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TEORIA DA EMPRESA RESUMO

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TEORIA DA EMPRESA 
1. Formação do direito de empresa 
a. Origem 
b. Histórico 
c. Comercio 
2. Empresário 
a. Conceito 	
b. Condições 
c. Capacidade 
3. Sociedade empresarial 
a. Registro 
b. Estabelecimento da empresa 
c. Nome empresarial 
d. Prepostos – gerentes – auxiliares 
4. Escrituração e contabilidade 
5. Classificação das sociedades 
6. Personalidade jurídica e teoria da desconsideração da personalidade jurídica 
7. Sociedade empresarial no Código Civil 
a. Sociedade em comum 
b. Sociedade em cota de participação 
c. Sociedade (simples – nome coletivo – em comandita (simples / por ações) 
d. Limitada 
e. Limitada individual 
f. Anônima 
8. Transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades 
Bibliografia: Curso de Direito Comercial – vol 1 – Fabio Ulhoa Coelho Manual de Direito Comercial – Fabio Ulhoa Coelho Curso de Direito Comercial – Marlon Tomazette
COMÉRCIO – “é o complexo de atos de intromissão entre o produtor e o consumidor, que exercidos habitualmente e com fim de lucro, realizam, promovem e facilitam a circulação de produtos da natureza ou da indústria para tornar mais fácil e pronta a procura e a oferta” (Vidari) 
 MEDIAÇÃO = intermediação 
 FIM LUCRATIVO = comercio visa lucro 
 HABITUALIDADE = continuidade 
DIREITO EMPRESARIAL – “conjunto de normas que regulam as questões próprias dos empresários ou das empresas, a maneira como se estrutura a produção e negociação dos bens e serviços que todos precisamos para viver” 
Direito empresarial se divide em 02 (duas) correntes: 
Teoria dos atos de comércio e 
Teoria da Empresa 
TEORIA DA EMPRESA – “A Teoria da empresa é baseada na atividade econômica exercida de maneira organizada, isto é, disciplina-se uma forma específica de produzir ou circular bens ou serviços = forma empresarial” 
EMPRESA – “toda atividade econômica organizada, destinada a produção de bens ou a prestação de serviços”. 
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL 
1. CODIGO CIVIL 
2. CODIGO COMERCIAL – LEI 556/1850 – só a 2ª. parte 
3. CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
4. LEIS CIVIS (federais, estaduais e municipais) 
5. USOS E COSTUMES MERCANTIS (ex. cheque pré-datado) 
6. ANALOGIA E PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO 
7. TRATADOS INTERNACIONAIS 
EMPRESARIO – (Definição do artigo 966 do CC) – “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços” 
PROFISSIONALISMO 
1. Habitualidade (regularidade, continuidade) 
2. Pessoalidade – “empresário é quem deve exercer a atividade empresarial, respondendo por ela. Isso não quer dizer que não possa contratar empregados, mas estes apenas representam o empresário”. “O risco da atividade empresarial é só, e tão somente, do empresário”. Pessoalidade está relacionada ao risco da atividade, mesmo que ele tenha funcionários (ex. magazine Luiza, bancos) 
3. Monopólio de informações – por ser profissional, ele tem obrigação de saber tudo sobre o produto ou serviço. É obrigado a informar eventuais riscos que o produto pode causar ao consumidor. (Tem que saber tudo sobre o produto ou serviço que ele comercializa – como é feito, do que é feito, se causa algum efeito colateral, se pode representar algum perigo, tem que conhecer o manual de instruções, tem que fornece ao consumidor todas essas informações. Não pode alegar que não sabia que a madeira que ele usa para fazer mesa era roubada, ou que não sabia que o brinquedo era tóxico. A responsabilidade civil e penal é dele.
Existem 4 (quatro) fatores da produção: mão de obra, matéria prima (insumos), capital e tecnologia. 
Compete ao empresário: 
1. Organizar (a atividade empresarial baseada nos quatro fatores) 
2. Produzir – fabricar bens (têxtil, automotivo) ou serviços (bancos, escolas, hospitais) 
3. Circular – intermediar Diferença entre bens e serviços: BENS são corpóreos (mesa, cadeira, roupa) e SERVIÇOS são incorpóreos (eletricidade, telefonia, bancos) 
Condições para o exercício da atividade empresarial (art. 972 do CC) 
1. Estar em pleno gozo da capacidade civil 
2. Não ser legalmente impedido 
Art. 966 CC – conceito de empresário 
Considera-se empresário que em exerce e profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Art. 966, § único – exemplo do dentista Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 967 – obrigatoriedade da inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis – ANTES do início das atividades. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, ante s do início de sua atividade. 
Art. 977 – legalmente impedido – regime de separação obrigatória de bens 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória . 
Art. 978 – empresário casado - O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da em presa ou gravá-los de ônus real. 
Art. 974/976 – menor/incapaz 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame d as circunstâncias e dos risco s da empresa, bem como d a conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutore s ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo do s direitos adquiridos por terceiro s. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuí a, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvar á que conceder a autorização. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendido s, de forma conjunta, os seguintes pressuposto s: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integraliza do; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos e m que o juiz entender ser conveniente. 
§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados. 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresa s Mercantis. 
DOS LEGALMENTE IMPEDIDOS
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
Art. 974 e §§ Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame d as circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como d a conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutore s ou representantes legais do menor ou do interdito, semprejuízo do s direitos adquiridos por terceiro s. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvar á que conceder a autorização. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das J untas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendido s, de forma conjunta, os seguintes pressuposto s: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
1. Servidores públicos civis municipais, estaduais e federais - exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
2. Militares na ativa das Forças Armadas e os policiais militares 
3. Magistrados e membros do Ministério Público 
4. leiloeiros –
5. diplomatas de países estrangeiros a serviço no Brasil, salvo Consul Honorário 
6. os falidos, enquanto perdurar o estado de falência 
7. estrangeiros não residentes no país ou com visto temporário 
8. condenado criminalmente, desde que a sentença tenha transitado em julgado 
1. Como se opera esse impedimento? Não ter poder de voto (s/a) 
2. caso alguém legalmente impedido exerça atividade mercantil, seus atos valem civilmente? Sim, e o legalmente impedido tem que responder civilmente por todas obrigações. 
3. Há responsabilidade penal? Conforme a profissão, sim. (é contravenção penal, art. 47) 
DAS OBRIGAÇÕES COMUNS AOS EMPRESÁRIOS E SOCIEDADES EMPRESARIAIS. 
1. Registrar-se no Registro Empresarial antes de iniciar suas atividades (art. 967 do CC) Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, ante s do início de sua atividade. 
2. Escriturar regularmente os livros obrigatórios (art. 1180 do CC) Obs.: o Micro Empresário (ME) e o Empresário de Pequeno Porte (EPP), regra geral, não precisam de livros. Porém, se optar em pelo SIMPLES, terão que fazer o Livro Caixa/LRI Art. 1.180. Além dos demais livro s exigido s por lei, é indispensável o Diário, que p ode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
3. Levantar anualmente o Balanço do Resultado Econômico e o Balanço Patrimonial é a regra, porém há exceções, como os consórcios, bancos. 
DO REGISTRO DAS EMPRESAS Lei 8934/94 – LRE
DNRC é um órgão, com sede em Brasília, auxiliar do Poder Executivo Federal, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, que fornece às Juntas Comerciais diretrizes e orientações de como proceder com os registros de atos societários, inclusive aqueles relacionados ao novo instituto jurídico. Ele tem função de supervisão, orientação, coordenação e normativa. 
JUNTAS COMERCIAIS – órgãos locais de registro das empresas. Nas cidades não é JC, é escritório regional. Toda documentação é enviada para a JC na capital.
NIRE – Número de registro de empresa Art. 968 do CC – requerimento para registro de empresa na JC Art. 968. 
A inscrição do empresário far-se- á mediante requerimento que contenha: 
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; 
II - a firma, com a respectiva assinatura autografa; 
III - o capital; 
IV - o objeto e a sede d a empresa. 
ATENÇÃO - Para registrar uma empresa na JC é obrigatório o visto de um advogado (Lei 8906/94, art. 1º, § 2º) 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: (...) 
§ 2º Os atos e contrato s constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. 
Atribuições da JUNTA COMERCIAL 
1. REGISTRAR – execução do registro das empresas e atividades afins 
2. ASSENTAMENTO – dos usos e práticas mercantis 
3. HABILITAÇÃO e NOMEAÇÃO de tradutor público e interprete comercial 
4. EXPEDIÇÃO de carteira do exercício profissional do comerciante 
ATOS DE REGISTRO DA EMPRESA 
1. ARQUIVAMENTO – é o ato formal de registro relativo a constituição, alteração, dissolução e extinção das firmas individuais e sociedades empresárias - Art. 32, inciso II, da LRE . Também os atos modificativos da empresa precisam ser averbados - art. 999, § único, do CC) Art. 32. 
O registro compreende: O arquivamento: 
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; 
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; 
c) dos atos concernente s a empresas mercantis estrange iras autorizadas a fu ncionar no Brasil;
d) das declarações de microempresa; 
e) de atos ou documento s que, por determinação legal, sejam atribuído s ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis; 
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 
997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. 
Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo -se as formalidades previstas no artigo antecedente.
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
As sociedades podem ser classificadas quanto ao seu objeto, à responsabilidade dos sócios, às qualidades dos sócios e à forma de sua constituição.
a) Quanto ao objeto
sociedades civis X sociedades comerciais - Serão comerciais as atividades cujos fins forem atos comerciais com intuito especulativo ou lucrativo. As sociedades civis terão por objeto atos considerados não mercantis.
b) Quanto à responsabilidade dos sócios
Sociedades de responsabilidade ilimitada - nessas sociedades, o patrimônio particular dos sócios responde pelas obrigações sociais (os sócios, portanto, se tornam garantidores da sociedade). Ex.: sociedade em nome coletivo.
Sociedades de responsabilidade limitada - nessas sociedades os sócios respondem até a importância do capital com que entraram para a sociedade (no caso das sociedades anônimas) ou até o total do capital social (no caso das sociedades limitadas). O Código Civil de 2002 aboliu a "sociedade de capital e indústria" como um tipo de sociedade empresária. Já os acionistas de uma sociedade anônima têm suas responsabilidades limitadas ao montante das ações subscritas ou integralizadas.
Sociedades mistas - são aquelas que apresentam responsabilidade limitada por parte de alguns sócios enquanto que outros respondem ilimitadamente pelas obrigações assumidas em nome e por conta da sociedade, caso o capital social não seja suficiente para satisfazer as obrigações perante os credores da sociedade. As sociedades em comandita simples e em comandita por ações são sociedades de responsabilidade mista.
c) Quanto às qualidades pessoais dos sócios
Sociedades de pessoas: São aquelas em que a pessoa dos sócios possui importância fundamental. Nestas sociedades cada sócio conhece e escolhe seus companheiros. Ninguém nelas ingressa ou delas se retira sem concordância dos demais, importando o ingresso ou a retirada em modificação do contrato social. Em geral, todos os sócios contribuem diretamente com o seu trabalho para alcançar os objetivos da sociedade.Ex.: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples.Sociedades de capitais: São aquelas em qe a participação pessoal dos sócios ocupa posição secundária. O mais importante neste tipo de sociedade é o capital do sócio-acionista e não a sua pessoa. Por isso, nenhuma alteração será feita no contrato social em razão do ingresso ou retirada deste ou daquele sócio. Desta maneira, o sócio-acionista ingressa na sociedade ou dela se retira, sem dar atenção aos demais, pela simples aquisição ou venda de suas ações. Ex.: sociedade anônima, sociedade em comandita por ações.
OBS: pelo critério das qualidades pessoais dos sócios, alguns autores consideram a LTDA como sociedade mista, mas isto é um ponto controverso.O raciocínio que norteia esses autores é que, levando-se em conta o ato que institui as sociedades comerciais, elas podem ser contratuais ou estatutárias.
d) Quanto à forma de constituição
sociedades em nome coletivo;
sociedade em comandita simples;
sociedade em comandita por ações;
sociedade por quotas de responsabilidade limitada;
sociedade anônima.
Personalidade jurídica e teoria da desconsideração da personalidade jurídica. 
Sociedades comerciais
1. Institucionais ou Estatutária:
Formada por um estatuto.
A pessoa do sócio é indiferente.
Prevalece a impessoalidade do capital. O ingresso do acionista pode se dar em qualquer momento, pela simples aquisição de ações.
Não carece de tocar no ato constitutivo nessa movimentação.
Ex.: Sociedade anônima, soc. Em comandita por ações.
2. Personalidade jurídica das sociedades comerciais.
2.1. Distinção da personalidade quanto à forma de instituição da sociedade:
Sociedade de Pessoas: Conjunto de sócios é titular dos direitos e ações que correspondem sociedade. Patrimônio pertence a todos e as obrigações também. Não necessita de personalidade distinta dos sócios. Razão Social é suficiente para identificação da personalidade, aquisição de direitos e obrigações assim como, representação em juízo.
Sociedade de Capitais: desvinculada dos sócios tem base impessoal e capitalista, a personalidade se dá por representação com base no capital.
3. Teoria da Personalidade Jurídica
A Pessoa dos sócios é distinta da pessoa da sociedade, os patrimônios são inconfundíveis – pois apenas ocorre a responsabilidade subsidiária, pessoal, do sócio solidário.
4. Efeitos da Personalidade Jurídica
Sociedade considerada uma pessoa – sujeito capaz de direitos e obrigações;
Sócios e sociedade não se confundam, não adquirindo, portanto, qualidade de comerciante;
A sociedade com personalidade adquire ampla autonomia patrimonial. O patrimônio da sociedade, em qualquer caso, responde ilimitadamente pelo seu passivo;
A sociedade pode alterar sua estrutura jurídica (modificação do contato, adotando outro tipo de sociedade), e ou, economicamente (se dá com a retirada ou ingresso de novos ou simples substituição de pessoas, pela cessão ou transferência de parte do capital);
5. Desconsideração da personalidade jurídica
Doutrina “disregard of legal entiry”;
Doutrina da penetração;
Brasil – reconhece personalidade – sociedade de capital;
Possível desconsideração ??? – Entendimentos divergentes.
6. Sociedades irregulares e sociedades de fato
A existência de pessoa jurídica (sociedade comerciais) se dá com o registro do ato constitutivo no registro que lhe é peculiar;
Sociedades regulares: registro no órgão competente: personalidade jurídica;
Sociedades irregulares: sociedades que não argüiram seus documentos em órgão competente próprio. Tendo ou não contrato social;
Sociedades de fato e irregulares: distinção conceitual sobre sociedades irregulares e sociedades de fato.
Irregulares: As que funcionam sem o cumprimento das solenidades legais da constituição, registro e publicidade. Existe contrato, mas o mesmo não é arquivado no Registro próprio. É mais que a comunhão de bens e menos que a sociedade regular.
De fato: Afetados por vícios que as levam à nulidade e são assim passível de decretação de morte, pois vivem enquanto admitidas. Acontecem quando os sócios deixam de reduzir a escrito seu ajuste e mesmo assim a “sociedade”, vive, funciona e prospera. Mas vive somente de fato, não existe de direito. 
7. Sociedades Comerciais - nomenclaturas
Firma ou Comerciante Individual - Define-se pelo próprio nome.
O Nome Comercial: Tem que usar necessariamente firma ou razão social, formada com o nome pessoal do titular, aditado, se for de interesse do empresário, designação mais precisa de sua pessoa ou atividade.
o Característica, direito, dever e responsabilidade dos sócios não constitui pessoa jurídica, não havendo separação entre o patrimônio da empresa e do titular, ou entre dívidas pessoais e dívidas das empresas. 
8. Sociedade em Nome Coletivo: art. 1039.
Nome Comercial – firma ou razão social. Nome do sócio, ou sócios, seguidas das expressões: & Companhia; & Cia.
Ato Constitutivo: Contrato.
Responsabilidade dos Sócios Limitada, porem subsidiaria.
SOCIEDADE NO CÓDIGO CIVIL
1. Sociedade: "Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados" (artigo 981 do Código Civil);
1.1. Sociedade simples: designa toda sociedade que tem como pressuposto maior a atuação pessoal de seus componentes, dentro de suas especialidades. Exemplos clássicos: sociedades de médicos e advogados. Nesse tipo de sociedade o contrato social é inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, exceto para as sociedade de advogados que é registrada perante a OAB;
1.2. Sociedade empresária: o termo designa as sociedades, por assim dizer, "despersonalizadas", ou cuja atuação não tenha direta dependência da atuação pessoal dos sócios. Nesse tipo de sociedade mais importa o corpo da empresa. Exemplo clássico: uma indústria. O contrato social da sociedade empresária é inscrito na Junta Comercial do Estado em que tem sede. A sociedade empresária pode se formar através de uma das seguintes figuras sociais:
1.2.1. Sociedade em Conta de Participação: é composta de um sócio ostensivo e um sócio participante ou oculto. Este último nunca é revelado a terceiros nos negócios da empresa. Trata-se exclusivamente de um investidor que não responde, portanto, perante terceiros, pelas dívidas de empresa;
1.2.2. Sociedade em Nome Coletivo: pode ser composta apenas por pessoas físicas e todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais;
1.2.3. Sociedade em Comandita Simples: nesse tipo de sociedade tomam parte sócios de duas categorias: a saber: a) os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e b) os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota e que não participam dos atos de administração da empresa;
1.2.4. Sociedade Limitada: é o tipo mais usual. Nela a responsabilidade de cada sócio pelas dívidas sociais é restrita ao valor de suas quotas, mas apenas quando todos os sócios tiverem integralizado suas cotas (aportado à sociedade o dinheiro representativo do valor de suas cotas). Caso tal não tenha sido feito, todos respondem solidariamente, perante terceiros, pela integralização da totalidade do capital social;
1.2.5. Sociedade Anônima: na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir;
1.2.6. Sociedade em Comandita por Ações: tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sendo que somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Para melhor entendimento, esclarece-se que responsabilidade solidária é aquela em que todos os responsáveis se encontram em situação de igualdade, podendo ser penhorados os bens de qualquer deles, ou de todos, sem ordem preferencial. Já na responsabilidade subsidiária primeiramente são penhorados os bens do devedor principale depois, caso não os haja em quantidade suficiente para saldar a dívida, podem ser excutidos os bens do devedor subsidiário.
Antes, portanto, de se iniciar qualquer atividade negocial, deve-se verificar qual o tipo social mais adequado para a atividade e o perfil dos sócios, sob pena de se experimentarem, no futuro, dissabores que poderiam ser evitados.
TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO DAS SOCIEDADES
TRANSFORMAÇÃO
O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.
A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, a devolução do valor da quota. Esta devolução será considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidando-se com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.
A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.
INCORPORAÇÃO
Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.
A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.
A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.
A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.
Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e promoverá a respectiva averbação no registro próprio.
FUSÃO
A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
A fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-se.
Em reunião ou assembleia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e aprovado o projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital social, serão nomeados os peritos para a avaliação do patrimônio da sociedade.
Apresentados os laudos, os administradores convocarão reunião ou assembleia dos sócios para tomar conhecimento deles, decidindo sobre a constituição definitiva da nova sociedade.
É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que façam parte.
Constituída a nova sociedade, aos administradores incumbe fazer inscrever, no registro próprio da sede, os atos relativos à fusão.
ANULAÇÃO DE ATOS
Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles.
A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.
Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de anulação.
Ocorrendo, no prazo de noventa dias após a publicação dos atos, a falência da sociedade incorporadora, da sociedade nova ou da cindida, qualquer credor anterior terá direito a pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os créditos pagos pelos bens das respectivas massas.
Base: artigos 1.113 a 1.122 do Código Civil.