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Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição CRIPTOCOCOSE Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Ana Caroline Braga S. Lima – 4902789 Anderson Paixão Silva Camara – 4902717 Juliana Zidirich Goulart – 4902766 Rafaella Carolina Borges De Souza Rainha – 4902857 Renata M. G. Ramos – 4903197 Universidade do Grande Rio – Unigranrio 1 Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição CRIPTOCOCOSE A criptococose é uma doença infecciosa fúngica (micose) potencialmente fatal, causada por fungos do gênero Cryptococcus encapsulados por conteúdo polissacarídeo – CHO (favorece o aumento do fator virulento do fungo) de origem C. neoformans com suas respectivas variantes do tipo C. gattii (Sorotipo B & C); C. neoformans (Sorotipo A, D & AD); grubbi (Sorotipo A) (MEZZARI, A. et al., 2013; Yang Liu, 2013). Doença mais acometida em 69% dos homens (DATASUS/MS). 2Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição CLASSIFICAÇÃO ✓ C. neoformans: Cosmopolita, habitat de aves, excretas secas, ricas em nitrogênio (ureia e creatinina). Encontrado em centro urbanos e relacionados a pombos. Ambiente domiciliar (Vizinhanças), na poeira doméstica. (Consenso em Criptococose., 2008). ✓ C. gattii: Regiões Tropicais e Subtropicais, associados a restos de Eucaliptos que atualmente não é considerado seu habitat natural, podendo estar associado a outras variedades de árvores em decomposição. (Cecília Bittencourt Severo., 2009). 3Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Infecção Oportunista: Imunodepressão Celular Infecção Primária: Sem Imunodepressão Celular C. neoformans C. gatti Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição ESQUEMA DE TRANSMISSÃO 4Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo (MÜLLER & NISHIZAWA., 2017; Consenso em Criptococose., 2008). Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição FATORES ESTIMULANTES ✓ Cápsula com conteúdo polissacarídeo. (Kronstad et. al., 2011). ✓ Produção de Melanina (Protege as células de danos oxidativos, e é produzida pela enzima laccase→ estimulada por inúmeros fatores. (Ribeiro, N. S. et. al., 2014). ✓ Produção de enzimas extracelulares como fosfolipases B, superóxido desmutase. (Kronstad et. al., 2012). ✓ Temperatura de 37ºC (Temperatura de desenvolvimento). (Sabiiti and May, 2012). 5Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição LOCAL SINTOMAS E SINAIS COMPLICAÇÕES / SEQUELAS PULMÃO Febre, Tosse, Dor Torácica e Expectoração Nódulos, Pneumonias e Derrames Pleurais SNC Febre, Cefaleia, Sonolência, Confusão Mental, Tontura, Distúrbios Visuais, Aumento da Pressão Intracraniana, Irritabilidade, Ataxia e Afasia. Coma, Paralisias de Nervos Cranianos, Alterações Sensoriais e Auditivas, Hidrocefalia e Demência SUBCUTÂNEO Abcessos, de pústulas, de ulcerações ou de pápulas; Vesículas, Bolhas, Celulite e Úlceras. Soares, Emmanuel Alves. Mortalidade por criptococose no brasil (2000 a 2012). / Emmanuel Alves Soares. -- 2015. 6Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Na criptococose, os sinais de perda de peso e os sintomas como náuseas e vômitos são característicos aos pacientes. SINTOMATOLOGIA Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição EPIDEMIOLOGIA 75,0% 19,5% 0,3% 0,2% 0,2% 0,5% 4,3% 0% 20% 40% 60% 80% CAUSAS DOS ÓBITOS POR CRIPTOCOCOSE NO BRASIL AIDS CRIPTOCOCOSE IMUNODEFICIÊNCIA NÃO ESPECÍFICA IRC LEUCEMIA LINFÓIDE LINFOMA OUTROS 50,1% 28,1% 9,2% 7,2% 5,4% 0% 20% 40% 60% R EG IÕ ES ÓBITOS DE CRIPTOCOCOSE POR REGIÕES NO BRASIL SUDESTE SUL CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE FONTE: DATASUS/MS (2000 a 2012) – % Porcentagem por causas e regiões no Brasil. 7Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição C. CEREBRAL C. CUTÂNEAC. PULMONAR Imagens 1, 2 e 3 – Departamento de Anatomia Patológica, Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas, São Paulo/BRASIL. 1 2 3 8Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo DIAGNÓSTICO Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 9Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo TRATAMENTO O tratamento é feito exclusivamente por Antibióticos Fungicidas ou Antifúngicos. Fluconazol • Via: Oral / IV • Posologia: 200mg – 400mg/dia → Efeito Adverso: Inibidor da enzima hepática CYP2C9 – ↓ MET. HEP – Hepatotoxicidade Anfotericina B • Via: Exclusivamente por Via IV com auxilio de Bomba Infusora. • Efeitos Adversos: Nefrotoxicidade → Pode complementar o TTO com formulações lipídicas em geral, com principal benefício de promover uma maior segurança quanto a toxicidade celular no seu uso prolongado. → Dieta Imunomoduladora (Ex: VIT C e Zinco). (Martinez R, 2006; Yang Liu, 2013) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 10 CASO CLÍNICO * FOTO 1 (A & B) das características das lesões cutâneas assintomáticas com uma semana de evolução. Foto 2 (A & B) das lesões após tratamento. Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo Revista SPDV 71(1) 2013; Teresa Pinto Almeida, Aristóteles Rosmaninho, Isabel Amorim, Rosário Alves, Manuela Selores; Lesões cutâneas reveladoras de criptococose sistémica. ✓ Homem, 37 Anos. ✓ Estágio – Sistémico. ✓ Positividade para HIV e Hepatite C. ✓ Ex-toxicodependência Endovenosa. ✓ Linfócitos TCD4 diminuída (10/mm³). ✓ PTN C Reativa aumentada (96,5 mg). ✓ TTO (*Durante): Anfotericina B (ev) 0,7 mg/kg – 14 dias; Fluconazol PO 400mg – 8 semanas. ✓ TTO (*Manutenção): Fluconazol PO 200mg/dia. Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 11Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo CONTROLE Uma das medidas de prevenção é umidificar o ambiente onde há o acúmulo de excretas de pombos (fezes do tipo seca), para evitar que o fungo se dissemine no ambiente. Evitar “varrer” o ambiente para que não seja propagada a poeira presente. Sendo assim, utilizar panos úmidos para a realização da limpeza domiciliar. Controle da população de pombos a partir de ações públicas. (MÜLLER & NISHIZAWA, 2017; OLIVEIRA, et al., 2008) Escola de Ciências da Saúde Curso: Nutrição 1. Adelina Mezzari, A. M. (2013). Criptococose em um Hospital Público de Porto Alegre: dados epidemiológicos. Journal Of Infection Control. 2. Cecília Bittencourt Severo, A. F. (2009). Criptococose Pulmonar. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 3. Yang Liu, A. A. (2013). Gastroduodenal Cryptococcus in an AIDS Patient Presenting With Melena. Gastroenterol Res and Elmer Press, 3. 4. Soares, Emmanuel Alves. Mortalidade por criptococose no brasil (2000 a 2012). / Emmanuel Alves Soares. -- 2015. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância Epidemiológica da Criptococose, Brasília: Funasa, 2012. 6. Revista SPDV 71(1) 2013; Teresa Pinto Almeida, Aristóteles Rosmaninho, Isabel Amorim, Rosário Alves, Manuela Selores; Lesões cutâneas reveladoras de criptococose sistémica. 7. Ribeiro, N. S. (Dezembro de 2014). Avaliação da Expressão do Transportador de Cobre CRT1 em Células de Macrófagos Infectados com Leveduras Patogênicas. p. 59. 8. Alina OSUNA et al, Criptococose, Acta Med Port. 2008; 21(3):307-313. 9. Kronstad, J., S. Saikia, E. D Nielson, M. Kretschmer,W. Jung, G. Hu, J. M. Geddes, E. J. Griffiths, J. Choi, B. Cadieux, M. Caza, and R. Attarian, 2012. Adaptation of Cryptococcus Neoformans to Mammalian Hosts: Integrated Regulation of Metabolism and Virulence: Eukaryot Cell, v. 11, p. 109-18. 10. MÜLLER, M.; NISHIZAWA, M. A criptococose e sua importância na Medicina Veterinária / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 15, n. 1, p. 24-29, 2017. 11. OLIVEIRA, F., BAZAN, C., SOLIVA, A., RITZ, R., FAGUNDES, E., CAMARGO, G., . . . PEREIRA, R. (Julho de 2008). CRIPTOCOCOSE. Período Semestral, p. 5. Imagens: Departamento de Anatomia Patológica, Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas, São Paulo/BRASIL. 12Disciplina: PATOLOGIA EM NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I – Prof. Luiz Claudio Gagliardo REFERÊNCIAS
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