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AULA 7 Estrutura de Capital

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Gestão Financeira – 1S/2017
Graduação em Ciências Contábeis
Aula 07: 28-Mar-2017
Prof. Dr. Rodrigo Takashi Okimura
rodrigo.okimura@fipecafi.org
Estrutura de Capital7
2
Referências:
✓ ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor, 6ª edição, Ed. 
Atlas, 2012. Capítulo 23.
✓ ROSS, S., WESTERFIELD, R., JORDAN, B. e LAMB, R. Administração 
Financeira, 10ª edição, Ed. McGraw-Hill, 2015. Capítulos 16 e 17.
Objetivos (questões-chave) :
✓ Quais as abordagens sobre Estrutura de Capital?
✓ Em que pontos estas abordagens se diferem sobre a existência de uma 
Estrutura de Capital ótima?
✓ Determinar e aplicar os conceitos de benefício fiscal no WACC
✓ Analisar o WACC de uma empresa e propor alterações na estrutura de 
capital com o objetivo de maximizar o valor da empresa
3
Estrutura de Capital
Estrutura de Capital: composição das fontes de financiamento da empresa, que 
visa atender a demanda por recursos de natureza permanente. 
Diferentes estruturas de capitais, com maior ou menor participação de capital 
próprio (PL), alteram o risco financeiro da empresa
Ativos
Dívidas
PL
Estrutura ótima de capital refere-se à proporção de recursos próprios e de 
terceiros a ser mantido por uma empresa que leva à maximização da 
riqueza de seus acionistas 
Estrutura de Capital
4
Ativos
Dívidas
PL
Ativos Dívidas
PL
✓ Custo médio ponderado de capital da empresa
(WACC: weighted average cost of capital)
Sendo:
KE : custo de capital próprio (ou do acionista)
KD: custo de capital de terceiros (ou de dívidas, KI como visto anteriormente)
T : alíquota de impostos sobre a renda
D: dívidas (ou Debt)
E: capital próprio (ou Equity ou patrimônio líquido)
E lembrando que os indicadores de estrutura de capital são:
D/(D+E) = proporção de capital de terceiros
E/(D+E) = proporção de capital próprio
D/E = alavancagem financeira
Estrutura de Capital
 (1- ) D E
D E
WACC K T K
D E D E
   
       
    
5
✓ O estudo da estrutura de capital está relacionado com o custo médio 
ponderado de capital da empresa (WACC)
✓ A identificação de uma estrutura de custo mínimo promoveria a maximização 
da riqueza dos proprietários
✓ Na teoria de finanças, há uma divergência de opinião sobre a existência 
ou não de uma estrutura ótima de capital que promoveria a minimização do 
WACC:
1. Teoria de Modigliani-Miller (M&M):
A. SEM Impostos
B. COM Impostos
(M&M, de Franco Modigliani, Prêmio Nobel de Economia em 1985 e 
Merton H. Miller, Prêmio Nobel de Economia em 1990)
2. Teoria de trade-off da estrutura de capital (ou teoria convencional)
3. Pecking-order (teoria da hierarquia de financiamentos)
✓ Divergem sobre a existência ou não de uma estrutura ótima de capital
Estrutura de Capital
6
Abordagem 1: Teoria de Modigliani-Miller (M&M)
1A) SEM Impostos
✓ Em um mundo hipoteticamente sem impostos, o custo total de capital de 
uma empresa independe de sua estrutura de financiamento
✓ Não existe dependência entre o investimento e as diversas fontes de capital 
que o financiam
✓ A atratividade do investimento é definida pela rentabilidade e o risco 
associado à decisão e não à forma de financiamento
✓ Os reflexos de uma participação de capital de terceiros, teoricamente mais 
baratos, são devidamente compensados pelo aumento natural na taxa de 
desconto do capital próprio
Pressupostos básicos:
✓ Não há Imposto de Renda
✓ Não há custos de transação 
0K
EK
DK
WACC
D/E
Taxas
(%)
Modigliani-Miller (M&M): SEM Impostos
7
Exemplo 1A: considere um projeto de investimento que pode ser financiado com até 
80% de capital de terceiros. Os custos de capital para diferentes níveis de risco 
financeiro são apresentados a seguir:
Sendo:
K0 (KE inicial) = 12,0%
KD= 10,6%
T = 0%
Observe que qualquer que seja a proporção de capital de terceiros na estrutura de 
capital, o WACC é sempre 12%, pois:
KE = K0 + [K0 – KD x (1-T)] x (D/E)
D/(D+E) D/E KE KD * (1-T) WACC
0% 0% 12,0% 10,6% 12,0%
20% 25% 12,4% 10,6% 12,0%
40% 67% 12,9% 10,6% 12,0%
60% 150% 14,1% 10,6% 12,0%
80% 400% 17,6% 10,6% 12,0%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
0% 100% 200% 300% 400% 500%
Ta
xa
D/E
WACC KE KD * (1-T)
8
Modigliani-Miller (M&M): SEM Impostos
1B) COM Impostos
Considerando a existência de IR, M&M concluem que, ao elevar-se o quociente 
de endividamento (D/E), reduz-se o WACC e, em conseqüência, maximiza-se o 
valor de mercado da empresa:
No caso extremo, a estrutura de capital ideal da empresa é 100% de capital de 
terceiros.
0K
EK
DK
(s/IR) WACC
D/E 
Taxas
(%)
(c/IR) WACC
Benefício 
Fiscal
9
Modigliani-Miller (M&M): COM Impostos
Logo, o valor de mercado de uma empresa alavancada, supondo fluxos de 
caixa perpétuos, apresenta-se:
VL : valor da empresa alavancada (L: leveraged)
VU: valor da empresa desalavancada (U: unleveraged)
0
EBIT (1 T)
 TLV D
K
 
  
Valor de uma empresa 
totalmente financiada por 
capital próprio (VU)
Valor presente do 
benefício fiscal do 
endividamento 
oneroso
Proposições de MM com Impostos
10
Modigliani-Miller (M&M): COM Impostos
Exemplo 1B: considere um projeto de investimento que pode ser financiado com até 
80% de capital de terceiros. Os custos de capital para diferentes níveis de risco 
financeiro são apresentados a seguir:
Sendo:
K0 (KE inicial) = 12,0%
KD= 10,6%
T = 34%
Observe que a medida que se 
aumenta o endividamento, o WACC 
se reduz por conta do benefício fiscal
da dívida.
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
0% 100% 200% 300% 400% 500%
Ta
xa
D/E
WACC KE KD * (1-T) WACC sem ben.fiscal
D/(D+E) D/E KE KD * (1-T) WACC
WACC sem 
benefício fiscal
0% 0% 12,0% 7,0% 12,0% 12,0%
20% 25% 12,4% 7,0% 11,3% 12,0%
40% 67% 12,9% 7,0% 10,6% 12,0%
60% 150% 14,1% 7,0% 9,8% 12,0%
80% 400% 17,6% 7,0% 9,1% 12,0%
11
Modigliani-Miller (M&M): COM Impostos
Abordagem 2: Teoria de trade-off da estrutura de capital (ou teoria convencional)
Admite a existência de uma estrutura ótima de capital que minimiza o custo de 
capital para a empresa (WACC) e maximiza a riqueza dos acionistas. Isso é 
conseguido mediante uma combinação adequada das fontes de financiamento.
✓ O decréscimo do WACC verifica-se somente até certo ponto de endividamento, definido por X no 
gráfico
✓ O ponto X representa a estrutura ótima de capital, onde o WACC é mínimo e o valor de mercado da 
empresa é máximo 
X
0K
EK
DK
WACC
D/E
(Risco financeiro 
aumenta)
Taxas
(%)
Estrutura Ótima de 
Capital (nível de D/E 
ótimo)
Sendo:
D = recursos de terceiros 
(passivos onerosos) 
E = recursos próprios 
(patrimônio líquido)
KE = custo de capital próprio
KD = custo de capital de terceiros
K0 = custo de capital próprio se a empresa 
fosse financiada somente por capital 
próprio 
WACC = custo médio ponderado de capital
12
Teoria de trade-off da Estrutura de Capital
Exemplo 2: considere um projeto de investimento que pode ser financiado com até 
80% de capital de terceiros. Os custos de capital para diferentes níveis de risco 
financeiro são apresentados a seguir:
Sendo:
K0 (KE inicial) = 12,0%
KD = fornecidos para cada nível
T = 34%
Observe que a proporção de capital de terceiros na estrutura de capital que minimiza 
o valor de WACC é 40% (D/(D+E))
D/(D+E) D/E KE KD * (1-T) WACC
0% 0% 12,0% 7,0% 12,00%
20% 25% 12,4% 7,2% 11,32%
40% 67% 12,9% 7,7% 10,84%
60% 150% 14,1% 9,8% 11,52%
80%400% 17,6% 13,1% 14,00%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
0% 100% 200% 300% 400% 500%
Ta
xa
D/E
WACC KE KD * (1-T)
13
Teoria de trade-off da Estrutura de Capital
Abordagem 3: Teoria de Pecking-order da estrutura de capital
Admite que a empresa financia seus projetos seguindo uma hierarquia de fontes de 
capital:
1) Fluxo de caixa interno (gerado pelas operações)
2) Dívidas
3) Capital próprio (ações)
A consequência é que não há uma estrutura ótima de capital para todas as 
empresas, pois cada empresa irá financiar suas necessidades de capital de acordo 
com essa hierarquia de financiamento.
14
Teoria de trade-off da Estrutura de Capital
Relevância ou não da Estrutura de Capital: considerações
✓ A combinação ideal entre capital de terceiros e capital próprio para uma
empresa – sua estrutura de capital ótima (ou ideal) – é aquela que
maximiza o valor da empresa e minimiza o custo de capital da empresa
(WACC)
✓Se ignorarmos o efeito dos impostos corporativos, os custos dos problemas
financeiros e todas as outras imperfeições, não há combinação ideal, ou
seja, a estrutura não tem importância (M&M sem impostos)
✓Se considerarmos os impostos corporativos, descobrimos que a estrutura é
relevante e que a estrutura ideal é 100% de dívidas (maximizar o beneficio
fiscal), algo que na prática nunca ocorre (M&M com impostos)
✓Se considerarmos os custos de falência, esses custos reduzem a
atratividade dos financiamentos e concluímos que existe uma estrutura de
capital ideal quando o beneficio fiscal deixa de compensar o risco de falência
(Teoria de trade-off)
✓Se considerarmos a teoria de pecking-order concluímos que não há uma
estrutura de capital ideal para as empresas, pois cada uma se financia de
acordo com suas necessidades
Estrutura de Capital
15
Capital de Terceiros vs. Capital Próprio
Estrutura de Capital
Vantagens do capital de terceiros:
✓ Custo menor (em condições normais) do que o capital próprio,
principalmente em cenários de alta liquidez
✓ Pode haver a existência de linhas subsidiadas e incentivadas no mercado
(bancos de desenvolvimento, bancos multilaterais etc.)
✓ Beneficio Fiscal (no regime de lucro real no Brasil)
✓ Permite alavancagem financeira dos resultados em cenários de
crescimento
✓ Pode servir como um instrumento de alinhamento do desempenho dos
gestores (executivos) para os acionistas
16
Estrutura de Capital
Desvantagens do capital de terceiros:
✓ Uso de dívidas acima de determinado nível implica em custos de falência
relevantes para o acionista
✓ À medida que mais dívidas são introduzidas na estrutura financeira da
empresa, o capital próprio se torna mais arriscado, exigindo maior retorno
✓ Quando uma empresa utiliza maior volume de capital de terceiros surgem
normalmente conflitos de interesses entre credores e acionistas
✓ As dívidas colocam pressão sobre o resultado/fluxo de caixa da empresa,
pois possuem cronograma definido de pagamento independentemente do
resultado da empresa
✓ Há necessidade de certo planejamento em relação às dívidas devido a
taxas e indexadores das dívidas, e algumas vezes, covenants exigidos
pelos credores
Capital de Terceiros vs. Capital Próprio
17

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