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Equipe de Constitucional Prof. Paulo Peixoto www.facebook.com/equipedeconstitucional QUADRO COMPARATIVO AÇÃO CIVIL PÚBLICA MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO Remédio constitucional de natureza cível Remédio constitucional de natureza cível Fundamento: Lei 7.347/85 Fundamento: Artigo 5º, LXX, CF e artigo 21 da Lei 12.016/09 Objeto: tutela dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos – vide artigo 1º da Lei 7.347/85. Ex.: patrimônio público, histórico, cultural, consumidor, meio ambiente, ordem econômica, direitos difusos e coletivos, honra e dignidade de grupos étnicos, raciais ou religiosos. Objeto: tutela apenas dos direitos coletivos e individuais homogêneos (direito líquido e certo) – artigo 21, parágrafo único, da Lei 12.016/09. Obs.: a impetração do MS coletivo não impede a impetração do MS individual, desde que observado o prazo de 120 dias. Competência: art. 2º - foro local do dano (competência absoluta) – Juízo de Primeiro Grau. Competência: de acordo com a autoridade coatora Ex.: STF, STJ, Justiça Federal, Justiça Estadual. Legitimado Ativo - pessoas específicas: a) Ministério Público, b) Defensoria Pública, c) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, d) a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista e; e) a associação que concomitantemente esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano, nos termos da lei civil E inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico - vide artigo 5º da Lei 7.347/85. Obs.1: Apenas associação precisa Legitimado Ativo: a) partido político com representação no Congresso Nacional (perspectiva geral) ou; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados (deve demonstrar a pertinência temática). Obs.1: os legitimados agem como substitutos processuais (legitimidade extraordinária). Obs.2: vide súmulas 629 e 630 do STF que tratam da legitimidade ativa das entidades de classe. Equipe de Constitucional Prof. Paulo Peixoto www.facebook.com/equipedeconstitucional de advogado. Obs.2: STF decidiu que Defensorias podem propor ACPs que versem sobre direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos (Inf. 784 STF) ATENÇÃO: requisito de pré- constituição das associações pode ser dispensado pelo Juiz em caso de interesse social e relevância (§4º, art. 5º, L. 7347/85). Legitimado Passivo: Administração Pública ou particular. Legitimado Passivo: autoridade coatora (agente público, servidor público ou particular em colaboração com o Estado). É a autoridade que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado e responde por suas conseqüências administrativas (poder de decisão). Além disso, a pessoa jurídica a que a autoridade está vinculada também deve ser inserida no polo passivo (litisconsorte necessário), pois sofre os efeitos da sentença. Liminar: sim, é possível. Vide artigo 12 da Lei 7.347/85. Basta demonstrar os requisitos “fumus boni iuris” e “periculum in mora” Liminar: sim, é possível. Vide artigo 7º, III, c.c artigo 22, §2º, da Lei 12.016/09 c.c art. 2º da Lei 8.437/92 – necessidade de audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, no prazo de 72 horas. Basta demonstrar os requisitos “fumus boni iuris” e “periculum in mora”. Pedidos e requerimentos: Pedidos e requerimentos: Equipe de Constitucional Prof. Paulo Peixoto www.facebook.com/equipedeconstitucional Citação do Impetrado para responder, sob pena de revelia; Concessão da liminar para suspender o ato; Intimação do Ministério Público; Ao final, seja julgado totalmente procedente o pedido, ratificando a liminar, a fim de condenar o Impetrado a (pagar ou devolver dinheiro; fazer ou não fazer); Condenação em custas e honorários. Concessão da liminar; Oitiva do representante judicial da pessoa jurídica de direito público à qual a autoridade está vinculada para se manifestar sobre a liminar; Notificação da autoridade coatora para prestar informações; Intimação do representante judicial da pessoa jurídica à qual está vinculada a autoridade para se manifestar sobre o mérito; Oitiva do Ministério Público; Aplicação de multa, nos termos do artigo 14, parágrafo único, do CPC; Ao final, a concessão da segurança, com a ratificação da liminar, para assegurar o direito líquido e certo do Impetrante. Sentença: A sentença civil fará coisa julgada “erga omnes”, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 16, Lei 7.347/85) Sentença: a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante (art. 22, Lei 12.016/09). O MS coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência do seu MS no prazo de 30 dias a conta da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva (§1º, art. 22).
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