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Resumo suspensão do credito tributário

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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 151, CTN) 
“Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I – moratória; 
II – o depósito do seu montante integral; 
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; 
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança; 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial; 
VI – o parcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações 
acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela 
consequentes.” 
A jurisprudência vem admitindo a realização do lançamento pela Administração ainda que 
exista uma causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário. Veja que o objetivo não é 
impedir a sua constituição, mas, sim, a própria execução fiscal, quanto à contagem da 
prescrição, enquanto sua exigibilidade encontrar-se suspensa. 
É importante destacar, em tempo, que a suspensão da exigibilidade do crédito não implica a 
suspensão do cumprimento das obrigações acessórias, devendo, o sujeito passivo, cumpri -las 
independentemente da realização da obrigação principal, em consonância com o parágrafo 
único do art. 151 do CTN: 
“O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes 
da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.” 
Mostra-se defensável a ideia segundo a qual as causas de suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário, conquanto se refiram diretamente à obrigação principal, podem ser 
aplicadas a uma dada obrigação acessória, no entanto o atrito entre os doutrinadores é 
referente saber se, com a presença de causa de suspensão da exigibilidade do crédito, 
também, igualmente fica suspenso o curso do prazo prescricional. 
Moratória (Arts. 152 a 155, CTN) 
A moratória é uma dilatação legal de pagamento de tributos, submetendo-se, portanto, ao 
princípio da estrita legalidade (art. 97, VI, CTN). Com efeito, a moratória consiste num acordo 
entre credor e devedor, regido pelo indigitado postulado. Nessa medida, “não implica 
contestação do direito do credor; pode ela originar -se de ‘dificuldade de pagamento’ (...) ou 
mesmo de uma momentânea impossibilidade de cumprimento da obrigação. Esta deve ser 
concedida por lei ordinária. 
Tipos de concessão de moratória (Art. 152) 
a) Moratória em caráter individual (II): Também chamada de “moratória específica”, é 
aquela que, concedida por lei emanada pela pessoa jurídica de direito público 
competente para instituir o tributo, beneficia as pessoas que preencherem 
determinados requisitos, cujo direito ao favor será reconhecido por despacho da 
autoridade administrativa. 
b) Moratória em caráter geral (I): É aquela que, concedida por lei emanada pela pessoa 
jurídica de direito público competente para instituir o tributo, protege a generalidade 
dos sujeitos passivos, sem necessidade de despacho da autoridade administrativa. 
Desse modo, “beneficia determinados grupos de contribuintes e independe de 
reconhecimento”. 
1- Autonômica ou autônoma (Art. 152, I, “a”): Aquela concedida pelo ente detentor 
da competência tributária respectiva. É a regra. 
2- Heterônoma (Art. 152, I “b”): Aquela concedida pela União quanto a tributos de 
competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Trata -se de possibilidade 
excepcional e inédita na tributarística doméstica. Ademais, tal moratória é 
condicional, uma vez que a União deve conceder, simultaneamente, moratória dos 
próprios tributos federais e de suas obrigações de direito privado. 
A moratória poderá alcançar os tributos de lançamento direto (ou de ofício), os de lançamento 
misto (ou por declaração) e, finalmente – com tratamento na ressalva deste preceptivo –, os 
de lançamento por homologação (ou autolançamento). 
Depósito do montante integral 
O depósito é modalidade suspensiva da exigibilidade do crédito tributário bastante comum na 
via judicial, não sendo tão rotineiro, no entanto, na via administrativa. 
O depósito deve ser convertido em renda do Fisco, ressalvas as seguintes hipóteses: 
(I) se o tributo for claramente indevido, v.g., como resultado de uma declaração de 
inconstitucionalidade com efeito vinculante; ou 
(II) se a Fazenda Pública litigante não for o titular do crédito. 
É importante enaltecer que o depósito do montante integral não constitui pressuposto para a 
discussão judicial do débito, uma vez que nenhuma lesão ou ameaça de lesão será afastada da 
apreciação do Poder Judiciário, não podendo, consequentemente, o legislador condicionar o 
exercício do direito de ação ao depósito do tributo discutido. 
RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
A reclamação e o recurso administrativos corporificam a possibilidade de suspensão do crédito 
tributário pela via não judicial da litigiosidade. 
O termo “recurso”, por sua vez, refere -se ao petitório por meio do qual se possibilita a 
obtenção de um “rejulgamento” da decisão prolatada na “primeira instância” administrativa, 
direcionando -se a decisão recorrida para um órgão colegiado, ocupado por representantes do 
Fisco e do contribuinte. 
O depósito recursal na órbita administrativa 
É solução pouco atraente, em comparação com a via das reclamações e dos recursos 
administrativos, igualmente suspensiva do crédito e menos onerosa ao contribuinte. 
CONCESSÃO DE LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA E DE TUTELA ANTECIPADA EM 
OUTRAS AÇÕES 
A liminar em mandado de segurança sempre existiu como causa suspensiva da exigibilidade do 
crédito tributário proveniente de ordem judicial. 
Causas suspensivas da exigibilidade de crédito tributário: 
a) Concessão de medida liminar em mandado de segurança; 
b) Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação. 
 
Pressupostos para suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário: 
– relevante fundamento do pedido, também conhecido na expressão latina fumus boni juris; 
– ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato, também intitulada periculum in 
mora. 
 
Por sua vez, à semelhança da liminar, a tutela antecipada é decisão interlocutória, devendo ser 
concedida initio litis nas ações ordinárias. Possui os seguintes pressupostos autorizadores, 
conforme o art. 273 do CPC: 
– verossimilhança da alegação, em face de uma prova inequívoca; e 
– fundado receio de dano irreparável, ou de difícil reparação; ou 
– caracterização do abuso do direito de defesa ou do manifesto propósito 
protelatório do réu. 
 
PARCELAMENTO 
 
É procedimento suspensivo do crédito, caracterizado pelo comportamento comissivo do 
contribuinte, que se predispõe a carrear recursos para o Fisco, mas não de uma vez, o que 
conduz tão somente à suspensão da exigibilidade do crédito tributário, e não à sua extinção. 
Extinção seria se “pagamento” o fosse. 
 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Quanto à extinção das obrigações, isso só pode ocorrer no que tange à obrigação principal, 
pois das obrigações acessórias o CTN não tratou, já que sua extinção se opera pela 
implementação das prestações a que elas se referem, sejam positivas ou negativas. 
 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (Art. 156, CTN) 
I – Pagamento (Arts. 157 a 163 e 165 a 169 do CTN); 
II – Compensação (Modalidade extintiva de obrigação, quando se é devedor e credor, 
concomitantemente); 
III – Transação (acordo para concessões recíprocas que põem fim ao litígio); 
IV – Remissão (perdão da dívida pelo credor); 
V – Prescrição e Decadência (causas que extinguem o crédito tributário); 
VI – Conversão do Depósito em Renda (Art. 151, II, CTN); 
VII – Pagamento Antecipado e a Homologação do Lançamento (Art. 150, § 4º, CTN); 
VIII – Consignação em Pagamento,ao final dela (Art. 164, CTN); 
IX – Decisão Administrativa Irreformável (decisões administrativas favoráveis ao contribuinte, 
uma vez que, se contrárias, não terão o condão de extinguir o crédito tributário, haja vista 
restar ao sujeito passivo a possibilidade de reforma na via judicial, na tentativa de impor sua 
argumentação desconstitutiva da relação jurídico –tributária); 
X – Decisão Judicial Passada em Julgado (extintiva do crédito tributário, uma vez 
representando o último pronunciamento a ser emitido por autoridades julgadoras, quanto às 
lides que se apresentam à sua apreciação); 
XI – Dação em Pagamento (Ato de de dar em pagamento algo em substituição à pecúnia). 
 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
São situações em que, mesmo ocorrido o fato gerador e a obrigação tributária, não haverá 
lançamento e, consequentemente, não haverá o crédito tributário. 
 
Regras comuns à isenção e instituição tributária: 
a) Art. 97 do CTN: condiciona à reserva legal a disciplina das hipóteses de exclusão do 
crédito tributário. 
b) Art. 150, § 6º, da CF: exigência de lei específica para a concessão de isenção ou anistia. 
c) Art. 111, I, do CTN: prevê a utilização compulsória do método literal na interpretação 
de dispositivos que versem sobre exclusão do crédito tributário. 
d) Art. 175, parágrafo único, do CTN: mesmo com a exclusão do crédito tributário, não se 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. 
e) Art. 179, § 2º, do CTN: caso tenhamos a anulação de uma lei concessiva de isenção, 
que não tenha sido concedida em caráter geral, haverá a exigência dos tributos e dos 
juros, em regra. 
 
Estudo da Isenção 
 
Incidência ou não incidência da norma 
 
A isenção é uma mera dispensa legal de pagamento de tributo devido, verificando-se em uma 
situação na qual há legítima incidência, porquanto se deu um fato gerador, e o legislador, por 
expressa disposição legal, optou por dispensar o pagamento do imposto. 
 
A isenção pode ser concedida de forma geral (de modo objetivo) ou de forma específica (de 
modo subjetivo ou pessoal). 
 Caráter geral: decorre do fato de que o benefício atinge a generalidade dos sujeitos 
passivos, independentemente de qualquer comprovação de alguma característica 
pessoal e particular que dote o beneficiário de certo exclusivismo para fruir o 
benefício. 
 Caráter individual: decorre de restrição legal do benefício às pessoas que preencham 
determinados requisitos, de forma que a sua fruição dependerá de requerimento 
endereçado à Administração Tributária no qual se comprove o cumprimento dos 
pressupostos legais, conforme previsto no art. 179, do CTN. 
 
A revogação da lei isentiva 
As isenções podem ser revogadas a qualquer tempo, salvo as isenções onerosas que têm prazo 
certo e condições determinadas, previstas no art. 178 do CTN. 
 
A isenção dita onerosa é irrevogável, rechaçando-se o debate da anterioridade tributária. Esta 
não tem cabida no bojo das isenções onerosas, uma vez que tais benesses refutam de plano o 
debate do protraimento ou não da incidência da lei revogadora. A questão é, em verdade, 
prévia: tal isenção não há de ser revogada. 
 
A isenção e o principio da legalidade tributária 
Conforme se estudou na parte introdutória deste capítulo, a lei concessiva da isenção deve ser 
editada pela pessoa política que detém a competência tributária para instituir o tributo. Com 
efeito, “a isenção, em princípio, deve ser concedida por lei editada pela pessoa política 
competente para tributar”. 
 
A isenção e os tributos bilaterais 
A isenção, em regra, poderá beneficiar aqueles tributos não vinculados à atividade estatal, no 
caso, os impostos. Como é cediço, as taxas e as contribuições de melhoria são tributos 
contraprestacio nais (retributivos), não adaptáveis, em princípio, ao benefício isencional. 
 
A isenção não atingirá os tributos cuja competência tributária não tenha sido exercida (são as 
chamadas isenções em branco), conforme o art. 177, do CTN. 
 
Estudo da Anistia 
 
A anistia se infere no campo das infrações, ofertando -lhes o perdão por meio dos efeitos de 
sua lei de incidência. 
 
Com efeito, a multa cumpre desiderato particular: ao mesmo tempo que, no plano preventivo 
“geral”, visa inibir possíveis infratores, tentando dissuadi –los do propósito de inadimplir a 
obrigação, busca -se, na seara preventiva “especial”, trazer o castigo ao que desrespeita as 
normas, tentando incutir -lhe o desinteresse pela reincidência da infração, tendo, portanto, 
caráter educativo. 
 
A anistia é uma causa de exclusão do crédito tributário, consistente no perdão legal das 
penalidades pecuniárias antes da ocorrência do lançamento da multa, inaplicando a sanção. 
 
Conforme o art. 181 do CTN, a anistia pode ser geral ou limitada, sendo, neste último caso, 
concernente: 
a) às infrações relativas a determinado tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas 
ou não com penalidades de outra natureza; 
c) à determinada região do território da entidade tributante, em função de condições 
peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei concessiva do favor ou pela 
autoridade administrativa. 
 
As anistias gerais podem ser atreladas as seguintes regras: 
a) aplicáveis às infrações da legislação relativas a mais de um tributo da pessoa política (ou a 
todos os tributos da pessoa política); 
b) aplicáveis às infrações punidas com penalidades pecuniárias de qualquer valor pecuniário; 
c) incidentes sobre todo o território da entidade tributante; 
d) não condicionadas a pagamento de tributos. 
 
“A anistia poderá ser invalidada através da anulação do ato concessivo ou do reconhecimento 
de sua nulidade, sempre que comprovado que o beneficiado não preenchia as condições nem 
cumpria os requisitos previstos na lei”. 
 
Na isenção e na anistia ocorre o fato jurídico -tributário, à luz da subsunção tributária, constitui 
-se a obrigação tributária, despontam sujeito ativo e sujeito passivo, nas cem os deveres 
patrimonial e instrumental (obrigação principal e acessória, respectivamente); todavia, antes 
da constituição do crédito tributário pelo lançamento, interrompe -se a relação jurídico -
tributária no tempo pela barreira isentiva ou anistiadora, excluindo -se o crédito tributário. 
Acresça -se que a isenção atinge o tributo, enquanto a anistia obsta a formalização do crédito 
tributário atinente à penalidade pecuniária. 
 
Segundo Hugo de Brito Machado33, a isenção é distinta da imunidade por estarem em planos 
hierárquicos dessemelhantes. A primeira é uma exceção feita por lei à regra jurídica de 
tributação. Já a segunda é um “obstáculo criado por uma norma da Constituição que impede a 
incidência de lei ordinária de tributação sobre determinado fato, ou em detrimento de 
determinada pessoa, ou categoria de pessoas”. 
 
Por derradeiro, na remissão (art. 172 do CTN) ocorre tudo que se dá na relação jurídico -
tributária atingível pela isenção ou anistia – fato gerador, obrigação tributária, sujeições ativa e 
passiva –, com a diferença de que o crédito tributário será plenamente constituído por meio 
do lançamento, sobrevindo uma lei que perdoa o tributo ou multa já lançados, fulminando, 
por extinção, o crédito tributário. 
 
Para Hugo de Brito Machado35, a “anistia não se confunde com remissão. Diz respeito 
somente a penalidades. A remissão abrange todo o crédito tributário, constituído já”. 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 183 a 193, CTN) 
 
Paulo de Barros Carvalho1 associa as garantias do crédito aos “meios jurídicos assecuratórios 
que cercam o direito subjetivo do Estado de receber a prestação do tributo”. Da mesma forma, 
liga os privilégios à “posição de superioridade de que desfruta o crédito tributário, com relação 
aos demais” créditos. 
 
Casos de mitigação da tangibilidadeuniversal da dívida tributária sobre o patrimônio do 
particular: 
1. Art. 184, parte inicial: privilégios especiais sobre determinados bens, com base em lei; 
2. Art. 184, parte final: o bem ou renda, declarados pela lei como absolutamente 
impenhoráveis. 
 
A execução fiscal representa o momento de exequibilidade do crédito tributário, conferindo -
lhe um grau máximo de eficácia ao permitir à Fazenda Pública valer -se de uma ação judicial de 
cobrança para compelir o devedor a arcar com o ônus tributacional. 
 
Caso o devedor do fisco use de estratégias para burlá-lo e tal manobra ocorra após a inscrição 
do crédito tributário em dívida ativa, ter -se -á a chamada fraude à execução no Direito 
Tributário. 
 
Presunção de fraude nasce por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa: 
a) “Com a constituição definitiva do crédito tributário por meio da lavratura do auto de 
infração”; 
b) “Com o crédito tributário definido em decisão administrativa irreformável, que se 
encontre em fase de cobrança administrativa”; 
c) Desde que o crédito tributário esteja em fase de execução. 
 
A reserva de bens ou rendas para pagamento da dívida 
A ressalva existe, por sua vez, ao devedor de boa índole que, munido de boa -fé e 
pontualidade para com o Fisco credor, reserva outros bens ou rendas suficientes para o total 
pagamento da dívida fiscal em fase de execução (art. 185, parágrafo único, do CTN). 
 
O crédito tributário desfruta de preferência em relação aos demais créditos (de qualquer 
natureza), por exemplo, um crédito civil, independentemente da data de sua constituição, ou 
seja, não se cogita de limite cronológico para essa preeminência. Assim, se houver um crédito 
civil anterior ao crédito tributário, ainda assim a preferência será do crédito tributário. 
 
O crédito tributário só é preterido pelos créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do 
acidente de trabalho. 
 
A falência pode ser definida como estado ou situação do comerciante que falhou nos 
pagamentos das obrigações líquidas às quais estava vinculado. Pode ser dividida em “falência 
de fato”, decorrente da impontualidade ou falta de pagamentos, sendo esse um conceito 
popularmente aceito, e em “falência de direito”, decorrente de manifestação judicial. Nesse 
último caso, a falência é a organização legal e processual destinada à defesa dos credores, 
sendo um processo de execução coletiva dos bens do devedor, ao qual concorrem todos os 
credores, que buscam saldar o passivo em um rateio, a partir do patrimônio disponível, 
observadas a ordem e a preferência previstas na legislação. 
 
Em caso de falência, serão priorizados os créditos extraconcursais, sendo estes os 
discriminados no Art. 84 do CTN: 
I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da 
legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados 
após a decretação da falência; 
II – quantias fornecidas à massa pelos credores; 
III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu 
produto, bem como custas do processo de falência; 
IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida; 
V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, 
nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos 
geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 
desta Lei. 
 
Contudo, se o “crédito tributário for exigível no curso da falência, passará a ser extraconcursal, 
sendo considerado encargo da massa falida e devendo ser pago antes dos créditos trabalhistas 
e das dívidas da massa”.

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