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S ENA I – P E TROB RA S151 .................... M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s LubrificaçãoLubrificação la visa formar um filme fluido entre as partes em movimento, reduzin- do o contato direto e o atrito entre elas e, conseqüentemente, a perda de energia, o desgaste e o aquecimento, ou seja, melhora-se consideravel- mente a eficiência do movimento relativo entre as peças. A lubrificação, nas suas diversas aplicações, ainda pode apresentar outras funções: Controle da temperatura Absorvendo o calor da máquina e dissipando-o em outro ponto Controle da corrosão Aplicando altas temperaturas e evitando o contato da peça com o meio agressivo Amortecimento de choques Transferindo energia mecânica para energia fluida pela acomodação da camada de fluido Remoção de contaminantes Evitando a formação de borras, lacas e vernizes e retirando impurezas por filtração ou decantação, o que reduz o desgaste e a corrosão Vedação Impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas (função das graxas), assim como a entrada de outros fluidos ou gases (fun- ção dos óleos lubrificantes) Unidade 2 EE S ENA I – P E TROB RA S152 .................... Quanto maior a velocidade, menor deve ser a viscosidade Quanto maior a pressão, maior deve ser a viscosidade Quanto maior a temperatura, maior deve ser a viscosidade Quanto menores forem as folgas, menor deve ser a viscosidade Quanto melhor o grau de acabamento das peças, menor poderá ser a viscosidade A falta de lubrificação causa uma série de problemas. Os principais podem ser enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte seqüência: Aumento do atrito e do desgaste Aquecimento Dilatação das peças Desalinhamento Ruídos Grimpagem (travamento) Ruptura das peças Principais propriedades Viscosidade Ela pode ser definida como o atrito interno entre as moléculas de um flui- do, que dificulta seu escoamento. Essa resistência aparece quando se deseja deslocar dois planos rígidos separados por uma camada de fluido (filme). Quanto maior ela for, mais resistência será oferecida pelo fluido ao movimento, e para cada aplicação tem-se uma viscosidade adequada. A viscosidade de um lubrificante varia principalmente em função da tem- peratura e de seu grau de contaminação, sendo seu controle durante a operação dos equipamentos fundamental para garantir um bom desem- penho e vida útil longa. ✔ RECOMENDAÇÕES BÁSICASRECOMENDAÇÕES BÁSICASRECOMENDAÇÕES BÁSICASRECOMENDAÇÕES BÁSICASRECOMENDAÇÕES BÁSICAS ✔ ✔ ✔ ✔ S ENA I – P E TROB RA S153 .................... 2 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s Oleosidade Na formação de película lubrificante, é necessário que o fluido apresente adesividade às superfícies e seja arrastado por elas durante o movimen- to, assim como coesividade, para que não haja rompimento da película. A propriedade que reúne a adesividade e a coesividade de um fluido é de- nominada oleosidade. Classificação da lubrificação A lubrificação pode ser classificada de acordo com a película lubrificante em: TOTAL OU FLUIDA Quando a película lubrificante separa totalmente as superfícies, não ha- vendo contato metálico entre elas. Serão resultantes, assim, valores de atrito baixos e desgastes insignificantes LIMITE Quando a película é mais fina, permite o contato entre as superfícies em alguns momentos. Nos casos em que cargas elevadas ou baixas velocida- des impedem a formação de uma película total, é conveniente o emprego de aditivos de oleosidade ou antidesgaste MISTA Quando se alternam os dois casos anteriores. Ocorre em operação intermitente ou, por exemplo: na parti- da, o eixo está apoiado so- bre a parte fixa, permitindo o contato entre as superfí- cies (lubrificação limite). Quando o eixo adquire ve- locidade, é produzida uma pressão (pressão hidrodi- nâmica), que separa total- mente as superfícies (lubri- ficação total). FIGURA 13 ESFORÇOS NA LUBRIFICAÇÃO 400 800 1200 1600 400 800 1200 1600 S ENA I – P E TROB RA S154 .................... Classificação dos lubrificantes de acordo com seu estado físico Líquidos São os mais importantes pelo emprego na indústria. Podem ser divididos em: ÓLEOS MINERAIS PUROS São provenientes da destilação e refinação do petróleo. ÓLEOS GRAXOS DE ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL Seu uso em máquinas é raro. ÓLEOS SINTÉTICOS São provenientes da indústria petroquímica, sendo muito empregados os polímeros, os diésteres etc. Considerados os melhores lubrificantes, porém de custo mais elevado, têm seu uso limitado às aplicações em que os óle- os convencionais não podem ser utilizados. ÓLEOS COMPOSTOS São constituídos de misturas de óleos. As percentagens variam de acordo com a finalidade do óleo. Os óleos graxos, por exemplo, conferem aos óleos minerais propriedades de emulsibilidade, oleosidade e extrema pressão. ÓLEOS ADITIVADOS São óleos aos quais foram adicionados substâncias denominadas aditivos, com o fim de reforçar ou acrescentar propriedades antioxidantes, anties- pumantes, detergentes, dispersantes, emulsibilidade, índice de viscosida- de, abaixador do ponto de fluidez, entre outras, melhorando o desempe- nho do óleo para uma determinada aplicação. Outros líquidos são às vezes empregados como lubrificantes, dada a impossibilidade de se utilizarem quaisquer dos tipos mencionados. Pastosos Comumente chamados de graxas, eles são empregados onde os lubrifican- tes líquidos não executam suas funções de forma satisfatória, principal- mente devido à sua adesividade. Elas podem ser subdivididas em: S ENA I – P E TROB RA S155 .................... 2 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s GRAXAS DE SABÃO METÁLICO Mais comuns, são constituídas de óleos minerais puros e sabões metáli- cos, que são a mistura de um óleo graxo e um metal (cálcio, sódio, lítio etc.). GRAXAS SINTÉTICAS São constituídas por óleos e sabões sintéticos. Como os óleos sintéticos, são melhores lubrificantes, porém de custo mais elevado, tendo uso limitado às aplicações em que os óleos convencionais não podem ser utilizados. GRAXAS À BASE DE ARGILA São constituídas de óleos minerais puros e argilas especiais de granula- ção finíssima. São graxas especiais, de elevado custo, que resistem a tem- peraturas muito elevadas. GRAXAS BETUMINOSAS Formuladas à base de asfalto e óleos minerais puros, são lubrificantes de grande adesividade. Algumas devem ser aquecidas para serem aplicadas. Outras, são diluídas em solventes que se evaporam após sua aplicação. GRAXAS PARA PROCESSO São graxas especiais, fabricadas para atender a processos industriais como a estampagem, a moldagem etc. Algumas contêm materiais sóli- dos como aditivos. Sólidos Geralmente utilizados como aditivos de lubrificantes líquidos ou pasto- sos, algumas vezes são aplicados em suspensão, em líquidos que se eva- poram após a aplicação. São os mais empregados: grafite, molibdênio, talco, mica etc. Apresentam grande resistência a elevadas pressões e temperaturas. Gasosos São empregados em casos especiais, quando não é possível a aplicação dos tipos convencionais. São normalmente usados o ar, o nitrogênio e os gases halogenados. Sua aplicação é restrita. S ENA I – P E TROB RA S156 .................... Métodos de aplicação dos óleos lubrificantes A escolha do método depende do tipo delubrificante a ser empregado, da viscosidade, da quantidade do lubrificante, custo do dispositivo de lubri- ficação etc. Quanto ao sistema de lubrificação, esta pode ser: Por gravidade MANUAL Feita por meio de almotolias ou pistolas. COPO COM AGULHA OU VARETA Possui uma agulha que passa por um orifício e cuja ponta repousa sobre o eixo. O eixo gira e imprime um movimento alternativo à agulha, libe- rando o fluxo de lubrificante. COPO CONTA-GOTAS Largamente utilizado na lubrificação industrial, sua vantagem está na possibilidade de regular a quantidade de óleo aplicado sobre o mancal. Por capilaridade COPO COM MECHA O lubrificante flui através de um pavio que fica encharcado de óleo. A vazão depende da viscosidade do óleo, da temperatura e do tamanho e traçado do pavio. LUBRIFICAÇÃO POR ESTOPA OU ALMOFADA Coloca-se uma quantidade de estopa ou uma almofada feita de tecido absorvente, embebida em óleo, em contato com a parte inferior do eixo. O óleo escoa em direção ao mancal. Por salpico O lubrificante contido num depósito (carter) é borrifado por meio de cu- nhas ou por uma ou mais peças móveis. Este tipo de lubrificação é muito utilizado em máquinas, especialmente em motores. S ENA I – P E TROB RA S157 .................... 2 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s LUBRIFICAÇÃO POR ANEL O lubrificante fica em um reservatório abaixo do mancal. O anel passa em torno do eixo, e sua parte inferior fica mergulhada no óleo. O anel acom- panha o movimento do eixo, e o lubrificante é levado até o ponto de con- tato entre ambos. LUBRIFICAÇÃO POR COLAR Semelhante à lubrificação por anel, porém este é substituído por um co- lar fixo ao eixo. O óleo vai até o mancal por meio de ranhuras. Emprega- se para eixos de maior velocidade ou com óleo mais viscoso. Por imersão ou banho de óleo As peças a serem lubrificadas mergulham total ou parcialmente no reci- piente de óleo. O excesso de lubrificante é distribuído por meio de ranhu- ras a outras peças. É muito empregado em mancais de rolamentos de ei- xos horizontais e em caixas de engrenagens. Por sistema forçado LUBRIFICAÇÃO POR PERDA Utiliza uma bomba que retira óleo de um reservatório e força-o por entre as superfícies metálicas a serem lubrificadas. Esse método é empregado na lubrificação de cilindros de compressores e de mancais. LUBRIFICAÇÃO POR CIRCULAÇÃO O óleo é bombeado de um depósito para as partes a serem lubrificadas. Após a passagem pelas peças, o óleo volta para o reservatório. Podem ser específicos para uma máquina ou centralizados, para aten- dimento de diversos equipamentos na unidade. S ENA I – P E TROB RA S158 .................... OLEOSIDADE Reúne adesividade, para aderir às superfícies e ser arrastada por elas, e coesividade, para que não haja rompimento da película. 3 LUBRIFICANTES SÓLIDOS São utilizados como aditivos de lubrificantes líquidos ou pastosos, em suspensão, em líquidos que se evaporam após a aplicação (grafite, molibdênio, talco, mica etc). Grande resistência a elevadas pressões e temperaturas. 8 LUBRIFICANTES 11 RESUMO OUTRAS FUNÇÕES DA LUBRIFICAÇÃO Controle da temperatura Controle da corrosão Remoção de contaminantes Vedação 1 A lubrificação visa formar um filme fluido entre as partes em movimento, reduzindo o contato direto e o atrito entre elas. A FALTA DE LUBRIFICAÇÃO RESULTA EM: Aumento do atrito Aumento do desgaste Aquecimento Dilatação das peças Desalinhamento Ruídos Grimpagem (travamento) Ruptura das peças 2 VISCOSIDADE É definida como o atrito interno entre as moléculas de um fluido, que dificulta seu escoamento. Aparece quando se deseja deslocar dois planos rígidos separados por uma camada de fluido (filme). Quanto maior a viscosidade, maior a resistência oferecida pelo fluido ao movimento. 3 OLEOSIDADE Reúne adesividade, para aderir às superfícies e ser arrastada por elas, e coesividade, para que não haja rompimento da película. 4 CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PELÍCULA LUBRIFICANTE LUBRIFICAÇÃO TOTAL OU FLUIDA A película lubrificante separa totalmente as superfícies LUBRIFICAÇÃO LIMITE A película mais fina permite o contato entre as superfícies em alguns momentos LUBRIFICAÇÃO MISTA Alternam-se os dois casos anteriores 5 LUBRIFICANTES LÍQUIDOS São os mais importantes pelo emprego na indústria. 6 ALGUNS TIPOS DE LUBRIFICANTES LÍQUIDOS Óleos minerais puros Óleos graxos Óleos sintéticos Óleos compostos Óleos aditivados 7 ATENÇÃO Outros líquidos são às vezes empregados como lubrificantes LUBRIFICANTES SÓLIDOS São utilizados como aditivos de lubrificantes líquidos ou pastosos, em suspensão, em líquidos que se evaporam após a aplicação (grafite, molibdênio, talco, mica etc.). Grande resistência a elevadas pressões e temperaturas. 8 S ENA I – P E TROB RA S159 .................... 2 M o n i t o r a m e n t o e c o n t r o l e d e p r o c e s s o s LUBRIFICANTES Tome NotaTome Nota ALGUNS TIPOS DE LUBRIFICANTES PASTOSOS Graxas de sabão metálico Graxas sintéticas Graxas à base de argila Graxas betuminosas Graxas para processo 10 LUBRIFICANTES PASTOSOS Chamados de graxas, são empregados onde os lubrificantes líquidos não executam suas funções satisfatoriamente 9 22 RESUMO LUBRIFICANTES GASOSOS São empregados em casos especiais, quando não é possível a aplicação dos tipos convencionais (ar, nitrogênio e gases halogenados) 11 MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES POR GRAVIDADE Manual, copo com agulha ou vareta, copo conta-gotas POR CAPILARIDADE Copo com mecha, por estopa ou almofada POR SALPICO Por anel, por colar POR IMERSÃO OU BANHO DE ÓLEO POR SISTEMA FORÇADO Lubrificação por perda ou por circulação 12 Tome NotaTome Nota
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