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Mandado de Segurança

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Aula 12
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
1. CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA:
· a) Subsidiariedade do mandado de segurança
· b) O direito líquido e certo – Súmula 625 do STF: “Controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão do mandado de segurança”
· c) O ato impugnado 
· 1. Ato concreto – Súmula 266 do STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.” Lei em tese quer dizer ato geral e abstrato. O ato geral e abstrato prevê reiteradas e infindas aplicações.
O ato concreto é aquele ato que se esgota em uma única aplicação. Ex. Demissão do servidor público, nomeação de alguém para cargo público, edital de concurso público (o edital vale só para aquele concurso), sanção administrativa.
O ato abstrato prevê reiteradas e infindas aplicações desde que se repita o pressuposto de fato previsto na norma. Ex. A norma do código civil que preve que quando alguém faz 18 anos adquire a capacidade plena. Sempre vai se repetir tantas quantas forem as vezes que alguém fizer 18 anos. O ato abstrato não lesiona direito líquido e certo e o ato concreto lesiona. 
2. Ato de autoridade – Súmula 333 do STJ: “Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.”
· 3. Art. 5º, da Lei 12016/09 – Súmula 429 do STF: “A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão de autoridade.” O ato pode ser comissivo (fez alguma coisa) e omissivo (deixou de fazer alguma coisa que deveria ter feito). Ex. Estabilidade dos servidores públicos. Para que um servidor público se torne estável tem 2 requisitos: 3 anos de exercício e aprovação no estágio probatório. Já deu os 3 anos e a adm publica não conclui o estagio probatorio e ele não adquire a estabilidade. A omissao impede, frustra o direito líquido e certo do indivíduo. Contra o ato omissivo cabe recurso administrativo com efeito suspensivo. Ainda assim, é possível impetrar o MS. A existencia do recurso administrativo com efeito suspensivo não impede a concessao do ms. A suspensao não muda nada na omissao.
Agente público: exercício de uma função pública. Especies de agentes públicos:
1. agentes políticos: Presidente da REp., Vice e Ministros de Estado. No Legislativo: Deputados, Senadores e Vereadores. Judiciário: Magistrados.
2. Servidores públicos: podem ser os titulares de cargos públicos efetivos (concurso público) ou cargo em comissão. Ou ainda pode ser titular de um emprego público (regisod pela CLT, sociedades de economia mista)
3. particulares em colaboração com a administração pública (os particulares aqui exercem uma função pública por delegação do poder público). Ex. Cartorários, os empregados de uma empresa privada que seja concessionaria de um serviço público.
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL (art. 5º, inc. LXIX, CF e Lei 12016/09)
2. LEGIMITIDADE ATIVA: o titular do direito líquido e certo (exceção: art. 3º, da Lei 12016/09). é possível impetrar ms para proteger direito líquido e certo de terceiro numa única situação: só quando o direito líquido e certo do terceiro for pressuposto para o exercício do próprio direito líquido e certo. É uma exceção. É uma substituição processual. Exemplo: 3 pessoas passaram num concurso. A tirou primeiro lugar, B tirou segundo lugar e C tirou terceiro lugar. Na nomeacao, a adm publica nomeou o C e não o A, ou seja, preteriu a ordem de classificacao. O direito liquido e certo violado foi o preterido, ou seja, A foi preterido. Nessa situacao, o exercício do direito de B depende o exercício do direito de A. No momento que A é preterido afeta o direito de B. Assim, B pode impetrar MS contra nomeacao de C. Qdo B faz isso, ele não está tutelando o seu direito líquido e certo, ele está protegendo direito de terceiro. Tem como pressuposto o direito de A.
3. LEGITIMIDADE PASSIVA: A PESSOA JURÍDICA INTERESSADA (art. 7º, inc. II, da Lei 12106/09)
LITISCONSORCIO PASSIVO NECESSARIO ENTRE A AUTORIDADE COATORA (PESSOA FÍSICA QUE PRATICOU O ATO LESIVO, QUE TEM PODER DE DECISAO) E A PESSOA JURÍDICA A QUE PERTENCE AQUELA AUTORIDADE COATORA E QUE VAI SOFRER OS EFEITOS DA DECISAO. EX. UM SERVIDOR PÚBLICO É DEMITIDO POR DECRETO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA. AUTORIDADE COATORA É O PRESIDENTE DA REPUBLICA (QUE SERÁ INTIMADO PARA PRESTAR INFORMACOES NO PRAZO DE 10 DIAS) E A PESSOA JURÍDICA QUE VAI SOFRER OS EFEITOS DA DECISAO É A UNIÃO (VAI SER INTIMADO O ORGAO DE REPRESENTAÇAO JUDICIAL PARA, QUERENDO, SE MANIFESTAR NO PRAZO DE 10 DIAS).
4. A AUTORIDADE COATORA:
a) Art. 6º, §3º, Lei 12016/09: “Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.” 
· As informações e a legitimidade recursal da autoridade coatora (artigos 7º, inc. I e 14, §2º, Lei 12016/09 (recorre contra sentença que concede o ms).
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL
5. A LIMINAR:
· Art. 7º, III, Lei 12016/09
· § 2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.
6. SENTENÇA (art. 14, da Lei 12016/09):
· O duplo grau de jurisdição: reexame necessário. Só tem subida obrigatoria para o tribunal quando há a concessao do ms, pois é contra os interesses da fazenda publica.
i) sentença concessiva e 
ii) decisão proferida por juiz de primeiro grau.
7. PRAZO DECADENCIAL (art. 23, da Lei 12016/09): 120 dias a contar da ciencia do ato lesivo. Só cabe o prazo para o ms repressivo. Não tem prazo para o ms preventivo, porque ainda não houve a lesao a direito liquido e certo. Então não começou a contar o prazo ainda. O prazo é decadencial (não se interrompe e não se suspende). Não é prazo prescricional. Qdo se passa o prazo, não cabe mais ms, mas cabe outras açoes no processo civil. 
· Súmula 632 do STF: “É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração do mandado de segurança.”
· Súmula 430 do STF: “Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.”
8. MANDADO DE SEGURANÇA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS:
· Súmula 624 do STF: “Não compete ao STF conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros Tribunais. Quem tem competencia é o próprio tribunal da autoridade coatora. Cada tribunal julga os ms impetrados contra atos dos juizes daquele tribunal.
· No mesmo sentido: Súmula 41, do STJ
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO – se tutela direitos coletivos.
1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO:
· Art. 5º, inc. LXX, CF: “O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: são todos substitutos processuais, pois agem em nome próprio para tutela de direitos de terceiros.
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 1 deputado ou 1 senador eleito
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.”
2. A LEGITIMIDADE ATIVA NO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO:
· Art. 21. Lei 12016/09 - “O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.” 
“Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo oucategoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.” 
MS COLETIVO NAO TUTELA DIREITOS DIFUSOS: grupo indeterminado que está ligado por uma situação fática. Ex. Moradores perto de um rio poluído.
Súmula 629, do STF: “A impetração do mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.” 
· Súmula 630 do STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.” EX. Associaçao que representa servidores publicos. O poder publico deveria dar aumento aos servidores publicos, que é devido somente aqueles que estao na ativa e não aposentados. Se eles não tem direitos, o ms não tutela o direito de toda a categoria. Não há a necessidade que o direito seja de toda a categoria, basta uma parte da categoria protegida por aquela situacao. 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL DO MANDADO DE INJUNÇÃO:
· Art. 5º, inc. LXXI: “conceder-se-á o mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e à cidadania.”
2. ALCANCE E FINALIDADE:
· A proteção dos direitos fundamentais previstos em normas constitucionais de eficácia limitada
· A “síndrome da inefetividade” da Constituição e a inconstitucionalidade por omissão
3. EFEITOS DA DECISÃO CONCESSIVA:
· A jurisprudência minimalista: equiparação do mandado de injunção com a ação direta de inconstitucionalidade por omissão
· A teoria concretista: a ordem judicial possibilita o exercício do direito obstado pela inexistência de norma regulamentadora
· A “virada” da jurisprudência: 
(i) Aposentadoria especial dos servidores públicos (art. 40, par. 4º, CF – MI 721/DF e 758/DF), 
(ii) Direito de greve dos servidores públicos civis (MI coletivo 670/ES, 708/DF e 712/PA)
AÇÃO POPULAR - (art. 5º, inc. LXXIII e Lei 4717/65, CF)
1. A AÇÃO POPULAR:
· “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.”
2. LEGITIMIDADE ATIVA:
· CIDADÃO:
· PESSOA FÍSICA: Súmula 365 do STF - “Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.”
· BRASILEIRO OU PORTUGUÊS EQUIPARADO
· PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS (art. 15, CF)
· Ministério Público pode ajuizar ação popular?
3. BENS JURÍDICOS PROTEGIDOS PELA AÇÃO POPULAR:
· Patrimônio público
· Patrimônio de entidade que o Estado participe
· Meio ambiente
· Moralidade administrativa
· Patrimônio histórico e cultural
4. LEGITIMIDADE PASSIVA:
· Art. 6º, Lei 4717/65: “A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.”
4. LEGITIMIDADE PASSIVA:
· A INSTABILIDADE DO POLO PASSIVO: “Art. 6º, §3º: A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.”
· A CONTESTAÇÃO (art. 7º, inc. IV, Lei 4717/65): prazo de vinte dias, prorrogáveis por mais vinte, comum a todos os réus
5. O MINISTÉRIO PÚBLICO:
a) ATUAÇÃO COMO FISCAL DA LEI:
· Art. 6º, §4º, Lei 4717/65: “O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.”
· A LEGITIMIDADE ATIVA SUBSIDIÁRIA (art. 9º, Lei 4717/65) e a LEGITIMIDADE RECURSAL (art. 19, §2º, Lei 4717/65)
6. CABE CONCESSÃO DE LIMINAR EM AÇÃO POPULAR? 
· Art. 5º, §4º, Lei 4717/65: “Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.”
7. A SENTENÇA
· Art. 11, Lei 4717/65: “A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores do dano, quando incorrerem em culpa.”
· COISA JULGADA SEGUNDO O RESULTADO DA LIDE (arts. 18 e 19, Lei 4717/65):
· Extinção do processo sem resolução de mérito
· Improcedência da ação por deficiência de prova
· Improcedência da ação porque a pretensão do autor é infundada
· Procedência da ação
· PRAZO PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO POPULAR (art. 21, Lei 4717/65)
8. A GRATUIDADE DA AÇÃO POPULAR
· Art. 12, Lei 4717/65: “A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado.”
· Art. 13, Lei 4717/65: “A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.”
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
(art. 129, III, CF e Lei 7347/85)
1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA:
a) Art. 129, III, CF: “São funções institucionais do Ministério Público: III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.”
b) Art. 129, §1º, CF: “A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.”
2. LEGITIMIDADE ATIVA (ART. 5º, Lei 7347/85):
· Ministério Público
· Defensoria Pública
· União, Estados, Distrito Federal e Municípios
· Autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista
· Associações:
· Constituídas há pelo menos um ano
· Que incluam, dentro de suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
· O requisito da pré-constituição pode ser dispensado? (Art. 5º, §4º, Lei 7347/85)
AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
3. BENS JURÍDICOS PROTEGIDOS (art. 1º, Lei 7347/85): 
· Meio Ambiente
· Consumidor
· Bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
· Qualquer outro interesse difuso ou coletivo
· Infração da ordem econômica e da economia popular
· Ordem urbanística
· Exceção: pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados
EXERCÍCIOS
(2º Exame 2008) Assinale a opção incorreta acerca dos remédios constitucionais:
a) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano têm legitimação ativa para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
b) A ação popular só pode ser proposta de forma repressiva, sendo incabível, assim, sua proposição antes da consumação dos efeitos lesivos de ato contra o patrimônio público.
c) No habeas data, o direito do impetrante de receber informações constantes de registros de entidades governamentais ou de caráter público é incondicionado, não se admitindo que lhe sejam negadas informaçõessobre sua própria pessoa.
d) O mandado de segurança pode ser proposto tanto contra autoridade pública quanto contra agente de pessoas jurídicas privadas no exercício de atribuições do poder público.
(1o Exame 2009) No que se refere aos remédios constitucionais, assinale a opção correta:
a) A ação popular pode ser ajuizada por qualquer pessoa para a proteção do patrimônio público estatal, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural.
b) A ação civil pública somente pode ser ajuizada pelo MP, segundo determina a CF.
c) A doutrina brasileira do habeas corpus, cujo principal expoente foi Rui Barbosa, conferiu grande amplitude a esse writ, que podia ser utilizado, inclusive, para situações em que não houvesse risco à liberdade de locomoção.
d) O habeas data pode ser impetrado ao Poder Judiciário, independentemente de prévio requerimento na esfera administrativa.
(2o Exame 2009) Como sujeitos de direitos, os partidos políticos têm legitimidade para atuar em juízo, e, se tiverem representação no Congresso Nacional, podem ajuizar mandado de segurança coletivo.
(2º Exame 2009) Sendo o meio ambiente bem de caráter difuso, não se reconhece legitimidade ao cidadão para que proponha, isoladamente, ação popular com o objetivo de anulação de ato lesivo ao meio ambiente.
(1o Exame 2010) Prescinde-se de constituição de advogado regularmente inscrito na OAB para o ajuizamento de ação na 1.ª instância da justiça do trabalho, ação, no valor de até vinte salários mínimos, no juizado especial cível,
(a) habeas corpus e mandado de segurança.
(b) mandado de segurança.
(c) habeas corpus.
(d) habeas corpus e ação popular.
(1o Exame 2010) Assinale a opção correta com relação à garantia constitucional do habeas corpus.
(a) Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação de pena de multa em sentença penal condenatória, ficará prejudicada a utilização do habeas corpus, haja vista a sua destinação exclusiva à tutela do direito de ir e vir.
(b) Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, é cabível a utilização de habeas corpus para pedido de reabilitação de paciente.
(1o Exame 2010) Assinale a opção correta com relação à garantia constitucional do habeas corpus.
(c) Caso uma decisão de turma recursal de juizados especiais criminais constitua ato coator da liberdade de locomoção de um acusado, será cabível habeas corpus dirigido ao STJ.
(d) Caso a sentença penal condenatória emanada de juiz militar imponha pena de exclusão de militar ou de perda de patente, será cabível a utilização do habeas corpus.
(2o Exame 2010) O Mandado de Segurança Coletivo, previsto no art. 5º, inciso LXX da Constituição da República, foi regulamentado pelos artigos 21 e 22 da Lei Federal n. 12.016/09. Acerca desta garanti a constitucional é correto afirmar que:
(a) qualquer cidadão tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança coletivo.
(b) no mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo substituído pelo impetrante.
(c) o mandado de segurança coletivo pode ser utilizado na defesa de direitos difusos.
(d) o mandado de segurança coletivo induz litispendência para as ações individuais que tenham o mesmo objeto.
(3o Exame 2010) O mandado de segurança é um importante instrumento de proteção a direitos líquidos e certos, individuais ou coletivos, que não estejam amparados por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou tiver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade. Acerca do mandado de segurança coletivo, é correto afirmar que:
(a) pode ser impetrado em defesa de direitos líquidos e certos que pertençam a apenas parte dos membros de uma categoria ou associação, substituídos pelo impetrante. 
(b) a sentença de procedência produz efeitos erga omnes, não limitando seus efeitos aos membros da categoria substituídos pelo impetrante. 
(c) não induz litispendência para as ações individuais, de forma que os efeitos da coisa julgada beneficiam o impetrante individual, ainda que não requeira a desistência de seu mandado de segurança. 
(d) a interposição de embargos infringentes é admitida para fins de exercício da ampla defesa. 
(3º Exame 2010) A ação popular é um importante instrumento para a promoção da tutela coletiva de direitos. Acerca da coisa julgada formada pelas sentenças de mérito proferidas em tais ações, é correto afirmar que: 
(a) só se forma coisa julgada em ações populares julgadas procedentes, após a aplicação do duplo grau de jurisdição, medida que tem por objetivo preservar os interesses da Fazenda Pública eventualmente condenada. 
(b) a produção de efeitos erga omnes não ocorre se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas. 
(c) produz efeitos erga omnes, exclusivamente nos casos de procedência meritória, ficando seus efeitos, em todos os casos de improcedência, limitados às partes do processo. 
(d) produz, como regra, efeitos inter partes, cabendo aos interessados em se beneficiarem de eventual procedência na ação requererem sua habilitação até a prolação da sentença.
Princípios que regem o processo coletivo:
1. Acesso à justiça possibilitando um número maior de pessoas no Judiciário
2. Universalização da jurisdição = garantir que cada vez mais as pessoas possam acessar o Poder Judiciário.
3. Participação popular e participação social 
Diferenças entre Ação Civil Pública, Ação Popular e Mandado de Segurança Coletivo 
	ACP lei 7347/85
	AP lei 4717/65
	MSC lei 12016/09
	Legitimidade Ativa:
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
	Art.1ºQualquer cidadão (capacidade eleitoral ativa, direitos políticos positivos)
	Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
	Objeto:
Art. 1 - danos morais e patrimoniais causados: l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. V - por infração da ordem econômica; VI - à ordem urbanística. 
	art. 5, LXXIII - a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural
Art. 1 - patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, osbens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
	Art. 1 – direito líquido e certo decorrente de ilegalidade ou abuso de poder
Analise as situações abaixo e identifique qual tutela coletiva poderá ser proposta, indicando também a categoria dos direitos transindividuais
1) As chamadas mensalidades escolares, quando abusivas ou ilegais, podem ser impugnadas por via de ação civil pública, a requerimento do Órgão do Ministério Público, pois ainda que sejam interesses homogêneos de origem comum, são subespécies de interesses coletivos,
2) defender interesses de pessoas que firmaram contratos de financiamento imobiliário, com vistas a adquirir imóvel próprio, SFH.
3) segurados do sistema de previdência social), a defesa (individual
ou coletiva)
de
direitos
ou
esclarecimento de situações. - A injusta recusa estatal em fornecer certidões, não obstante presentes os pressupostos
legitimadores
dessa
pretensão, autorizará a utilização de instrumentos processuais adequados, como o mandado de segurança ou a própria ação civil pública. - O Ministério Público tem legitimidade ativa para a defesa, em juízo, dos direitos e interesses individuais homogêneos, quando impregnados de relevante natureza social, como sucede com o direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições públicas. 
4) Dessa forma, é certo que o acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência desta Corte, que firmou entendimento no sentido de reconhecer o cabimento da ação civil pública como instrumento legítimo de fiscalização incidental de constitucionalidade.

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