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A NORMA FUNDAMENTAL DE KELSEN Explicando um Conceito Mal Compreendido - André Coelho “UMA NORMA NÃO PODE SER FUNDAMENTADA POR NENHUMA OUTRA COISA QUE NÃO UMA NORMA” Negativo: excluindo 2 possibilidades Argumentos Positivo: distinção entre ser e dever ser ARGUMENTO NEGATIVO 1- A norma ser autoexplicativa dispensando fundamentação em outra coisa 2- A norma ser fundamentada na autoridade de quem a põe 1- Não fornecendo a razão normas para a ação, nenhuma norma de ação pode ser evidente, logo, é sempre necessário fornecer para cada norma alguma fundamentação em outra coisa que não si. 2 - Uma norma não pode ser fundamentada na autoridade de quem a pôs. Isso porque essa autoridade pressupõe a obrigação de obediência, e essa obrigação deveria ser estabelecida por uma norma Como a razão humana não legisla as normas de conduta, não há normas autoexplicativas; as que alegam ser na verdade o são devido a uma aceitação fácil da autoridade que a pôs; mas toda autoridade precisa de uma norma que ordene obediência à criada anteriormente, logo, seja de uma forma ou de outra, o que fornece fundamento a uma norma é sempre outra norma e não alguma outra coisa ARGUMENTO POSITIVO DISTINÇÃO ENTRE SER E DEVER SER: intuitiva: é imediato claro para nossa consciência que uma coisa ser assim é diferente de essa coisa dever ser assim ontológica: Kelsen acredita que dever ser e ser são dois planos distintos da realidade Alguma informação sobre como as coisas não necessariamente permite a conclusão sobre como as coisas devem ser Um fato nunca pode em si mesmo ser fundamento de uma norma, mas pode ser motivo de sua obrigatoriedade quando uma norma atribuir a ele um sentido normativo particular, logo, é sempre uma norma que dá validade a outra norma NORMA FUNDAMENTAL NORMA SUPERIOR NORMA ANTERIOR NORMA VIGENTE REGRESSO INFINITO INÍCIO ARBITRÁRIO NORMA FUNDAMENTAL Não poderia ser posta, mas sim pressuposta e diferente das outras, tem sua validade fundamentada na simples aceitação de sua validade, aceitação essa que só ocorreria assim para dar validade a todo o restante das normas. Seria uma aceitação necessária para se manter o edifício de normas Mas se a norma fundamental não é fundamentada por outra norma e sim pressuposta como válida, o que a diferenciaria de uma norma arbitrária, e sendo assim não teria validade e consequentemente seria incapaz de fundamentar o que quer que seja Uma norma pressuposta é diferente de uma norma arbitrária se sua preposição for uma absoluta necessidade para a validade das outras normas A pressuposição de validade da norma fundamental não significa que uma norma estará fundada num fato Ser pressuposta é exatamente não depender de aceitação ou qualquer outro fato, tendo que ser aceita para que seja possível falar de um ordenamento jurídico vigente Ela é uma pressuposição lógica necessária, para que se possa começar a falar em normas válidas num sistema jurídico
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