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civil questoes de revisao (1)

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Questões discursivas Direito Civil I
1)Com suas palavras, disserte sobre o que é a Constitucionalização do Direito
Civil?
O Direito Civil sempre foi o centro normativo do ordenamento jurídico, isso significa que todo
o ordenamento era “dirigido” pelo ramo do direito civil e o direito civil como ramo do direito
privado, sempre teve raízes patrimonialista, patriarcais, agrárias, entre outras características.
Com a virada do século XVIII, principalmente no segundo pós-guerra, as constituições
ganham notoriedade pelo mundo, elevando a constituição ao ápice da pirâmide normativa,
ou seja, o documento político-jurídico do estado, que é a constituição, se torna um
documento jurídico-político, e passa a ter característica de norma superior (superior também
as normas de Direito Civil). Os reflexos desse novo panorama no Direito Civil, é uma releitura
dos institutos privados, trazendo a luz dos princípios da constituição que mais tardar nos
levaram a “positivar” esses princípios no código civil, SOCIALIDADE, OPERABILIDADE e
ETICIDADE. Conceitos como boa-fé, função social, entre inúmeros outros encontrados em
todo o direito civil, só foram concretizados pós 88 e também no novo código civil de 2002.
Essa “tomada” do topo do ordenamento jurídico pela constituição, que outra hora era do
direito civil, e seus reflexos é a chamada CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL.
2)Diferença entre socialidade, operabilidade e eticidade.
O Código Civil é norteado por três princípios básicos, que se aplica não só a parte geral, mas
se aplica também a parte especial. Todos são frutos da constitucionalização do direito civil. A
interpretação do Código Civil precisa ser feita em consonância com estes princípios, visto que
os mesmos não só afastam as antinomias, como também suprimem as lacunas e permitem
uma aplicação justa do direito.
SOCIALIDADE
O Código civil de 1916 foi extremamente influenciado pelo código civil francês de 1804.
Esses códigos antigos, até por serem códigos de direito privado e não público, interessavam-
se por segurança jurídica individual e não social. O código civil de 1916 tinha um viés
individualista, patrimonialista. O código de 2002 em sintonia com a constituição de 1988,
busca a efetividade da justiça social, o que não era função do código de 1916. O princípio da
socialidade visa priorizar o COLETIVO e não o individual, priorizar a sociedade e não o
indivíduo.
OPERABILIDADE
O Código Civil de 1916 trazia palavras difíceis, termos muitos técnicos, o que dificultava o
entendimento dos juristas e também dos não-juristas que precisassem usar o código. O
Código de 2002 mudou esse conceito de rebuscamento exagerado da linguagem, sem perder
o teor técnico da norma jurídica. O código de 2002 também inovou ao utilizar CLAUSULAS
GERAIS, NORMAS ABERTAS, que fazem do código mais dinâmico. (Exemplo: as cláusulas
gerais e normas abertas podem ser interpretadas de maneiras diferentes dependendo do
tempo e do contexto social que está inserida.
ETICIDADE
Deriva da ética. Ou seja, o CC de 2002 valorizou a boa-fé objetiva entre as partes, a
moralidade dos negócios jurídicos, entre outros institutos que para serem válidos precisam
estar de conformidade com o bom costume, a moralidade e a boa-fé.
3)É possível revogar a emancipação?
Uma vez concedida, por qualquer meio, é irrevogável e definitiva.
4)O que é nascituro?
É o ser gerado, mas que ainda está por nascer.
(Antes as novas técnicas de fertilização in vitro e do congelamento de embriões humanos,
houve quem levantasse o problema relativo ao momento em que se deve considerar
juridicamente o nascituro, entendendo-se que a vida tem início, naturalmente, com a
concepção no ventre materno. Assim sendo, na fecundação na proveta, pelo espermatozóide,
que inicia a vida, é a nitidação do zigoto ou ovo que a garantirá; logo, para alguns autores, o
nascituro só será “pessoa” quando o ovo fecundado for implantado no útero materno, sob a
condição do nascimento com vida. O embrião humano congelado não poderia ser tido como
nascituro, apesar de dever ter proteção jurídica como pessoa virtual, com uma carga
genética própria.)
5)O nascituro possui direitos?
Sim. Conquanto comece do nascimento com vida a personalidade civil do homem, a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, como o direito à vida, à filiação, à
integridade física, a alimentos, a uma adequada assistência pré-natal etc.
6)A lei protege as expectativas de direito do nascituro?
Sim, a lei os protege. Nascendo com vida, confirmam-se esses direitos. O natimorto não os
tem. É como se esses direitos jamais tivessem existido.
7)Como são defendidos em juízo os direitos do nascituro?
Por meio dos pais ou do curador, podendo figurar o nascituro como sujeito ativo ou passivo
de obrigações e direitos.
8)Qual a diferença de morte presumida COM declaração de ausência e morte
presumida SEM declaração de ausência?
As principais diferenças entre as duas espécies de morte presumida é a expressa
possibilidade no código civil em seu Art 7, que diz “Pode ser declarada a morte presumida,
sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II- se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data
provável do falecimento.”
9)AV1.Segundo dispõe o NCC, são relativamente incapazes os ébrios habituais. Caso reste
provado que a pessoa que embriaga habitualmente teve seu discernimento completamente
perdido, ainda assim será caso de incapacidade relativa? O que afinal significa a
incapacidade relativa? Justifique (Obs.:questão com valor de 2 pontos)
Não, caso reste provado que a pessoa que se embriaga habitualmente perdeu o
discernimento completo deixa de ser caso de incapacidade relativa, e estaremos diante de
um caso de incapacidade absoluta, pois a pessoa perdeu seu discernimento completamente,
e não poderá responder nem parcialmente pela sua vida civil, será representado e não
assistido. A capacidade plena da pessoa natural dá-se com a junção da capacidade de direito,
que todos sem distinção possuem, e com a capacidade de gozo, que é a capacidade da
pessoa para exercer seus direitos pessoalmente. Porém entre a capacidade de direito, e a
capacidade civil plena, existe uma fase transitória, onde a pessoa já possui discernimento
(relativo) para exprimir suas vontades, porém essa vontade ainda precisa ser assistida por
um plenamente capaz para que seja válida. O incapaz relativamente é um “fronteiriço”, não é
incapaz absolutamente e também não é capaz plenamente. A incapacidade relativa é sanada
com assistência e não com representação.
10)O que é comoriência?
Quando duas ou mais pessoas com vínculos sucessórios morrem ao mesmo tempo, e quando
não se pode precisar qual morreu primeiro, o direito determina que morreram no mesmo
instante.
11)Qual a natureza jurídica do nome?
Direito personalíssimo, direito inerente ao ser humano, intransmissível e irrenunciável,
podendo somente sofrer alterações com observância aos critérios de alteração somente para
adequá-lo a situação fática do indivíduo, seja para correção de erros de grafia ou, ainda, em
face de situações especiais.
(As teorias discursivas em relação a natureza jurídica do nome, são, teoria da propriedade,
negativista, teoria do Estado e por fim, a predominante Teoria do nome como direito da
Personalidade. 
A Teoria negativista nega que o nome tem precedência jurídica e nega qualquer segurança a
suaexistência, dizendo apenas que não apresenta características de direito. Teoria no Brasil
defendida por Beviláqua.
E por fim, a teoria do Estado, que segue o raciocínio que o nome serve apenas para que o
Estado individualize cada um dos seus membros para melhor controle e identificação de seus
cidadãos, também não prevalecente por questões óbvias.
12)Os semoventes podem ser sujeitos de direitos e deveres? Os semoventes são
dotados de personalidade jurídica?
Não, os semoventes são considerados objetos no nosso ordenamento jurídico, e objetos não
têm personalidade jurídica, que é a aptidão para adquirir direitos e deveres na ordem civil.
13)Sobre os sujeitos de direito responda:
a)É sabido que a personalidade jurídica da pessoa natural começa no nascimento
com vida. Em assim sendo, explique e justifique com os dispositivos legais
pertinentes e a condição do nascituro.
A regra do dispositivo legal é a teoria natalista, aquela até o”;” do Art. 2, a condição do
nascituro é de expectativa de direito, a personalidade jurídica só é concedida aquele que
nasce com vida, ou seja, o nascituro ainda não tem personalidade, só adquire a
personalidade ao nascer com vida, tendo assim mera expectativa de direito.
b)A personalidade jurídica pode confundir, de alguma forma ou em alguma
espécie, com a capacidade jurídica? Justifique sua resposta com um texto que trate
da capacidade das pessoas naturais.
A personalidade jurídica pode se confundir com a capacidade de direito e não com a
capacidade de exercício, pois a personalidade e a capacidade de direito em regra adquire-se
no mesmo momento, ao nascer com vida, é a regra do art. 2.
Obs.: na resposta de ambas as questões acima levamos em conta a teoria adotada pelo
código civil, ou seja, teoria natalista, porém jurisprudencialmente a teoria concepcionista tem
ganhado força e se sobressaindo a teoria natalista.
14)Diferencie morte presumida sem declaração de ausência, morte presumida com
declaração de ausência e morte real. Na sua resposta identifique, ainda, quanto
tempo é necessário para se requerer a declaração de ausência judicial.
Morte presumida sem declaração de ausência é quando o “ausente” está ou estava em
eminente perigo de vida, não precisando esgotar as prudentes e demoradas fases da
ausência para sucessão dos bens. Na forma do art. 7, CC.
Morte presumida com declaração de ausência é a morte que é fixada na sentença com
transito em julgado na ultima fase do procedimento de ausência – a fase de sucessão
definitiva – quando o juiz fixa uma data provável do falecimento do ausente. Na forma dos
art. 22 a 39, CC.
Morte real é a morte comum, quando o pulmão para de funcionar junto com o coração e o
cérebro, é a morte que todos seres vivos em regra um dia irá se submeter. Na forma do art. 6
(primeira parte).
15)Resuma o procedimento de ausência previsto em lei.
O procedimento de ausência está regulado dos art. 22 a 39 do CC, resumi-se em três fases.
(i) curadoria dos bens; (ii) Sucessão provisória e (iii) Sucessão definitiva. (Ideal é o aluno
descrever com o maior número de detalhes.)
16)A emancipação corresponde à antecipação da capacidade civil plena. Assim,
aquele que completou 16 anos, poderá ser emancipado pelos seus responsáveis
(emancipação voluntaria) nos termos do art. 5, PU, I, NCC, porque o emancipado
não pode se habilitar a conduzir veículo?
O emancipado não pode conduzir veículo, porque a emancipação é para atos da VIDA Civil,
para ser condutor, o Código de Trânsito Nacional, prevê que para conduzir veículos
automotores ou se habilitar é preciso ser penalmente imputável, o código penal diz que
penalmente imputável são os maiores de 18 anos.
17)O que vem a ser o registro civil de uma pessoa natural?
O registro civil corresponde ao registro público de determinados atos da vida civil. O CC
indica no art. 9 quais atos devem ser registrados. Serve para identificar a pessoa na
sociedade, pois contem nome, ascendência familiar, data de nascimento. Todos dados
importantes para a vida civil e não só.
18)A Ausência gera a perda da personalidade jurídica da pessoa natural? É
possível que uma pessoa jurídica fique ausente? Quais as hipóteses de perda de
personalidade de uma pessoa jurídica?
19)Como é tratada a capacidade de uma pessoa jurídica?
20)Os direitos da personalidade são cabíveis para as pessoas jurídicas?
21)O CC enumera como pessoas jurídicas de direito privado as associações, as sociedades,
as fundações e as organizações religiosas e os partidos políticos e as EIRELI. No entanto, a
parte geral do CC somente se refere às associações e às fundações. Explique os motivos que
levaram o legislador material civil a discorrer somente sobre as associações e fundações e
diferencie as cinco pessoas jurídicas citadas. (Obs.: questão com valor de 3 pontos)

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