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• A epiglote é uma parte da laringe e pode ser encontrada na base da língua, funcionando 
como mecanismo valvar para impedir que o alimento passe pela laringe e chegue à 
traqueia. Quando o indivíduo alimenta-se, a epiglote fecha a laringe (que se desloca 
superiormente) permitindo que o alimento se desloque em direção a laringofaringe. É 
importante lembrar que a laringofaringe é contínua como o esôfago e a laringe é contínua 
com a traqueia. Esse percurso é importante, pois caso o alimento chegasse as vias aéreas, o 
paciente estaria predisposto ao quadro de pneumonia aspirativa. 
• Em casos de vômitos ou em nível de consciência muito baixo, os médicos dizem que é 
importante deitar o paciente de lado, pois é provável que a epiglote não feche a laringe de 
maneira adequada, fazendo com que o alimento passe por lá e entre nas vias aéreas 
superiores, ocasionando uma pneumonia. 
• Quando há aumento da quantidade de suco gástrico no estômago (exemplo: alta ingestão 
de churrasco), é possível que ele suba do o esôfago para a laringofaringe, caindo na laringe 
e ocasionando num quadro de lesão das cordas vocais. Então, a pessoa amanhece com um 
gosto ruim na boca e a voz rouca. 
• Entre a base da língua e epiglote, existe uma pequena distância, chamada de valécula 
epiglótica (vala pequena), sendo ela referência para a intubação orotraquial. 
• Intubação orotraquial: tipo de veiculação invasiva de via aérea avançada, em que o 
médico introduz, pela cavidade oral (pela boca), um tubo que vai passar para a laringe, 
chegando até a traqueia. Para que seja feito o procedimento, são necessário alguns 
fármacos e um instrumental em mão, sendo o último um tubo, além de um equipamento 
chamado laringoscópio. A intubação orotraquial é indicada em caso de redução de nível de 
consciência, fazendo com que o indivíduo não tenha condições de respirar. É importante 
segurar o laringoscópio sempre com a mão esquerda e com a mão direita introduzir o tubo. 
• A laringe é uma cavidade oca, com estrutura osteocartilaginosa, composta de mucosa e 
músculos associados. Ela possui o arcabouço, formando pelo osso hióide, a cartilagem 
epiglótica e logo abaixo a cartilagem tireoide, que contém a proeminência laríngea (“pomo 
de adão”, mais comum em homens). Também se encontra a cartilagem cricoida, importante 
para a anatomia clínica, por se tratar de um lugar de referência pra alguns procedimentos; 
em cima dela, estão as cartilagens corniculares (lembram “corno”, chifre) e embaixo dela, a 
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cartilagem aritenoide. Existe 
uma estrutura que liga 
aritenoide até a cartilagem 
tireoide, chamado de ligamento 
vocal. 
• O osso hioide guarda 
relação com a epiglote. Ele 
possui três partes 
fundamentais: o corno maior, 
corno menor e corpo do osso 
hioide, sendo um osso 
susceptível a fraturas. 
• A cartilagem cricoide é 
importante para alguns 
procedimentos por ser tida 
como referência. É importante 
lembrar que abaixo dela inicia-
se a traqueia e o esôfago. 
 
 
 
 
Entre o osso hioide e a cartilagem tireoida, existe uma membra: membrana 
tireoida. 
Entre a cartilagem tireoida e a cartilagem cricoida existe outra membrana: 
membrana cricotireoída. 
A cartilagem cricoida lembra um anel, sendo que superiormente a ela tem-se uma 
cartilagem aritenoide. A cartilagem cricoida tem importância fundamental, porque 
em sua margem superior inicia-se a traqueia. Além disso, cartilagem cricoide é 
inferior à cartilagem aritenoide. 
• Abaixo da cavidade nasal, está a cavidade oral, sendo as duas separadas pelo 
palato. Na parte posterior da cavidade nasal, está a nasofaringe (outra cavidade), 
sendo que abaixo dela há outra cavidade, a orofaringe. Abaixo da orofaringe está a 
terceira parte da faringe, a laringofaringe. Anteriormente a laringofaringe, está 
posicionada a laringe. 
• O osso hioide é importante local para a fixação de músculos, que vão fazer a 
elevação ou a depressão da laringe. A coluna cervical possui sete vértebras 
cervicais, sendo posicionada na lordose cervical. 
• Em caso de tumor no esôfago, pode ocorrer o deslocamento da traqueia por efeito 
de massa. 
 
 
 
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• Os pulmões estão posicionados nas cavidades pulmonares e são revestidos por uma 
membrana denominada pleura. Ele é dividido em ápice pulmonar e base pulmonar, sendo 
que o primeiro alcança a primeira costela durante uma inspiração forçada, o que gera 
repercussão clínica importante, uma vez que o ápice pulmonar guarda relação com os 
vasos subclávios, pois elas passam superiormente a primeira costela (pois existe um sulco 
para a veia e artéria subclávia na T1). Quando o médico vai fazer um acesso venoso central 
subclávio, ele pode atingir o pulmão e consequente perfurar a pleura. O limite inferior dos 
pulmões é em torno da décima costela, enquanto a pleura pode se expandir um pouco mais. 
Durante a inspiração forçada, o pulmão enche a cavidade inteira. 
 
 
 
• Durante a ausculta pulmonar, é necessário tomar cuidado com as escápulas, uma vez que 
elas podem prejudicar a ausculta respiratória. 
• Existem duas pleuras: parietal e visceral, sendo que a primeira reveste a cavidade 
torácica e a segunda reveste o pulmão, o espaço entre elas é denominado cavidade pleural 
(cavidade virtual) e é revestido de líquido, que permite o deslizamento do pulmão durante 
a respiração. A cavidade pleural pode-se tornar real em casos patológicos, como a 
ocorrência da entrada de ar ou de líquido nela. 
• A pleural parietal é presa à parede torácica por um tecido conjuntivo frouxo, chamado de 
fáscia endotorácica. 
 
 
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• O pulmão direito, como já foi informado anteriormente, é dividido em três lobos: superior, 
médio e inferior, sendo separados pelas fissuras (horizontal e oblíqua) que nem sempre 
separam completamente um lobo pulmonar do outro, sendo assim incompleta. Já no pulmão 
esquerdo, só existe uma fissura (oblíqua) que separa lobo superior e inferior. O lugar em que é 
penetrado os brônquios, os vasos pulmonares (artéria e veia pulmonar) é denominado Hilo 
Pulmonar, sendo que inferiormente a ele, tem-se o ligamento pulmonar (local em que a pleural 
parietal é contínua com a pleural visceral). 
• O parequêmica pulmonar é irrigado pelas artérias bronquiais e não pelas artérias pulmonares. 
Essas artérias são ramos da aorta ou podem ser ramos das artérias intercostais posteriores, 
que por sua vez são ramos da aorta torácica. 
 
 
• No interior do pulmão, existe uma estrutura denominada “árvore traqueobrônquica”, que é 
formada pela traqueia e suas bifurcações em brônquio principal direito e brônquio 
principal esquerdo (brônquio primário), que por sua vez se dividem em brônquios 
lobares (brônquios secundários). Enquanto que, no pulmão direito, existem três 
brônquios lobares (um para cada lóbulo do pulmão, pois o PD possui três lóbulos), o 
esquerdo só possui dois brônquios lobares, de acordo seus lóbulos, que por sua vez vão se 
dividir em brônquios segmentares (terciários) e depois em bronquíolos, que são 
divididos em compostos, respiratórios e terminais (sem importância clínica). Depois, têm-
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se os ductos alveolares e sacos alveolares que constituem os alvéolos. O ser humano jovem 
possui cerca de 300.000.000 de alvéolos. 
• Os brônquios segmentares vão para cada segmento do pulmão. O pulmão direito, além de 
ser dividido em três lóbulos e o esquerdo em dois, são divididos em dez segmentos, que 
recebem um ramo da artéria pulmonar, possuem uma tributária da veia pulmonar e tem 
um brônquio próximo. Além disso, eles são separados entre si por um tipo de conjuntivo, 
por isso, pode ser extraído um segmento em caso de tumor. 
• Os bronquíolos não possuem cartilagem, mas possuem músculo liso em torno deles, o que 
tem importância clínica. Existe uma condição patológica na qual o músculoliso dos 
bronquíolos é estimulado a se contrair devido um processo inflamatório, o que vai gerar 
uma redução do calibre dessa estrutura, dificultando a passagem de ar, o que gera dispneia 
(falta de ar) no indivíduo, doença que é conhecida como Asma. Diagnosticada com o 
“sibilo” na ausculta pulmonar (som semelhante ao de um assobio). O tratamento da Asma é 
feito com anti-inflamatório corticoide (visando reduzir a inflamação) e 
bronquiodilatadores (com o intuito de voltar induzir a vasodilatação dos bronquíolos 
estenosados). 
• O sangue chega pelos ramos da artéria pulmonar, a nível alveolar a hematose (entre os 
capilares próximos aos alvéolos) e o sangue oxigenado é recolhido por tributárias das veias 
pulmonares, que irão retornar para o átrio esquerdo. 
 
 
 
 
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• Casos clínicos relacionados com o Sistema Respiratório: 
1. Pneumotórax: Entrada de ar na cavidade pleural, fazendo com que o pulmão não 
consiga se deslizar em seus movimentos respiratórios (colapso pulmonar). 
Durante a ausculta pulmonar, não se escuta nenhum som e a percussão está 
hipotipânica. Isso ocorre durante uma perfuração pulmonar, através da cavidade 
torácica. 
2. Hemotórax: Sangue na cavidade pleural. 
 
• A Toracocentese é a retirada de líquido da cavidade pleural. A agulha deve ser introduzida 
através do espaço intercostal junto a margem superior da costela inferior, pois a margem 
inferior da costela pode atingir o feixe vásculo nervoso intercostal, ou seja, o médico 
precisa evitar o sulco costal e a lesão dos nervos intercostais. 
 
• O tórax possui uma abertura superior e uma abertura inferior, sendo separado do abdome 
pelo músculo diafragma. Anteriormente e lateralmente, a parede torácica é formada pelas 
costelas e pelos músculos intercostais, posteriormente têm-se a coluna vertebral e toda sua 
musculatura. Ao todo, são 12 vértebras torácicas e doze pares de costelas. 
• O diafragma é o principal músculo da respiração. Durante são contração, ocorre a 
inspiração e durante seu relaxamento, o indivíduo expira. Em conjunto com a parede 
torácica, o diafragma cria uma pressão negativa para que o ar passe de um local de maior 
pressão para um de menor pressão. Além de proteger os órgãos, sua principal função é a 
de sustentar o espaço interno costal durante a criação dessa pressão negativa, ou seja, o 
diafragma mantém o espaço intercostal separado para que a cavidade pulmonar não 
fique menor. 
• Além disso, os músculos intercostais auxiliam na respiração, visando que os músculos 
intercostais internos estão envolvidos na expiração, enquanto os músculos intercostais 
externos e os íntimos estão envolvidos na inspiração (acessórios da respiração). Também 
existem músculos acessórios da respiração do pescoço: musculo nome difícil e músculo 
escaleno. 
 
 
 
• O diafragma possui uma parte muscular e uma parte tendínea (centro tendíneo), existindo 
abertura para passagem de estruturas anatômicas como: veia cava inferior, aorta 
descendente e esôfago. Entre o diafragma e a parede torácica, existe um recesso 
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denominado seio costofrênico. O diafragma é inervado pelo nervo frênico (direito e 
esquerdo). 
• Origem do nervo frênico: Entre a artéria carótida comum e a veia jugular interna, encontra-
se o nervo vago (direito e esquerdo), que dá origem ao nervo laríngeo (direito e 
esquerdo) recorrente, que por sua vez é responsável pela inervação dos músculos da 
laringe (com exceção do músculo criqueotireoide) e guarda relação com a glândula 
tireoide, tendo implicação clínica, pois durante a tireoidectômia pode ocorrer a lesão 
desse nervo, causando disfonia. Lateralmente a veia jugular interna, tem-se o nervo 
frênico, que guarda relação com o músculo escaleno anterior (o nervo frênico está 
localizado anteriormente ao M.E anterior), que está fixado na primeira costela, entre a veia 
subclávia e artéria subclávia. 
 
 
• O sistema digestório está associado a mastigação, digestão química e enzimática, absorção 
dos nutrientes e eliminação dos resíduos. 
• O trajeto do alimento tem início na cavidade oral, delimitada em sua abertura pelos lábios 
superiores e inferiores, sendo que a distância entre os dois é chamada de rima. Dentro da 
cavidade oral, existe uma distância entre os lábios e os dentes denominada vestíbulo da 
boca e assim que se ultrapassa os dentes, entra-se numa cavidade chamada cavidade 
própria da boca, que é ocupada pela língua. Posteriormente a língua, é possível visualizar 
algumas estruturas que estão na orofaringe, tais como: as tonsilas palatinas, que estão 
dentro dos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, o palato mole e a úvula palatina. O 
indivíduo adulto possui, geralmente, 32 dentes permanentes enquanto as crianças 
possuem 20 dentes chamados de decíduos. 
• O teto da cavidade própria da boca é formado pelo palato, que é formado por dois ossos: 
osso palatino e osso maxilar. Posteriormente, o palato possui uma parte mole denominada 
palato mole, formado por um conjunto de músculos. 
 
 
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• Entre os dentes 
inferiores, 
encontra-se a 
língua, que 
possui um ápice 
(ponta da língua) 
e uma base (raiz 
da língua, guarda 
relação com a 
epiglote) e 
também o corpo 
da língua. Essa 
estrutura possui 
uma importância 
fundamental em 
relação a 
degustação, 
graças as papilas 
gustativas, 
responsáveis 
pela capacidade 
de sentir o gosto dos alimentos. Existe uma parte da língua, localizado no final do corpo em 
direção a raiz e em formato de V, denominado Sulco Terminal, e em sua extremidade, é 
encontrado o forame cego. Lateralmente à raiz da língua, têm-se as tonsilas palatinas, 
localizadas entre os dois arcos (palatoglosso e palatofaríngeo) que são músculos do 
palato mole. Posteriormente a raiz da língua, está localizada a epiglote e entre ambas, têm-
se a valécula de glote. Dentro do palato mole, existem inúmeras glândulas palatinas, 
responsáveis pela produção de muco. Toda a mucosa oral é extremamente irrigada, sendo 
um importante local para avaliação clínica de hidratação, icterícia, entre outros 
parâmetros. Na cavidade oral, inicia-se o processo de digestão, tanto a mecânica (processo 
de trituração dos dentes) quanto a química (enzimas, tais como a ptialiana e amilase 
salivar iniciam a digestão de carboidratos). 
• O palato duro possui a sutura palatina, localizada no plano medial, que é resquício do 
desenvolvimento embriológico. Entretanto, nem sempre essa estrutura é formada, fazendo 
com que a criança possa ter uma fissura no palato, denominada Fenda Palatina, que pode 
ser acompanhada de uma fissura no lábio, além de poder estender-se até a cavidade nasal. 
Pode também ser unilateral ou bilateral (lábio leporino). Depois do nascimento da criança, 
o médico precisa fazer o exame clínico detalhado, podendo colocar a mão no palato da 
criança a fim de observar se o indivíduo possui alguma alteração na formação do palato. 
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• A mandíbula é um osso divido em corpo e ramo, fazendo também um ângulo (denominado 
ângulo da mandíbula). Existem dois processos no ramo da mandíbula chamados de 
processo condilar e o processo coronóide. O processo condilar articula-se com uma 
fossa do osso temporal, denominada fossa da mandíbula. Na junção do osso temporal 
com o processo do condilar da mandíbula, está localizada a articulação temporo-
mandibular, tradicionalmente conhecida como ATM, que está envolvida em algumas 
disfunções. 
 
 
• O processo de digestão mecânica necessita de músculos para atuarem sobre a articulação 
temporo-mandibular, sendo eles: músculo temporal (originado da fossa temporal) que 
está inserido no processo coronóide da mandíbula e o masseter, que é o principal músculo 
da mastigação, sendo tão forte que pode até “cortar” a falange, em caso de convulsões.Existem também os músculos pterigoides (medial e lateral) que auxiliam nesse processo. A 
mastigação é controlada pelo nervo trigêmeo, quinto par craniano (origem direta do 
encéfalo). Todos os movimentos realizados pelas mandíbulas estão relacionados com esses 
quatro músculos. 
 
• Disfunções da articulação temporo-mandibular: 
1. É a inflamação da articulação temporo-mandibular que pode estar 
relacionada com o Bruxismo, também relacionado com o estresse, 
transtorno de humor e ansiedade. O indivíduo realiza intensa 
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contração do masseter, causando desgaste na superfície dos dentes e 
mais tarde desenvolvendo a disfunção. 
 
 
 
• Existem vários músculos que se fixam na língua, sendo denominados músculos 
extrínsecos da língua e responsáveis pela sua movimentação, são inervados pelo 
nervo hipoglosso, décimo segundo nervo craniano. Tais músculos possuem 
relação com o osso hioide. 
• A língua mistura o alimento com a saliva, fomentando o bolo alimentar. Sabe-se 
que existem três glândulas salivares: glândula parótida, submandibular e 
sublingual, sendo que a primeira guarda relação com o músculo masseter e com a 
mandíbula. Essa glândula guarda importante relação com a Caxumba, doença 
famosa no início do século e de origem viral, que causa a inflamação da parótida. 
Atualmente, a patologia é pouco comum graças a vacinação. A saliva produzida 
pela glândula é lançada pela cavidade oral através do ducto parotídeo, 
responsável por conduzir a saliva de glândula parótida ao interior da cavidade 
oral. Esse ducto passa lateralmente pelo masseter e perfura o músculo bucinador 
(um dos músculos da expressão facial, formando a musculatura da bochecha), 
abrindo na altura do segundo molar superior. 
• As glândulas sublinguais estão localizadas abaixo da mandíbula, existindo uma 
direita e outra esquerda e a abertura do seu ducto está localizada abaixo da língua, 
numa estrutura chamada frênulo da língua. Algumas pessoas nascem com o 
frênulo da língua curto, fazendo com que o a “língua fique presa” e prejudicando a 
fala. Nem todos os casos de “língua presa” gera proporção clínica para que seja 
necessária a cirurgia. Além do frênulo da língua, nós também possuímos frênulo 
labial. 
A lembrança de um alimento faz com que a pessoa salive. 
• As glândulas submandibulares 
• Cálculo salivar: a saliva começa a formar cristais que mais tarde se tornarão 
pedras e obstruirão o ducto parotídeo. Assim, a saliva fica retida no interior da 
glândula parótida, o que causa intensa dor. O médico, então, irá realizar a retirada 
do cálculo do ducto parotídeo. 
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• Depois da cavidade oral, o 
alimento é lançado na orofaringe, 
laringofaringe e na margem 
inferior da cartilagem cricoida 
inicia-se o esôfago. 
• A faringe é um órgão muscular, 
com vários músculos associados 
a ela. Ela é unida ao esôfago na 
junção faringoesofágica, local 
em que há um estreitamento do 
esôfago, sendo chamado de 
constrição faringoesofágica, 
local em que está localizado o 
esfíncter esofágico superior. 
• O esôfago é um tubo muscular 
oco responsável pela condução 
do alimento da faringe até o 
estômago. Ele possui duas 
camadas musculares: circular e 
longitudinal e toda sua estrutura 
é voltada para o peristaltismo 
(contração da musculatura da 
parede do esôfago para a 
realização do deslocamento do 
bolo alimentar). Inicialmente, 
esse órgão possui determinada 
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quantidade de células musculares estriadas, mas aos poucos vai desenvolvendo células de 
músculo liso. Na parte torácica, o esôfago possui um segundo ponto de estreitamento, 
denominado constrição bronquioaortica, que é o ponto responsável pela relação entre o 
esôfago, arco da aorta e brônquio principal esquerdo, além do átrio esquerdo. Existe um 
terceiro estreitamento do esôfago, denominado constrição diafragmática, que existe no 
momento em que o esôfago atravessa o diafragma. É válido relembrar que o diafragma 
possui uma abertura denominada hiato esofágico, onde ocorre a passagem do esôfago, 
gerando o esfíncter esofágico inferior devido a compressão que o músculo faz contra o 
esôfago. Esse esfíncter possui importância fundamental para o trato gastrointestinal, uma 
vez que ele evita que o conteúdo ácido do estômago retorne ao esôfago (o que pode causar 
a doença do refluxo). 
• Assim que o esôfago passa para o abdome, ele une-se com o estômago, sendo que a região 
Cárdia marca esse encontro. A Cárdia é a primeira parte do estômago que se alarga para se 
ligar ao estômago. 
• Algumas pessoas possuem enfraquecimento do esfíncter esofagiano inferior, o que 
geralmente está associado a obesidade (que causa flacidez nessa musculatura) fazendo 
com que o estômago deslize em direção ao tórax, patologia denominada Hérnia de hiato. 
Como o conteúdo do estômago é ácido e a pessoa não possui mais o esfíncter esofagiano 
superior, ela tenderá a ter pirose (azia). 
 
 
 
• Como foi visto anteriormente, o tórax é separado do abdome pelo diafragma. Dessa forma, 
entende-se que o abdome está localizado inferiormente ao diafragma e é delimitado pela 
pelve. A cavidade abdominal está protegida pela parede abdominal que é dividida em nove 
quadrantes, sendo seu conhecimento fundamental para a prática médica: hipocôndrio 
direito, hipocôndrio esquerdo (localizados abaixo das cartilagens costais) e 
epigástrio (tradicionalmente conhecida como boca do estômago) entre eles. Tem-se 
também o flanco direito e o flanco esquerdo (região lateral), sendo que entre eles está a 
região umbilical, fossa ilíaca direita e esquerda (região inguinal), tendo o hipogástrio 
entre elas. Cada um desses quadrantes possui um órgão contido específico e por isso, é fácil 
de ser relacionado com alguma patologia, como por exemplo, a Gastrite ocorre na região do 
Epigástrio, enquanto a inflamação da vesícula ocorre no Hipocôndrio Direito, além da 
Apendicite ocorrer na Fossa Ilíaca Direita. 
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• Durante a dissecação do abdome, a primeira estrutura visualizada é a pele, seguida pela 
tela subcutânea que possui uma parte de tecido adiposo, subdividida em duas camadas: 
fáscia de Camper ou camada 
aureolar – a mais externa – e a 
fáscia de Scarpa - mais interna – 
que inclusive só existe na parede 
anterolateral do abdome, pois 
assim que chega a pelve, já possui 
outro nome. Diferentemente da 
fáscia de Scarpa (além do tecido 
adiposo, também possui tecido 
conjuntivo), a fáscia de Camper 
reveste o corpo inteiro. Depois do 
tecido adiposo, surge o músculo 
obliquo externo (continuação do 
músculo intercostal externo no 
abdome) que possui fibras em 
sentido de “mão no bolso do 
jaleco”. Esse músculo possui uma 
parte muscular e uma parte 
aponeurótica, sendo a última 
extremamente importante para a 
clínica médica, devido a formação 
do canal inguinal e 
consequentemente seu ligamento (ligamento inguinal). Profundamente ao músculo obliquo 
externo, encontra-se o músculo oblíquo interno, que possui as fibras em estilo “mão 
sobre o peito” e mais internamente está o músculo transverso do abdome, com suas 
fibras dispostas em sentido horizontal. 
• A aponeurose é um tipo de tecido conjuntivo que é parte do músculo e funciona como 
membrana. 
• As aponeuroses do músculo oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome 
forma uma aponeurose que vai revestir o músculo reto do abdome (direito e esquerdo). 
Esses músculos retos do abdome, tanto o da direita quanto o da esquerda ficam guardados 
dentro da bainha do músculo reto do abdome, que é formada (como já foi explicado 
antes) a partir da aponeurose dos três músculos da parede anterolateral do abdome. 
• Entre as duas bainhas existe uma região denominada linhaalba, que é isenta de músculo. 
• A bainha do músculo reto do abdome é diferente na região supraumbilical e região 
infraumbilical. Supraumbilical: a lâmina anterior da bainha do reto é formada pela 
aponeurose do obliquio interno e externo, já a lâmina posterior é formada tanto pelo 
interno, quanto pela aponeurose do transverso do abdome. Já na porção infraumbilical, a 
aponeurose dos três músculos passam e formam a lâmina anterior da bainha do reto. 
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• Depois da aponeurose do músculo transverso do abdome, têm-se outra fáscia (em marrom 
na figura), denominada Fáscia Endoabdominal. Profundamente a fáscia Endoabdominal, 
têm-se a gordura extra peritoneal, ou seja, fora do peritônio e como última camada, têm-
se o peritônio parietal. 
• A fáscia Endoabdominal, quando está junto do músculo transverso, passa a ser chamada 
de fáscia transversal e quando está junto dos rins, chama-se fáscia renal. 
• A estrutura mais importante da região inguinal (virilha) é o canal inguinal que está 
localizado inferiormente a Espinha ilíaca ântero-posterior. Quando a aponeurose do 
músculo oblíquo externo chega à região inguinal, ela se encurva, formando o ligamento 
inguinal, que é um dos limites do canal inguinal. 
 
• As fibras musculares do músculo transverso do abdome ficam em 1/3 lateral do ligamento 
inguinal, enquanto as fibras musculares do músculo oblíquo interno ficam 2/3 laterais do 
ligamento inguinal, enquanto o terço medial é ocupado pelo reto do abdome (local de 
fragilidade, devido à ausência dos músculos e presença apenas das aponeuroses e das 
fáscias) e posteriormente a fáscia transversal (ou Endoabdominal). Toda vez que a alça do 
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intestino consegue entrar no canal inguinal, devido à fraqueza do terço medial ocupado 
pelo reto do abdome, atingindo a pele, ocorre a Hérnia Inguinal. 
• Hérnia Inguinal Direta: ocorre quando há enfraquecimento da parede medial do reto do 
abdome, que já é naturalmente fraca devido à carência de músculo nessa região. A alça do 
intestino vai adentrar no canal inguinal, comprimindo seus componentes. Ela é mais 
comum em adultos, pois o anel profundo está fechado pelo processo vaginal. 
• Hérnia Inguinal Indireta: ocorre devido ao não fechamento do anel profundo pelo 
processo vaginal, fazendo com que a alça do intestino passe por lá, até chegar ao anel 
superficial. 
 
 
 
• Antecedentes da Hérnia Inguinal Indireta: O funículo espermático é responsável por 
sustentar o testículo no escroto, além de ser o canal pelo qual passam os vasos sanguíneos que 
irrigam o testículo. O músculo cremáster, responsável pela “movimentação voluntária” do 
testículo também está situado nessa estrutura. No período embriológico, o testículo estava 
situado dentro da cavidade abdominal, mas, aos poucos, foi sendo encoberto pelo peritônio 
visceral e através do gubernáculo, o testículo chegou até a parede anterolateral do abdome, 
empurrando-a, levando consigo cada um dos componentes desse local. Em conjunto com o 
peritônio visceral, o testículo forma a lâmina visceral da túnica vaginal e com peritônio parietal 
forma a lâmina parietal da túnica vaginal, responsável pelo seu próprio revestimento. A fáscia 
transversal forma a fáscia sistemática interna e o músculo oblíquo interno dá origem ao 
músculo cremáster. Já o músculo obliquo externo forma a face espermática externa. 
• Quando o testículo migra, ele passa a ser revestido por várias camadas. Seu caminho até o 
exterior, dá-se início pelo anel inguinal profundo e termina no anel inguinal superficial. Caso o 
anel inguinal profundo não feche por ação de uma parte do peritônio denominada processo 
vaginal, o “caminho” vai estar aberto para o intestino. Esse processo de fechamento ocorre até 
o oitavo mês de gestação, o que significa, que bebês prematuros possuem o anel inguinal 
profundo aberto, o que irá gerar a Hérnia Inguinal Indireta. Todo esse processo também 
explica o porquê da Hérnia Inguinal Indireta ser mais comum em homens, prematuros e bebês. 
É mais comum ocorrer do lado direito, porque o último testículo a chegar ao escroto é o direito, 
fazendo com que o processo vaginal direito demore mais para se fechar, o que também explica 
o fato do testículo esquerdo ser mais inferior que o direito. 
 
 
 
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As vias biliares estão 
associadas ao 
armazenamento e a 
excreção da bile, que é 
um “suco” que possui 
papel fundamental na 
emulsificação das 
gorduras do quimo. 
Sua produção é feita 
pelas células do fígado, 
sendo cerca de 500 ml 
por dia e depois disso, 
ela é armazenada na 
vesícula biliar, local 
em que também será 
concentrada cerca de 
10 vezes (essa 
concentração se deve a 
superfície aveludada 
da vesícula, com alto 
poder de absorção de 
água). Depois, a bile é lançada na primeira parte do intestino delgada denominada 
duodeno. 
• Antes de prosseguir com o conteúdo, é importante, para a prática médica, que o 
profissional esteja ciente que a vesícula biliar e o fígado estão localizados no hipocôndrio 
direito e epigástrio, uma vez que essa estrutura está relacionada a uma série de patologias. 
Mais precisamente, o fígado está posicionado inferiormente ao diafragma e a vesícula biliar 
na fáscia visceral do fígado (que possui duas fáscias, diafragmática e visceral). O fígado é 
dividido entre lobo esquerdo e direito, sendo preso ao músculo diafragma. Já vesícula 
guarda íntima relação com o duodeno e intestino grosso, sendo dividida em três partes: 
fundo, corpo e colo. 
• A bile do lobo direito é lançada no ducto hepático direito, enquanto a bile produzida pelo 
lobo esquerdo é lançada no ducto hepático esquerdo. Esses dois ductos formam outro 
ducto, denominado ducto hepático comum. Enquanto isso, unindo-se ao colo da vesícula, 
existe outro ducto chamado ducto cístico, que se une ao ducto hepático comum, formando 
um grande ducto denominado ducto colédoco. 
• Por sua vez, o ducto colédoco passa dentro da cabeça do pâncreas (o pâncreas é divido 
entre cabeça, colo, corpo e cauda) unindo-se ao ducto pancreático principal, sendo a 
ampola hepato-pancreática (ampola de Vatter) o resultado dessa união. Essa ampola se 
abre na segunda porção do duodeno. 
• O duodeno é dividido em quatro partes, sendo também a parte inicial do intestino delgado. 
Sua divisão se dá pela parte superior, parte descendente, parte inferior e a parte 
ascendente, sendo a última importante para a prática clínica, devido a formação do ângulo 
de Treitz, que denota a transição entre duodeno e jejuno (ângulo de Treitz). Todas as 
hemorragias que ocorrem superiormente ao ângulo de Treitz são ditas hemorragias 
digestivas altas. 
• Existe um músculo ao redor do ducto colédoco denominado esfíncter do ducto colédoco 
que funciona como uma válvula, impedindo que a bile seja lançada no duodeno. Além disso, 
existe outro esfíncter na ampola hepato-pancreática que também controla a eliminação da 
bile. Com isso, a bile não vai conseguir passar do ducto colédoco para o duodeno, 
acumulando-se a ponto de ir para a vesícula biliar. O ducto hepático comum também fica 
parcialmente fechado, enquanto o ducto cístico fica parcialmente aberto, graças a ação da 
válvula espiral, auxiliando o “lançamento” da bile na vesícula biliar. 
 
Percurso da bile resumidamente: a bile, produzida no fígado, é lançada pelos ductos 
hepáticos direito e esquerdo, desce pelo ducto hepático comum e vai para o ducto hepático 
colédoco, onde está localizado um esfíncter que está contraído, fazendo com que a bile não 
consiga chegar até o duodeno. Com isso, ela vai se acumular no ducto colédoco, passando para 
o ducto cístico até chegar à vesícula biliar. Como o ducto hepático comum está fechado, a bile 
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não consegue atravessa-lo. Quando é necessário que a bile libere, o esfíncter se abre e a parede 
da vesícula se contrai, permitindo que a bilechega a ampola de Vatter e depois para o duodeno. 
 
 
 
• A ampola hepato-pancreática abre-se na segunda porção do duodeno, chamada de 
parte descendente. Nesse local, existe uma estrutura chamada de papila duodenal 
maior e uma papila duodenal menor, sendo que a última só existe em algumas 
pessoas. As enzimas pancreáticas são lançadas no ducto pancreático principal, caem na 
ampola hepato-pancreática e são eliminadas na segunda porção do duodeno, através 
da papila duodenal maior. Entretanto, algumas pessoas possuem, além do ducto 
pancreático principal, um ducto pancreático acessório que se abre na papila duodenal 
menor (essa variação anatômica se deva a origem embriológica do pâncreas). 
• Dos 500 ml de bile produzida por dia, nós absorvemos cerca de 400 ml. 
• Como foi falado, é importante saber sobre a bile e todos os órgãos relacionados a ela, 
uma vez que tais estruturas estão relacionadas com algumas doenças comuns no 
cotidiano do clínico. Nos EUA, 10% da população 
possuem cálculos biliares, principalmente mulheres 
que fazem uso de anticoncepcional oral. A maior 
parte desses cálculos é formada por colesterol. Sendo 
assim, a maior parte das Colecistites (inflamação da 
vesícula) é causada por cálculos biliares (Colelitíase), 
ou seja, acúmulo de bile petrificado = pedras na 
vesícula biliar. Nesse caso, não é necessária a 
intervenção cirúrgica, desde que as pedras sejam 
grandes. Entretanto, se os cálculos forem pequenos, 
pode ser que haja uma complicação da doença, 
passando a ser chamada de Coledocolitíase, que é, 
basicamente, a migração das pedras da vesícula para 
o ducto colédoco ou até mesmo para a Ampola 
Hepato-Pancreática, obstruindo-os. 
• Há também, casos em que as enzimas 
pancreáticas iniciam um processo de digestão no 
próprio pâncreas, causando uma doença denominada 
Pancreatite. 
 
 
 
18 
 
A parede do abdome é revestida por uma lâmina 
denominada peritônio parietal, que por sua vez, é 
continuo com o peritônio visceral, lâmina cerosa que 
reveste as vísceras, tais como fígado, baço e intestino. Entre 
o dois peritônios, existe uma cavidade em forma de fenda, 
chamada cavidade peritoneal, que é virtual, mas pode vir 
a se tornar real em situações patológicas (paciente com 
ascite). Dentro dessa cavidade, há uma pequena 
quantidade de líquido (liquido peritoneal) que permite o 
deslizamento das vísceras no abdome. 
Atualmente, a cavidade peritoneal tem sido utilizada na 
Diálise Peritoneal. A hemodiálise retira, através de uma 
máquina, as excretas nitrogenadas do sangue como ureia e 
a creatinina. O peritônio é uma membrana cerosa 
semipermeável (permite a passagem de algumas 
substancias, entre elas as excretas nitrogenadas). O médico 
introduz uma solução na cavidade peritoneal, que é uma estrutura irrigada, fazendo com que as 
excretas nitrogenadas saiam dos vasos do peritônio e passem para esse líquido no interior da 
cavidade peritoneal. Assim, o médico retira a solução com o líquido + excretas nitrogenadas. 
Infelizmente a Diálise Peritoneal não é recomendada para todos os pacientes, pois ela é transitória 
e recomendada para casos brandos. 
• Durante a formação do intestino, o peritônio 
realiza uma porção de dobras. O intestino é 
resultado de um tubo primitivo, que a partir 
de rotações e giros, vai assumir o atual 
formato. Nesse processo, o peritônio realiza algumas dobras, formando algumas estruturas, 
como o Omento Menor, que é formado pelo ligamento Hepato-Gástrico (fígado – 
estomago) e o ligamento Hepato-Duodenal (fígado-duodeno). Além do Omento Menor, 
existe o Omento Maior, que fica na curvatura no estômago chamada de Curvatura Maior. 
O estômago tem a curvatura menor (Omento Menor) e curvatura maior (Omento maior). 
Quando o médico faz uma incisão na parede anterolateral do abdome, a primeira coisa que 
ele observa é o Omento Maior, que também é formado por dobra de peritônio durante a 
formação do trato digestório. 
• Posteriormente ao estômago, tem-se a bolsa omental, que está fechada, tendo apenas uma 
abertura. Se a pessoa toma um tiro na parede posterior do estômago, a secreção vai para 
esse lugar. 
• Resumidamente: têm-se o peritônio parietal, que reveste a parede do abdome e o peritônio 
visceral que reveste a parede de algumas vísceras. Quando as vísceras não são recobertas 
por peritônio visceral, diz-se que elas são vísceras extraperitonias. Também existem as 
vísceras retroperitoniais, como os rins, a aorta, o pâncreas, a veia cava inferior e 
duodeno, que estão localizadas atrás do peritônio. 
• Além dessas estruturas, também existe o Mesentério, local em que o peritônio visceral e o 
parietal estão contínuos, por onde também passam os vasos que irrigam o intestino. 
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