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Terapia gênica TRATAMENTO DE DOENÇAS GENÉTICAS Na maioria das vezes o tratamento das doenças genéticas é somente paliativo amenizando os sintomas ao invés de agir na causa primária: o gene Terapia Gênica Transferência de material genético para células-alvo, com o objetivo de suprir os produtos de um gene estruturalmente anormal no genoma do paciente: - adição do gene normal - correção do gene - silenciamento do gene defeituoso Transdução: vírus Transfecção: demais métodos TERAPIA GÊNICA DE CÉLULAS SOMÁTICAS • Terapia ex vivo (in vitro): as células do paciente são retiradas e manipuladas fora do corpo Terapia in vivo (in situ): as células são tratadas dentro do corpo http://www.smartplanet.es/articulos.php?pageNum_ctapag=6&totalRows_ctapag=11&id=9-4-3 TERAPIA GÊNICA IN VIVO TERAPIA GÊNICA EX VIVO PROCEDIMENTO BÁSICO PARA TERAPIA GÊNICA Doença apropriada Células alvo Estratégia de transferência: ex vivo ou in vivo Vetor CÉLULAS ALVO Características: acessíveis, tempo de vida longo no corpo, alta taxa de proliferação Tipos de células alvo: • Células tronco (medula óssea- cordão umbilical) • linfócitos • fibroblastos de pele • células musculares (mioblastos) • células vasculares endoteliais • hepatócitos A- Técnicas que utilizam métodos físicos ou químicos: baixa eficácia e transitório microinjeção de DNA eletroporação (choque elétrico) biobalística (gene gun) lipossomos Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos: Sistemas Não-Virais: Microinjeções de DNA Microinjeção: núcleo da célula (terapia ex vivo ou in vivo- embrião) utilizada principalmente no desenvolvimento de vacinas de DNA. Sistemas Não-Virais: Eletroporação - Pulsos elétricos curtos de alta voltagem; - Permeabilização da membrana celular; - Entrada na célula de diferentes tipos de moléculas, entre as quais os DNA. Eletroporação: choque elétrico → poros Fonte: http://aragoneria.com/boreas/articulos/terapiagenica1.htm Sistemas Não-Virais: Microesferas – Biobalística ou Gene-Gun Bombardeio partículas de ouro/ tungstênio conjugada ao DNA. Sistemas Não-Virais: Lipossomos Desvantagens: - Não possuem capacidade intrínseca de atravessar a membrana nuclear:1 em 1000 plasmídeos atinge o núcleo; - Grande maioria são levados ao sistema lisossômico. Dupla camada lipídica englobando uma fração aquosa -complexo de DNA e lipídeos. Lipossomos catiônicos: padrão ouro de vetores não virais Fonte:http://www.ufv.br/dbg/trab2002/TERAPIAG/TRG002.htm Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos: B- Técnicas que utilizam vetores biológicos: • Retrovírus (RNA) • Adenovírus (DNA) • Adenovírus associado-AAV (parvovírus) • Lentivírus (retrovírus → cels. não dividem) • Herpes vírus (invadir neurônios) • Cromossomo artificial Principais fatores considerados na escolha do vírus: • Capacidade: tamanho do segmento de material genético que podem conter; • Tropismo: vírus infectam determinados tipos celulares; • Capacidade de infectar células que não estão em divisão; • Vetores integradores ou não integradores: fazem integração do gene transferido no material genético da célula hospedeira. Quando o material genético não é integrado, torna-se epissomo extracromossômico. RETROVÍRUS • Retrovírus (vírus de RNA) são os vetores ideais para a transferência de genes em células humanas: • são capazes de infectar quase 100% das células- alvo em divisão→ integra no genoma hospedeiro • carregam fragmentos relativamente grandes de DNA (8kb) • Desvatagem: infectam somente células em divisão INSERÇÃO RETROVIRAL • Ocorre inserção casual do DNA no genoma celular. • A inserção casual do DNA no genoma das células hospedeiras pode : • inativar um gene importante: morte celular • ativar um oncogene: alterar o padrão normal de controle e divisão celular câncer • causar mutação Adenovírus Vantagens: - DNA dupla fita; - Infectam grande variedade de tecidos; - Não possuem envelope, sua partícula é muito estável; - Não se integram no DNA das células hospedeiras; - Aceitam inserções de 30Kb; - Penetram em células que não se multiplicam; - Não ativam proto-oncogene ; Desvantagens - Não é integrado ao genoma celular; - Resposta imune contra o tecido transduzido com o vetor. - Baixa taxa de entrega in vivo expressão transitória Vetor mais utilizado em terapia gênica contra o câncer http://bio.leo.sites.uol.com.br/terapiagenica.htm Barreiras para Terapia Gênica - Entrega do Gene 1- Estabilidade do vetor que carrega o gene durante transporte 2-Penetrar o tecido e ser captado pelas células alvo 3- Após endocitose, escapar de degradação lisossomal 4- Transporte para o núcleo 5- Manter atividade transcricional no núcleo 6- Evadir a resposta imune • escolher a doença apropriada a ser tratada • identificar e clonar o gene e suas regiões reguladoras • assegurar que o gene inserido não tenha efeitos prejudiciais • determinar as células-alvo certas que tenham duração de vida adequada • verificar se a técnica é segura e eficiente para a introdução do gene nas células • restringir a transferência do gene às células alvo somáticas Pontos importantes para a terapia gênica Classes de Doenças Passíveis de Terapia Gênica • Doenças Hereditárias (monogênicas - AR) • Neoplasias • Doenças infecciosas (AIDS) • Outras Doenças: doença arterial coronária; artrite; doença renal, etc • Mais de 1800 protocolos aprovados 2004: China aprovou 1º terapia gênica comercial para câncer de cabeça e pescoço 2011: Pensilvania (CTL019) terapia de leucemia linfoblástica aguda VÍTIMAS DE TERAPIA GÊNICA Mulher 36 anos - faleceu 22 dias após terapia TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER Introdução de genes supressores de tumor para restaurar a função perdida. Ex.: inserção do gene TP53 normal em tumores de pulmão bloquear a progressão tumoral e apoptose TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER • Terapia pró-droga ou gene suicida: transferência de um gene (HSV-tk) → tirosina quinase → que ativam pró- drogas → tornam as células em divisão sensíveis a drogas selecionadas • Usado no tratamento do Glioma: tipo de tumor cerebral que afeta as células da glia que suportam e interagem com os neurônios; • Um gene suicida na presença de uma droga é ativado e mata as células que o contêm. • Ex.: câncer cerebral, cabeça e pescoço, ovário, mama, pulmão, cólon e pele TERAPIA PRÓ-DROGA – GENE SUICIDA http://www.scielo.br/pdf/ea/v24n70/a04v2470.pdf Vacinas gênicas • Processo de vacinação: Administração intramuscular do DNA Síntese de antígeno apropriado no interior das células do indivíduo vacinado Fornecem ao organismo hospedeiro a informação genética necessária para a produção do antígeno com as características necessárias para a geração da resposta imune => similar à infecção natural => menos efeitos colaterais Construção da vacina gênica • Isolamento e clonagem do gene que codifica o antígeno vacinal em plasmídeo • Características do plasmídeo: 1. Origem de replicação em bactérias 2. Genes de seleção 3. Sítio múltiplo de clonagem 4. Promotor : Geralmente um promotor viral, que permite a transcriçãodo gene de interesse em células eucarióticas Construção da vacina gênica • Introdução do gene clonado em bactéria hospedeira (transformação) => produção dos plasmídeos em larga escala => DNA em quantidade suficiente para a vacinação propriamente dita. Vias de administração Construção da vacina gênica • Desvantagens: Requer elevada quantidade de plasmídeos para desencadear a resposta imune; Local de administração: maior dificuldade de penetrar no núcleo e desdencadear respostas/ ação de nucleases sob o DNA plasmidial; Tamanho da molécula e carga negativa limitam sua penetração na célula alvo • Via intramuscular: Vantagens Simples e de baixo custo Construção da vacina gênica Alternativas à via intramuscular (aumento da eficiencia do processo): Utilização de carreadores constituídos por microorganismos vivos (vetores virais); Utilização de carreadores constituídos por sistemas particulados. Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por microorganismos vivos Microorganismos com a capacidade de invadir células da superfície de mucosas Carreadores e direcionadores do DNA plasmidial para célula hospedeira (direcionamento seletivo) Virus e bactérias modificados Risco: microorganismos originalmente patogênicos que sofreram alterações genéticas em suas atenuações => até que ponto permaneceriam em suas formas atenuadas? Construção da vacina gênica Carreadores constituídos por sistemas particulados Constituídos por sistemas de partículas microscópicas onde o imúgeno é incorporado no interior de partículas por técnicas de encapsulamento ou associado a elas por adsorção Facilitam o transporte e protegem o imúgeno de degradação além de potencializar a resposta imune Biobalística (gene gun), lipossomos, microsferas.
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