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UNIMEP Faculdade de Engenharia Arquitetura e Urbanismo Engenharia Química Relatório de Engenharia Química Aplicada Determinação do Volume Molar de uma Mistura Cecília Luena Adão Ribeiro 5º Semestre Docente: Marina Junho, 2017 INTRODUÇÃO O volume parcial molar de uma substância é igual à variação de volume observado ao adicionar-se uma mole dessa substância a um volume grande da mistura de composição conhecida. O mesmo apresenta variação de acordo a composição da mistura a que é adicionado.(1) O volume parcial de um dado componente i em uma determinada composição da solução é definido por: (1) Quando há variação na composição por adição de dnA moles de A e dnB moles de B, o volume total da mistura varia de acordo a equação 2. (2) Essa expressão pode ser escrita como: (3) Caso os volumes molares se mantiverem constantes à medida que aumenta o volume (mantendo a composição constante), o volume final pode ser calculado pela integração:(2) (4) Então, os volumes parciais molares estão relacionados com o volume total da solução pela expressão: Em que: é o volume molar da mistura e . V é o volume total da mistura de A+B é o volume parcial molar de A é o volume parcial molar de B Os volumes molares de soluções binárias são calculados de forma fácil a partir de medidas de densidade. Sabendo-se que no SI a unidade para a matéria é o mol, ao se tratar de propriedades de mistura é aconselhável considerar a proporção entre o número de mols dos constituintes da mistura. Por meio da equação 5 é possível conhecer-se a fração molar.(3) Considerando uma mistura ideal formada por dois componentes, A e B, o volume molar de mistura ideal (Vm) independe das substâncias misturadas e precisa ser igual a média ponderada das frações molares dos volumes molares das substâncias puras (Vm), como se pode observar na equação 5.(4) (5) Onde: e são o número de mols dos componentes A e B; VA e VB são os volumes molares dos componentes A e B; e são as frações molares das componentes A e B da mistura líquida (conforme equação 6). e (6) Devido as interações entre as moléculas que fazem parte da mistura, o volume molar de mistura real (Vmr) é conhecido por meio da equação 7. (7) Onde: é dada em função das frações molares entre os componentes da mistura e correspondente à alteração de volume provocada pela não-idealidade do sistema. A massa molar média da mistura (MMm) pode ser calculada por meio da equação 8. (8) O presente experimento se deu com as mistura de etanol e água, sendo que o primeiro apresenta massa molar igual a 46,06844g/mol. OBJETIVOS O presente experimento tem como objetivo principal a determinação do volume molar ocupado pelos componentes de uma mistura como também, fazer a análise do efeito da fração molar nas características de uma mistura, calcular as propriedades de uma mistura a partir das propriedades de seus componentes e analisar as interações que levam a um comportamento não-ideal. MTERIAIS E REAGENTES 5 picnômetros (Identificados com numeração de 1 a 5) 2 provetas de 50 mL 2 provetas de 100 Ml 5 béqueres Bastão de vidro Termômetro Etanol Água destilada METODOLOGIA A realização do presente experimento se deu em 3 etapas: Preparação das soluções Preparou-se as misturas nos béqueres formadas pelos compostos etanol e água de acordo com a composição descrita na tabela 1. Ao se preparar estas misturas pesou-se as massas do etanol e da água utilizadas e mediu-se a temperatura do sistema. Determinação dos volumes dos picnômetros Por serem equipamentos sensíveis, faz-se necessário calibrar devidamente os picnômetros. Essa calibração consiste em confirmar o volume interno do picnômetro. Pesaram-se os picnômetros, os quais foram previamente lavados e secos, em uma balança analítica (m1). Os picnômetros foram cheios com água destilada. Eliminaram-se cuidadosamente as bolhas de ar que se aderiam à superfície interna do picnômetro, secou-se a parte exterior dele com cuidado de modo a evitar-se de tocar na parte superior do picnômetro. Pesou-se então o picnômetro preenchido de água (m2). Com o auxílio do termômetro foi medida a temperatura da água. Determinação da densidade das soluções Prepararam-se as soluções de etanol e água, depois de homogeneizadas transferiram-se estas misturas para os picnômetros, logo em seguidas foram pesados os picnômetros cheios com a solução. RESULTADOS E DISCUSSÃO De modo a serem alcançados os objetivos outrora estipulados, seguiu-se para a fase de tratamento de dados. Foram coletados os dados de acordo com o descrito no procedimento experimental, descritos na tabela 1. Vale ainda ressaltar que a massa do picnômetro cheio é referente ao picnômetro preenchido com água. Tabela 1 – Determinação do volume do picnômetro Picnômetro Massa Picnômetro Seco (g) m1 Massa Picnômetro cheio (g) m2 Massa da água (g) Volume do picnômetro 1 51,123 151,050 99,928 100,1400 2 47,491 141,745 94,254 94,4540 3 41,857 140,845 98,988 99,1980 4 43,767 141,860 98,093 98,3011 5 51,231 150,810 89,579 99,7903 A água se encontrava a uma temperatura de 21,5ºC, e sua massa específica de 997,883Kg/m3. Foram preparadas as amostras individuais de etanol e água de acordo a tabela 2, pesando-se as amostras de modo individual, sabendo que o etanol apresenta massa molecular de 46 g/mol e a água de 18 g/mol. Tabela 2 – Soluções de Etanol + água Mistura Volume etanol (mL) Massa do etanol (g) Volume água (mL) Massa da água (g) 1 20 15,466 120 119,567 2 40 30,860 100 99,207 3 60 46,911 80 79,330 4 80 62,151 60 59,714 Em seguida, foi feita a determinação da massa das amostras conhecidas segundo a relação apresentada na tabela 2, bem como tendo uma amostra desconhecida. A Determinação foi feita por picnômetria e em seguida foram determinadas as densidade para cada mistura por meio da razão massa da solução pelo volume do picnômetro (a), conforme a tabela 3. (a) Tabela 3 – Determinação das densidades das misturas Picnômetro Volume Pic. (mL) Massa Pic+Solução Massa solução (g) Densidade (g/mL) 1 100,1400 149,001 97,878 0,97741 2 94,4540 137,641 90,150 0,95443 3 99,1980 134,524 92,607 0,93416 4 98,3011 132,591 88,824 0,90359 5(desconhecida) 99,7903 144,784 93,553 0,93750 Para que fosse determinado o volume molar das misturas recorreu-se a equação b. A tabela 4 apresenta os valores obtidos correspondentes às frações molares e volumes molares (eq. 6), bem como a quantidade de matéria tanto individual quanto total dada pela razão entre a massa do componente pela sua massa molecular. Tabela 4 – Determinação das frações molares e dos volumes molares Amostras netanol nágua nT xetanol xágua Densidadesol. 1 0,3362 6,6426 6,9788 0,0481 0,9518 0,977 19,7961 2 0,6708 5,511 6,1823 0,1085 0,8914 0,954 22,0428 3 1,0198 4,407 5,4270 0,1879 0,8121 0,934 24,9009 4 1,3511 3,3117 4,6684 0,2894 0,7106 0,904 28,8886 5 0,1797 0,937 De modo a proporcionar maior transparência na apresentação e discussão dos dados, traçou-se o gráfico da densidade versus a fração molar do etanol como se pode ver em seguida. Figura 1: Gráfico da densidade da solução em função da fração molar do etanol Traçou-se também o gráfico do volume molar da solução em função da fração molar do etanol (fig. 2). Figura 2: Gráfico do Volume molar da solução em função da fração molar do etanol A disparidade existente entre os valores obtidos e os valores da literatura pode ter se dado devido ao instrumento usado (a balança), cujo apresentava uma precisão não tão alta podendo ser influenciada pelas condições climáticas do local em que foi levado a cabo o instrumento. CONCLUSÃO Opresente foi realizado de forma satisfatória e os objetivos alcançados apesar das possíveis fontes de erros discutidas. BIBLIOGRAFIA 1,2,3,4,5 Guia de prática de Laboratório fornecido pela professora para a Determinação do volume molar de mistura.
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