídio, em 1890. Você conseguiria incluir Van Gogh em algum critério de normalidade, estudado nessa aula, lembrando como esse conceito é relativo e depende de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas?
Normalidade Subjetiva; Normalidade como Liberdade
3 – A Lei 10216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtorno mental e redireciona o modelo assistencial da saúde mental com o qual o Ministério da Saúde brasileiro se colocaem consonância, partilhando dos princípios da luta antimanicomial deflagrada pelos movimentos sociais. Portanto, a esse respeito, as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO:
A internação em qualquer de suas modalidades somente será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
A internação psiquiátrica compulsória é efetivada por determinação médica, mediante laudo circunstanciado que caracterize quaisquer motivos. (É essa.)
O paciente tem o direito de ter o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento.
Os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS – são considerados serviços substitutivos ao antigo modelo. Estão dentro dos pressupostos norteadores que embasam o movimento da luta antimanicomial.
O paciente tem o direito de ser protegido contra qualquer forma de abuso e exploração.
OU
Defensoria Pública de Santa Catarina consegue “desinternação” de paciente que estava custodiado há mais de 30 anos em Florianópolis (Atualidades – Hot Empório - Por Redação- 24/09/2016)
A Defensoria Pública de Santa Catarina, por intermédio da Defensora Pública Caroline Kohler Teixeira, do Núcleo da Capital/SC, impetrou Habeas Corpus para garantir o direito de ir e vir do paciente que estava segregado há mais de 30 anos cumprindo medida de segurança de internação. Consta nos autos que o paciente foi internado em 10 de julho de 1984 e até então estaria internando no Hospital de Custódia e tratamento de Florianópolis. É a pessoa que está há mais tempo cumprindo medida de segurança no Estado de Santa Catarina. A Defensora Pública esclarece em seu pedido, que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art, 5º, inc. XLVII, veda as penas de caráter PERPÉTUO e que o Código Penal (art. 75, caput) brasileiro impôs o limite máximo de cumprimento de pena o prazo de 30 anos. De partida, diga-se que o termo ‘penas’ é utilizado, pelo constituinte, na acepção ampla do termo, compreendendo todas as espécies de sanções penais – não só as privativas de liberdade como também as restritivas de direitos e as MEDIDAS DE SEGURANÇA. Trecho da notícia disponível em http://emporiododireito.com.br/tag/leiantimanicomial/Acesso em 11 fev.2017
A partir da leitura acima responda:
A - Supondo que o argumento da Defensora Pública fosse desconsiderado, como poderíamos entender esta situação, no que diz respeito às atitudes sociais? Preconceituosa
B - Nesta aula, você estudou a Lei Antimanicomial (10.216/2001), de que forma poderíamos utilizá-la no caso acima? Essa lei prevê o fechamento gradativo dos manicômios e sua substituição por outras formas de tratamento.
C - Em outro trecho da notícia acima, a Defensora Pública afirmou que “a manutenção da pessoa com transtorno mental em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em tempos constitucionalmente democráticos, consubstancia-se em ‘tortura institucional’ “. Fundamente a afirmativa da Defensora. Comentário livre, no qual o aluno deve mostrar como percebe e o que pensa sobre o tema.

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