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RESUMO DE CONSTITUIÇÃO – A3 Constituição é o fundamento de validade de todo o ordenamento jurídico. E tem como objetivo estruturar a sociedade e o estado. Preâmbulo: O preâmbulo não está situado no âmbito do direito, mas sim no âmbito político, refletindo assim a posição ideológica do constituinte. Não sendo dotado de relevância jurídica. Elementos da Constituição: Elementos Orgânicos: São aqueles que estão situados nas normas constitucionais que prescrevem a divisão territorial e funcional do poder político. Elementos Limitados: São aqueles que estão situados nas normas constitucionais que prescrevem a afirmação e o asseguramento dos direitos fundamentais. Elementos Socioideológicos: São aqueles que estão situados nas normas constitucionais que prescrevem os fins públicos a serem alcançados na ordem econômica e social. Elementos de Estabilização Social: São aqueles que estão situados nas normas constitucionais que prescrevem os meios de proteção das próprias normas constitucionais. Elementos Formais de Aplicabilidade: São aqueles que estão situados nas normas constitucionais que prescrevem as técnicas de aplicação das próprias normas constitucionais, como por exemplo, a ADCT. Sentidos da Constituição: - Sentido Sociológico (Ferdinand Lassalle): é quando a constituição seria um conjunto de fatos reais de poder de uma dada sociedade, ou seja, é um conjunto de índole política, econômica e religiosa que condiciona o ordenamento jurídico. - Sentido Política (Carl Smith): é quando a constituição é feita a partir de uma decisão política fundamental, ou seja, é quando a vontade do titular do poder constituinte é manifestada. - Sentido Jurídico (Hans Kelsen): é quando a constituição seria a lei fundamental da organização estatal, que se divide em lógico-jurídico e jurídico-positivo. Onde o primeiro é representado pela norma fundamental hipotética e a segunda é representada pela norma positiva suprema. Classificação das Constituições: Quanto ao conteúdo: Formal: É aquela que elege como critério o processo de elaboração e não o conteúdo das normas. Material: É aquela que tem o texto constitucional com as normas fundamentais e estruturais do estado. Quanto à forma: Escrita: Conjunto de regras consolidadas em um único documento. Não Escrita: É formada por textos separados, reconhecidos pela sociedade como fundamentais. Quanto ao modo de elaboração: Dogmática: Unifica (Junta) os dogmas estruturais e fundamentais do estado, no momento de sua elaboração. Histórica: Constitui-se através de um processo lento e contínuo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo. Quanto à origem: Promulgada: É a constituição que é fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo. Outorgada: É a constituição imposta de maneira unilateral pelo agente, que não recebeu a legitimidade do povo. Cesarista: É a constituição onde a participação popular se limita a validar a vontade do detentor do poder. Quanto à estabilidade: Imutável: É a constituição que não aceita nenhum tipo de alteração no seu próprio texto constitucional. Rígida: É a constituição que exige para alteração do texto constitucional, um processo legislativo mais rigoroso. Flexível: É a constituição que não possui processo legislativo mais árduo do que o processo legislativo das normas infraconstitucionais. Semiflexível/Semirrígida: É a constituição que é rígida e flexível ao mesmo tempo, ou seja, algumas matérias exigem um processo de alteração mais difícil, enquanto outras não requerem tal formalidade. Quanto à extensão: Sintética: É aquela que é enxuta e veiculada apenas pelos princípios fundamentais e estruturais do estado. Analítica: É aquela que aborda todos os assuntos considerados relevantes por quem elabora, estabelecendo regras como normas infraconstitucionais. Quanto à finalidade: Garantia: É aquela que tem preocupação com a limitação dos poderes estatais. Dirigente: É aquela que define fins, diretrizes e programas a serem seguidos pelos órgãos estatais em uma atuação futura, ou seja, são os fins que são trilhados para que o estado siga futuramente. Quanto à Ideologia: Eclética: São constituições dogmáticas que se fundam em várias ideologias. Ortodoxas: São fundadas em uma só ideologia. Poder Constituinte Poder Constituinte Originário Elabora uma nova constituição, onde o titular do poder é o povo. - Inicial: Pois elabora uma nova constituição federal. - Ilimitado: Pois não há limites jurídicos, uma vez que o poder constituinte originário não se submete a restrições impostas pelo direito positivo. - Incondicionado: Pois não está sujeito a formas de exteriorização previstas no direito positivo. Podendo se manifestar por meio de outorga, assembleia nacional constituinte, plebiscito ou referendo. Poder Constituinte Derivado Reformador Altera a Constituição. - Limitado - Condicionado - Derivado Poder Constituinte Derivado Decorrente Elabora a constituição dos estados membros. - Limitado - Condicionado - Derivado Limitação ao poder de emenda Podem ser: Expressas ou Implícitas. Expressas (art. 60 CF) - Formais ou procedimentais - Circunstanciais - Materiais 2) Implícitas - Impossibilidade da dupla reforma. (Não se pode abolir o art. 60 da constituição) - Impossibilidade de alteração do titular do poder constituinte. Métodos Clássicos de Interpretação Os métodos de interpretação da norma são instrumentos variados, utilizados para o melhor entendimento de um texto legislativo. O intérprete deve escolher aquele que é mais propicio, que convém. Interpretação Literal: Interpretação voltada ao significado exato do texto legislativo. O intérprete que adota a interpretação literal, não pode fugir do sentido geral e amplo do texto. Interpretação Histórica: Método que avalia as circunstancia exteriores às normas criadas pelo legislador. Ou seja, leva em consideração os fatores sociais, políticos, entre outros que motivaram o legislador a criar tal lei ou tal regra. Interpretação Teleológica: Instrumento interpretativo mais prestigiado pelos tribunais brasileiros na atualidade. Esse método da relevante valor a finalidade, ao objetivo que a norma tem. Interpretação Sistemática: Essa interpretação visa à harmonia entre as normas. Interpretação Extensiva: Aquela que amplia o significado da norma. Interpretação Restritiva: Quando o texto expressa mais do que se pretende dizer, reduzindo o alcance da norma. Interpretação Declarativa: Esse método procura desvendar o real significado da lei. Princípio da Hermenêutica Constitucional Unidade da Constituição: É quando a constituição deve ser interpretada em sua globalidade, como um todo e, onde as antinomias devem ser afastadas. Efeito Integrador: Serve para a resolução dos problemas jurídicos constitucionais. Máxima Efetividade: A norma constitucional deve ter a mais ampla efetividade social. Justeza: O STF, intérprete final da CF, não pode chegar a um resultado que subverta o esquema organizatório funcional da constituição. Concordância prática: Partindo da ideia de unidade da constituição, os bens jurídicos constitucionalizados deverão coexistir de forma harmônica na hipótese de eventual conflito. Força Normativa: Leva em consideração a vontade da constituição. Os aplicadores da constituição ao solucionarem conflitos, devem conferir a máxima as normas constitucionais. Interpretação Conforme a Constituição: Deve-se buscar a interpretação que mais se aproxime da constituição. Proporcionalidade: Consubstanciauma pauta de natureza axiológica que emana diretamente das ideias de equidade, bom senso, justa medida, moderação, etc. Histórico das Constituições 1824- Outorgado. Poder Moderador. Forma de Governo: Monarquia. Irresponsabilidade do Monarca. Estado Unitário. Religião Oficial. Semi-flexível. Rol de Direitos Fundamentais. 1899- Promulgada. Estado Laico. PL – PJ – PE. Responsabilidade. Habeas Corpus. Rígida. Intervenção Federal. Controle de Constitucionalidade. 1934- Promulgada. México, 1917. Direitos de 2º Dimensão. Mandado de Segurança Individual. Ação Popular. Criação da Justiça do Trabalho. 1937- Polaca. Outorgada. Desconstitucionaliza o MS individual. Desconstitucionaliza a Ação Popular. Concentração de Poderes no Executivo. Surgiu da Constituição fascista (Itália). 1946- Constituição de 1934. Direitos de 2º Dimensão (Privilegia os diretos sociais). Promulgada. Princípio do acesso à justiça. Gratuidade de Justiça. Justiça do Trabalho vira órgão do Poder Judiciário. Controle abstrato/ Concentrado de Constitucionalidade. 1988- Constituição Cidadã. Promulgada. Novos direitos trabalhistas.
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