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Resumo Penal II 2017.1

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Resumo Av1 – Penal 2
Concurso de Pessoas (Concurso de Agentes) – Art. 29
Requisitos 
Pluralidade de agentes
Relevância Causal: Contribuições e ações causadas durante o crime.
Vinculo Subjetivo: Ter consciência de está colaborando na prática do delito.
**Estes 3 requisitos são acumulativos, na ausência deles não há concurso de agentes.**
Autoria 
Teoria do domínio final do fato: Autor exerce função relevante no delito que o leva ao domínio sobre a sua dinâmica, influenciando no “se” e no “como”, dependendo do caso de interromper sua pratica. 
Espécies:
Autoria Mediata: O Agente utiliza terceiros que agem sem culpabilidade ou em erro de tipo essencial, para praticar o ilícito em eu lugar.
 
Autoria Colateral: Duas ou mais pessoas praticam o ilícito sem saber da existência da outra, devendo cada uma responder pelo próprio delito.
Autoria Incerta: Quando na autoria colateral não for possível identificar quem gerou o resultado, ambos respondem pelo delito mais leve. 
Autoria Desconhecida: Quando não há suspeitos ou se houve não há como afirmar que foi um deles.
Participação
Participes : Colaborador do delito sem praticar a conduta típica e sem ter o domínio do fato.
Espécies:
Material: Ocorre com o auxilio propriamente dito. Ex: Empréstimo de ferramentas.
Moral – Determinação: Cria-se a idéia criminosa.
Moral – Instigação: A idéia existe, mas não era certa na qual é reforçada pelo participes.
**A Conivência não é punível, assim o fato de saber ou concordar com o crime NÃO é crime. Salvo garantidor sendo conivente se considera OMISSSÃO IMPROPRIA.”**
Acessoriedade Mínima: Responsabilidade do Participes sendo a conduta do autor.
Acessoriedade Limitada (Adotada no Brasil): O Autor não responde pelo fato por não haver culpabilidade, o participes (maior de idade) responde criminalmente pelo crime.
Acessoriedade Máxima: Crime+Punibilidade.
Desvio subjetivo de conduta ou condição dolosa distinta.
Os participes não respondem criminalmente por aquilo que venha a ser praticado por um membro ou algo a mais que fora combinado e de maneira imprevisível porque será imputado apenas a este. “A Jurisprudência vem entendendo que se o crime planejado for com violência ou grave ameaça caso ocorra um resultado mais grave previsível este imputado aos demais participantes”
Comunicabilidade das Circunstâncias Art. 30 
Circunstância Subjetiva: Caráter Pessoal EX: Profissão, Parentesco, qualidades pessoais e motivo.
Circunstância Objetiva: São aqueles que se referem à meio, lugar, tempo e Objeto.
Circunstância Subjetiva: Que não se comunicam ou seja, não influência na pena do outro. 
**Comunicam-se circunstância objetiva desde que entrem na esfera dos participes e também comunicam-se circunstância subjetiva quanto elementos do tipo.**
------------------------------------------- Concurso de Pessoas/Agentes --------------------------
Concurso de Crimes 
“Quando o agente mediante uma ou mais condutas pratica dois ou mais delitos”
Espécies 
Concurso Material: O Agente mediante a duas ou mais ações pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, fazendo com que as penas sejam somadas. 
Concurso Formal:
Próprio ou Perfeito – culpa + culpa ; dolo + Culpa ; 1 dolo ( no caso de um só dolo a jurisprudência entende ser concurso formal próprio, pois a intenção do agente é voltada para um só evento). Exasperação das penas (aplica-se a pena a mais grave acrescida de um valor entre um sexto à metade).
Impróprio ou Imperfeito: Se referem a dolos distintos e neste caso as penas serão somadas.
**Regra Geral – Ocorre quando o agente em uma só ação pratica dois ou mais delitos **
Crime Continuado Art. 71 
Praticando dois ou mais crimes da mesma espécie desde que haja uma relação de identidade entre eles, considerando a pena do crime mais grave aumentada de um sexto a dois terços. 
Requisitos
* Crimes de mesma espécie: Uma corrente, são aqueles que estão no mesmo tipo penal, pois espécie é diferente de gênero (Guilherme de Sousa Nuccí,Damásio,Renê Ariel Doltí), Porém para uma segunda corrente, seriam aqueles que ofendem o mesmo bem jurídico, pois diferem “ idênticos ou não” (Bittencourt, Delmanto, Luis Regis Prado e Rogério Grecco).
*Requisitos Objetivos: 
Tempo: 30 dias entre um crime e outro. 
Lugar: Mesmo município.
E Meio.
------------------------------- Concurso de Crimes -------------------------------------
Pena Privativa de Liberdade Art.33
Espécies
Reclusão: O Condenado começa a cumprir sua pena em regime fechado, semi- aberto ou aberto.
Detenção: O Regime inicial só pode ser o semi-aberto ou aberto, indo para o fechado apenas em regressão.
**Caso o condenado seja reincidente é predominante o entendimento de que será submetido ao regime subseqüente.**
Regimes
Fechado: Cumprido em estabelecimento de segurança máxima ou média, devendo o apenado ter atividades durante o dia e ficar isolado a noite, podendo trabalhar fora, mas apenas em serviços ou obras publicas. RDD (Regime disciplinar diferenciado).
Semi-Aberto: Cumpri-se pena em colônia agrícola ou industrial, podendo trabalhar (no setor privado) ou estudar fora durante o dia, permanecendo no estabelecimento penitenciário, à noite, final de semana e feriado.
Aberto: Cumpri-se em casa de albergado, tendo plena liberdade durante o dia devendo retornar e lá permanecer à noite, final de semana e feriados, ou em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. 
**Na ausência de vagas em casas de albergado, deve se aplicar a prisão domiciliar, pois não pode impor uma medida mais grave em razão de uma falha do Estado (STF/Bittencount)**
Progressão de Regime. Art. 112,LEP.
“Sair de um Regime mais severo e ir para outro mais brando”.
Requisitos:
-Cumprir: 1/6 da pena (Crimes antes da lei 1644)
Parte da pena: CH (lei 8072/90): 2/5, reicidentes 3/5 (lei 11644) *Novo requisito*
-Bom comportamento (O Bom Comportamento é a ausência de falta disciplinar).
Regressão de Regimes
“Sair de um regime mais brando e ir para outro mais severo em razão de faltas disciplinares”.
Detração- Art. 42/CP
É o desconto no total da pena correspondente ao tempo de prisão preventiva que o condenado cumpriu cautelarmente, havendo entendimento de que isto se aplica ainda em processos distintos, desde que simultâneos.
Remissão – Art. 126/LEP 
É o desconto de um dia da pena para cada três dias de trabalho ou 12 horas de estudo divididos em no mínimo três dias. 
Limite da Pena – Art. 75/CP
Limite de 30 anos é majoritário que só deve ser utilizada para a execução da pena,enquanto que o calculo para os demais benefícios deve ter como base a pena definida na sentença condenatória (sumula 715 do STF), porém há entendimento que viola o principio da humanidade das pessoas e o seu fim ressocializador e por isso os demais benefícios também deve ter como base 30 anos. (Bittencourt)
**É possível que o condenado cumpra mais de 30 anos, quando ele vem a praticar algum delito dentro da cadeia, descontando a pena já cumprida e realizando uma nova unificação, mas sempre respeitando o limite de 30 anos.**
--------------------------------------- Pena Privativa de Liberdade --------------------------------------
Pena Restritiva de Direitos ou pena Alternativa Art. 43/44.CP
“São autônomas e substituem as privativas de liberdade quando o juiz na sentença condenatória irá definir a pena privativa de liberdade e presente os requisitos legais poderá substituí-la por uma pena restritiva de direitos.”
Requisitos 
- Dolo até 4 anos, Sem violência ou grave ameaça, daí pode ser substituída. Lei 9099/95. 
- Culpa.
- Lesão corporal leve: Ainda que violência ou grave ameaça se o crime for de pequeno potencial ofensivo, cuja a pena máxima não ultrapasse dois anos, ainda que acha uma condenação será possível aplicar uma pena alternativa.
-Culpa: Não há limite máximo de pena para se permitir a pena alternativa, assim como não há qualquer restrição se o crime tiver violência.
Não ser reincidente em crime doloso.Se o crime for culposo não importa a pena alternativa, embora sempre deva observar o parágrafo 3 art. 44 (segundo o qual, se a reincidência não for especifica ou seja mesmo crime e o juiz entender que a medida é socialmente relevante ele poderá então aplicar a pena alternativa). 
Subjetivos 
O juiz só poderá negar o beneficio com base nestes requisitos se fundado em dados concretos presente dos autos.
Espécies 
Prestação Pecuniária Art.45 § 1
Possui natureza indenizatória que deve ser paga a vitima, seus sucessores ou na falta desses uma instituição filantrópica. Obs: Quando a prestação pecuniária não paga a entendimento de que não podia ser convertida em pena alternativa de liberdade, pois a constituição proibi a prisão por divida. 
Prestação de Outra Natureza Art.45 § 2
Via de regra refere-se a prestação de serviço a vitima, sendo que neste caso se exigi o consentimento desta, que pode concordar ou não, fazendo com que o juiz opte por outra pena alternativa.
Perdas de bens e valores
Consiste na apropriação de bens do condenado ainda que não tenha relação com o delito praticado, sendo definida pelo maior valor entre o ganho obtido e o prejuízo causado. 
Prestação de serviços a comunidade Art.46 
Consiste em atividades gratuitas em instituições que não visam o lucro na ordem de uma hora de trabalho por dia de condenação, sendo livre a distribuição na semana.
Limitação do Fim de Semana Art.48 
O Condenado deverá permanecer por cinco horas diárias no final de semana pelo tempo correspondente a pena privativa de liberdade. Se não houver vaga escolhe se outra pena alternativa o juiz opta por outra pena alternativa. 
Interdição Temporária de Direitos Art.47 
A interdição não é definitiva, embora nada impede que a seja por outras vias administrativas ou judiciais. Outrossim o direito interdito deve ter alguma relação com o crime pelo qual o sujeito foi condenado. O tempo de interdição é igual ao da pena privativa de liberdade que foi condenado.
Conversão da Pena Alternativa em Pena Privativa de Liberdade Art. 44 § 4º e 5º 
Cumprimento da restrição imposta.
Condenação a pena privativa de liberdade por crime. 
Outro crime converte tudo e cumpre tudo junto. Se verifica que da para pagar as duas juntas se for compatível ou não. EX: Suspende carteira da OAB. (Neste caso deve-se verificar a natureza da pena alternativa, pois se ela for compatível com a pena privativa de liberdade , ou seja, se for possível que as duas sejam cumpridas juntas não haverá conversão).
-------------------------------------- Pena Privativa de Direitos ------------------------------------
Multa Art. 49
Sistema Dias multa 
10 à 360 Dias multa -> Analisando a culpabilidade do agente e gravidade do crime (maior o Dias multa)
1/30 à 5 salários mínimos -> Análise da situação financeira do acusado.
Insuficiência para cumprimento pode aumentar em até 3x do valor. Art.60 §1.
**No caso de não pagamento da multa esta se torna divida ativa da fazenda publica, não cabendo nenhum momento sua conversão em pena privativa de liberdade.**
----------------------------------------------------Multa--------------------------------------------------
Sistema Trifásico
Circunstâncias judiciais ou inominadas
a) Culpabilidade: é o grau de reprovação da conduta em face das características pessoais do agente e do crime; 
b) Antecedentes: são as boas e as más condutas da vida do agente; até 05 (cinco) anos após o término do cumprimento da pena ocorrerá a reincidência e, após esse lapso, as condenações por este havidas serão tidas como maus antecedentes; 
c) Conduta social: é a conduta do agente no meio em que vive (família, trabalho, etc.); 
d) Personalidade: são as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade. Nada mais é que o perfil psicológico e moral; 
e) Motivos do crime: são os fatores que levaram o agente a praticar o delito, sendo certo que se o motivo constituir agravante ou atenuante, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta fase, sob pena de configuração do bis in idem; 
f) Circunstâncias do crime: refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão domodus operandi (instrumentos do crime, tempo de sua duração, objeto material, local da infração, etc.); 
g) Consequências do crime: é a intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática delituosa;  
h) Comportamento da vítima: é analisado se a vítima de alguma forma estimulou ou influenciou negativamente a conduta do agente, caso em que a pena será abrandada. 
Circunstâncias atenuantes e agravantes
- Circunstâncias atenuantes:
a) ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença de 1° grau;
b) o desconhecimento da lei: não ocorre a isenção da pena, mas seu abrandamento;
c) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral: valor moral é o que se refere aos sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, à coletividade;
d) ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano: não se confunde com o instituto do arrependimento eficaz (artigo 15 do CP), nesse caso ocorre a consumação e, posteriormente, o agente evita ou diminui suas consequências;
e) ter o agente cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vitima: observa-se as regras do artigo 22 do CP (coação irresistível e ordem hierárquica);
f) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime: se o agente confessa perante a Autoridade Policial porém se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; 
g) ter o agente cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou: é aplicada desde que o tumulto não tenha sido provocado por ele mesmo. 
- Circunstâncias agravantes: 
a) reincidência: dispõe o artigo 63, do CP, que "verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior";
b) ter o agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe: motivo fútil é aquele de pouca importância e motivo torpe é aquele vil, repugnante;
c) ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes;
d) ter o agente cometido o crime à traição, por emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: essa circunstância será aplicada quando a vítima for pega de surpresa; a traição ocorre quando o agente usa de confiança nele depositada pela vitima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, ocorre quando o agente aguarda escondido para praticar o delito e, por fim, a dissimulação ocorre quando o agente utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; 
e) ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum: essa circunstância se refere ao meio empregado para a prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e, por fim, perigo comum é o que coloca em risco um número indeterminado de pessoas; 
f) ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: abrange qualquer forma de parentesco, independente de ser legítimo, ilegítimo, consangüíneo ou civil;
g) ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica: o abuso de autoridaderefere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto;
h) ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém como meio de vida);
i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 (sessenta) anos,  ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos da idade; 
j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade;
k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito;
l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito.
Causas de aumento e diminuição 
As causas de aumento e diminuição podem tanto estar previstas na Parte Geral do Código Penal (ex.: a tentativa, prevista no artigo 14, inciso II, que poderá diminuir a pena de um a dois terços) quanto na Parte Especial (ex.: no crime de aborto a pena será aplicada em dobro se ocorrer à morte da gestante - artigo 127). Elas são causas que permitem ao magistrado diminuir aquém do mínimo legal bem como aumentar além do máximo legal. 
O parágrafo único do artigo 68, do CP, dispõe que se ocorrer o concurso de causas de diminuição e de aumento previstas na parte especial, deverá o juiz limitar-se a uma só diminuição e a um só aumento, prevalecendo a que mais aumente ou diminua, porém se ocorrer uma causa de aumento na parte especial e outra na parte geral, poderá o magistrado aplicar ambas, posto que a lei se refere somente ao concurso das causas previstas na parte especial do CP.
Com relação as qualificadoras é possível que o juiz reconheça duas ou mais em um mesmo crime e, segundo a doutrina, a primeira deverá servir como qualificadora e as demais como agravantes genéricas, senão vejamos: um indivíduo pratica homicídio qualificado mediante promessa de recompensa com o emprego de veneno - o juiz irá considerar a promessa de recompensa como qualificadora (artigo 121, § 2°, I do CP) e o emprego de veneno como agravante genérica (artigo 61, II, "d" do CP) ou vice-versa.
Entretanto pode acontecer que em determinados casos a outra qualificadora não seja considerada como circunstância agravante, devendo então o magistrado aplicá-la como circunstância do crime (artigo 59, do CP - circunstâncias judiciais), como no caso de um furto qualificado praticado mediante escalada e rompimento de obstáculo, o juiz poderá qualificar o crime pela escalada (artigo 155, § 4°, II do CP) e, como o rompimento de obstáculo não é considerado como agravante, deverá considerá-lo na 1ª fase, como circunstância do crime. 
RESUMO AV2 – PENAL II
Suspensão Condicional do Processo Art.89 (lei 9099/95)
O MP (Ministério Publico) ao oferecer a denuncia, poderá pedir a suspensão do processo nos casos que a pena mínima seja até 1 ano ou quando o réu é primário.
Suspensão Condicional da Pena – SURSIR Art.77
No caso o juiz no momento da condenação, tenho os requisitos, poderá suspender a execução da pena privativa de liberdade.
“Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        I - o condenado não seja reincidente em crime doloso
        II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício
         III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.         
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.         
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.”
         
OBS: Em Razão dos requisitos, hoje a pena alternativa é mais utilizada, só cabe SURSIR nos crimes com VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA, cuja pena fixada seja abaixo de 2 anos.
Parágrafo 2º do 77 ao SURSIRETÁRIO pela idade. SURSIRHUMANITÁRIO pela saúde, sendo espécie mais benéfica.
Art.78 – O que o condenado deve fazer para se manter no período de prova.
“Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
         § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48).
         § 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
proibição de freqüentar determinados lugares;
proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
 comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.“
OBS: Somente revoga pela pena privativa de liberdade. No SURSIR NÃO tem detração, ou seja o tempo corrido de período de prova não desconta o tempo de pena. Uma vez revogado o SURSIR o condenado cumprirá a pena em sua integralidade.
----------------------------------------------- SURSIR--------------------------------------------
Livramento Condicional Art.83
Fase final desinstitucionalizada (descaracterização de uma instituição pela ruptura dos seus valores éticos e morais) da execução da pena privativa de liberdade concedida ao apenado quando presente determinado requisito legal.
REQUISITOS:
Pena igual ou maior que 2 anos.
Cumprir parte da pena – + 1/3 (Não reincidente em crime doloso). + 1/2 (mais da metade para reincidentes em crimes dolosos). +2/3 (Para Crimes Hediondos, salvo reincidentes em crimes hediondo).
Bom Comportamento (Ausência de faltas disciplinares)
Reparação do dano.
(Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.)
Condições 
Obrigatórias – Art. 132, § 1º da LEP.
Na linha A e B: Hoje entende-se que se o liberado não conseguir a ocupação licita, basta demonstrar a sua procura.
Facultativas – Art.132, § 2º da LEP
Linhas A e B: 
“Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste.
§ 2º Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não freqüentar determinados lugares.”
Revogação do Livramento Condicional.
Obrigatória – Art.86/CP
- Crime Praticado durante o regime de prova do LivramentoCondicional.
Facultativa – Art.87/CP
- Descumprimento das condições 
- Condenado à Multa ou Pena Alternativa.
OBS: Art. 88/CP , Sendo revogado o Livramento Condicional o tempo já corrido do período de prova NÃO será considerado como pena cumprida e o condenado não terá direito a um novo livramento condicional, salvo se a causa da revogação for a condenação por um crime anterior ao livramento o que permite a detração e a soma de ambas as penas, pois se observa a presença dos requisitos. o livramento NÃO será revogado.
Quanto a soma das penas há uma divergência: Para uma corrente considera-se ambas as penas em sua integralidade (Bitencour), Porém para uma segunda corrente considera-se apenas o tempo de pena que falta cumprir. (Damásio)
EX: Bitencour -> TOTAL -> 6 + 6 =12 -> 1/3 = 4 ANOS (PP) -> REVOGA
Damásio -> FALTA -> 3 + 6 = 9 -> 1/3 = 3 ANOS (Período de Prova) -> NÃO REVOGA
------------------------------------Livramento condicional ----------------------------------
Medida de Segurança Art. 96/CP
Instituto penal de natureza médico-terapeutica aplicada, ao inimputável que em razão de doença mental ou desenvolvimento mental retardado é plenamente incapaz de compreender a ilicitude do fato.
Sistema duplo Binário 1984 -> Vicariante 
“NÃO PODE MISTURAR INSTITUTO DE PENA COM MEDIDA DE SEGURANÇA”
Requisitos
 Prática de Injusto Penal (Fato Típico + Ilícito): NÃO se aplica se o fato for atípico, se houver alguma excludente de ilicitude, de culpabilidade que não seja a doença mental ou de punibilidade.
Periculosidade: É a probabilidade do agente voltar a deliquir.
Periculosidade presumida: Depende de lado médico para identificar a inimputabilidade art.26/CP (há absolvição imprópria, aplica medida de segurança)
Periculosidade Real: Avaliação feita por juiz – Semi-Imputável. Art.26/CP (É condenado com diminuição de pena).
Semi-Imputável -> Quando NÃO há a capacidade de compreender a ilicitude do fato (fronteiriço). Cabe ao juiz decidir por medida de segurança.
Espécies:
Detentiva: Ocorre com uma internação em hospital de custódia. (Privando a liberdade do paciente).
Tratamento Ambulatorial: Paciente em liberdade devendo comparecer a clinica conveniada ao tribunal periodicamente.
 
Critério para escolha de espécies 
Se a pena era de reclusão aplica-se a pena de internação, mas se a pena era de detenção aplica-se o tratamento ambulatorial.
LEI 10.216/2001-> Define que em casos graves sejam internados, agora em outra situação o tratamento é dado em liberdade. Quem aplica a decisão é o perito médico não mais se aplica a regra de reclusão e detenção.
Prazo da Medida de Segurança – Art. 97 P.1º.
-Indeterminado (Lei – Art.97 § 1º)
-Prazo Mínimo – 1 à 3 anos.
-Prazo Máximo – 30 anos – STF
-Prazo Máximo do Tipo -> Bitencourt
*Divergência* 
Extinção de medida de segurança
Através de um laudo médico demonstrando melhora. Porém ficará 1 ano em observação, Se causar algum outro tipo penal voltará a ser internado. (IN ALBIS)
Substituição da pena pela medida de segurança.
-Semi-Imputabilidade -> Art.98/CP
-Superveniência de Doença Mental – Art.41/CP: Ocorre quando o apenado é acometido por alguma doença mental durante a execução da pena, fazendo com que seja transferido para um hospital de custódia.
OBS: Nestes casos o prazo máximo da medida de segurança será correspondente a pena que o condenado falta à cumprir.
---------------------------------------------Medida de Segurança ----------------------------------
Causas extintivas de Punibilidade – Art. 107/CP
Permitem a NÃO execução da pena ao autor do delito.
OBS: Trás um rol exemplificativo e NÃO taxativo.
Espécies:
Morte: No caso da juntada de certidão de óbito falsa há uma divergência: Para uma corrente, em razão da coisa julgada, a decisão NÃO poderá ser revista, porém é majoritária que, em razão do vicio de vontade, o processo deverá retornar onde parou.
Anistia, Indulto e Graça: Anistia -> Lei Federal que perdoa alguns crimes, geralmente de natureza militar, política ou eleitoral, praticados até determinada data. (Restaura a Primariedade).
Indulto -> Ato exclusivo e espontâneo do presidente da republica aplicado ao um numero indeterminado de presos quando obedecidos os seus requisitos. (NÃO restaura a primariedade.)
OBS: A Lei de crimes hediondos veda anistia, indulto e graça, porém a constituição só veda anistia e graça.Embora a lei veda o indulto para crimes hediondos o que não é vedado pela constituição, hoje entenda-se que é possível a concessão do beneficio, até porque já houve decreto de indulto permitindo.
Graça -> Também ato exclusivo do presidente da republica , mas que precisa ser provocado e é individual. (NÃO restaura a primariedade). EX: velho muito doente/ preso com câncer.
Abolitio Criminis: Quando uma lei revoga uma norma incriminadora sem substituí-la por outra, o que restaura a primariedade do agente.
Decadência e Perempção: Decadência -> Perda do Direito de queixa em razão do seu NÃO exercício dentro do prazo legal que via de regra são de 6 meses.
Perempção -> Ocorre quando o autor da ação penal privada e exclusiva se mantém inerte, deixando de praticar atos necessários para o andamento do processo.
Renúncia e perdão do ofendido: Demonstração expressa ou tácita de desinteresse em oferecer a queixa por parte da vitima, enquanto que o perdão decorre do desinteresse de prosseguir com a ação penal privada, sendo que nesse caso, se exige a anuência do querelado (réu).
Retratação: Configura-se quando o agente “retira o que disse”, voltando atrás em suas declarações, mas apenas nos casos previstos em lei (Calunia,difamação e falso testemunho).
Perdão Judicial: São hipótese previstas na lei permitem o juiz deixar de aplicar a pena. EX: 121 Parágrafo 5º e 242 parágrafo único. 
Causas Extintivas de Punibilidade 
Prescrição da pretensão punitiva 
Nos crimes sexuais contra menor só começa a contar quando a vitima completa 18 anos.
Suspensão: O prazo volta a contar de onde parou.
Interrupção: O prazo zera e volta a contar da norma.
Art.117 -> Causas Interruptivas: Denuncia pelo ministério publico (ação penal publica) e a queixa pela vitima. (Ação penal privada).
Pronuncia: É uma decisão interlocutória remete o processo ao tribunal do júri.
Da publicação da sentença(juiz) ou Acórdão(Colegiados de um tribunal)
Causa Prejudicial: Se refere a questão prejudiciais enquanto não forem resolvidas, o prazo é suspenso.
Espécies:
Abstrata -> Sempre considerar a pena máxima do tipo penal.
OBS: Art.115/CP : São reduzidas de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime,menor de 21 anos, ou na data da sentença, maior de 70 anos.
Retroativa -> Considera-se a pena em concreto prevista na sentença quando já transitada em julgado para a acusação, podendo-se analisar os períodos anteriores, salvo os anteriores a denuncia.
Intercorrente -> Também se considera a pena em concreto quando transito em julgado para a acusação, mas observa-se o período da sentença para frente.
Prescrição da pretensão executória.
Considera-se o período posterior a sentença, tendo como condição o transito em julgado para a acusação e para a defesa.
-Multa -> 2 anos.
OBS: Reincidência na prescrição executória aumento de 1/3 sob a pena.
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE À SENTEÇA CONDENATÓRIA OU PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - 110 § 1
Ela ocorre entre a sentença recorrida e o julgamento do recurso, pois a sentença não chega a transitar em julgado, antes de decorrer um novo prazo prescricional, cujo termo inicial é a própria decisão condenatória. A sentença só pode transitar em julgado para o condenado depois que este receber a intimação e tomado conhecimento pode exercer seu direito constitucional de recorrer a instância superior. Neste recurso pode ocorrer a prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente, (são sinônimas).
PRESCRIÇÃO RETROATIVA - ART. 110, § 2º
É uma segunda espécie de prescrição da pretensão punitiva e tem também o seu prazo reguladopela pena aplicada na decisão condenatória e não na pena em abstrato. Conta-se o prazo para o passado, da decisão de 1ª ou 2ª instância à data em que foi recebida a denúncia ou queixa ou desta aos fatos. A origem é a mesma da superveniente.
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