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Segundo o estudo Penal: • Art. 1º Lei de Introdução ao Código Penal: consideram-se crimes as infrações punidas com reclusão e detenção e contravenção as infrações punidas com prisão simples e multa; • Pena de reclusão, o sujeito pode começar a cumprir no regime fechado; • Pena de detenção, não admite regime inicial fechado (tem exceções*) • Prisão simples não admite regime fechado para contravenções Quais são os Regimes de Cumprimento de Pena? Fechado Semi- Aberto Aberto FECHADO: cumprimento da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média – penitenciária. A intenção é cela com vigilância ostensiva- se quiser trabalhar, o faz dentro da penitenciária e depois volta para dormir em uma cela (mínimo de 6m2 individual, com assento sanitário único)!!! SEMI-ABERTO: é o cumprido em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. A ideia é trabalhar no estabelecimento sem uma vigilância tão ostensiva e à noite, dorme. A cela pode ser coletiva (cela grande em que os presos ficariam dignamente em conjunto). A ideia é ir diminuindo o rigor, voltando o condenado a se readaptar em sociedade. Pode trabalhar fora do estabelecimento, porque nem sempre tem vaga em número suficiente. A LEP permite que o condenado trabalhe fora e retorne ao estabelecimento prisional. ABERTO: É aquele que o sujeito trabalha durante o dia, em liberdade (sem vigilância) e no período noturno e feriados e finais de semana, recolhe-se em uma Casa de Albergado (lugar em que o condenado teria acesso a cursos, palestras, orientação psicológica, educacional e de saúde- fomentando sua maior adaptação ao convívio social). ABERTO DOMICILIAR: Previsto para condenados em regime aberto, desde que cumpridas circunstâncias do art. 117 da LEP. Ficariam em casa à noite e nos finais de semana, após o trabalho Pela letra da lei: 1) O maior de 70 anos; 2) O gravemente enfermo; 3) A gestante; 4) Mulher com filhos pequenos ou portadores de necessidades especiais que dela dependam Se não houver “vaga” na Casa de Albergado: - Os Tribunais Superiores são pacíficos em permitir que qualquer condenado em regime aberto cumpra em Prisão Albergue Domiciliar.... Acontece com a imensa maioria! Quando falta vaga em regime semi-aberto: - Tribunais Superiores pacificamente entendem que se não houver vaga, o condenado NÃO PODE AGUARDAR EM REGIME FECHADO, se faltar vaga em semi-aberto. Esperaria em regime ABERTO... Sofreria uma sanção mais branda. Se faltar vaga no regime fechado... Fica no Regime Fechado mesmo sem a vaga, empilhando os condenados dentro do estabelecimento PROGRESSÃO DE REGIME Passa de um regime mais grave para um regime mais ameno. É uma dinâmica progressiva... Fechado – Semiaberto- Aberto. No mundo jurídico, o condenado tem que seguir esta lógica acima Na prática, o condenado pode ir do regime fechado para o aberto, esperando a vaga para o semi-aberto (caso não tenha vaga!) CONDIÇÕES PARA A PROGRESSÃO DO REGIME 1) Objetivo: CUMPRIMENTO DE PARCELA DA PENA; 1.1) nos crimes comuns, cumpre 1/6 da pena; 1.2) nos crimes hediondos e equiparados (TTT): 1.2.1- se primário, basta cumprir 2/5 da pena; 1.2.2- se reincidente, cumpre 3/5 da pena 2) Subjetivo: mérito- tem que merecer... Ter bom comportamento. O juiz vai entender os meios necessários. Exceção: Crime contra a administração pública, tem que reparar o dano ao erário para conseguir o benefício da progressão de regime. OBS: A detenção não admite o regime inicial fechado, mas o cumprimento pode ser em regime fechado, se decorrente de regressão. OBS: Se o condenado estiver no regime aberto, pode regredir direto para o regime fechado OBS: MAIS DE UMA CONDENAÇÃO COM REGIMES DIFERENTES: A LEP diz que as penas devem ser somadas (unificação de penas) e, quando a pena total estiver fixada (ex: 6 anos) terão de ser cumpridos em regime semi-aberto, de forma inicial. (Ver o art 33 do CP--- ABERTO, SEMI ABERTO E FECHADO. O sistema de cumprimento de penas no Brasil é progressivo: o sujeito inicia o cumprimento da pena em um regime mais grave e deve, aos poucos, progredir, devolvendo, gradativamente, a liberdade ao condenado. Isso porque se busca que ao final do cumprimento da pena, o condenado esteja preparado para voltar a viver em sociedade. É proibida no mundo jurídico a progressão por salto. Os requisitos para a progressão do regime de pena: a) OBJETIVOS: cumprimento de parcela da pena 1- Crimes Comuns: cumprimento de 1/6 da pena, não importa se primário ou reincidente 2- Crimes Hediondos e equiparados (TTT): cumprimento de 2/5 da pena, se primário e 3/5 da pena, se reincidente OBS: O prazo da progressão – requisito objetivo- deve ser cumprido a partir da pena aplicada ou da pena unificada? Ex: Pena de 70 anos (pena aplicada). Sabemos que o condenado vai cumprir somente 30 anos (procedimento chamado UNIFICAÇÃO DE PENAS)- O JUIZ condensa a pena maior de 30 para 30. No momento de progredir, considera-se os 70 anos ou os 30 anos? A matéria encontra-se SUMULADA- SÚMULA 715 STF: os benefícios da execução penal (dentre os quais a progressão) serão contados da pena total aplicada. Neste caso, então, conta-se 1/6 de 70 anos! OBS: A nova redação da lei de crimes hediondos entrou em vigor em março de 2007 e trouxe novos marcos para a progressão de regime. Anteriormente, era proibida a progressão. Porém, agora, existe a possibilidade de progressão de regime, APENAS se cumpridos 2/5 da pena para o primário e 3/5 da pena para o reincidente. Deve valer para crimes praticados a partir da vigência da lei (março de 2007)- SUMULA VINCULANTE 26 STF. Assim, entende-se que: aos crimes hediondos e equiparados a partir da vigência da lei de 2007, contam-se os prazos acima descritos b) SUBJETIVOS: não existe exigência do exame criminológico (para averiguar a periculosidade do sujeito- fechado para o semi-aberto) para a progressão do regime. Existe a necessidade de atestado de conduta carcerário (a partir de 2003), que é firmado pelo Diretor do Estabelecimento Carcerário, o qual avalia se o condenado teve ou não boa conduta. De toda sorte, o exame criminológico não está proibido. Em regra, basta o atestado de conduta. O STJ sumulou que o exame criminológico não está proibido, mas o juiz que o requerer deve fundamentar sua necessidade com base nas peculiaridades no caso concreto. c) REQUISITO ESPECIAL- Crimes contra a administração pública: a progressão fica condicionada à reparação do dano (devolução do dinheiro ao erário)- artigo 33§4º CP. OBS: É POSSÍVEL PROGRESSÃO COM SEGUNDO PROCESSO EM ANDAMENTO. SE O SUJEITO CUMPRIU OS REQUISITOS, O JUIZ DEVE AVALIAR E FAZER A PROGRESSÃO. SE NO MEIO DO CUMPRIMENTO, O SUJEITO É CONDENADO E TIVER QUE REGREDIR, REGRIDE. OBSERVA-SE QUE NO SEGUNDO PROCESSO QUE AINDA ESTÁ EM ANDAMENTO, O RÉU É PRESUMIDAMENTE INOCENTE. O PROCESSO EM ANDAMETNO NÃO PODE INTERFERIR NA AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO OBS: A prática de falta grave interrompe o prazo para a progressão. Ex: sujeito foi condenado a 10 anos de reclusão (no fechado), mas no dia para progredir (1 ano e 7 meses) pratica uma falta grave. Neste caso, Interrompe o prazo da progressão? Eu devo contar 1/6 da pena a partir do momento da falta, interrompendo o prazo da progressão e recomeço a contar o prazo a partir dali, considerando como zero ou devo continuar contando 1/6 a partir do momento do cumprimento da pena? A questão é polêmica: a posição majoritária (5 Turma STJ): deve interromper e voltar a contar do zero porque se é assim no semi aberto, deve ser no fechado. Para a posição minoritária não pode interromper porque não existe previsão legal. Para ter sanção que traga prejuízo à liberdade, tem que ter previsão legal. A lei diz que no semi-aberto, se cometeu falta grave, volta. A lei não falaa respeito no regime fechado. Como não cabe analogia malam partem no direito penal, não pode interromper (6 Turma do STJ) OBS: Na segunda progressão, deve ser levada em conta a pena aplicada ou a pena que resta cumprir? Se o sujeito já progrediu uma vez e vai progredir a segunda, deve-se levar em conta a pena original aplicada ou a pena que resta a cumprir? Ex: sujeito foi condenado ao regime de reclusão com regime fechado de 12 anos. Cumpre 1/6 (2 anos) e progride para o regime semi-aberto. Para progredir para o aberto, tem que cumprir mais 1/6 da pena original aplicada ou da pena que resta a cumprir (1/6 de 12 anos ou 1/6 de 10 anos?). Neste caso, vale o raciocínio da pena que resta a cumprir. Para a segunda progressão, deve ser cumprida a fração da pena que resta a cumprir. Neste caso, cumpriria 1/6 de 10 anos. OBS: Na prática de falta grave, a regressão NÃO pode ser determinada pela Autoridade Administrativa. Regressão: Passagem de um regime mais ameno para um regime mais grave (aberto- semi- aberto... Aberto – fechado... Semi- aberto para fechado). A autoridade administrativa (diretor do presídio, por exemplo) não pode regredir o regime. Tem que haver direito ao contraditório e ampla defesa e o juiz é quem deve aplicar (ordem judicial). O condenado tem que, necessariamente, ser ouvido (art.118, §2 LEP). As hipóteses de regressão do regime estão elencadas no artigo 118 da LEP: Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). § 1º O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. 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