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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Campus de Presidente Prudente Laboratório de Física IV Prática VI: Fenômeno da Interferência da Luz Discentes: Luis Henrique Precoma Vitor Galvão Docente: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz Presidente Prudente Junho – 2017 Sumário Resumo............................................................................................................................ 3 Introdução....................................................................................................................... 4 Objetivos.......................................................................................................................... 8 Procedimentos Experimentais........................................................................................ 9 Resultados....................................................................................................................... 10 Conclusão....................................................................................................................... 12 Referências Bibliográficas............................................................................................. 13 3 Resumo Na história da Física, grandes cientistas dedicaram-se ao estudo das ondas entre eles: Cristian Huygens (1629-1695), Robert Hooke (1635 -1703), Isaac Newton (1643- 1727), Hertz (1857-1894), Guglielmo Marconi (1874 -1937), Doppler (1803-1853). Graças às ondas é que existem muitas das maravilhas do mundo moderno, como a televisão, o rádio, as telecomunicações via satélite, o radar, o forno de micro-ondas entre outras. O procedimento foi realizado com o auxilio de laser monocromático, perfis de filme com fendas diversas e um anteparo. Buscamos compreender os fenômenos ondulatórios através do Experimento de Young, Principio de Hyugens e da difração de Franhofer. 4 Introdução Durante muito tempo a natureza da luz foi motivo de discussão e estudo para vários cientistas em diversas regiões do mundo, principalmente para saber o que é a luz e do que ela é feita. Um dos experimentos mais importantes para determinar a natureza da propagação da luz foi o experimento da dupla fenda de Young, nesse experimento pode- se observar uma figura de difração que só podia ser explicada se a luz tivesse natureza ondulatória já que essa figura era formada por linhas de interferência ou supostamente, superposição de ondas como na figura 1. A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações de cada onda. Esse padrão ocorre por conta da diferença no percurso de duas ou mais ondas que chegam a cada ponto do anteparo, fazendo com que as mesmas cheguem fora de fase e haja uma interferência construtiva ou destrutiva. No caso da interferência construtiva a diferença de percurso deve ocorrer de maneira que faça com que as ondas cheguem em fase no anteparo, ou seja, a diferença deve ser múltipla de um comprimento de onda (λ) das ondas em questão, sendo assim: R1 – R2 = mλ Figura 1- Representação do experimento de dupla fenda de Young 5 Onde: R1 é a distância percorrida pela primeira onda; R2 a distância percorrida pela segunda onda; m um numero inteiro; E λ o comprimento de onda da luz a ser estudada. No caso da interferência destrutiva o mínimo da primeira onda deve coincidir com o máximo da outra fazendo com que a soma das duas seja nula, para que isso ocorra é necessária a seguinte condição: R1 – R2 = λ Quando a largura das fendas é muito menor que a distancia do anteparo, de maneira a se tornar desprezível podemos determinar a intensidade da franja de interferência através da equação: Para Onde: I e I’ são, respectivamente, a intensidade no ponto e a intensidade da luz incidente nas fendas; k o numero de onda ( ); h a distancia do anteparo; E θ o ângulo formado entre a direção do percurso da onda e a horizontal. Todas as informações apresentadas até aqui estão descrevendo o padrão de interferência para duas fendas, porem quando aumentamos o numero de vendas essa figura muda, apesar do principio continuar o mesmo. Veja na figura 2 o padrão de interferência com “n” fendas. 6 Como podemos observar a largura dos mínimos diminui de acordo com o numero de fendas. Essa figura mostra o padrão de difração produzido por fendas de largura b separadas por uma distancia h. A intensidade da onda em cada ponto nesse caso é dada por: Onde: β = ½.(kbsenθ), em que k é o numero de onda e b a largura da fenda; γ é o mesmo apresentado anteriormente nesse relatório; N é um numero inteiro; E I e I’ são, respectivamente a intensidade no ponto e a intensidade da luz incidente nas fendas. A função que representa os máximos absolutos, chamados de máximos primários quando γ = nπ (n=0,±1,±2,±3,...) é dada por: E que corresponde às posições Onde: N e n são números inteiros; Figura 2- Rede de difração com múltiplas fendas 7 γ é o mesmo da equação apresentada anteriormente neste relatório; z é a distancia até o anteparo; e h é a distancia entre as fendas. 8 Objetivos: Saber o que acontece quando 2 ondas se encontram; Entender a figura formada pela interferência de duas ondas luminosas coerente incidindo num anteparo; Aprender como calcular a intensidade em vários pontos de uma figura de interferência; Enxergar como a interferência torna possível medir distâncias extremamente pequenas. 9 Procedimento Experimental: MATERIAIS: Trena 10m. Laser monocromático de He-Ne [ = 532nm no ar]. Placa de metal (Anteparo). Suporte, Trilho e fixadores. Régua. Papel milimetrado. 3 Perfis de Vidro com fendas. PROCEDIMENTO: Primeiramente iremos montar o suporte para o laser, o suporte deve ser montado em uma superfície estável como, por exemplo, uma bancada ou mesa. O laser deve estar fixo e alinhado paralelo ao trilho sobre o qual está montado o vidro com fendas. Monte o anteparo e fixe o papel milimetrado no mesmo, não se esquecer de regular o laser e anteparo, pois utilizaremos o papel milimetrado para medir as propriedades físicas das franjas. O anteparo deve estar a uma distância razoável para que ocorra uma melhor visualização das fendas, recomenda-se uma distância de 7 a 7,5m e não se esquecer de anotar a distância exata, ela será de grande importância para o desenvolvimento da atividade. Durante o desenvolvimento da atividade iremos anotar o valor de distância do laser para o papel milimetrado e para cada perfil de vidro iremos também anotar o período de interferência (Ʌ) e determinar os valores de “h” de cada perfil. Para um melhor aproveitamento da aula recomenda-se que as luzes do ambiente estejam apagadas, isso possibilitara uma melhor identificação das franjas e seus períodos. 10 Resultados: Após montado o sistema para a execução da prática, medimos o valor da distancia do laser para o papel milimetrado, essa distância é representada por “z” e seu valor é z = 7,09 m. O primeiro perfil de vidro com fendas introduzido no suporte foi o perfilcom 3 fendas duplas, seguido do perfil com 4 fendas duplas, como são ilustrados nas imagens abaixo: Nestes perfis encontramos os valores do período de interferência (Ʌ) e com eles iremos encontrar os valores de “h” utilizando a equação: . Os valores dos períodos encontrados serão descritos na tabela abaixo, junto com seus respectivos “h” já calculados: Ordem de fendas Valor de “b” Valor de “g” Período (Ʌ) “h” Perfil 1 (com 3 fendas duplas). 1 0,20 mm 0,30 mm 14 mm 2,69x10 -4 m 2 0,15 mm 9 mm 4,19x10 -4 m 3 0,10 mm 10 mm 3,77x10 -4 m Perfil 2 (com 4 fendas duplas) 1 0,15 mm 0,25 mm 4 mm 9,42x10 -4 m 2 0,50 mm 5 mm 7,54x10 -4 m 3 0,75 mm 7 mm 5,38x10 -4 m 4 1,00 mm 12 mm 3,14x10 -4 m Embora a taxa de desvio seja de ± 0,05 tivemos complicações com o apoio do laser, no qual não era estável e os integrantes do grupo tiveram que apoiá-lo e acioná-lo 11 ao mesmo tempo, sendo assim causávamos vibrações com os punhos o que com certeza influenciaram nos valores dos períodos e consequentemente nos valores de “h”. Posicionando o terceiro perfil com múltiplas fendas encontramos valores decrescentes de períodos e quando menor o valor de período, maior a distancia observada entre os máximos secundários. Obtivemos problemas com o laser e seu suporte durante a terceira medida, ou seja, não foi possível obter uma imagem com resolução da mesma. Período (Ʌ) Distância entre máximos 1 8 mm 8 mm 2 9 mm 15 mm Como demonstra a tabela o valor de medida entre os máximos aumentam conforme o período também aumenta. 12 Conclusão: Neste experimento pudemos testar o Principio de Huygens e reproduzir o experimento de Young agora aplicados na interferência da luz e utilizamos exclusivamente fendas duplas. Como base teórica utilizamos o “Principio de Huygens”, “Experimento de Young” e a “Difração de Fraunhofer”. Sendo assim nesta prática pudemos investigar a rede de interferência que é produzida ao passar um feixe monocromático por fendas finas duplas e tal efeito só é possível graças à propriedade ondulatória da luz, que foi provada anteriormente com o Experimento de Young. Foram extraídos resultados parcialmente satisfatórios da prática realizada, as falhas com equipamentos de precisão influenciaram de forma negativa a execução e sequencia de experimentos. Porém as equações foram aplicadas de maneira coerente com a teoria, possibilitando ao grupo identificar seus erros e extrair o aprendizado necessário para uma melhor reprodução da mesma prática. 13 Referencias: SEARS E ZEMANSKY FÍSICA IV: ótica e física moderna / Hugh D. Young, Roger A. Freedman; colaboradores T.R. Sandin, A. Lewis Ford; tradução e revisão técnica Adir Moysés Luiz. – São Paulo: Addison Wesley, 2004. HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 4, 8ª Edição, LTC, 2009.
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