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Aula de Humanização da assistência ao parto

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Humanização da 
Assistência ao 
Parto 
Profª. Esp. Maria Fernanda de A. Figueiredo 
alencar_fernanda@hotmail.com 
Sou mulher, sou mãe, sou deusa, 
e assim mereço ser cuidada. 
Se parir faz parte da natureza, 
que esta força seja respeitada. 
 
INTRODUÇÃO 
 Humanizar o parto é respeitar e criar 
condições para que todas as dimensões do ser 
humano sejam atendidas: espirituais, 
psicológicas e biológicas (LARGURA, 2000). 
INTRODUÇÃO 
 A atenção humanizada ao parto tem como 
objetivo a promoção do parto e do nascimento de 
maneira saudável. 
 Humanizar o atendimento é: reconhecer a 
singularidade da mulher, é estabelecer vínculos, 
é atender suas necessidades de maneira 
individualizada respeitando suas limitações em 
lidar com o processo de nascimento. 
O QUE É UM PARTO 
HUMANIZADO? 
 É aquele fundamentado em: 
 Assistência obstétrica baseada nas evidências 
cientificas; 
 Atendimento baseado na relação de parceria e 
respeito entre dois sujeitos; 
 Visão do parto como fenômeno fisiológico 
 (e não médico); 
 Parto conduzido pela mulher que segue seus 
instintos e necessidade e tem liberdade de 
movimento e expressão. 
Resgate Histórico 
 Estudos históricos 
revelaram que há 
menos de III séculos 
a maioria das 
mulheres durante o 
trabalho de parto 
adotavam uma 
postura vertical, nos 
períodos de dilatação, 
expulsão ou mesmo 
dequitação. 
Resgate Histórico 
Historicamente as gestantes eram assistidas 
durante o trabalho de parto e parto por parteira 
ou “aparadeiras”, no conforto de seus lares e 
sobre os olhos de seus familiares. Estas 
mulheres eram de extrema confiança da gestante 
e de seus entes, e também faziam orientações 
acerca do cuidado com o recém-nascido e o pós-
parto (BRENES, 1991). 
 
Período Moderno da Obstetrícia 
Segundo Delascio (apud OLIVEIRA et al., 2002), 
houve a valorização dos aspectos fisiopatológicos da 
assistência ao parto, em detrimento das dimensões 
psíquica e cultural que envolvem o nascimento, 
modificando o atendimento ao ato de parir, que era 
um fenômeno natural e fisiológico, e foi 
transformado em um processo patológico e 
medicalizado, alterando sua essência original de 
evento existencial para mãe e filho. 
 
 No século XX, após a Segunda Guerra 
Mundial, devido às altas taxas de morte 
materna e infantil, avalia-se a necessidade 
da institucionalização do parto, passando 
do domicílio para o hospital 
(BRUGGERMANN et al., 2005). 
 
 
 A perda da autonomia da mulher, a intervenção 
médica excessiva na fisiologia do processo de 
parturição, o distanciamento da família e o 
aumento das taxas de cesarianas, foram os 
principais resultados indesejados desse modelo 
de assistência (OMS, 1996). 
Reflexões... 
 O que você pensa sobre a atitude dos 
profissionais durante o trabalho de 
parto assistido no hospital? 
 Alguém aqui presente conhece alguma 
historia relacionada a violência sofrida 
em âmbito hospitalar? 
A Medicalização da Assistência 
ao Parto 
 
 É importante ressaltarmos que a 
assistência hospitalar ao parto deve ser 
segura, garantindo para a mulher os 
beneficios dos avanços técnicos 
cientificos mas fundamentalmente, deve 
permitir e estimular os exercícios da 
cidadania feminina, resgatando a 
autonomia da mulher no parto. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Na tentativa de incorporar a integralidade como preceito 
básico à assistência das mulheres o MS lançou em 1983 
o PAISM (Programa de Assistência Integral a Saúde 
da Mulher). 
 Ao propor princípios e diretrizes norteadores das 
práticas assistenciais ao processo reprodutivo, foi a 
primeira referência oficial do MS para assistência 
humanizada ao processo gravídico-puerperal. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 PAISM Nova perspectiva de assistência a 
mulher; 
 Inclusão de novos conceitos na assistência à 
parturição: integralidade e autonomia corporal; 
 Apesar dos princípios evocados pelo PAISM 
nos anos 90, a assistência ao parto e 
nascimento permanece centrada na intervenção 
técnica e medicalizada. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Em 1996, o MS lançou o Projeto 
MATERNIDADE SEGURA termo 
Humanização usado pela primeira vez... 
 Tem como objetivo elevar a qualidade do 
atendimento à saúde materno-infantil, 
reduzindo a morbimortalidade, realizando o 
credenciamento das instituições que prestam 
assistência ao processo de parturição. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Buscando reforçar uma política de qualificação 
de atenção ao parto, o MS lançou, também 
outras estratégias de ação. 
 1998 Prêmio Galba de Araújo propõe 
estímulo a implementação de serviços de 
excelência de atenção ao parto com vistas na 
humanização da assistência e incentivo ao parto 
normal. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Iniciativa do MS de incentivar a criação de 
cursos de especialização em Enfermagem 
Obstétrica e a implementação dos Centros de 
Parto Normal ou Casas de Parto, que 
preconizam a realização de partos naturais por 
enfermeiros (BRASIL, 1999). 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Em maio de 1998, o MS adota medidas 
objetivando mudanças: aumenta em 160% o 
valor da remuneração do parto vaginal; institui 
pagamento de analgesia de parto; para coibir o 
abuso das cesarianas no SUS. 
 Portaria 466/2000, que instituiu o Pacto 
Nacional pela Redução das Taxas de 
Cesárea, compartilhando, com as gestões 
estaduais, a responsabilidade pelo 
monitoramento dos hospitais (BRASIL, 2000). 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 No ano de 2000 o MS instituiu através das 
Portarias nº 569, 570, 571, 572, de junho de 
2000, o Programa de Humanização do Pré-
Natal e Nascimento (PHPN), cujo objetivo 
principal é a reorganização da assistência, 
ampliando o acesso das mulheres e garantindo 
a qualidade com a realização de um conjunto 
mínimos de procedimentos (BRASIL, 2001). 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Serão criados os Centros de Parto Normal 
(CPN) no SUS, com a Portaria 985/1999 e a 
linha de financiamento para construção e/ou 
equipamento de CPNs (Brasil, 1999); 
 Remuneração de enfermeira no atendimento ao 
parto eutócico (Portaria 2815/1998) (Brasil, 
1998b); 
 Em 2003, convênio com o Hospital Sofia 
Feldman instituirá o Programa de Doulas 
Voluntárias Comunitárias. 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 A partir de 2004, para sensibilizar e capacitar 
profissionais de saúde nesse novo modelo, o 
MS promoveu trinta Seminários de Atenção 
Obstétrica e Neonatal Humanizada e Baseada 
em Evidências Cientificas em todos os Estados. 
 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 O programa incluiu apresentações e debates 
sobre: políticas do MS; fundamentos éticos e 
filosóficos da assistência; práticas obstétricas e 
neonatais baseadas em evidências científicas; 
avaliação crítica do tipo de parto (vaginal e 
cesáreo); atenção ao parto nos diferentes 
estágios; atenção puerperal; assistência às 
principais causas de óbito materno... 
 
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
 Outras iniciativas do MS incluem: campanhas 
pelo Parto Normal humanizado, com presença 
de acompanhante, e pela redução das cesáreasdesnecessárias, em 2006 e 2008; 
 Distribuição da tradução do livro sobre 
evidências científicas de Enkin et al. (2005), 
„Guia para atenção efetiva à gravidez e ao 
parto‟. 
 
 
REDE CEGONHA 
 
 É uma estratégia do Ministério da Saúde que visa 
implementar uma rede de cuidados para assegurar às 
mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a 
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao 
puerpério, bem como assegurar às crianças o direito 
ao nascimento seguro e ao crescimento e 
desenvolvimento saudáveis. 
 
Rede Cegonha 
 Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e 
organizar a atenção à saúde materno-infantil no 
País e será implantada, gradativamente, em 
todo o território nacional. 
 
 
Parto no Hospital Santa Helena 
 
 
 Preparando a Mulher para o 
Parto 
O serviço deve adotar medidas de educação e 
controle da ansiedade: 
 
 Manter o diálogo com a mulher e seu 
acompanhante durante qualquer procedimento 
realizado, esclarecendo-lhes as dúvidas e seus 
temores. 
 Informar sobre as rotinas e procedimentos a 
serem desenvolvidas no momento do parto. 
 
 
 Promover visitas das gestantes e acompanhantes às 
unidades de referência para o parto, no sentido de 
desmistificar e minimizar o estresse do processo de 
internação. 
 Informar as etapas de todo o processo de trabalho de 
parto e parto, esclarecendo sobre as possíveis 
alterações. 
 Incentivar o aleitamento materno precoce. 
 Dar a gestante e ao seu acompanhante o direito de 
participar das decisões sobre o nascimento. 
Plano de Parto 
 O plano de parto é um documento em que a 
mulher expressa seus desejos de como quer que 
aconteça seu parto. 
 Trata-se de uma prática pouco difundida pelos 
médicos, apesar de ser incentivada pela 
Organização Mundial de Saúde. 
 Deve ser escrito pela mulher, discutido com seu 
médico para que seja avaliado, se dentro do 
hospital escolhido é possível ou não realizar os 
seus desejos. 
 
Plano de Parto 
 Projetar modelo de Plano de Parto 
A dor no trabalho de Parto 
 A dor do parto normal é reconhecida histórica 
e culturalmente como uma experiência inerente 
ao processo de parturição, associada à ideia de 
sofrimento, e um evento esperado pela maioria 
das mulheres de diferentes culturas. 
 O desenvolvimento da medicina e da 
tecnologia definiu também a forma 
predominante com que a sociedade moderna 
passou a significar o parto normal e, 
consequentemente, a dor do parto. 
A dor no trabalho de Parto 
 A dor que a mulher sente durante o trabalho de 
parto e parto é única para cada mulher e é 
influenciada por vários fatores. 
 Estes fatores incluem cultura, ansiedade e 
medo, experiência anterior de parto, preparação 
para o parto e suporte oferecido durante este 
processo. 
A dor no trabalho de Parto 
 Métodos, tanto farmacológicos como não 
farmacológicos, encontram-se disponíveis 
atualmente e sabemos que os não 
farmacológicos envolvem menos riscos quando 
utilizados neste processo. Embora a eficácia de 
algumas opções não tenha ainda sido 
comprovada, existem evidências confiáveis de 
segurança e efetividade de várias técnicas que 
podem ser utilizadas durante o trabalho de parto, 
aumentando o conforto da parturiente. 
Métodos não farmacológicos de 
controle da dor 
 
 
 
 
 
 
 
 
Música; 
 
 Acupressão; 
 
Hidroterapia; 
 
Aplicação de calor e frio; 
 
Aromaterapia. 
Métodos não farmacológicos de 
controle da dor 
 Muitas mulheres demonstram o desejo de lidar 
com a dor no trabalho de parto e parto sem 
intervenções farmacológicas. 
 Isso se deve ao desejo de pouca interferência 
no processo fisiológico do nascimento, de 
“estar no controle”, de ter escolhas, de ser 
encorajada a confiar no corpo para superar a 
barreira da dor por seu próprio ritmo natural. 
 Diversos fatores podem influenciar a intensidade 
da dor sentida por uma parturiente, como a tensão, 
a ansiedade e o medo do parto, a motivação para o 
parto e a maternidade, a paridade, a participação 
de cursos de preparação para o parto, a idade da 
paciente, o nível sócio-econômico, o tamanho do 
feto, o peso da parturiente, a hora do parto, outras 
experiências dolorosas vivenciadas antes do parto, 
a posição da parturiente, o uso de drogas para 
induzir ou aumentar as contrações uterinas, além 
de normas sociais que também podem influenciar 
o julgamento da intensidade da dor. 
Deambulação 
 Durante o trabalho de parto tem sido destacada na 
assistência ao parto humanizado por produzir melhor 
efeito na progressão do trabalho de parto, pois promove 
a circulação uterina, permitindo que as fibras 
musculares cumpram com sua função contrátil de uma 
forma mais eficiente, resultando numa duração do 
trabalho de parto mais curta. 
 Associada a um índice reduzido de partos operatórios e 
o uso menos frequente de analgesia, por diminuir a 
sensação dolorosa das mulheres. 
Estimulação Elétrica Transcutanea 
 Método comprovadamente seguro, de baixo 
custo e isento de efeitos colaterais para o 
binômio materno fetal. A técnica consiste em 
administrar impulsos ou estímulos elétricos de 
baixa voltagem através de eletrodos colocados 
sobre a pele. Embora possa ser aplicada a 
qualquer momento durante o trabalho de parto, 
é mais efetiva nas fases iniciais. 
Hidroterapia e Imersão 
 Imersão na água - a imersão na água pode 
acelerar o trabalho de parto, reduzir a pressão 
arterial, aumentar o controle materno sobre o 
ambiente do parto, resultar em menor 
traumatismo no períneo, menor necessidade de 
intervenções e ajudar o bebé a nascer com mais 
suavidade. Estudos apontam que a imersão na 
água durante o trabalho de parto reduz o uso de 
analgesia pois alivia a dor. 
Aromaterapia 
 A aromaterapia é uma prática alternativa que 
se utiliza do poder das plantas através do uso 
de suas essências. Apesar de incerto, seu 
mecanismo de ação parece estimular a 
produção de substâncias relaxantes, 
estimulantes e sedativas que são próprias do 
corpo. 
 Óleos de Lavanda, Bergamota e Sálvia... 
Massagem 
 Há vários estudos que descrevem sobre o 
emprego de massagem na assistência a 
parturiente, seja pelo enfermeiro, seja pelo 
companheiro/marido com efeitos benéficos 
para controle de sintomas como dor e 
ansiedade, bem com a redução do tempo no 
trabalho de parto. 
 
Acupressão 
 Acupressão é uma variação da acupuntura, e 
envolve a aplicação de pressão constante em 
acupontos específicos anatômicos em 
contraste com o uso das agulhas. É uma 
técnica não-invasiva e acredita-se restabelecer 
os níveis da energia vital do corpo. 
Manejo Psicoprofilaticos do 
desconforto 
 
 
 Dick-Read 
 
 Lamaze 
 
 Bradley 
 
 A "analgesia psicológica" e psico-profilaxia 
apresentam princípios que podem ser utilizados 
na preparação para o parto. A gestante e parceiro 
são orientados sobre a fisiologia do trabalho de 
parto e parto. Também são treinados sobre como 
executar massagens e práticas de respiração e de 
relaxamento que ajudam no processo do 
nascimento. 
As vantagens deste tipo de preparação são: 
redução da dor, menor necessidade de drogas 
analgésicas e maior satisfação do casal com o 
parto. 
Objetivo 
 Tais métodos pressupõem 
que sua utilização resulte na 
redução do medo, da tensão 
e da dor, melhorando o 
tônus muscular e 
aumentando o relaxamento, 
e dessa forma favorecendo a 
evoluçãodo trabalho de 
parto e do parto. 
 Método de Dick Read 
Descobriu que o medo e a tensão intensificavam a dor durante o 
parto. Denominando-se este fenômeno de síndrome do Medo-
Tensão e Dor. 
 
 Método de Lamaze 
Este método enfoca que a gestante pode ser ensinada a substituir 
suas reações a dor, ao medo e a perda de controle por um 
comportamento mais positivo. 
 
 Método de Bradley 
Este método focaliza-se nas variáveis ambientais como a 
penumbra e o silêncio, para que o parto seja a experiência 
mais natural possível. O apoio do pai é de suma importância. 
 
 
Exercícios de Preparação para o 
Parto 
 
 Tem como objetivo a 
preparação para o parto e a 
manutenção da aptidão física, 
dentro dos limites 
fisiológicos e impostos pela 
gestação. 
 
Posição da Mulher em Trabalho de 
Parto 
 A posição afeta as 
adaptações 
anatômicas e 
fisiológicas da 
mulher ao trabalho 
de parto. Esta deve 
ser encorajada a 
buscar a posição 
mais confortável. 
Posições que favorecem o trabalho 
de parto 
A posição vertical 
promove a descida do 
feto com contrações 
uterinas fortes e mais 
eficientes no 
apagamento e na 
dilatação da cérvice, 
resultando em um 
trabalho de parto mais 
curto. 
 De joelhos, favorece 
a dilatação, melhora a 
circulação. Abertura e 
expansão do estreito 
inferior. 
 
 Sentada na cadeira 
de balanço 
(cavalinho), balanceio 
pélvico, 
proporcionando alívio 
da tensão muscular. 
 
 
 
Bola Suíça 
Cavalinho 
 
 A posição de cócoras ajuda na descida da 
apresentação. 
 
 
Acompanhamento da Mulher 
durante o trabalho de Parto 
 
 Nº. 11.108, de 07 de Abril de 2005. 
 
 Art. 19: Os serviços de saúde do Sistema Único de 
Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, 
ficam obrigados a permitir a presença, junto à 
parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo 
o período de trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. 
Acompanhamento da Mulher 
durante o trabalho de Parto 
 
 
 O direito ao 
acompanhamento da 
gestante é reconhecido 
em diversas instâncias, 
incluindo o Ministério 
da Saúde, entretanto não 
é praticado de forma 
regular e sistemática em 
todo o país. 
 
 
Acompanhamento da Mulher 
durante o trabalho de Parto 
 
 
 
Doulas: O nome "doula" vem do 
grego "mulher que serve" e indica 
aquela que dá suporte físico e 
emocional à parturiente. 
Proporciona apoio com palavras 
tranqüilizadoras, tocando, 
massageando, auxiliando na 
deambulação e troca de posições. 
 
 
Aporte energético 
 A restrição alimentar é uma prática amplamente 
difundida no meio obstétrico, embora estudos já 
tenham comprovado que não existem motivos 
para tanto. 
 Impedir a mulher de ingerir líquidos ou de 
alimentar-se e uma pratica tecnocrática que fere 
os preceitos da Humanização do Parto e 
Nascimento, uma vez que não existem evidencias 
que o jejum traz algum beneficio ao processo de 
trabalho de parto. 
Alimentação 
  Devem ser ofertados para a 
gestante de baixo risco, a 
ingestão de pequenas 
quantidades de líquidos 
claros, sucos, chás e 
alimentos de fácil digestão. 
AMBIENTE 
 O enfermeiro deve preocupar-se com a 
composição do ambiente e o conforto da 
parturiente, de forma a proporcionar um meio 
favorável ao desenvolvimento do parto. 
 O ambiente deve parecer o mais próximo a de 
uma casa, favorecendo a diminuição da 
ansiedade e consequentemente o uso de 
analgesia e de ocitócitos... 
Medidas relacionadas ao ambiente 
 Temperatura agradável 
 Diminuição da iluminação 
 Ambiente acolhedor e livre de ruídos 
 Musicoterapia 
 Uso de aromas tranquilizadores 
 Higiene e conforto da mulher e de sua família. 
Preservação da Privacidade 
 E um direito assegurado na constituição 
brasileira e um dever da enfermagem. A 
privacidade deve ser preservada para que a 
mulher consiga atingir o estado de 
introspecção necessário para parir. 
Outras praticas que devem ser 
estimuladas... 
 Monitoramento fetal intermitente e vigilância 
das contrações uterinas por palpação abdominal. 
 Uso de materiais descartáveis. 
 Liberdade de posição e movimento. 
 Estimulo a posições não supinas. 
 Uso do partograma. 
 Administração profilática de ocitocina no 
terceiro estagio 
Outras praticas que devem ser 
estimuladas... 
 Condições estéreis ao cortar o cordão. 
 Prevenção da hipotermia do bebe. 
 Prevenção da hemorragia neonatal – vit. K 
 Prevenção da oftalmia neonatal – nitrato de 
prata. 
 Contato precoce pele a pele e incentivo a 
amamentação. 
 Alojamento Conjunto. 
Praticas claramente prejudiciais 
que devem ser eliminadas 
 Uso rotineiro de enema. 
 Uso rotineiro da tricotomia. 
 Infusão intravenosa de rotina (Ocitocina). 
 Cateterizaçao venosa profilática de rotina. 
 Uso rotineiro da posição de litotomia. 
 Uso rotineiro da episiotomia. 
 Toques vaginais frequentes. 
 Manobra de Kristeller. 
 
Praticas frequentemente utilizadas 
de modo inadequado 
 Restrição hídrica e alimentar. 
 Controle da dor por agentes sistêmicos. 
 Controle da dor por analgesia peridural. 
 Monitoramento fetal eletrônico. 
 Uso de mascaras e aventais estéreis durante a 
assistência ao parto. 
 Aminiotomia precoce. 
 Cateterizaçao da bexiga. 
Praticas frequentemente utilizadas 
de modo inadequado 
 Estimulo ao puxo antes que a mulher sinta 
necessidade de fazer força. 
 Parto operatório. 
 Correção da dinâmica uterina com a utilização 
de ocitocina. 
 Transferência rotineira da paciente para outra 
sala no segundo estagio do trabalho de parto. 
Filme 
 Birth Day 
 documentário 11 min 
Considerações... 
 
A Humanização da assistência ao parto se faz 
a partir do desenvolvimento e do 
conhecimento pela reflexão das ações 
realizadas no cotidiano, principalmente, 
pela vontade de mudar, transformar de um 
fazer funcionalista, para um fazer mais 
humanitário. 
 
“O cuidado, no contexto da humanização, 
precisa ser compreendido como um dever 
de cada pessoa e não um dever exclusivo 
de uma classe profissional, pois, o poder de 
transformar pelo amor, pela compaixão e 
pelo cuidado não são dons especiais de 
nenhuma seleta minoria”. 
 
SILVA, M J P. O Amor é o Caminho: maneiras de cuidar. 
Obrigada pela Atenção! 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 BALASKAS, J. Parto ativo – Guia pratico para o parto normal. 
2 ed. São Paulo, Ground, 1993. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, Aborto e Puerpério. 
Assistência Humanizada à Mulher. Brasília, DF-2003. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Humanização no Pré-
natal e Nascimento. Brasília, Ministério da Saúde, 2000. 
 BURROUGHS, Arlene. Uma Introdução à Enfermagem 
Materna. 6ª ed. Artes Médicas: Porto Alegre, 1995. 
 GAYESKI, Michele Edianez; BRUGGEMANN, Odaléa Maria. 
Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de 
parto: uma revisão sistemática. Texto contexto - 
enferm., Florianópolis , v. 19, n. 4, Dec. 2010 . 
 LOWDERMILK, D. L; SHANNON E. P.; BOBAK I. M. O 
cuidado em Enfermagem Materna. 5ª ed. Artmed: Porto Alegre, 
2002. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
  MAMEDE, Fabiana Villela et al . A dor durante o 
trabalho de parto: o efeito da deambulação. Rev. 
Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 
15, n. 6, Dec. 2007. 
 MARTINS-COSTA S. Sobre as casas de parto, os 
técnicosem obstetrícia e a mortalidade materna. 
Jornal da FEBRASGO, 1999. 
 ORGANIZAÇAO MUNDIAL DA SAUDE. 
Assistência ao Parto Normal Um Guia Pratico. 
Relatório de um grupo técnico. Genebra, 1996.

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