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- Grave problema de saúde pública. - Afetam a população de mais de 80 países. - Prevalência mundial: 12 milhões de casos. - População estimada ao risco de infecção: 350 milhões de pessoas. - Compreende entre as seis endemias mais importantes no mundo (OMS). Leishmanioses Leishmania sp. Classificação: Filo Sarcomastigophora Sub-filo Mastigophora Ordem Kinetoplastida Família Trypanosomatidae Gênero Leishmania Características gerais • Protozoário flagelado • Digénetico (heteroxénico) • Habitat: - Vetor: lúmen do trato digestivo (Subgenus Leishmania: intestino anterior/médio) (Subgenus Viannia: intestino anterior/médio/posterior) - Hospedeiro vertebrado: células do sistema mononuclear fagocitário (SMF), principalmente macrófagos Leishmaniose visceral Leishmaniose cutânea mucosa Leishmaniose cutânea difusa Distribuição anual dos casos humanos e caninos de leishmaniose visceral em Belo Horizonte, 2007 - 2011. Distrito Sanitário Anos 2007 2008 2009 2010 2011 Total Barreiro 1.019 1.275 1.302 1.929 1.234 6.759 Nordeste 2.152 1.766 1.353 2.095 1.234 8.600 Centro-Sul 386 455 324 363 239 1767 Noroeste 2.320 2.195 1.663 2.320 1.553 10.051 Pampulha 946 671 497 675 526 3315 Leste 1.446 1.313 1.137 1.726 1.016 6.638 Norte 2.357 1.631 1.367 2.007 1.174 8.536 Venda Nova 2.805 2.106 1.703 2.852 1.553 11.019 Oeste 804 639 720 918 658 3739 Total 14.235 12.051 10.066 14.885 9.187 60.424 Distribuição de casos caninos de leishmaniose visceral por Distritos Sanitários em Belo Horizonte, 2007-2011. Distrito Sanitário Anos 2007 2008 2009 2010 2011 Total Barreiro 5 11 14 18 11 59 Nordeste 21 41 16 27 11 116 Centro-Sul 5 8 9 2 6 30 Noroeste 22 28 26 16 11 103 Pampulha 6 5 9 9 5 34 Leste 13 16 9 15 12 65 Norte 12 13 22 11 11 69 Venda Nova 17 26 23 14 16 96 Oeste 7 9 15 15 7 53 Total 108 157 143 127 90 625 Distribuição de casos humanos de leishmaniose visceral por Distritos Sanitários em Belo Horizonte, 2007-2011. Distrito Sanitário Anos 2007 2008 2009 2010 2011 Total Barreiro 1 1 4 1 2 9 Nordeste 1 3 5 1 2 12 Centro-Sul 0 0 1 0 0 1 Noroeste 2 4 6 2 0 14 Pampulha 0 0 4 3 0 7 Leste 0 2 1 3 1 7 Norte 2 0 2 2 2 8 Venda Nova 1 4 6 5 5 21 Oeste 1 3 3 4 3 14 Total 8 17 32 21 15 93 Casos de óbitos humanos por leishmaniose visceral por Distritos Sanitários em Belo Horizonte, 2007-2011. • Polimórfico: Promastigota Paramastigota Promastigota metacíclico Amastigota • Reprodução por divisão binária Ninho de amastigotas Os Reservatórios nas Américas • Leishmaniose tegumentar: - Roedores silvestres - Marsupiais - Paca, Cutia - Cão doméstico • Leishmaniose visceral: - Canídeos silvestres (Raposas) - Cão doméstico Hospedeiros invertebrados: Flebotomíneos Família: Psychodidae Subfamília: Phlebotominae Gêneros: Lutzomyia e Phlebotomus Os Vetores nas Américas Gênero Lutzomyia sp. • Leishmaniose Tegumentar: L. intermedia, L. migonei, L. fischeri, L. pessoai, L. wellcomei, L. whitmani • Leishmaniose visceral: L. longipalpis M Macrófagos infectados são ingeridos por Lutzomyia Leishmanioses Formas clínicas: - Cutânea ou Tegumentar (LTA) - Cutâneo-Mucosa (LCM) - Cutâneo-Difusa (LCD) - Visceral ou Calazar(LV) Formas clínicas • Leishmaniose Leishmaniose cutânea: L. braziliensis, L. amazonensis, L. guyanensis • Leishmaniose mucocutânea: L. braziliensis • Leishmaniose cutânea difusa: L. amazonensis Muco-cutânea: - Infecção na derme (úlceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem - No novo mundo: L. braziliensis, L. guyanensis, L. mexicana (“espundia”), no Sudão/Etiópia L. major, L. tropica Leishmanioses Evolução Clínica da LTA - Lesões cutâneas: Inicia com uma pequena inflamação (parasitemia elevada). Pode evoluir para um úlcera rasa de borda saliente e endurecida (parasitemia baixa) pode evoluir para cura espontânea. Tendência à cronicidade com evolução lenta. - Lesões Cutâneo-Mucosas: Lesões na porção cartilaginosa do septo nasal. Perfuração do septo e/ou do palato. As lesões podem ser primárias ou secundárias. -Lesões Difusas: Pacientes imunodeprimidos. Lesões não ulcerativas. Leishmaniose - LTA – Lesão inicial e progressão da doença - Período de incubação – variável - Lesão indolor - Úlcera de bordas elevadas e fundo granuloso e úmido Responsável pela patologia é o estado imunológico do hospedeiro predominância de resposta celular (TH1) leva a imunidade e cura, resposta humoral (TH2) leva às formas crônicas M I II Th1 Th2 IFN, TNF, IL-2 IL 4-6, IL-10, TGF indução da atividade policlonal de células B MHC Células T helper Formas clínicas da leishmaniose visceral No Brasil causada por L. chagasi - Forma assintomática, latente - Forma aguda (fatal no prazo de 20 a 40 dias) - Forma subaguda - Forma crônica Sintomas - Febre irregular persistente - Anemia - Perda de peso - Astenia - Hepatomegalia - Esplenomegalia - Hipergamaglobulinemia - Hipoalbuminemia Diagnóstico Clínico: Aspecto da lesão, história (não define) Diagnóstico Laboratorial: LTA, LCM, LCD - Intradermorreação de Montenegro - Imunofluorescência Indireta - Biópsia do bordo da lesão – Imprint, histopatologia - Cultura, PCR LV Punção de medula óssea ou hepática – esfregaço, cultura, Imunofluorescência Indireta , ELISA, PCR. Reação Intradérmica de Montenegro: - Reação de hipersensibilidade tardia - Relação infecção x exposição - Leishmaniose visceral - LCD e HIV+ Teste de Montenegro é um teste de grande valor presuntivo, por sua sensibilidade específica, atinge cerca de 90% de positividade dos casos de LTA. PODE SER NEGATIVO : - Entre 1 e 4 MESES do ínicio da lesão cutânea; - Em Leishmaniose Cutânea Difusa (LCD) - Em Leishmaniose Visceral (LV) - Em pacientes imunodeprimidos - Não deve ser aplicado em pacientes grávidas Reação Intradérmica de Montenegro Indicações para o tratamento - Exame parasitológico positivo - Exame sorológico positivo - Presença de lesões características (tegumentar), febre e esplenomegalia (visceral) Leishmaniose cutânea: 20 dias Leishmaniose mucosa: 30 dias Leishmaniose visceral: 28 dias Tratamento de quarenta dias: quando não houver resposta nos primeiros 20 dias ou recidivas Posologia: IM ou IV Droga de primeira escolha: - Antimoniais pentavalentes (Glucantime, Pentostam) - Aplicação: i.v. ou i.m. diária (20 a 28 dias) - Mecanismo de ação: inibem a via glicolítica e a oxidação de ácidos graxos - amastigota - Contra-indicações: mulheres gestantes e pacientes cardíacos Glucose Glucose 6-phosphate Pentose Phosphate Pathway Fructose 6-phosphate Fructose 1,6-bisphosphate Glyceraldehyde 3-phosphate Dihydroxyacetone Phosphate 1,3-Diphosphoglycerate 3-Phosphoglycerate 2- Phosphoglycerate Phophoenolpyruvate * PK AntimoniaisPyruvate Acetyl- CoA Krebs Cycle Via Glicolítica Drogas de secunda escolha: • Anfotericina B (fungizona): - Aplicação: i.v. - Mecanismo de ação: altera síntese de fosfolípides de membrana - Contra-indicações: mulheres gestantes, cardiopatas, nefropatas e hepatopatas • Pentamidina: - Aplicação: i.m. - Mecanismo de ação: altera a estrutura do cinetoplasto e síntese de poliaminas - Menos eficazes e de maior toxicidade Profilaxia LTA : 1- Medidas de proteção individual (uso de repelentes,vestimentas adequadas, evitar o contato com áreasde transmissão nos horários de maior atividade do vetor). 2- Limpeza no peridomicílio, controle de roedores, aplicação de inseticidas de ação residual, eliminação de reservatórios infectados) LV : eliminação de cães infectados, aplicação de inseticidas de ação residual no ambiente peridomiciliare domiciliar, detecção e tratamento dos casos positivos.
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