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MATERIAL ESTUDO G1

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ULBRA GUAÍBA
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
DIREITO PENAL I – PROFESSOR ALBERTO WUNDERLICH 
MATERIAL DE ESTUDOS DE G1 – 2017/1
	Abolicionismo Penal: É um movimento relacionado à descriminalização que é retirada de determinadas condutas de leis penais incriminadoras e a despenalização entendida como extinção de pena quando da prática de determinadas condutas. Louk Hulsman – Nils Christie
- É a teoria que defendeu a abolição das leis criminais.
	Garantismo Penal: É uma teoria jurisfilosofica criada por Luigi Ferrajoli em 1980, mas com raízes no iluminismo do século XVIII, que pode ser entendida de três formas distintas, mas correlacionadas: a) como um modelo normativo do direito; b) como uma teoria critica do direito; c) como filosofia política. Luigi Ferrajori – Direito e raízes – Direito penal mínimo
	Direito penal do inimigo: É uma teoria que vem ganhando adeptos desde a década de 80 com base em políticas públicas de combate à criminalidade interna/externa. A teoria está assentada em três pilares: a) antecipação da punição; b) desproporcionalidade das penas e relativação/supressão de certras garantias processuais; c) criação de leis mais severas direcionadas a “clientela” (terroristas, criminosos organizados, traficantes, criminosos econômicos, dentre outros). Gunther Jakobs
	Conceito Direito Penal: É o conjunto de normas jurídicas que têm por finalidade estabelecer as infrações de cunho penal e suas respectivas sanções e reprimendas. O Direito Penal é o ramo do Direito Público (que diz respeito a função ou dever do Estado). Há que se acrescentar que o Direito Penal é formado por uma descrição, em série, de condutas definidas em lei, com as respectivas intervenções do Estado (na aplicação de sanções e eventuais benefícios), quando da ocorrência do fato delituoso, concreto ou tentado.
Política Criminal: É aquela que implica as estratégias a adotarem-se dentro do Estado no concerne à criminalidade é a forma de seu controle.
Criminologia: Converte-se em fase da política criminal em uma ciência de referencias, na base material dessa estratégia. É a ciência que se volta ao estudo do crime, como fenômeno social, bem como o criminoso.
Escolas Clássicas: Via o criminoso como a pessoa que por livre arbítrio infringiu as regras impostas pelo Estado, merecendo o castigo denominado pena. Visualizava primordialmente proporcionalidade, evitando as penas corporais de toda a ordem. A corrente denominação escola clássica nasceu do livro dos delitos e das penas, de Baccaria.
Escola Positiva: Enxergava o criminoso como um produto da sociedade; que não agia por livre arbítrio, mas por não outra opção, além de ser levado ao delito por razões atávicas. Visualizava sobretudo o homem delinquente e não o fato praticado, movido pelo qual a prova não necessitava apresentar o castigo, mas, tinha caráter preventivo, isto é até quando fosse útil poderia ser aplicada. Lombroso
Escolas Ecléticas: São escolas que buscam uma conciliação entre as escolas clássicas e positivas. Algumas escolas ecléticas: Terza Scuola – Italiana e escola de Von Liszt.
Princípio da Reserva Legal ou da Legalidade: Sem legislação específica não há crime. É uma forma de limitação do poder punitivo do Estado (Art. 5º, inciso XXXIX da CF/88 e Art 1º do CPB)
Fundamentos do Princípio da Legalidade: a) Político: impede o poder punitivo do Estado com base no livre arbítrio, ou seja, o Estado só pode punir com base na lei; b) Democrático: o congresso, representante do povo, deve ser o único responsável pela criação de crimes; c) Jurídico: uma lei prévia e clara produz importante imidativo (prevenção legal).
	Princípio da Anterioridade: Não há crime nem prova sem anterior previsão legal. (Art. 1º CPB e 5º XXXIX e XL CF/88)
	Princípio da Irretroatividade da Lei Penal: A lei penal só pode retroagir para beneficiar o réu. Com isso, fica afastada a possibilidade de uma lei nova (mais rígida) prejudicar fatos pretéritos. A retroação só pode acontecer se a lei nova for mais benigna ao agente do delito. (Art 5º XL da CF/88)
	Princípio da Intervenção: Limita o poder de atuação do ente estatal. O direito punitivo só será aplicado em observância ao princípio d reversa legal, com o fim social de impedir o legislador de se exceder na construção do Direito Penal aplicável.
	Princípio da Insignificância: Aferida a irrelevância de uma conduta delituosa, ou sua insignificância (por exemplo a apropriação de bagatelas, deve ser excluída sua tipicidade penal).
	Princípio da Ofensividade: Aplicado na elaboração das leis, cuida de prevenir um atraque ou perigo concreto sobre um bem tutelado pelo Estado. Esse princípio protege o interesse social tutelado pelo Estado de um perigo de lesão (ou ofensa).
	Princípio da Proporcionalidade: Cabe ao Estado dar a seus cidadãos um mínimo de proporcionalidade entre garantia de seus direitos. Segundo esse princípio, o sistema penal se firma na sua capacidade de fazer frente aos delitos existentes em um meio social que absorva sua eficácia.
	Princípio do “in dubio pro reo”: Na dúvida, o réu deve ser absolvido, pois no direito penal a culpa tem que ser comprovada, não cabendo suposição de prática de ato delituoso.
(F) O princípio da anterioridade quer dizer que não existe crime sem expressa previsão legal.
(F) O direito penal somente deverá ser utilizado em caso de extrema necessidade, devendo ser a última maneira de intervenção estatal no meio social. Estou me referindo ao princípio da legalidade.
(V) As leis penais benéficas podem retroceder no tempo para aplicação ao caso concreto, ainda que tenha sido definitivamente julgada, desde que seja para beneficiar o réu.
(V) No direito penal brasileiro é correto afirmar que não existe crime sem dolo e sem culpa.
(V) O princípio da humanidade proíbe penas cruéis e desumanas vedando a tortura e os maus tratos nos interrogatórios policiais.
(F) Em função do princípio da anterioridade deduz-se que determinadas condutas, por serem socialmente adequadas, não podem ser consideradas criminosas, apesar de sua tipificação formal.
(F) O princípio da insignificância determina que nenhuma pena poderá ultrapassar a pessoa do condenado.
(V) A Escola Clássica do direito penal via o delinquente como a pessoa que, por livre arbítrio, infligiu as regras impostas pelo Estado, merecendo um castigo.
(V) Em função do princípio da adequação social, deduz-se que determinadas condutas, por serem socialmente adequadas, não podem ser consideradas criminosas, apenas de sua tipificação formal.
 (F) O princípio da legalidade quer dizer que a tipicidade penal exige que a ofensa ai bem jurídico tutelado seja revestida de um mínimo de gravidade, pois nem sempre qualquer ofensa aos bens ou interesses penalmente protegidos é suficiente para ser considerado criminoso.

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