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Sistemas Construtivos do Brasil Colonial

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS 
DO BRASIL COLONIAL
UFMS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO III
PROFESSOR: CAIO NOGUEIRA
ACADÊMICOS: CRISTIANE KAWAMOTO
DIOGO SAKAI
IVANETE CARPES 
MELINA DANTAS
SISTEMAS CONSTRUTIVOS BRASIL COLONIAL
Seriam avançadas as principais técnicas construtivas trazidas pelos 
portugueses no péríodo colonial? 
Na história houve alterações de forma muito lenta referentes a algumas 
técnicas e materiais construtivos. Muitas das técnicas fundamentais 
sobreviveram intocáveis até a era Industrial, incluindo as ferramentas e 
métodos de trabalho e experimentaram retrocessos em longos períodos 
históricos. Este foi o caso de técnicas de origem romana “redescobertas”
(por exemplo, a alvenaria de tijolos) ou o “concreto” efetivamente 
redescoberto em pleno século XIX.
As técnicas construtivas trazidas para o Brasil possuíam basicamente duas 
vertentes: uma popular e outra erudita.
A erudita estava representada pelos engenheiros militares. Esses foram 
autores de tratados de fortificações, onde a arte da construção estava 
associada à tratadística Renascentista e à utilização de instrumentos de 
medição e a um conhecimento, ainda que rudimentar, da física e da 
química. Também desenvolveram as formas de representação projetual
arquitetônica.
Neste caso, os conhecimentos eram transmitidos através de “Aulas” e 
“Tratados”. As “aulas”, criadas segundo o modelo da Aula de Lisboa 
(1635), foram disseminadas pelos principais centros urbanos do Brasil, 
tais como: Salvador (1696), Rio de janeiro (1698), São Luís do Maranhão 
(1699), Recife (1701) e Belém (1758), essas aulas foram um dos 
principais focos de irradiação da cultura arquitetônica e urbanística 
erudita no Brasil-Colônia. 
A vertente popular estava representada pelos Mestres de Ofício. Eles 
traziam consigo um conhecimento acumulado durante séculos (de origem 
Românica e Medieval) e transmitidos de forma oral e prática pelos mestres 
para os seus aprendizes. Além disso, ou para isso, contavam com as 
chamadas “Organizações de Ofício”, somente proibidas no Brasil pela 
Constituição de 1822.
A resultante destas duas vertentes é um rol de sistemas construtivos 
econômicos e seguros, capazes de serem aplicados nas condições de uma 
terra recém descoberta e inculta: “Areia e Fachina”, “Taipa de Pilão”, “Taipa 
Travada”, “Pau-a-Pique”, “Alvenaria de Pedra” (em inúmeras variações), 
“Alvenaria de Tijolo” e os chamados Sistemas Mistos, onde podem ser 
encontrados traços eruditos, porque divulgados pelos tratados como o de 
Palladio, por exemplo.
Pode-se, finalmente, afirmar que as técnicas utilizadas pelos portugueses 
no Brasil Colonial: a) não eram “primitivas”; b) não se caracterizaram pelo 
sincretismo com outras técnicas sabidamente simples de origem indígena 
ou africana; c) finalmente, não passaram por um “processo sucessório”
rígido na aplicação, por exemplo: da taipa de pilão para a alvenaria de pedra 
ou alvenaria de tijolos.
Folha de rosto do segundo tratado publicado em 
1729 pelo engenheiro militar. português Manoel 
Azevedo Fortes, Manoel de Azevedo. O Engenheiro 
Português. Manoel Fernandes da Costa, impressor do 
Santo Ofício, Lisboa, 1729.
Exemplo do eruditismo no método de construção de muros e paredes, exposto no 
tratado de Vitruvio e como na Arquitetura luso-brasileira no Nordeste do Brasil
No Brasil havia várias linguagens 
arquitetônicas produzidas pelas diversas 
nações indígenas que o ocupavam. Seriam 
dotadas de riqueza conceitual, simbólica e 
técnica não utilizavam nas suas construções, 
pedras, tijolos, telhas, ou outros materiais 
comuns nas construções européias. 
Oca das tribos do Xingu.
Utilizavam diretamente as árvores, particularmente as palmeiras, diferentes os 
europeus portugueses chegaram aqui como senhores dessa parte do Novo Mundo 
produziam Arquitetura havia 400 anos dentro dos padrões e de estilos 
desenvolvidos pela estruturada civilização européia. 
Na primeira metade dos anos de 1500, começaram os portugueses a empreender 
a colonização agrícola açucareira da mata atlântica brasileira, fazia já um meio 
século de sua experiência de choque e de absorção de culturas e de 
ecossistemas, até então não trabalhados, na África Ocidental e Oriental, na 
Índia, na China e no Japão. Climas tropicais.
Apesar de viajantes ocasionais, era a primeira vez, a civilização ocidental expôs em peso 
ante as antiqüíssimas sociedades do Extremo Oriente, as únicas que sobreviveram às 
civilizações clássicas de há 4 mil anos.
Na Índia, verdadeiramente, excetuadas as limitadas experiências nos arquipélagos da 
Madeira e Açores, o português aprendeu com o indiano as estratégias de sobrevivência 
aos trópicos.
Naqueles climas horrendos de Goa e da costa de Malabar, de quando batem as monções 
no estafante calor, conheceram as vivendas rústicas cobertas de palhas, com paredes 
ora de barro, ora das mesmas palhas – o mais legítimo antecessor dos ranchos de palha 
e de taipa que já cobriram, e ainda cobrem, de ponta a ponta, este excessivo Brasil rural 
e urbano.
A tradição hindu do rancho quadrático, geralmente construído em declive, encontrou-se 
aqui com o emprego generalizado do uso da palha nas enormes choças circulares 
ameríndias, muito mais sofisticadas aliás do que as casinhas indianas.
Era o reencontro do mesmo material. Jamais da mesma concepção de moradia. O índio 
brasileiro vivia em comunidades tribais muito socializadas. Nos belos domos de palha, 
viviam diversas famílias ou suas partições etárias, funcionais e rituais. Já portugueses e 
hindus, que conheciam os limites entre os espaços públicos e os privados, eram, a bem 
dizer, sociedades urbanizadas no sentido aldeão, unifamiliares, não tribais. As casas, 
individualizadas, integravam-se a quarteirões compostos por parentescos e por antigas 
alianças.
Em Portugal, sobretudo no sul, há algumas edificações em barro – dominantes na 
tradição brasileira residencial – porém, mesmo ali, em clima mais quente, 
imperam as casas de pedra. A palavra árabe ‘adobe’, não filia Portugal, ao seu 
uso intenso, mais comum às regiões moçárabes semi-áridas, ao sul do 
Mediterrâneo. Impensável passar-se um longo inverno europeu nas gélidas eco-
ressonantes casas de adobe, ou de barro em geral, em alta escala.
De Trás-os-Montes ao Algarve, quase que só abunda a habitação rupestre, que 
responde bem ao clássico clima europeu de quatro estações. A pedra parece que 
reage mal às variações de clima. É demorada em repassar calor ou frio, o que 
permite ao morador da habitação aquecê-la por dentro, mediante fogões e 
lareiras, conforme avancem o outono e o inverno.
Casa de pedra em um largo, Soajo, 
Portugal
Se as casas de barro reencontradas pelos portugueses na Índia e na China adaptavam-
se bem às monções, aos calores tropicais, como se comportariam nas chuvas 
torrenciais ?
A solução passava pelo antiqüíssimo fogão à lenha, sem chaminé. Mas passava 
também por outra solução original, que dependia de disponibilidade de madeiras nas 
regiões: o soalho de madeira corrida, assentado sobre um falso porão, que a nada mais 
servia, nas casas urbanas, do que para separar a casa da umidade direta do solo, e 
adicionalmente, fornecer-lhe um estoque de ar quente, por baixo.Muitas vezes, esses 
falsos porões eram inteira ou parcialmente murados, deixando para sua aeração, de 
tanto em tanto, pequenos gradis ou óculos que cumprissem aquela função. 
Mas o folclore popular, situa nos porões, absurdamente, a mancha negra das senzalas. 
Nenhum senhor de escravos, em sã razão, iria meter seus caros servos em tão 
doentias condições dos porões. A menos que as casas estivessem abarrotadas, como 
no Rio de Janeiro dos anos 1850, com estoques decafé, propiciando pela exigüidade e 
má sanidade uma seqüência de epidemias de colera morbis, febre amarela e outros.
Casa de adobe e palha, do 
Vão do Paraná.
Mas o folclore popular, situa nos porões, absurdamente, a mancha negra das senzalas. 
Nenhum senhor de escravos, em sã razão, iria meter seus caros servos em tão doentias 
condições dos porões. A menos que as casas estivessem abarrotadas, como no Rio de 
Janeiro dos anos 1850, com estoques de café, propiciando pela exigüidade e má
sanidade uma seqüência de epidemias de colera morbis, febre amarela e outros.
Não eram simples casas, essas dos antigos tempos. Eram autênticas fábricas ambientais 
de morar. Com uma falha grave no sistema: o fogão de lenha. O problema é que o uso 
ininterrupto do fogão, com sua fumaça, desidrata a pele, envelhecendo precocemente 
os moradores da casa, o que se pode constatar, em nossos tempos, em algumas 
regiões brasileiras.
Se predominou entre nós o esquematismo e o simplismo jesuíta, a arquitetura religiosa 
no Brasil levava, originalmente, a marca de ofício das ordens monásticas construtoras. 
Casa colonial, da poetisa Cora Coralina, na cidade de Goiás.
Depois que o colonizador português aprendeu os fartos potenciais de uso da floresta 
tropical, acionando-se a lei do menor esforço pôs-se em andamento uma autêntica 
revolução estrutural nos sistemas construtivos no novo mundo. Em vez das cantarias de 
pedra da velha tradição lusitana medieval – ainda empregada em construções de igrejas 
e mosteiros litorâneos e na casa-forte baiana de Garcia d’Ávila –, brevemente a tudo 
avassalará a casa inteiramente estruturada com o generoso madeirame tropical. E em 
vez das paredes de blocos rochosos ou grés, paredes de barro de diferentes técnicas, 
principalmente o pau-a-pique, quase exótico em Portugal, senão que inexistente.
Falta madeira na metrópole, devorada no século das navegações pelo turbilhão dos 
estaleiros navais – a ponto de transferirem-se logo, para o Brasil, boa parte dos 
armadores portugueses. Tal a escassez de madeira no Reino, que o nosso José
Bonifácio de Andrada e Silva, estando por lá em princípios dos 1800, propôs como 
emergência um plano de reflorestamento de Portugal...
Isto, com o que podemos chamar de ‘vernáculo construtivo brasileiro litorâneo dos anos 
1500 e 1600’. Já mestiço. Já brasileiro.
Sede da Fazenda Pau-d Alho, em Itu, 
São Paulo 
técnica da taipa-de-pilão, vergas retas, 
balaústres coloniais, telhado em quatro 
aguas e beiral largo suportado por 
cachorros. 
TAIPA
Trazida pelos portugueses para o Brasil, a 
taipa tornou-se uma das manifestações 
mais tradicionais da nossa arquitetura no 
período colonial, muito utilizada nas 
construções em Minas Gerais, Goiás, Mato 
Grosso, Paraná e, principalmente, São 
Paulo.
É um sistema construtivo usado na 
execução de paredes e muros que tem 
como material de construção básico a 
terra argilosa, umedecida ou molhada, 
sem nenhum beneficiamento anterior, o 
barro; e consiste, basicamente, em 
comprimir a terra em fôrmas de madeira.
Na época colonial no Brasil eram usadas 
duas formas de taipa: a taipa-de-pilão e a 
taipa-de-mão.
TAIPA-DE-PILÃO
É uma técnica de construção na qual a terra é
apiloada dentro de fôrmas de madeira, os taipais, 
cuja estrutura utiliza dois tabuados laterais e 
móveis nos quais o barro é socado a pilão ou com 
os pés, para adquirir maior consistência, e em 
camadas sucessivas, formando a parede, cuja 
espessura variava entre 50cm e 90cm, podendo 
chegar a 1,50m.
O taipal é deslocado ao longo e para o alto da 
parede em construção, e à medida que um trecho 
desta fica pronto, depois de seca a terra, o taipal é
retirado. Assim, a parede de taipa-de-pilão é
formada por vários grandes blocos de terra 
socada.
Os taipais possuíam medidas entre 1m e 1,50m de 
altura por 2m a 4m de comprimento, eram 
compostos por tábuas presas a um sarrafo 
(formando um tabuado), distanciadas entre si em 
função da espessura da parede. Como no período 
colonial as tábuas eram cortadas manualmente, os 
taipais tinham um grande valor e chegaram a ser 
inventariados como bens. 
TAIPA-DE-MÃO (OU PAU-A-PIQUE)
Também conhecida como taipa-de-
sopapo, taipa-de-sebe ou barro armado, 
essa técnica era usada tanto para parede 
estrutural quanto para vedação em uma 
estrutura independente, comumente 
associada a outras, sendo as paredes 
externas construídas com adobe ou taipa-
de-pilão e as divisões internas e paredes 
do piso superior (quando havia) com 
taipa-de-mão, devido à sua leveza, já que 
geralmente eram paredes de 15cm de 
espessura.
Trata-se de uma trama de elementos 
horizontais e verticais geralmente 
estruturadas sobre um baldrame (viga 
horizontal) e um esteio (viga vertical). É
nesta trama que a mistura é lançada 
(sopapada). 
Diziam que para se fazer uma boa taipa a terra 
precisava ser “transportada por um coxo e 
batida por um doido”, indicando a lentidão que 
era necessária para a consolidação da taipa e a 
energia exigida de quem tinha o trabalho de 
compactar bem a terra com o pilão.
As construções em taipa são facilmente 
degradadas pela água, tendo que ser 
executadas sobre fundações de alvenaria de 
pedra, a cerca de 60cm do chão, evitando 
assim a umidade ascendente. Sendo também 
mais indicadas para climas quentes e secos 
com baixo índice de pluviosidade.
Apesar de uma boa solução para edificações de 
porte pequeno e médio, com o uso de material 
incombustível, isotérmico (dificultando as 
trocas térmicas entre o exterior e o interior do 
ambiente fazendo assim com que este seja 
quente no inverno e fresco no verão), natural e 
barato, a construção em taipa não se aplica a 
grandes edifícios, por não suportar bem os 
esforços laterais provocados pela fluência das 
cargas da cobertura. Em Portugal, para dar 
mais resistência aos edifícios, muitas vezes 
construíam-se contrafortes, que impediam o 
desequilíbrio das paredes.
Casa Banderista, no Butantâ, 
meados do século 17
CAPELA DO MORUMBI
Na avenida Morumbi, na Zona Sul de São 
Paulo, está essa construção muito antiga, 
pertencente à arquitetura colonial, com 
base de taipa de pilão.
É a Capela do Morumbi, encontrada em 
ruínas na década de 40, contando apenas 
com as paredes em taipa-de-pilão.
Muitos acreditam ser uma capela, outros 
crêem ser somente as ruínas de um paiol. 
Antigamente ali havia uma fazenda, o que 
fez com que o arquiteto europeu Gregori 
Warchavchik, contratado para reformar 
as ruínas, crer que eram realmente de 
uma capela, pois estavam próximas à
Casa Grande, na parte alta da fazenda.
As paredes têm em média 40 cm de 
lespessura, e resistem há muito tempo, 
pois o mais antigo documento encontrado 
da fazenda é de 1825, que registra a 
propriedade para o inglês John Rudge, 
dedicado ao cultivo do chá.
Gregori Warchavchik, na reconstrução da 
capela, aliou a tradição da taipa, ao 
deixá-la como sustentação da obra que 
finalizou (parte das paredes e telhado), à
base de alvenaria e tijolo, numa forma de 
construção também antiga, mas ainda 
típica do Brasil naquele período. 
Hoje a capela passa por uma pequena 
reforma na parte anexa à capela, para 
retornar a receber exposições 
temporárias e abrigar apresentações 
artísticas.
CASA DE TAIPA EM CAMPINAS
Construções em Pedra Brasil Colonial
Detalhes na Igreja do Carmo Ouro Preto
Detalhes da Fachada da igreja do Convento 
de Santo Antônio no Recife (séc. XVIII)
Construções em Pedra Brasil Colonial
Pintaria Pintada. Arco da galeria do Convento de 
Santo Antônio no Recife (Séc. XVIII)
Cunhal de um Baluarte do 
Forte do Brum ( séc. XVIII)
Construções em Pedra Brasil Colonial
Cachorros de pedra em 
Olinda (séc. XVIII)
Cachorro de Pedra, Pátio de São 
Pedro Recife (séc. XVIII)
Construções emPedra Brasil Colonial
O uso da cantaria se manifesta nas 
arcadas, entablamento, frontão, consolos e 
coruchéis que, em contraste com o branco 
do frontão e da cimalha que arremata o 
entablamento proporciona um efeito 
grandioso ao frontispício.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário MG
Construções em Pedra Brasil Colonial
Chafariz do Rosário, Ouro Preto MG
Arte em Cantaria Ouro Preto MG
Construções em Pedra Brasil Colonial
Base de um das colunas da Portada da 
Igreja do Monte, Olinda (séc. XVIII)
Igreja do 
Rosário, 
Sabará MG
Base de um das 
colunas da 
Portada da 
Igreja do Monte, 
Olinda, Copias 
de Restauro
Restairação Portal 
Museu do Oratório
Ouro Preto
Construções em Adobo, Adobe Brasil Colonial
Produção de 
Adobe
Construções em Adobo, Adobe Brasil Colonial
Igreja Matriz de Pirinopolis MG
Construções em Adobo, Adobe Brasil Colonial
Igreja Matriz de Pirinopolis MG
Construções em Adobo, Adobe Brasil Colonial
Igreja Matriz de Pirinopolis MGx
Gaiola de 
Madeira com 
tijolos de 
Adobe
Parede de 
Taipa e 
Adobe
Parede de 
Pedras
TELHADOS E COBERTURAS
A simplicidade das técnicas usadas 
mostra o primitivismo tecnológico da 
sociedade colonial. Havia uma 
abundância de mão de obra escrava, 
mas uma ausência de aperfeiçoamento.
O sistema de cobertura mais comum era 
o telhado de duas águas, onde uma 
parte da chuva era lançada sobre a rua e 
a outra sobre o quintal, e sua extensão 
garantia, de modo geral, a sua absorção 
pelo terreno. Assim, evitava-se, o 
emprego de calhas ou qualquer outro 
sistema de captação e condução das 
águas pluviais. A construção sobre os 
limites laterais, na expectativa de 
construções vizinhas de mesma altura, 
procurava garantir uma relativa 
estabilidade e a proteção das empenas 
contra a chuva, o que, quando não era 
correspondido, se alcançava através do 
uso de telhas aplicadas verticalmente. Centro Histórico de São Luis 
Os telhados de palha eram geralmente usados em construções de 
menor importância como na senzala e no depósito. Essa cobertura é
feita com uma estrutura em madeira que serve de apoio para a palha 
que tem uma duração variável, dependendo das condições climáticas, 
do tipo de vegetação utilizada e da manutenção. 
As telhas de barro foram trazidas ao Brasil pelos 
portugueses e eram usadas nas construções de 
casas mais abastadas no período colonial. A 
fabricação das telhas era feita utilizando as próprias 
coxas dos escravos para moldar o barro, por isso 
havia uma irregularidade quanto ao tamanho das 
telhas e seus encaixes. Daí vem a frase: “Feito nas 
coxas”, que significa algo que foi mal feito.
As variações apareciam nas casas de esquina, pois 
tinham a possibilidade de aproveitar duas fachadas sobre 
a rua. Havia também o aparecimento de corpos elevados, 
do tipo água-furtada ou camarinha seguida logo abaixo 
pelo telhado de duas águas. 
Nas construções de taipa, a 
cobertura tinha grandes 
beirais para proteger a 
parede das intempéries. 
Detalhe dos beirais triplos (algeroz) e sacadas de muxarabis
Museu de arte 
sacra em Olinda
Detalhe da cimalha: saliência 
da parte mais alta da parede, 
onde assentam os beirais do 
telhado, arquitrave. 
Detalhe do cachorro:
peças de madeira ou 
pedra que sustentam 
os beirais das 
coberturas ou balcões 
de uma fachada. 
Casa do Padre Inácio –
século XVIII
Influência portuguesa
BIBLIOGRAFIA:
REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1970
HUE, Jorge de Souza. Uma visão da Arquitetura Colonial no Brasil. Rio de Janeiro: Agir, 1999
http://www.zone.com.br/destinoaventura/index.php?destino=destino_mostra&mdireito=nao&id_destinos=
107&pid= 
http://www.coladaweb.com/diversos/habitacao.htm
http://www.40graus.com/turismo/departamentos.asp?IDdepartamento=1&idCategoria=1&idSubCategoria
=8
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.brazilonboard.com/SABARA/sab_prin_0.jpg&imgr
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http://www.abcterra.com.br/construcoes/casasilvio.html
SERAPIÃO, Fernado. “Paralelos (e transversais) 
na história da casa paulista”. Debate. Site www.arcoweb.com.br
http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2003-1/ecovilas/ecotecnicas.htm
http://www.padremarcelorossi.org.br/ - Notícias em Destaque
http://www.cimentoeareia.com.br/tecnicasportuguesas.htm
PISANI, Maria Augusta Justi. “Taipas: A Arquitetura de terra”. Artigo.
ALBERNAZ, Maria Paula e LIMA, Cecília Modesto. “Dicionário Ilustrado de Arquitetura”. Pro Editores. 2º
Edição 2000.

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