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FÍSICA EXPERIMENTAL I (FIS111) Nome / Curso / DRE: Rafael Avona / Nanotecnologia / 112024257 Turma / Horário: EAM3 / Quarta-feira (15:00 as 17:00) Professor: Raul Edgardo Rapp Data: 30 de outubro de 2013 Título Estudar os processos de colisão em um sistema de partículas salientando a conservação do Momento Linear Total Introdução / Objetivos Verificar a conservação do Momento Linear Total em um sistema de partículas durante uma colisão perfeitamente inelástica e a conservação do Momento Linear Total e da Energia Cinética Total durante uma colisão elástica. Modelo Teórico O Momento Linear (ou quantidade de movimento), , de uma partícula de massa e velocidade é dado por: Para a massa constante, a Segunda Lei de Newton fornece: Para um sistema composto por partículas, o momento linear total, , é dado por: Assim, durante uma colisão entre duas partículas em que a única força que atua é a força entre as duas partículas e : A Equação é válida porque a Terceira Lei de Newton fornece que: Generalizando, pode-se afirmar que as forças internas à um sistema, isto é, as forças que atuam entre as partículas deste sistema não alteram o valor do momento linear total, , do sistema. Além disso, quando as forças externas que atuam sobre o sistema somarem zero, o momento linear total, , é conservado. Então, considerando os carrinhos sobre o trilho como um sistema de duas partículas (os dois carrinhos), e sabendo que as forças externas (peso, normal, atrito...) somam zero, escreve-se que: Como o movimento e a colisão são unidimensionais, pode-se colocar o eixo disposto na direção longitudinal do trilho de ar e simplificar a equação vetorial para a forma dos componentes no eixo : Colisão Elástica: Na colisão elástica, a energia cinética total, , além do momento linear total, , se conserva. Portanto: Simplificando para o caso em que e que o corpo começa em repouso, a equação fica: E a equação fica: Assim, espera-se que além do momento linear total, , a energia cinética total, , também se conserve na colisão elástica porque as massas e são iguais e as velocidades e são iguais também. Colisão Perfeitamente Inelástica: Na colisão perfeitamente inelástica, a energia cinética total, , não se conserva, ela se dissipa durante a colisão. Portanto: Simplificando para o caso em que o corpo começa em repouso e lembrando que , a equação fica: E a equação fica: Assim, espera-se que a velocidade final, , do sistema todo seja menor que a velocidade inicial da partícula . Para a posição do centro de massa, , em um sistema de n partículas, faz-se: Escrevendo a equação em termos dos componentes no eixo : Para o sistema com duas partículas de massas e : Para correlacionar a frequência do centelhador ao período será importante lembrar que: Para as incertezas presentes nas medições que serão feitas, deve-se considerar a incerteza nas posições e dos carrinhos (), a incerteza na medida das massas e dos carrinhos (), e a incerteza no tempo, que será desconsiderada. Para as demais grandezas, as incertezas serão propagadas a partir das incertezas nas medidas realizadas, sendo que para as velocidades será utilizado o programa de ajuste linear. Procedimento Experimental Para realizar o experimento é importante certificar-se que o trilho de ar esteja nivelado e que a instalação elétrica do centelhador esteja correta para este experimento. A fita termo sensível deve ser fixada com cuidado para aproveitar o movimento da melhor maneira, ou seja, obter pontos com espaçamento adequado (nem muito próximos e nem muito distantes um em relação ao outro). Antes de proceder com a captura dos dados, é importante medir as massas e dos carrinhos na balança e certificar-se de que as massas são iguais para a colisão elástica () e de que a massa do carrinho seja maior do que a massa do carrinho () para a colisão perfeitamente inelástica. Para garantir a colisão perfeitamente inelástica será utilizada massa de modelar em um dos carrinhos para que em seguida à colisão os carrinhos permaneçam unidos. Na colisão elástica será usado uma peça com elásticos na frente dos carrinhos que terá função de se deformar e transferir a energia como uma mola. É fortemente aconselhável realizar um teste antes de capturar os dados na fita a fim de verificar como a colisão se processa sobre o trilho de ar a fim de capturar os melhores dados. Para a captura dos dados, deve-se ligar o trilho de ar e ajustar o centelhador na frequência de . Dados (Tabelas, etc.) Segundo a equação , o intervalo de tempo entre cada faísca é igual a . As medidas de massa fornecem para a colisão elástica e e para a colisão perfeitamente inelástica. Utilizando a equação , as regras para propagar incerteza, tem-se: Desconsiderando a incerteza presente na medida das massas, e , a expressão se simplifica para: Lembrando que : As próximas tabelas (Tabela 1 e Tabela 2) mostram os dados experimentais do tempo , da posição do carrinho e da posição do carrinho e os valores calculados para a posição do centro de massa e a incerteza associada a cada dado (, e ) para cada ponto . Tabela 1: Dados da Colisão Elástica 0 0,0 0,0 0,1 41,0 0,1 20,5 0,1 1 0,1 3,1 0,1 41,0 0,1 22,1 0,1 2 0,2 6,2 0,1 41,0 0,1 23,6 0,1 3 0,3 9,3 0,1 41,0 0,1 25,2 0,1 4 0,4 12,4 0,1 41,0 0,1 26,7 0,1 5 0,5 15,5 0,1 41,0 0,1 28,3 0,1 6 0,6 18,6 0,1 41,0 0,1 29,8 0,1 7 0,7 21,7 0,1 41,0 0,1 31,4 0,1 8 0,8 23,8 0,1 42,0 0,1 32,9 0,1 9 0,9 24,0 0,1 44,8 0,1 34,4 0,1 10 1,0 24,0 0,1 47,9 0,1 36,0 0,1 11 1,1 24,0 0,1 50,9 0,1 37,5 0,1 12 1,2 24,1 0,1 53,9 0,1 39,0 0,1 13 1,3 24,2 0,1 56,9 0,1 40,6 0,1 14 1,4 24,2 0,1 59,9 0,1 42,1 0,1 15 1,5 24,3 0,1 62,9 0,1 43,6 0,1 Tabela 2: Dados da Colisão Perfeitamente Inelástica 0 0,0 0,0 0,1 40,7 0,1 17,1 0,1 1 0,1 4,2 0,1 40,7 0,1 19,6 0,1 2 0,2 8,4 0,1 40,7 0,1 22,0 0,1 3 0,3 12,6 0,1 40,7 0,1 24,4 0,1 4 0,4 16,8 0,1 40,7 0,1 26,9 0,1 5 0,5 21,0 0,1 40,7 0,1 29,3 0,1 6 0,6 25,2 0,1 40,7 0,1 31,7 0,1 7 0,7 29,4 0,1 40,7 0,1 34,2 0,1 8 0,8 32,6 0,1 41,6 0,1 36,4 0,1 9 0,9 34,9 0,1 43,7 0,1 38,6 0,1 10 1,0 37,1 0,1 45,9 0,1 40,8 0,1 11 1,1 39,3 0,1 48,1 0,1 43,0 0,1 12 1,2 41,5 0,1 50,4 0,1 45,2 0,1 13 1,3 43,7 0,1 52,6 0,1 47,4 0,1 14 1,4 45,9 0,1 54,8 0,1 49,6 0,1 15 1,5 48,0 0,1 57,0 0,1 51,8 0,1 Utilizando as equações descritas no modelo teórico e as regras para propagar incerteza: Considerando o erro da massa desprezível, , e ficam: Para a colisão elástica, o programa de ajuste linear fornece , e . Assim, utilizando as equações do modelo teórico: Então, , , e . Para a colisão perfeitamente inelástica, o programa de ajuste linear fornece , , e . Assim, utilizando novamente as equações já descritas anteriormente no modelo teórico: Então, , , e . Resultados e Conclusões Conclui-se que o experimento foi válido para o estudo das colisão e feliz em demonstrar a conservação do momento linear total, , portanto, os objetivos foram atingidos. Na colisão elástica, chega-se em e em . Portanto, aproximadamente tanto o momento linear total, , quanto a energia cinética total, , se conservaram. Na colisão perfeitamente inelástica obtém-se e , ou seja, o momentolinear total do sistema, , se conserva enquanto que a energia cinética total, , é dissipada em parte (). Além disso, observa-se que em ambas as colisões a velocidade do centro de massa, , é constante (pois o gráfico de é uma reta), indicando que o momento linear total, , está sendo conservado.
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