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002 SLIDES - CONCEITO - FONTES DO DIREITO PENAL

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DIREITO PENAL I
Prof. Esp. Antonieta Araújo
tutuaraujo35@hotmail.com
Doutrinadores principais para essa aula: - Fernando Capez- - Rogério Greco -Pedro Lenza - Cleber Masson - Guilherme Nucci
-CONCEITO DE DIREITO PENAL-
- DIREITO PENAL OBJETIVO -
- DIREITO PENAL SUBJETIVO -
-FINALIDADE DO DIREITO PENAL-
-FONTES DO DIREITO PENAL-
CONCEITO DE DIREITO PENAL
Guilherme NUCCI: conjunto de normas jurídicas voltado à fixação de limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações penais e as sanções correspondentes, bem como regras atinentes à sua aplicação.
Elementos do conceito:
conjunto de normas jurídicas;
limites do poder punitivo do Estado;
Instituição de infrações penais e as sanções correspondentes;
regras atinentes à sua aplicação.
CONCEITO DE DIREITO PENAL
Fernando CAPEZ: 
Segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias à sua correta e justa aplicação.
O DIREITO PENAL COMO A ÚLTIMA RATIO= Princípio da intervenção mínima
DIREITO PENAL OBJETIVO – 
É o conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo crimes e contravenções, isto é, impondo ou proibindo determinadas condutas sob a ameaça de sanção ou medida de segurança, bem como, de todas as outras que cuidem de questões de natureza penal (Rogério Greco)
- DIREITO PENAL SUBJETIVO
é a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Poder Judiciário. É o próprio ius puniendi (R. GRECO)
Alguns doutrinadores não pactuam do conceito. Para eles inexiste direito penal subjetivo, pois o Estado não possui somente um direito de punir, mas na verdade ele possui o dever de assegurar as condições de existência e continuidade da organização social. (Guilherme NUCCI e Anibal Bruno).
CONCEITO DE SISTEMA PENAL
O sistema penal é formado de vários órgãos criados pelo Estado para combater o crime.
Estes órgãos atuam desde a prevenção do crime, a detecção do crime e a execução da pena pelo criminoso. Zaffaroni e Pierangeli (2006, p.63) trazem que o sistema penal é o controle social punitivo institucionalizado. Engloba a atividade do legislador, do público, da polícia, dos juízes, promotores, da execução penal.
FINALIDADE DO DIREITO PENAL
Proteger os bens mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade. 
Pena: instrumento de coerção de que se vale o Direito Penal para a proteção dos bens, valores e interesses mais significativos da sociedade.
FINALIDADE 
DO DIREITO PENAL
Tutela de bens que, por serem extremamente valiosos, não do ponto de vista econômico, mas sim político, não podem ser suficientemente protegidos pelos demais ramos do direito.
		∟Político: a sociedade evolui e o direito penal vive em constante movimento, tentando adaptar-se às novas realidades sociais.
		∟ex.: sedução, rapto e adultério deixaram de ser considerados crimes em 2005. 
Quando essa tutela não mais se faz necessária, ele deve afastar-se e permitir que os demais ramos do Direito assumam, sem a sua ajuda, esse encargo de protegê-lo.
FONTES DO DIREITO PENAL
CONCEITO:
Em sentido amplo: lugar de procedência, de onde se origina alguma coisa.
O direito penal também tem suas fontes.
Fonte é o lugar de onde o direito provém.
FONTES DO DIREITO PENAL
1- FONTE MATERIAL (DE PRODUÇÃO- SUBSTANCIAL):
-O sujeito que dita ou da qual emanam as normas jurídicas;
-União inciso I, art. 22 da CF – nossa única fonte de produção do Direito Penal – competência privativa.
 -União: ditar normas gerais de Direito Penal, bem como proibir ou impor determinadas condutas (comissivas ou omissivas), sob ameaça de sanção.
-Competencia legislativa suplementar: ordem facultativa, a lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
FONTES DO DIREITO PENAL
2- FONTE FORMAL (DE COGNIÇÃO- CONHECIMENTO):
O modo ou o meio pelo qual se manifesta a vontade jurídica, quer dizer, a forma como o Direito Objetivo se cristaliza na vida social;
Divisão:
a) imediata: ..........Lei
b) mediata:............Costumes
			 Princípios gerais de direito
FONTES DO DIREITO PENAL
FONTE FORMAL IMEDIATA LEI
é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de tornar expresso o comportamento considerado indesejável e perigoso pela coletividade;
b) forma de exteriorizar a vontade do Estado, seu instrumento;
c) única fonte de conhecimento ou cognição no que se diz respeito à proibição ou imposição de condutas sob a ameaça de pena, atendendo-se dessa forma, ao princípio da reserva legal.
FONTES DO DIREITO PENAL
LEI
composição:
	* preceito primário = descrição da conduta
	* preceito secundário = sanção
Características: não é proibitiva, mas descritiva.
EX. art. 121, caput CP.
FONTES DO DIREITO PENAL
LEI
Classificação:
leis incriminadoras: 
		descrevem crimes e cominam penas
leis não incriminadoras:	
		não descrevem crimes nem cominam penas.
permissivas ou finais
complementares ou explicativas 
FONTES DO DIREITO PENAL
leis não incriminadoras:
permissivas ou finais: 
- tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis incriminadoras 
			(ex.: legítima defesa)
b) complementares ou explicativas: 
esclarecem o conteúdo de outras normas e delimitam o âmbito de sua aplicação. 
			(ex.: todos dispositivos Parte Geral, com exceção dos que tratam das causas de exclusão da ilicitude- legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal)
FONTES DO DIREITO PENAL
LEI -Características das normas penais:
Exclusividade: só elas definem crimes e cominam penas.
Anterioridade: as que descrevem crimes somente têm incidência se já estavam em vigor na data do seu cometimento.
Imperatividade: impõem-se coativamente a todos, sendo obrigatória sua observância.
Generalidade: tem eficácia erga omnes, dirigindo-se a todos, inclusive inimputáveis.
Impessoalidade: dirigem-se impessoal e indistintamente a todos. Não se concebe a elaboração de uma norma para punir especificamente uma pessoa.
FONTES DO DIREITO PENAL
Normas penais em branco (cegas ou abertas): 
				+
			
O preceito secundário completo
-cominação na pena-
Preceito primário incompleto
- Descrição da conduta: Indeterminação do seu conteúdo -
Necessidade de complementação do preceito primário por 
1-outra disposição legal ou;
2- regulamentar.
FONTES DO DIREITO PENAL
Normas penais em branco (cegas ou abertas): 
	 Classificação: 
normas penais em branco em sentido lato ou homogêneas: 
Normas penais em branco em sentido estrito ou heterogênias;
Normas penais em branco ao avesso:
FONTES DO DIREITO PENAL
normas penais em branco em sentido lato ou homogêneas: 
o complemente provém da mesma fonte formal;
a lei é complementada por outra lei;
 Ex.: art. 237 completado pela regra do art.. 1.521, I a VII do CC)
Normas penais em branco em sentido estrito ou heterogênias; 
o complemento provém de fonte formal diversa;
a lei é complementada por ato normativo infralegal;
Ex.: a portaria ou o decreto = Art. 33 da Lei de Drogas e portaria do ministério da saúde.
FONTES DO DIREITO PENAL
FONTES DO DIREITO PENAL
Normas penais em branco ao avesso: 
o preceito primário completo, conteúdo delimitado;
a cominação da pena fica a cargo de uma norma complementar (outra LEI);
Não cabe complemento por ato normativo infralegal, pois somente a lei pode cominar penas.
Ex.: Art. 1º, da Lei 2.889/56: 
Preceito primário : Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
(...)
Preceito secundário: Será punido: Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a; (...)
FONTES DO DIREITO PENAL
FONTE FORMAL MEDIATA COSTUMES
					PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO
1- COSTUMES:
			Conceito: Regra de conduta praticada de modo geral, constante e uniforme, coma consciência de sua obrigatoriedade (J.F. Mirabete);
- servem ao intérprete para auxiliar na tradução dos conceitos: ex.: de repouso noturno, honra etc., permitindo assim, um enquadramento correto do fato ao tipo penal;
- Maioria da doutrina: costume não tem o poder de revogar uma lei = a lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue”;
- Os costumes fazem com que os elaboradores da lei repensem sobre a necessidade ou não da permanência, em nosso ordenamento jurídico, de determinado tipo penal incriminador.
FONTES DO DIREITO PENAL
FONTE FORMAL MEDIATA
2-PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO:
normas fundamentais ou generalíssimas do sistema;
as normas mais gerais. (art. 4º da LICC)
(Cleber MASSON) – valores fundamentais que inspiram a elaboração e a preservação do ordenamento jurídico. 
São aplicados nos âmbito das normas penais não incriminadoras, pois não podem ser utilizados para tipificação de condutas ou cominação de penas.
FONTES DO DIREITO PENAL
NOTA:
C. MASSON–
incluios atos da administração pública como fonte formalmediata =complemento de algumas leis penais embranco;
PEDRO LENZA –
-incluia analogiaembonampartemcomo fonte formal mediata =normas penais permissivas, jamais como fundamento de criação ou agravamento de normas penais incriminadoras.
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
FONTES DO DIREITO PENAL
material
formal
União (art. 22, I CF)
- Lei
- Costumes
- Princípios gerais de Direito
Imediata
Mediata
FICA A DICA!!!!

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