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Direito penal - Jeferson Giacomo (Anotações de aula)

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Conceito de direito penal:
Dotado de duas definições básicas, divididas em duas frentes,
Ciência do dever ser -> objeto é a conduta humana, estudada a partir de normas, as normas que dizem como deve ser a conduta humana. As normas partem de consensos sobre valores, discutidos pela própria sociedade. Um ciclo entre Normas->Consenso->Conduta humana->Normas. O direito penal está em constante mudança. São as normas que iluminam o legislador na criação das leis.
É um conjunto de leis (ou parte do ordenamento jurídico) que cuida de definir os comportamentos desviantes da ordem jurídica (infrações penais), com as suas consequências jurídicas.
Infração penal se divide em: Crime (mais graves) e contravenção penal (menos graves).
Localização do direito penal: Corresponde a um sistema de controle social institucionalizado. Formado pela: Polícia, Ministério Público, Judiciário, advocacia, penitenciárias, órgãos de investigação estatal:
Punitivas, com discurso punitivo
Punitivas, sem discurso punitivo (ECA)
Não punitivo, sem discurso punitivo (C. civil)
Rigor formal do direito penal: Preciso de leis que não permitam que o Estado faça interpretações afim de inserir o indivíduo em penas que não façam parte da conduta que ele praticou. É mais fácil para o Estado utilizar o Direito Penal para combater os problemas sociais, uma vez que outras políticas públicas exigem um maior desempenho, por isso é necessário este tipo de rigor formal, para que não seja usado de forma a resolver conflitos e sim para combater. 
Características do direito penal:
 Fragmentariedade: A ideia de entregar parcialmente a sua liberdade ao Estado, mas de uma forma que ele não pode invalida-lo, dessa forma o Estado pode punir com a retirada dessa parte de sua liberdade, para manter a convivência social inabalada. Assim o direito penal não pode ser o primeiro a ser chamado para combater esse problema social, pois isso seria de um governo completamente retrativo e não de uma democracia, assim o direito penal cuida de apenas fragmentos dessas proibições. A grosso modo podemos dizer que o direito penal é uma ilha de ilicitudes, em um universo de ilicitudes, e o direito penal só cuida daqueles que estão em sua área.
Excepcionalmente constitutiva: Basicamente decorre da fragmentariedade, o direito penal não cria a ilicitude, apenas traz para ele o que já é ilícito em outras áreas do direito. O legislador, através das observações da sociedade, proíbe algumas coisas, como no CTB por exemplo, porém existem algumas coisas que são mais graves, e é necessárias atitudes mais “pesadas” para inibir aquele comportamento, desse modo você responde administrativamente e criminalmente, isso por ser grave demais para ficar apenas no direito administrativo. Pode acontecer de excepcionalmente o direito penal criar ilicitudes, para inibir certos comportamentos que não eram postulados em outro lugar.
Preventividade: O direito penal previne os comportamentos mais graves em sociedade, é um pouco abstrato uma vez que não temos os dados de quantos crimes deixaram de ser cometidos por causa do direito penal. É a área do direito que mais causa constrangimento nos indivíduos, uma vez que ele se apresenta de forma mais objetiva.
Coercibilidade: O direito penal te submete a isso, sem chance de escolha.
Sancionatório: Tem efeito apenas para sanção, para a punição.
Público: Significa dizer que as relações entre Estado e cidadão, nunca entre cidadão vs. cidadão é o Estado que vai te acusar e etc e tal em um processo.
Classificação:
Direito penal fundamental e complementar: está primeiro na constituição, que é a administração da vida das pessoas. Na constituição encontramos regras ordenando a criminalização e instrumentos que limitam o poder do Estado. O outro está na parte geral do código penal, uma vez que engloba tudo. O Complementar é a leis penal extravagante.
Direito penal comum e direito penal especial: O direito penal comum é aquele criado para a generalidade das pessoas. O direito penal especial é aquele criado para uma categoria de pessoas, por exemplo o código penal militar.
Direito penal objetivo e subjetivo: O direito penal objetivo o direito escrito. O direito penal subjetivo é aquele que define quem tem poder de punir, nesse caso o Estado, pois só ele possui esse poder. 
Missão do direito penal: As três correntes principais: 
O direito penal pune a ação pelo desvalor do resultado produzido, ou pelo perigo que cria ao bem jurídico tutelado. Claus Roxin (Alemanha), acolheu a ideia que o direito penal tem a função de tutelar bens jurídicos. Claus reformula essa ideia e diz que “ O direito penal tem a função de proteger bens jurídicos essências do desenvolvimento do ser humano em sociedade. “. A ideia de bem jurídico aparece na Alemanha em 1834 com Bierbaum. “Bens” como valor e “jurídicos” por serem reconhecidos na ordem jurídica, e esse valor deve partir de consensos.
Gunther Jakobs (Alemanha): Garantir a estabilidade da norma, identificar a função da pena que seria prevenção geral positiva. O que garante que as pessoas vão seguir aquela norma decorre do fato de que a partir do momento em que alguém descumpre e sofre a punição a sociedade passa a confiar na norma, isso que garante a estabilidade dela. Tem uma função geral pois as pessoas têm consciência de que se fizerem algo errado aquela pena será aplicada, assim por medo não fazem. As críticas recaem a esse autor no sentido que dessa forma, o Estado teria muito poder, pois só se olham as normas, e como quem a cria é o Estado, esse seria dotado de todo o poder. Outra crítica é ao ponto da violação da norma, que seria a mesma violação para o homicídio o furto por exemplo, uma vez que não se olha o bem jurídico e sim apenas a norma, e como é uma violação de norma teria a mesma pena.
Hans Welzel (Alemanha): ”. Proteger valores éticos sociais (proteção de valores da consciência ética. “. 
- Gunther e Hans analisam apenas o desvalor da ação, e não o resultado.
No direito brasileiro a pena para desvalor de ação é via de regra menor.
Princípios limitadores do poder punitivo:
“Princípio: Norma fundante. ”
Regra está positivada no ordenamento, porém não são todas as normas que estão positivadas é precisam disso para ser observados, é o caso dos princípios que atuam como normas fundamentes. Todos os princípios são pensados com base no princípio da dignidade humana. 
	
Princípio da legalidade (Art. 5°, XXXIX, CR e art. 1°, CP): para limitar a intervenção estatal. Essa intervenção é se dada de modo diferente no tempo e no espaço. Tem dois planos de análise, um chamado de formal/político/técnico, que diz que somente a lei, no sentido estrito pode definir o crime e a pena. Estrito no sentido de que deve passar pelo crivo do legislativo. Na concepção material o princípio da legalidade está baseado do princípio da anterioridade da lei. “A lei não é anterior a prática da conduta. “ 
- Nullum crimem sine leje praevia – Não há crime sem lei prévia. Não se pode julgar algo como crime se ele não está previsto como tal em determinado momento.
- Nullum crimem sine leje scripta – Não há crime sem lei escrita. Não é possível usar costumes para se definir crime.
- Os costumes são admitidos para interpretação penal sempre que forem a favor de quem praticou a conduta, nunca contra ele, chamamos de “interpretação In bonam partem”.
- Nullum crimem sine leje stricta – A conduta praticada deve ser estritamente igual àquela prevista na lei ou seja: não se pune por analogia. 
- A analogia assim como os costumes podem ser usados na interpretação in bonam partem. Uma enfermeira que, na situação de fazer um aborto e uma gestante ou deixá-la morrer, se o fizer não será penalizada uma vez que se usa a analogia in bonam partem, já que o direito penal não penaliza os médicos que praticam aborto para salvar a vida das gestantes, se parte da ideia que a vida da gestante é o bem principal. 
 O princípio da legalidade certa impede a criação de tipos penais (crimes) com uso de expressões vagas, sem um único significadosemântico, e com ocultação do núcleo do tipo (verbo). Isso caracteriza o princípio da taxatividade. Significa que o destinatário da norma precisa ler e entender qual é o seu alcance. Precisa ser taxativo afim de não colocar em risco a segurança jurídica.
Princípio da intervenção mínima: É a ideia de não banalizar o direito penal, e usá-lo apenas quando for estritamente necessário, está estritamente ligado ao princípio da fragmentariedade do direito penal. O direito penal é a última área que o estado deverá evocar para resolução de problemas. 
Princípio da lesividade/ofensividade: Direcionada ao legislador, diz que o direito penal só deve intervir quando houver lesão há direito merecedor de tutela jurídica. Se desdobra em quatro hipóteses: 
- Não se pune atitudes internas/ pensamentos, intenções e etc.
- O direito penal não pune a preparação para o crime, pois ele só pode punir aquilo que foi feito.
- O direito penal não pode punir pela mera concordância de alguém a um crime. 
- Não punição de autolesão
- Proíbe a punição de meros estados existenciais. (Ninguém pode ser punido pelo que é, apenas pelo que faz.) Não pode punir por exemplo pelo fato de como uma pessoa quer se apresentar para a sociedade.
- Proíbe a condenação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico, quer dizer que não cabe ao direito penal punir imoralidades, como por exemplo o crime de adultério, que foi revogado com o CC de 2002 levando em consideração o princípio da intervenção mínima e da lesividade. O direito penal por exemplo não pune a mentira, salvo se isso for feito em face da administração pública, uma vez que não se trata de uma imoralidade e sim de um falso testemunho, crime que se aproxima do roubo.
 Princípio da insignificância ou da bagatela
* intervenção mínima -> não admite a punição bem se não houver ofensa INTOLERÁVEL a bem jurídico essencial.
* Fragmentariedade
* Subsidiariedade
* Lesividade: o direito penal não pune sem lesão SIGNIFICATIVA.
Obs: Violência em si nunca pode ser entendida como uma insignificância, uma vez que ela por si própria já denota algo muito significante para o direito penal. No furto por exemplo, onde não ocorre violência, tudo depende do fator, pois se for furtado uma caneta, isso não seria significantemente relevante, levando em consideração o preço econômico de uma caneta, agora quando falamos de algo mais caro, como um celular mais moderno, isso pode mudar uma vez que o valor desse pode superar o valor de um salário mínimo brasileiro.
 Tipo penal de crime: Bem jurídico que vai tutelar; cria a norma de proteção para este; inverte o comando da norma para criar o tipo, ou seja sempre será o oposto da norma; 
Na doutrina, iremos encontrar o tipo penal dividido em duas áreas: 
Tipicidade formal; conduta é igual a descrição do tipo
Tipicidade material: intolerável e significante quando há lesão a bem jurídico. 
Critério de mínima ofensividade da conduta: Levando em consideração que as pessoas podem praticar crimes de forma diferente, o juiz analisa qual a gravidade da conduta do sujeito, para entender se isso foi feito de forma cruel ou não.
Critério de nenhuma periculosidade social da ação: A sociedade não enxerga isso como um ato que vai abalar a estabilidade social. 
Critério do reduzido grau de reprovabilidade do agente: Entende-se que é as pessoas que praticam de reiteradas vezes delitos de menor ofensividade.
Critério de inexpressividade da lesão: Não olhamos o apenas o valor do bem, e sim também em consideração ao patrimônio da vítima. 
Via de regra não se aplica o princípio da insignificância em casos de danos ao patrimônio público. 
Em 2 e 3, analisa-se a questão da reiteração desse ato por esse indivíduo, para dessa forma não se aplicar o princípio da insignificância, pois fica evidenciado que o sujeito usa o crime como um modo de vida, assim aplicando o desvalor de ação para punir esse agente, e o direito penal não pode fazer isso. 
Os crimes que admitem a insignificância não pressupõem violência contra a pessoa.
SEMPRE ANALISAR A QUESTÃO DO BEM JURÍDICO TUTELADO.
Princípio da culpabilidade: Como princípio “Nulla poena sine culpa”
Culpabilidade como pressuposto de pena (culpabilidade como elemento do conceito de crime): 
- Conduta típica – Antijuridicidade – culpabilidade (imputabilidade maior de idade e mentalmente saudável; potencial consciência da ilicitude; inexigibilidade de conduta diversa.)
	 Culpabilidade como princípio limitada (de política criminal): Impede a responsabilidade penal objetiva, ou seja, só admite a responsabilidade subjetiva. 
Responsabilidade objetiva: Quando a pessoa pode ser sancionada pelo simples fato de estar no meio em que o autor do fato lesivo está, no direito penal isso não é possível por exemplo, mas em alguns casos ele pode alcançar o direito civil. Outro caso em que se aplica a responsabilidade objetiva é nos casos que envolvem pessoas jurídicas, para esta se atribui essa responsabilidade, mas NUNCA para pessoa natural. 
Responsabilidade subjetiva: Tem a ver com sujeito, busca e olha para o sujeito, olhando para seu comportamento lesivo, é uma responsabilidade que decorre de culpa ou dolo.
Dolo: pressupõem vontade e conhecimento
Culpa: Mesmo sem ter vontade, causa dano a outrem. Tem a ver com a ideia de imprudência, negligência ou imperícia.
 Imprudência: Agir em desacordo com o que está nas regras de conduta.
 Negligência: Deixar de fazer, algo que está em acordo com as regras de conduta.
 Imperícia: Agir em um campo técnico a qual você não tem conhecimento técnico passível.
 Culpabilidade ainda pode ser atribuída como circunstância judicial: Escrita no Art. 59° do CP.
 Culpabilidade como elemento do crime é justificativa para sanção; culpabilidade como circunstância judicial é grau de censura, ou seja, de qual maneira o crime foi cometido. 
Princípio da humanidade das penas (Art. 5°, XLVI e XLVII, CF.): Veda toda pena condenatória que possa ferir a dignidade da pessoa humana. Não podemos adotar penas que sejam tão reprováveis quanto o crime que estamos sancionando, pois, o direito penal não pode ser usado como instrumento de vingança.
Princípio da individualização da pena (Art. 5°, XLVI, CF.): Na hora da aplicação da pena, o juiz deve analisar todos os fatos concretos noções de cada caso, olhando para o indivíduo que cumpriu essa ação e lhe condenado ao que ele merece. Dessa forma, é um princípio voltado para o juiz, de forma que este individualize está pena.
 Lei 8072/90 – Trata dos crimes hediondos.
Princípio do “in dubio pro reo”: Parte da ideia de que na dúvida a lei deve ser interpretada a favor do réu.
Teoria da norma
Definição: Define comportamentos proibidos mediante imposição abstrata de sanção, como também aquele que amplia o sistema penal por meio de princípios e disposições sobre os limites e ampliações das normas incriminadoras.
- 
Classificação: Dois gêneros:
- Normas incriminadoras: Trata do fato punível e sanção. 
 Comando de abstenção de ação = deixar de fazer = comissivo.
 Comando ordinatório = fazer = omissivo que pode ser pura/próprio ou imprópria.
- Normas não incriminadoras: Ampliam o sistema penal. Ex. Art. 327, CP.
Bem jurídico Norma Tipo
Bem jurídico: Vida
Norma: Não matarás (fazer) preserve a vida (deixar de fazer).
Tipo: Matar alguém 
A norma incriminadora é regida por dois preceitos:
 Preceito primário: descrição da conduta
 Preceito secundário: sanção.
Está norma possuí características, Coercibilidade: para servir de contra motivação para os atos ilícitos.
Imperativa/Obrigatória: Demanda a característica da impessoalidade, é criada para atingir qualquer pessoa que realize uma conduta contra majoritária. 
Generalidade/ Erga omnes:
Questões de técnicas legislativas: 
- Norma penal em branco: É aquela cujo preceito primário, a despeito de conter a descrição em essência da conduta proibida, contém uma incompletude que demanda a complementação de outra norma. O preceito secundário é sempre completo e acabado. É classificadaem:
- Sentido lato: A norma complementadora provém da mesma instância legislativa da norma em branco. Ou seja, trata-se de lei complementando lei. Pode ser chamada de homóloga, e nesse sentido se divide em homovitelina (mesma lei que complementa) ou heterovitelina (lei externa que complementa). 
- Sentido estrito: A fonte legislativa da norma complementadora é diversa da fonte da norma em branco. Ou seja, trata-se de ato normativo complementando lei. Pode ser chamada de heteróloga, 
A norma penal em branco heteróloga é chamada de administrativização do direito penal, que é esse sentido onde o ato normativo complementa a lei. Chamada de técnica de reenvio da norma penal.
Norma penal quer proteger bem jurídico, e o Estado deve fazer isso de forma eficiente. A justificativa teórica da criação da norma penal em branco: Dinâmica social: a sociedade é mais rápida do que o parlamento. Necessidade de conhecimentos específicos: expertise. Celeridade para acompanhar as mudanças sociais, que são muito rápidas.
Quem proíbe a conduta é a norma penal, dessa forma não podemos dizer que é a ato normativo que o faz, uma vez que é vedado somente ao poder legislativo a criação deste. Assim, quem tipifica ato proibitivo é a norma penal e não o ato normativo, dessa forma não temos uma violação do princípio da legalidade. 
 Tipos penais abertos
Se difere da norma penal em branco, uma vez que está última é complementada por outra norma, enquanto os tipos penais abertos são “fechados” pelo juiz no julgamento do caso concreto. E essa técnica decorre da impossibilidade de o legislador prever todas das mais variadas formas de descumprimento de deveres de cuidado na prática de comportamentos que envolvam riscos e posição do garantidor da não superveniência de um resultado lesivo.
São tipos abertos todos os crimes culposos e também os de omissão imprópria.
 Normas não incriminadoras
Classificação:
- Diretivas ou principiológicas: 
- De aplicação: contém preceito de aplicação das normas incriminadoras. 
- Permissivas: permitem a prática de comportamentos típicos. Há doutrinadores que dividem as normas permissivas em: stricto sensu e lato sensu (excludentes de culpabilidade) 
- Interpretativa: São formas de interpretação autentica da norma penal.
	 Fontes: Origem
Material: A fonte material de produção da lei é a lei ordinária federal (Art. 22°, caput, CF.)
Formal: Fontes de conhecimento da lei, também chamadas de fontes de cognição. A lei por excelência é essa fonte formal do direito penal, mas por sua vez também podemos usar os costumes e princípios. 
Destinatários da norma penal: A norma penal tem eficácia “erga omnes”. Atinge todas as pessoas, mesmo aquelas que não irão suportar a sanção penal.
 Interpretar
Quanto ao sujeito: primeira hipótese é a autentica, que emana do próprio órgão de criação da norma, é o legislador que diz o que se deve entender por determinada palavra. Pode ser jurisprudencial, reiteradas decisões iguais judiciais acerca de um determinado indagamento jurídico.
Quanto ao meio empregado: 
- Literal ou gramatical: Extrair o significado da norma, através do significado semântico das palavras. 
- Lógica: Compreende os métodos: Sistemático (Considera o direito como sistema jurídico, relação de valoração entre normas, não podem haver normas conflitantes entre si.). Histórico: Para entender qual era a situação política, social daquela época, para saber se devemos interpreta-la da mesma forma como já era, ou se sofre alguma mudança no tempo. Teleológico: A que busca finalidade da norma, para interpretar se ela pode ou não ser eficaz nesses casos. Direito comparado: pegar a norma semelhante criada na legislação estrangeira, vê o conteúdo, como é aplicada e qual seu alcance, e compara com o brasileiro.
Quanto ao resultado:
- Declarativa: o que se tira da declaração (escrita na norma), para identificar se a declaração da norma tem serventia no caso concreto.
- Extensiva: Estender o alcance da norma, no sentido de que pode-se entender o legislador disse menos, é um método também de analogia, pois comparamos o que está na lei com os casos concretos e estendemos a essas também. 
- Restritiva: O legislador disse mais do que deveria, e assim se restringe a aplicação da norma e seu texto.
 A diferença entre analogia e interpretação analógica está na “voluntas legis” ou seja, na vontade do legislador. Na analogia, o legislador cria uma lei para reger um fato e o juiz quando encontra um caso semelhante sem regulamentação, este usa de analogia, ou seja, usa aquela lei para pleitear aquela ação. Na interpretação analógica, o próprio legislador cria a norma e estende está para atingir os casos semelhantes, na regra contém duas formulas, a casuística (especifica) e a genérica (sem especificidade), porém só posso aplica-la caso o caso seja semelhante ao que está na formula casuística. 
2° Semestre
Norma penal no tempo:
Tempo do crime art. 4°, CP Teoria da atividade
Princípio da anterioridade da lei penal – art. 1°, CP. Garante segurança jurídica, não pode ser atingido por lei penal que foi imposta após minha ação. 
Lei penal leia-se normas incriminadoras e não-incriminadoras
Exceção ao princípio (art. 2°, CP.) – Retroatividade da lei penal + benéfica – LEX MITIOR. Questões de política criminal e de que o Estado está punindo demais pelo o que foi praticado.
Hipóteses de conflitos da lei penal no tempo
4.1- Abolitio criminis (Deixa de considerar crime o que estava tipificado na lei, e apaga todos os seus efeitos legais, registros e etc.)
4.2- Novatio legis incriminadora (Nova lei, a lei penal torna crime o que antes era indiferente penal.) 
4.3- Novatio legis in melluis (Nova lei para melhor, LEX MITIOR, lei menos gravosa, toda reforma legislativa que reduz a intervenção penal, mas não afasta.) (Pode reduzir a pena, admitir a substituição da privação de liberdade por restrição de direitos, define regime menos gravoso para cumprimento da pena, revoga qualificadora (circunstâncias que agravam a pena entre mínimo e máximo na lei) ou majorante (circunstancias que aumentam a pena proporcionalmente ao ato praticado.). 
4.4- Novatio legis in pejus (Uma nova lei, que agrava a situação de alguém que praticou a culpa, não atinge a atos que tenham sido praticados antes de sua vigência, apenas será de base para os outros casos que viram após.) 
 Fases da persecução penal
- Investigação preliminar
- Processo de conhecimento
- Execução da pena
Art. 2°, § único, CP. “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decidido por sentença transitada em julgado. “
Pode ser interpretada por duas teorias distintas:
Teoria da ponderação diferenciada:
	LEI VIGENTE AO TEMPO DO CRIME
	LEI POSTERIOR
	Parte mais benéfica
	Parte mais benéfica
	Parte mais gravosa
	Parte mais gravosa
	Usa a parte mais benéfica de ambas para criar a Lex Tertia, assim cria uma lei totalmente benéfica. 
	
Não é um entendimento bem visto pelo STJ, uma vez que alegam que foi ferido o princípio da tripartição de poderes, uma vez que o juiz está legislando, e este não pode fazer isso.
Teoria da ponderação unitária:
Está faz um exercício racional, aplicando ambas as leis para analisar qual, de alguma forma traga mais vantagem para réu, dessa forma qual das duas apresentar mais vantagens, mesmo que poucas será a usada, uma vez que não acatam a mesma ideia da ponderação diferenciada que faz a junção de duas normas. 
Exercício: 
LEI ANTERIOR
Lei 9437/97
Art. 10 – Porte ilegal de arma
Pena: 1 a 2 anos
§ único – Qualificadora
Se o agente for reincidente em crime doloso 
Pena: 2 a 4 anos.
LEI POSTERIOR
Lei 10.826/06
Art. 14 – Porte ilegal de arma
Pena: 2 a 4 anos.
Sem qualificadora.
LEI ANTERIOR
Art. 12 – tráfico de drogas 
Pena 3 a 15 anos
*Sem qualificadoras
*Sem minorantes (diminui pena)
*Sem majorantes (aumenta pena)
LEI POSTERIOR
Art. 33 – tráfico de drogas 
Pena 5 a15 anos
§4° Causa de diminuição de pena (minorante).
“A pena será reduzida de 1/6 a 2/3 se o agente for primário, de bons antecedentes, e não se dedicar a atividades criminosas. “
Súmula 501, STJ.
Lei Intermediária: Quando esta for mais benéfica essa ganha efeito de ultratividade para regrar o fato que ocorreu mesmo depois de essa ter sido revogada por outra.
Lei temporária e lei excepcional – art. 3°, CP
 Condição de coação -> anormalidade 
 Urgência:
Ambas são criadas para punir mais gravemente
- Temporária: tem prazo de vigência estabelecida na mesma.
- Excepcional: não tem data certa para final, dura pelo tempo que for necessária.
 Retroatividade da lei mais benéfica controvérsia e posição da jurisprudência. 
Sucessão de leis:
Norma penal em branco: descrição de conduta e pena
Norma complementadora: só complementa a proibição descrita no tipo penal.
Quando ocorrer alteração na norma complementadora, só haverá retrocesso se houver benefício por afetação da ilicitude do comportamento.
Norma penal no espaço:
Territorialidade: Regra ”O que é lugar do crime? ” E “O que é território brasileiro para efeitos penais? ”
“Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) “ (GRIFOU-SE)
		Do território brasileiro consideramos o espaço terrestre do Brasil levando em consideração espaço aéreo, mar territorial (22 milhas da maré baixa) e até mesmo subsolo do espaço terrestre, sua identificação interna.
No Art. 5°, §1, CP. Considera-se extensão do território brasileiro para efeitos penais.
Embarcações e aeronaves publicas aonde quer que se encontrem, damos a isso o nome de intraterritorialidade, por se tratar de um território dentro de outro território. 
Embarcações e aeronaves privadas ou mercantes à serviço do governo brasileiro. 
Embarcações e aeronaves privadas ou mercantes de bandeira brasileira quando estiverem em alto mar ou espaço aéreo correspondente. 
Teoria da Ubiquidade: É o resultado da cumulação da teoria da atividade mais a teoria do resultado.
Extraterritorialidade: Incide a lei penal brasileira para crimes praticados fora do Brasil, desde que atenda a um dos quatro princípios citados, (Art. 7°, CP.)
“Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). “
	
		Extraterritoriedade:
Incondicionada (Art. 7°, §1°, CP) Princípio da defesa.
“Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Condicionada (Art. 7°, §2°, CP.) Princípio da justiça universal
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Princípio da nacionalidade 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Princípio da bandeira
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984). “
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Nacionalidade passiva
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). “
Obs: Princípio “nom bis in idem”, onde diz que uma pessoa não pode sofrer duas penas pelo mesmo crime cometido. O princípio da defesa admite dois processos, no que diz respeito a usar as duas penas, afim de que sofre processo nos dois países, porém cumpre a diferença da pena caso em um pais ser maior ou menor que em outro. 
Homologação de sentença estrangeirano Brasil.
 Se condenatória: para reparação do dano e outros efeitos civis.
 Se de absolvição IMPRÓPIA: para ser submetido a medida de segurança.
Lei penal quanto as pessoas
Responde a questão de que se há pessoas no território nacional que não estão sujeitas a lei penal, e essa resposta é que há sim pessoas que são imunes a lei penal, e isso não fere os princípios da desigualdade.
Imunidade material: Lei penal (absoluta e relativa)
Imunidade formal: Atos de processo (absoluta e relativa)
Imunidades penais
Diplomáticas
Parlamentares: Senadores e deputados no exercício de sua função, desde que não excedam determinados limites, a imunidade para os vereadores é um pouco diferente, uma vez que este só os alcança dentro dos limites da câmara.
Magistrados, membros MP e advogado: Pois estes fazem uso público da palavra, podem responder por calúnia, uma vez que não podem imputar a alguém um falso crime.
Crimes sem violência: família – Patrimonial (art. 181, CP); Favorecimento (art.358, CP).
Calúnia: imputação falsa de crime.
Difamação: Imputação de fato concreto desonroso.
Injúria: Emitir um conceito depreciativo sobre aspectos físicos e intelectuais. 
Estatuto do estrangeiro: Prevê três maneiras de retirada do estrangeiro do território nacional, são elas:
- Deportação: Procedimento administrativo Polícia Federal
- Expulsão: Processo administrativo Ministro da Justiça Presidente.
- Extradição: ato por meio do qual um Estado soberano entrega a outro Estado soberano um estrangeiro que esteja em seu território para que seja ele judicialmente processado ou para que cumpra uma pena já imposta. Depende de um órgão jurisdicional analisar a legalidade dessa extradição. 
A extradição pode ser processual (afim de responder o processo); executiva (a fim de executar a pena); Compulsória (feita contra a vontade do extraditando); Voluntária (o extraditando concorda com a extradição); Ativa (processo aberto no pais que requer a extradição); Passiva (processo aberto no pais que é requerido).
Proibições para extradição (Art. 77, Estatuto do Estrangeiro): Contempla hipóteses onde proíbe a extradição. 
Princípio da absorção: Ocorre uma relação consultiva, de modo que todos os comportamentos que são praticados para o alcance de um ato ilícito, ainda que caracterizem crimes autônomos ficaram absolvidos por esse resultado ilícito. Ou seja, o crime fim absorve o crime meio. Porém só pode se aplicar esse princípio quando o crime meio seja um pressuposto para se alcançar o crime fim. O nome dado a isso é crime progressivo: crime autônomo + crime autônomo = para se chegar a um crime fim. Via de regra podemos ter também um pós-fato impunível, que é quando o crime praticado depois se amolda ao crime fim, que já foi consumado. 
- Meta Optata: Quando o indivíduo sai para cometer um crime determinado, e durante ou pós o fato decide mudar de ideia e cometer outro ato ilícito. (Exemplo: Sai de casa no intuito de agredir fisicamente alguém, a vítima imputa que irá se vingar e diante disso o autor resolve cometer um homicídio afim de não correr o risco da vingança que lhe foi prometida). Nesse caso também há a absorção do crime meio pelo crime fim.
Princípio da subsidiariedade: Um mesmo bem jurídico pode sofrer diferentes graus de lesão, por isso o legislador, para atender o princípio da proporcionalidade, cria diferentes tipos penais. Os mais graves são definidos em tipos penais mais circunstanciados, e, portanto, têm menor incidência no caso concreto. Os menos graves estão tidos como menos circunstanciados o que garante menor incidência. Quando ocorre lesão ao bem jurídico, a autoridade vai tentar levar a conduta no tipo mais grave, mas se faltar nessa conduta algum elemento exigível nesse tipo, busca-se a adequação à forma menos grave. 
- Pode ser tácita ou expressa:
- Tácita quando a norma não diz que ela é secundária
- Expressa a norma secundária diz textualmente que só será aplicada se a conduta não se amoldar ao crime mais grave.
Teoria do crime: 
Conceito de crime,
- Conceito formal: é todo comportamento que a lei define como tal.
- Conceito legal: classifica a partir da natureza da sanção – detenção/reclusão.
- Conceito material: é o comportamento humano que cause lesão ou perigo de lesão a bem merecedor de tutela.
- Conceito analítico: Conduta humana, típica, antijurídica culpável. Análise de um elemento genérico, onde necessita de especificidades que me permitem dizer se isso é crime ou não.
Evolução do conceito analítico de crime: passa pela evolução do conceito de conduta humana. 
Conceito clássico/ Conceito causal de crime: Final do séc. XIX, início do séc. XX. Tem base filosófica no desenvolvimento teórico do positivismo naturalista. O conceito de conduta humana seria um conceito causal.
Franz Von Liszt: movimento corporal voluntário que causa uma mudança no mundo dos fatos, isso na teoria causal. O conteúdo da vontade não seria nada demais.
O crime é uma conduta humana, seu lado externo (objetivo) era formado apenas pela antijuridicidade e o lado interno (subjetivo) pela culpabilidade, nesse último ne pressupunha a imputabilidade, que é capacidade cognitiva e tenho como elemento o dolo ou culpa. Quando surge o “tipo” que surgiu com o nome “Tatbestand”, que vem do alemão e quer dizer “tipo para selecionar a conduta”, é um mecanismo meramente descritivo dos comportamentos que interessam ao direito penal. 
Para a teoria clássica o dolo (conheço o que faço e quero fazer) e no caso da culpa (conheço o que faço e não quero aquele resultado).
Conceito neoclássico: Final do séc. XX. Ainda utiliza o conceito causal do crime, e a base do desenvolvimento teórico continua sendo o positivismo naturalista, e usa também a teoria dos valores de Kant (neokantismo). 
Para a teoria neoclássica se intitula dolo “malus” (conheço mais sei que é ilícito e continuo querendo fazer.) A culpabilidade ganha o elemento de exigibilidade de conduta diversa, que possui alta carga valorativa. Assim, concluímos que sem alterar a estrutura, o que a teoria neoclássica fez foi introduz esses conceitos valorativos na teoria. 
Teoria Finalista da ação
Hanz Welzel – Desenvolver um conceito ôntico-ontológico de conduta humana. O conceito de conduta humana é um dado pré-existente. Tem como base filosófica a teoria realista do conhecimento. O objeto preexiste ao conhecimento que se fará sobre ele.
Conduta humana: ação ou omissão, consciente, voluntária e dirigida a uma finalidade.
Inconsciência retira a conduta: sono, convulsão, febre delirante, hipnose profunda, doenças neurológicas. A impossibilidade de manifestação de conduta retira: Ato reflexo: impulso nervoso não controlado pela vontade. A força física irresistível retira o crime já a força moral irresistível retira a culpabilidade.
Dolo e culpa nessa teoria entram na questão do tipo, na culpabilidade temos a imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e potencial consciência da ilicitude.

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