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Aula 18 Modelo pu para transformadores com tap fora do nominal Tap •Pode-se variar a relação entre as espiras de um transformador quando se deseja controlar a tensão em um dos terminais. •O termo utilizado para nomear a tomada para variar a relação de espiras é “tap” do transformador; •O tap pode ser variado manual ou automaticamente. •No caso de variação automática a tensão num dos terminais é comparada a uma referência e o erro é utilizado para gerar um sinal que corrige a posição do tap. •Caso o tap do transformador não esteja na posição nominal a relação de transformação deve ser representada • Considere o transformador com “tap” fora do nominal. Caso ocorra mudança de “tap” tal que: 222 ∆NNN +→ • A nova relação de transformação: 22 1´ ∆NN N a + → Modelo pu para transformadores com tap fora da nominal • Transformando em p.u.: • No caso de “tap” fora da nominal, o “tap” relativo, não necessáriamente unitário, variando normalmente de 0,9 a 1,1. No modelo referido ao secundário, a impedância em p.u. é a medida através do ensaio de curto no secundário. upZupZ .1. 2 2 1 = α • No caso de “tap” fora da nominal, o “tap” relativo, deve ser representado no modelo para fluxo de carga, já que as impedâncias vistas do secundário e primário em p.u. não são idênticas. No modelo deve constar a impedância visto de um dos lados e a posição do “tap”. Exemplo Considere um transformador de tap variável, 100 MVA, 220/69 kV, x = 8 %. O comutador de tap está no lado de baixa e tem 20 posições, com tap variando de ± 5 %. Representar o transformador em p.u, quando o tap está na posição + 2. Considere os valores de base: Sb = 100 MVA, Vb1 = 220 kV, Vb2 = 69 kV. Solução De acordo com as especificações do comutador de tap: Posição central – tap nominal; 10 posições para variação de + 5 % – cada posição equivale a +0,5%; O comutador está na posição 2: corresponde a uma variação no número de espiras de 1%. 01,0 2 2 == ∆ t N N 01,11 =+= tα Os circuitos em p.u nas bases apresentadas ficam: Note que as impedâncias referidas são diferentes. Fluxo de potência de transformador monofásico Vamos obter o fluxo de potência ativa e reativa através do transformador monofásico em função do estado das barras terminais do transformador. Iremos representar o transformador em p.u. e incluir o tap. Esta representação pode ser estendida para o transformador trifásico porque trabalhamos somente com o circuito de seqüência positiva (sistema em regime permanente). Os parâmetros são : •Tap relativo (também chamado de off-set) em p.u. •Impedância de dispersão em p.u. 1 : akm Qfm Pkm Ek m Em k Pfm Qkm rkm + j xkm f Parâmetros em p.u. do transformador Seja o diagrama simplificado da linha com a convenção de sinais adotada apresentado a seguir : O modelo pi para deduzir as expressões dos fluxos de potência ativa e reativa da linha é : Lembrando do fluxo de potência em L.T. Qmk Pkm Ek m Em k Pmk Qkm Ikm rkm + j xkm j ykm Ek m Em k j ykm Vamos obter as potências ativa e reativa da linha em função das tensões das barras terminais (fasor => amplitude e ângulo). A impedância série é dada por : Potência ativa e reativa da linha kmkm xjr + Ou, escrevendo através de admitância série : 22 22 kmkm kmkm xr xb xr rg onde bjgy km km km km kmkm km ser + − = + = += A admitância transversal é dada por : 2 Yjbjyj km derkm der km der == Sejam as tensões complexas nas barras terminais dadas por : m k j mm j kk eVE eVE θ• θ• = = A corrente injetada no terminal k tem duas componentes e é descrito por : ( ) −++= −+=+= •••• •••••• mkkmkmk der kmkm mksekmk der km se km der kmkm EEjbgE.jbI sejaou EEYE.jbIII A potência complexa injetada no nó k é dada por : * kmkkkkm I.EQjPS ••− =+= Logo kmjkkmkm IeVQjP k •θ− =− Lembrando que θ= θ−piθ= θ−pi cos 2 senesen 2 cos Chegamos a ( ) kmkmmkkmkmmkkmdekm2kkm kmkmmkkmkmmkkm 2 kkm cosbVVsengVVbbVQ senbVVcosgVVgVP θ+θ−+−= θ−θ−= As perdas ativas na linha são dadas por : Perda somente na resistência série. E as perdas reativas por : ( ) 2 mkkmmkkm kmmk 2 m 2 kkmmkkm EE.gPP ou cosVV2VVgPP •• −=+ θ−+=+ Perdas ativa e reativa na linha ( ) ( ) ( ) 2mkkmdekm2m2kmkkm kmmk 2 m 2 kkm de km 2 m 2 kmkkm EE.bbVVQQ ou cosVV2VVbbVVQQ •• −−+−=+ θ−+−+−=+ Perda reativa na reatância série e na admitância transversal. Reparem que a perda reativa na linha tem uma parcela devido à perda no elemento longitudinal e outra devido ao elemento transversal. Quando estas parcelas são próximas o consumo de reativo da linha tende a zero. Quando compensamos somente a admitância transversal a linha continua consumindo reativo devido à reatância longitudinal. Analisando a perda reativa na linha Expressões semelhantes podem ser deduzidas para o transformador. Entre os nós k e f (fictício) temos um transformador ideal com relação de transformação 1 : a . Transformador ideal não tem perda, ou seja, a potência que sai é igual à potência injetada. Entre os nós k e m temos somente a impedância de dispersão e podemos aplicar as equação da linha omitindo o termo transversal. Expressão do fluxo de potência no transformador fmkf SS −− = Entre nós f e m . As condições terminais do transformador ideal k f são dadas por : Substituindo estes valores temos : Diferenças entre as expressões transformador – LT •Termo transversal •Tap fmkmmffmkmmfkm 2 ffm fmkmmffmkmmfkm 2 ffm cosbVVsengVVbVQ senbVVcosgVVgVP θ+θ−−= θ−θ−= kmfmkf kmfmkmkf QQ; PP;aVV =θ=θ == ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) kmkmmkmk kmkmmkmkkm 2 kmkkm kmkmmkmk kmkmmkmkkm 2 kmkkm cosbVaV sengVaVbaVQ senbVaV cosgVaVgaVP θ+ θ−−= θ− θ−= O modelo do transformador defasador é composto por um transformador ideal com relação de transformação complexa e pela impedância de dispersão. Novamente temos um nó fictício para podermos incluir o transformador ideal com a defasagem. Os parâmetros do modelo são : •Relação de transformação complexa •Impedância de dispersão em p.u. Fluxo de potência em transformadores defasadores Entre os nós k e f (fictício) temos um transformador ideal com relação de transformação 1 : a.ejφφφφkm . O transformador ideal não tem perda, ou seja, a potência que sai é igual à potência injetada. Entre os nós f e m temos somente a impedância de dispersão e podemos aplicar as equação da linha omitindo o termo transversal. 1 : a ej φφφφkm Qfm Pkm Ek m Em k Pfm Qkm rkm + j xkm f fmkf SS −− = Modelo do transformador defasador Lembrando da equação do fluxo de potência na linha Entre nós f e m . As condições terminais do transformador ideal k f com defasagem são dadas por : Substituindo estes valores temos : ( ) kmkmmkkmkmmkkmdekm2kkm kmkmmkkmkmmkkm 2 kkm cosbVVsengVVbbVQ senbVVcosgVVgVP θ+θ−+−= θ−θ−= fmkmmffmkmmfkm 2 ffm fmkmmffmkmmfkm 2 ffm cosbVVsengVVbVQ senbVVcosgVVgVP θ+θ−−= θ−θ−= kmfmkmkf kmfmkmkf QQ; PP;aVV =φ+θ=θ == ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )kmkmkmmkmk kmkmkmmkmkkm 2 kmkkm kmkmkmmkmk kmkmkmmkmkkm2 kmkkm cosbVaV sengVaVbaVQ senbVaV cosgVaVgaVP φ+θ+ φ+θ−−= φ+θ− φ+θ−= Diferenças entre as expressões dos transformadores •Abertura angular de kmkmkm para φ+θθ Exercício Calcular os fluxos de potência ativa e reativa num transformador com relação nominal de transformação 138 kV/69 kV, com reatância de dispersão de 8 % sendo: 1. Abertura angular de 5º , amplitude das tensões terminais de 130 kV e 70 kV; 2. Dados iguais a (1) com tap de 1 : 1,10 do lado de alta; 3. Dados iguais a (1) com tap de 1 : 1ej30303030°°°° Verificamos que ao variar-se o tap (módulo) atuamos no fluxo de potência reativa ; Ao variarmos a abertura angular entre duas barras atuamos na potência ativa. Tap e defasagem •Tensão na barra 1 tem ângulo adiantado em relação à tensão na barra 2 � fluxo de potência de 1 para 2 •Fluxo de potência reativa -> da barra de maior amplitude de tensão para a de menor amplitude 588 W 588 Var 823 Var 705 W N2 N1 0100∠ 4,47,76 −∠ Exercício já apresentado Como as linhas de transmissão têm resistência muito pequena comparada com a reatância: R << X � Z ≈ jX Podemos simplificar as expressões de Pkm Como as tensões têm módulo próximo à unidade e para pequenas aberturas angulares temos : A máxima potência transmitida ocorreria para aberturas angulares próximas de 90°, mas o limite prático é bem menor. A potência máxima a ser transmitida diminui com o aumento da reatância da linha, que é função do seu comprimento. km mk km senX VVP θ= Relembrando LT X P kmkm θ ≈ Com R ≈ 0, toda a potência ativa gerada é entregue em 2 Observando as equações anteriores, para um sistema de potência típico em que R/X é muito pequeno podemos afirmar: a) Pequenas variações em δ1 e δ2 resultarão em grandes variações no fluxo de potência ativa, enquanto pequenas variações nas tensões não têm influência significativas no fluxo de P. Por isto o fluxo de potência ativa é controlado principalmente pela diferença entre os ângulos elétricos das tensões terminais: P12 ∝ δ12 (δ1 - δ2 ). Se δδδδ1 > δδδδ2 (adiantado): P12 > 0 ���� Fluxo de 1 para 2. b) Assumindo R ≈ 0, a potência máxima teórica ocorre quando δ12 = 90°, dada por: X VV 21 12 =MaxP Veremos que se aumentarmos δ12 além da máxima capacidade de transmissão, ocorrerá perda de sincronismo entre as duas máquinas 1 e 2. b) Para manter a estabilidade transitória o sistema de potência normalmente opera com ângulos de carga pequenos (δ). d) Verficamos também que o fluxo de potência reativa é determinado pela diferença entre as amplitudes das tensões terminais: Q12 ∝ (V1-V2)
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