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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Presidente Prudente Laboratório de Física IV Prática III: Espelhos planos, esféricos côncavos e convexos. Discentes: Carlos Eduardo Campos Lanzi Luis Henrique Precoma Vitor Galvão Docente: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz Presidente Prudente Maio – 2017 Sumário Resumo............................................................................................................................ 3 Introdução....................................................................................................................... 4 Objetivos.......................................................................................................................... 7 Procedimentos Experimentais......................................................................................... 8 Resultados....................................................................................................................... 12 Conclusão....................................................................................................................... 19 Referências Bibliográficas............................................................................................. 20 3 Resumo Este relatório da disciplina de Laboratório de Física IV visa, como foco principal, o estudo da reflexão em espelhos, esperando encontrar uma simetria no comportamento natural da luz. Aqui, foi possível verificar, experimentalmente, a validade das leis que regem a ótica geométrica através da associação de espelhos, como a lei de Snell, e, em espelhos esféricos, a lei de Gauss. 4 Introdução Quando uma onda de luz atinge uma superfície lisa separando dois meios transparentes (tal como o ar e o vidro ou a água e o vidro), em geral a onda é parcialmente refletida e parcialmente refratada (transmitida) para o outro material. Descrevemos as direções dos raios incidentes, refletidos e refratados na interface lisa (figura 1) separando dois meios transparentes em relação aos ângulos que esses raios formam com a normal à superfície no ponto de incidência. Quando a superfície é rugosa, os raios transmitidos e refletidos são espalhados em diversas direções e não existe um único ângulo de reflexão ou refração. Dizemos que ocorre reflexão especular em uma superfície lisa quando existe um único ângulo de reflexão; quando os raios refletidos são espalhados em diversas direções em uma superfície rugosa dizemos que ocorre reflexão difusa. Esses dois tipos de reflexão ocorrem tanto no caso de materiais transparentes quanto no caso de materiais opacos, ou seja, aqueles que não transmitem luz. Quase todos os objetos ao nosso redor tornam-se visíveis porque refletem a luz de maneira difusa em suas superfícies. O índice de refração de um material, designado pela letra n, tem um papel importantíssimo na ótica geométrica. Ele é definido como a razão entre a velocidade da luz c no vácuo e a velocidade da luz v no material: Figura 1-Representação dos raios de luz incidente, refletido e refratado numa superfície plana. 5 No caso de espelhos côncavos e convexos o principio é quase o mesmo, porem cada ponto do espelho deve ser analisado separadamente, pois como o espelho é circular, em cada ponto teremos a reta normal num ângulo diferente. São 3 os tipo de reflexão analisados nesses tipos: Incide paralelo ao eixo central do espelho e reflete no foco (Figura 2); Figura 2-representação da incidência de raios paralelos ao eixo. Incide no centro (vértice) do espelho e reflete com o mesmo ângulo em relação à normal (Figura 3); Figura 3-Representacao da incidência de raios de luz no vértice de um espelho esférico. Incide passando pelo centro e reflete sobre ele mesmo (figura 4). 6 Figura 4- Representação da incidência e reflexão de raios de luz no centro de espelhos esféricos. 7 Objetivos Verificar as leis de reflexão em espelhos planos e esféricos; Entender os conceitos de formação de imagens em espelhos; 8 Procedimentos experimentais 1. As leis da reflexão Para o experimento, foi necessário: -Um banco óptico de plano Catelli; -Dois espelhos plano de fixação magnética; -Uma fonte de luz (laser vermelho). 1.1 O equipamento foi montado de modo que o espelho plano fique sobre o disco óptico. Conforme a figura 5. Figura 5 Alinhado o espelho plano sobre o disco óptico, a fonte de luz foi rotacionada de modo que o ângulo de incidência variasse de 10° em 10°, em relação a reta Normal (N). Anotamos as medidas dos ângulos de reflexão correspondentes na apostila. 1.1.2 Em seguida, adicionamos outro espelho plano sobre o disco óptico, ajustando o feixe da lanterna de modo que o feixe de luz passe, aproximadamente, 1 cm acima do centro do disco. Fixos os espelhos, foi deixado uma abertura de 45° entre eles, conforme a marca 9 serigrafada no painel, conforme a figura 6. Figura 6. Foi registrado, através de fotografia, o caminho da reflexão da luz percorrida, para analisar, sobre cada reflexão, a validação da lei de Snell. 1.2.3 A próxima etapa foi de uma abertura entre os espelhos formando um ângulo de 90°. Conforme a figura 7. Figura 7. Foi registrado, através de fotografia, o caminho da reflexão da luz percorrida, para analisar a validação da lei de Snell sobre o ângulo de 90°, e justificar a utilização para esse sistema em sinalização do tipo “olho de gato”. 10 2. A reflexão em espelhos esféricos Para a realização do experimento, foi necessário: -Um banco óptico de plano Catelli; -Um perfil de espelho côncavo e convexo; -Um compasso; -Uma régua milimetrada; -Uma fonte de luz (laser vermelho). 2.1 Reflexão em espelhos Côncavos. Fixado o espelho côncavo ao disco óptico, conforme a figura 8, de tal modo que a reflexão do raio incidente central retorne sobre si próprio e o ponto de incidência divida em duas partes iguais o perfil do espelho. Figura 8. Em seguida, a lanterna foi posicionada de modo que o raio incidente fique paralelo e, aproximadamente, 2cm acima do eixo principal, como ilustrado na figura 9. 11 Figura 9. Foi registrado, através de fotografia, o caminho percorrido do raio incidente paralelo e sua reflexão. Da mesma forma, o feixe de luz foi posicionado abaixo de eixo principal com uma distância de 2cm do mesmo, como na figura 10. 12 Resultados: Experimento 1 – A reflexão num espelho plano Para inicio de prática posicionamos o lazer em um ângulo de 10º em relação a normal conforme a figura abaixo: Figura 11-Representação do trajeto do raio incidente num espelho plano A trajetória do lazer no espelho plano resulta numa reflexão com mesmo ângulo de incidência, sendo assim o ângulo do raio refletido também é de 10º. Variamos o Ângulo de incidência para confirmar a afirmação e os resultados foram descritos na tabela abaixo: Ângulo de Incidência (i) Ângulo de Reflexão (r) 0 0 10 10 20 20 30 30 40 40 Conforme visto em teoria em um espelho plano temos que o ângulo de incidência é o mesmo que o ângulo de reflexão: θi = θr. Caso o raio refletido é normal a superfície o raio refletido também será normal à superfície refletora, e neste caso o ângulo é 0º. 13 Já o ângulo entre os raios, ignorando a normal será diferente, ele obedece a relação [(i)+(r)], sendo o ânguloentre os raios incidentes o dobro do ângulo de giro do espelho, conforme a tabela abaixo: Ângulo de giro do espelho Ângulo entre os raios incidente e refletido [(i)+(r)] 0 0 10 20 20 40 30 60 40 80 Com base nesta tabela podemos relacionar que o ângulo de giro (θ) e ângulo de giro de raio refletido (θr) é o dobro, se for maior que de zero, ou seja, θ = 2θr se θ > 0º. Experimento 2 – Reflexões múltiplas em espelhos planos Nesta parte testaremos reflexões múltiplas em espelhos com ângulos entre eles de 45º. A figura abaixo é uma imagem da aula experimental que ilustra a montagem e a relação esperada de reflexão: 14 Figura 12-Representação da reflexão de um raio de luz usando dois espelhos planos com um angulo de 45° entre si No ponto onde os raios se cruzam é possivel ver a formação do ângulo de 90º entre o raio incidente e o refletido, ou seja, um alinhamento perpendicular, esse alinhamento pode ser verificado pela Lei de Snell para reflexão, onde: θ = θ’ e neste caso somados formam o ângulo de 90º. Aumentando o ângulo entre os espelhos para 90º identificamos o seguinte fenômeno: Figura 13- Reflexão de um raio de luz em dois espelhos planos com um angulo de 90° entre si 15 Com essa posição entre os espelhos o raio é refletido em angulos de 90º e novamente em 90º quando incide no segundo espelho plano, o raio refletido volta em paralelo ao incidente. Esse sistema está presente em sistemas de sinalização em estradas, o chamado “Olho de Gato” que ajuda o motorista a se posicionar dentro dos limites da rodovia, estradas e afins. Experimento 3 – A reflexão em espelhos esféricos Titulo 1: O espelho esférico côncavo. Primeiramente posicionado o esquema do espelho côncavo ajustamos o raio para incidir em seu vértice (v); neste ponto a relção entre os raio incidente e refletido tem ângulo de 0º. Aumentado a posição do laser para cima, em paralelo com a relação feita descrita acima em aproximadamente 2cm de distância é possivel ver que a trajetoria do lazer muda, de acordo com a figura: Figura 14-Incidência de um raio de luz paralelo ao eixo central de um espelho côncavo Neste caso o raio refletido é direcionado para o lado oposto e para um ponto especifico do espelho, esse ponto é a distância focal do espelho (f) que constatamos ser de 4 cm, conhecendo a relação de um espelho podemos determinar que seu centro ou raio (c) é o dobro da distancia focal. Sendo assim Centro (c) = 2f a partir do vertice V, essa relação foi ilustrada na figura abaixo: 16 Figura 15-Respresentacao esquemática de um espelho côncavo Segundo as observações, o raio refletido que está contido no eixo principal é refletido nele mesmo; 0º No caso do raio refletido, cujo incidente passa pelo foco e incide sobre o espelho côncavo, o raio refletira em paralelo ao eixo principal. E caso o refletido passe pelo foco o incidente vem em paralelo ao eixo principal. Para gerar uma imagem geométrica ideal para espelhos côncavos temos que levar em consideração três raios principais: 1 – Raio que incide paralelo passando pelo foco (f); 2 – Raio que incide passando pelo foco (f) e reflete paralelo; 3 – Raio que incide passando pelo centro de curvatura e reflete sobre si mesmo. Titulo 2 – O espelho esférico convexo Neste tipo de espelho esférico temos que o seu foco é denominado raio virtual (f’), pois está do outro lado da curvatura do espelho, então neste caso a distância focal leva o sinal negativo (-). Quando um raio incide de maneira que tenta almeijar o foco virtual observamos que o raio refletido será paralelo ai eixo do centro, como mostra a figura: 17 Figura 16-Incidencia e reflexão de um raio de luz paralelo ao eixo central de um espelho convexo E no caso reverso, se um raio incide paralelamente ele ira seguir o caminho do foco virutal (f’): Figura 17- Representação do prolongamento do raio de luz para trás do espelho 18 Na imagem, posicionamos a regua para indicar no eixo principal o trajeto imaginário do laser, que segue a posição do foco virtual (f’). 19 Conclusão: Nesta aula experimental ajuda de espelhos planos, esféricos côncavos e convexos. Utilizamos a luz como feixe, no caso o laser, para analisar as diferentes formas de reflexão e a validade de leis como a lei de Snell para reflexão. No caso de um espelho plano, verificamos como se comportam os raios incidentes e refletidos, seus ângulos sempre poderão ser relacionados como, por exemplo, as leis de reflexão de Snell. Verificamos também algumas utilidades práticas em nosso cotidiano como a aplicação de espelhos planos em rodovias que nos auxiliam durante a noite. Os espelhos esféricos possuem formatos diferentes de um espelho plano. Logo a analise de suas propriedades óticas são diferentes de um espelho plano, mas o principio de funcionamento é o mesmo. O espelho côncavo é caracterizado por ser parte de uma circunferência ou de algo próximo a um arco. Sua reflexão pode ser analisada de diversas formas dependendo de onde o feixe de luz incide. Se o feixe passa pelo vértice a reflexão é a mesma de um espelho plano, se passa pelo foco a luz volta em paralelo e se a luz vem de um lugar distante e atinge o espelho os feixes se concentraram em seu foco, sendo assim podemos direcionar a luz que incide para um ponto especifico de reflexão. No caso de uma luz pontual estiver em seu foco os feixes de luz se dispersarão em paralelo, esse sistema existe em faróis de carros por exemplo. Em um espelho convexo verificamos que a imagem formada é diferente dos outros dois modelos de espelho, chamada imagem virtual e sua reflexão é direcionada para fora. Mas essa reflexão não é desordenada ela possui um foco virtual, que está além do espelho, ou seja, na parte interna da esfera. Sendo assim tivemos contato com diferentes formatos geométricos de espelhos e verificamos que cada um possui sua particularidade e diversas aplicações em nosso cotidiano que servem de suporte como os planos que mostram o trajeto que um carro deve permanecer e serve para direcionar a luz como em lanternas e faróis. E essas são apenas pequenas aplicações que temos contato em nosso dia-a-dia. 20 Referências Bibliográficas [1]- YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.; Física IV: Ótica e Física Moderna. Ed. 12. São Paulo, Addison Wesley.2009 [2]- HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 4, 8ª Edição, LTC, 2009. [3]- http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Reflexaodaluz/espelhoesferico.php [4]- http://www.if.usp.br/gref/optica/optica3.pdf
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