Buscar

Alfabetização e Letramento RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Alfabetização e Letramento
• O alfabetizado já é um cidadão> visão simplista> se faz necessário um olhar mais abrangente, pois se faz necessário que o alfabetizando tenha a capacidade de se posicionar no mundo, refletir no mundo e sobre o mundo.
• Perspectiva histórica: os homens através do desenham registravam os sinais da natureza, e sua vida cotidiana, dá-se o nome de pictogramas, onde eles se manifestavam, esses desenhos revelavam uma escrita, pois apresentava uma história narrada. 
•As palavras eram representadas por desenhos, por exemplo a escrita egípcia. Com o passar do tempo às representações foram perdendo a analogia com o objeto que representavam e evoluíram e criando uma escrita através da fonetização (uso dos signos representativos de uma palavra para representar outra)> sumérios> palavra com fonetização possuem duplo sentido (ex: banco de sentar e banco de guardar dinheiro). A humanidade ao construir seu sistema de escrita foi passando por fases: desenhos das cavernas> pictogramas> fonetização
• A criança também percorre o mesmo caminho que a humanidade percorreu no seu desenvolvimento, ela primeiro começa a desenhar e depois vai evoluindo. “O ser humano partiu do pictórico e construiu uma simbologia (alfabeto); de maneira similar a criança inicia a representação do mundo por meio do gesto e do desenho e chega ao símbolo e às regras sistemáticas reconstruindo o código linguístico usado em sua comunidade.”
• Parte do pictórico, constrói uma simbologia (alfabeto) e de maneira similar ela cria um sistema de representação e chega ao símbolo (registro) e regras que são sistemáticas reconstruindo todo o código linguístico que representa sua cultura, sua comunidade.
• “A alfabetização é um longo processo circunscrito entre duas vertentes indissociáveis: a aquisição do sistema de escrita e a sua efetiva possibilidade de uso no contexto social. Mais do que conhecer as letras, as regras ortográficas, sintáticas ou gramaticais, o ensino da língua escrita requer a assimilação das práticas sociais de uso, contribuindo assim para a conquista de um novo status na sociedade.”>>>>> mais tarde, depois que a criança conhece bem as letras é que as regras terão significado, no primeiro momento no processo de alfabetização se faz necessário que a criança seja seduzida pela a importância de ler e escrever em sua vida, precisa ser um processo regado de sentido para eles.
• Crítica ao método de ensino e alfabetização> conceito de alfabetizado mudou, a pessoa que sabe escrever seu nome, e ler textos muitos simples mas não compreende o texto, não se comunica adequadamente, não compreende a interpretação do texto é considerado analfabeto funcional
• Alfabetização não é uma prática neutra, e sim ideológica, é uma opção politica do professor alfabetizador que quer contribuir para uma formação critica.
• O sujeito alfabetizado deve ser capaz de interpretar seu mundo, vai além da codificação>>>> a pessoa só pode ser alfabetizada quando consegue trazer o conhecimento para as práticas diárias, de forma funcional.
• As pessoas que reconhecem o alfabeto não podem ser consideradas alfabetizadas> somente adquirir não é o suficiente, é necessário se apropriar dela, o que significa fazer uso das práticas sociais de leitura e de escrita, articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral, dependendo de cada situação vivida. 
• A criança alfabetizada precisa se tornar letrada, ou seja, precisa saber dar significado ao que lê, isso não se faz através do processo convencional de repetição de textos sem sentido, copiar e memorizar palavras, é preciso que o professor mostre para a criança a função da escrita trazendo textos que fazem parte do seu cotidiano, lista s de palavras, historias, receitas, escrita que permeia seu cotidiano em diferentes gêneros.
•Letramento> A escrita e o texto deve ter sentido e significado para o contexto em que a criança está inserida. capacidade de fazer uso adequado da leitura e da escrita socialmente utilizadas, conjugando-as com as práticas orais.
• A UNESCO muda o conceito sobre pessoa alfabetizada e tal mudança se deu junto ao conceito de letramento surgiu.
• A má interpretação da teoria da Psicogênese gerou um afastamento da metodologia de alfabetização, acreditando que naturalmente a criança aprenderia a ler e escrever sem a mediação do professor> desinvenção da alfabetização> os professores começam a se afastam da alfabetização, acreditando que apenas o letramento era necessário> ledo engano.
“Para quem acompanha o trabalho realizado nas salas de aula da grande maioria das escolas públicas brasileiras sabe que ainda continuamos a utilizar os velhos métodos ou, quando os professores se propõem a novas práticas de leituras de texto, verifica-se que há pouca atividade de produção de textos, sempre recaindo na apresentação das ‘famílias silábicas’ ou no treino das ‘relações fonema-grafema’”.
Os métodos tradicionais de alfabetização são utilizados desde o século XVIII e têm como embasamento teórico a visão associacionista empirista da aprendizagem. São eles:
 Analíticos: a palavração, a sentenciação e o método global. Eles conduzem o aluno a, no final, trabalhar com as unidades menores que é a sílaba e a letra.
 Sintéticos: os alfabéticos, os silábicos e os fônicos. É um método gradativo e cumulativo. 
Eles são repetitivos e descontextualizados da realidade do aluno> grande ênfase no domínio do código escrito> Atividades pautadas na cópia e na memorização> considera o aluno com o tábula rasa> aprendizagem era considerada como simples acúmulo de informações e o objeto de conhecimento> caracterizam a escrita com um mero código de transcrição da língua oral.
Todos têm como princípio que o aluno deve partir das unidades menores, ou seja, das letras, sílabas e fonemas, e a aprendizagem é gradativa e cumulativa. 
“A escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não o contrário.”
• Teóricos•
• Construtivismo que é uma teoria que subsidia a forma como se dá o desenvolvimento.
• Jean Piaget> estudou a epistemologia genética= que diz que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem umas as outras chamadas estágios, ou seja, quando uma criança passa de um estagio menor para um maior ela vai avançando nesse conhecimento.
• O sujeito aprende por meio da ação> tudo gira em torno da equilibração ( ou seja, será desafiado) e irá assimilação(aceitar a novidade) e depois irá acomodar (transformar a informação em conhecimento) alcançando o equilíbrio.
• Não adianta o professor “depositar” o conhecimento, pois a criança aprende a partir da interação do sujeito com o objeto sendo ativa nesse processo.
• A visão de Piaget como entende a criança foi inovadora, pois até o século XIX a criança era vista como um miniadulto.
• Lev Vygotsky> suas pesquisas apontaram para o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento do individuo, cujo pensamento se constrói em um ambiente histórico cultural>>>> diz que somos seres inseridos em uma sociedade e carregamos historicamente todos os valores da cultura.
• Identificou a linguagem como maior fator de crescimento> mesmo o bebe sem falar se comunica através do som e do olhor, pois compreende a linguagem como um conjunto de símbolos que mantinha seu caráter histórico e social.
>>> A criança recebe informações socialmente construídas (experiências passadas) e transforme as situações do presente, ou adquire consciência, e aos poucos serão transformados nas situações em que se tem as relações> se faz necessário que a escola compreenda esses conceitos e que o professor é um mediador dessa cultura que está sendo passada, no entanto ela é reelaborada e reconstruída na relação com as crianças. A relação passa a ser indireta (conhecimento- mediador- aluno)
• Não há relação de domínio entre um e outro, pois é uma troca de significados aprendidos que serão transformados socialmente. Nessa relação há sentimentos que devemser considerados.
• Ele enfatizava o papel da formação escolar, quando a criança, segundo ele, recebe informações que foram socialmente construídas (experiências pessoais no contexto social) e transforma as situações do presente, ou adquire consciência a respeito da situação do presente.
• Seu ideal era que, se uma transformação social pode conseguir alterar o funcionamento cognitivo, ela pode reduzir o preconceito e os conflitos sociais. Os processos psicológicos são de natureza social e, portanto, precisam ser analisados e trabalhados por meio de ações socialmente elaboradas.
• Um conhecimento só se solidifica quando resulta em um instrumento de pensamento. A criança avança na aquisição de conceitos quando domina o abstrato e combina-o com um pensamento mais complexo. Com o passar do tempo, os conceitos tornam-se concretos e somam-se às habilidades adquiridas socialmente.
• Para ele, método é algo para ser praticado, e não aplicado como o fim que justifica os meios. Ou seja, não é ferramenta no alcance de resultados. Ferramenta e resultados se integram, ou se misturam e se somam, na aprendizagem.
• Vygotsku elaborou o conceito de “zona de desenvolvimento proximal” que é a distancia entre o nível real que é uma solução independente de problema- e o nível de desenvolvimento potencial determinado por meio da solução de problema com intervenção de alguém com mais experiências.
 
• “Quando o ser humano deixa de ser apenas biológico para se tornar sócio histórico?” – Ele deixa quando ele tem a participação da vida em sociedade no espaço que é relacional onde a influencia de diferentes pares faça com que ele pense e reflita e possa avançar em seu conhecimento.
• Emília Ferreiro> hipóteses do pensamento da criança a respeito da linguagem da escrita> não propõe um método, mas esclarece que o que faz com que a criança reconstrua o código linguístico não é o cumprimento de tarefas repetitivas ou o fato de conhecer as letras e os símbolos, mas sim a compreensão de como funciona o sistema notacional.
•Tese da psicogênese da língua escrita> grande marco na transformação do conceito de aprendizagem da escrita pela criança que contribuiu para uma mudança significativa na alfabetização após 1980, revisando princípios, tais como o entendimento da escrita como um sistema notacional e o seu aprendizado como um processo evolutivo.
“No Brasil, a teoria da psicogênese da língua escrita foi bastante divulgada, muitas vezes pelo rótulo de construtivismo, sendo que, inclusive, fundamentam teoricamente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa, instituídos em 1996”
• A psicogênese da escrita não é o construtivismo.
• Tornou-se um modelo no Ensino brasileiro no BRASIL, a teoria da psicogênese desbancou os velhos métodos tradicionais.
• Não é uma metodologia, e sim um olhar para o erro construtivo da criança, que começa a entender que uma porção de marcas no papel é chamada no mundo adulto de escrita e que isso é parte de um código “língua escrita”.> a criança vai tendo suas hipóteses durante suas tentativas na escrita, e o erro deve ser mediado pelo professor para ajudar a criança a entender esse sistema notacional.
 
 • Sistema de escrita alfabética (SEA)> a teoria da psicogênese que concebe o alfabeto como um sistema notacional e nunca um código.
• A teoria da psicogênese da escrita nos esclarece dois pontos fundamentais que devem ser levados em consideração para que a criança, jovem ou adulto alfabetizando aprenda a partir do conceito notacional:
a) é preciso reconhecer que, para qualquer desses alfabetizandos, essa não é uma tarefa fácil, pois as regras de funcionamento ou as propriedades não estão dadas ou prontas na sua cabeça;
b) que o processo de internalização das regras e convenções do alfabeto não é algo rápido que se dá por acumulação de informações
• Para compreender todo o sistema notacional, o aprendiz precisa entender o que as letras notam ou representam e como as letras criam essas representações. As respostas para essas dúvidas variam por etapa ou fase, dependendo de qual momento o aprendiz se encontra.
• O fato é que para Ferreiro (1979), no processo evolutivo será preciso entender dois aspectos do sistema alfabético, um de natureza conceitual e outro convencional, que criam um conjunto de propriedades para que o aprendiz reconstrua e compreenda o sistema alfabético.
• São cinco níveis conceituais linguísticos: 
• Nível 1: pré-silábico: fase pictórica, gráfica primitiva e pré-silábica>>> a criança faz o registro por desenhos e garatujas e tem a fase primitiva quando ela mistura os desenhos e as letras, e começa a diferenciar números e letras, os desenhos dos símbolos e a reconhecer o papel da letra escrita. Nessa fase a ordem das letras e vogais não tem importância para a criança. 
Fase pictórica: é o registro feito pela criança com garatujas. Inicia-se aos dois anos de idade.
Fase gráfica primitiva: a criança mistura símbolos, pseudoletras com letras e números com letras em seus desenhos.
Fase primitiva: a criança começa a diferenciar as letras dos números, osesenhos dos símbolos e reconhece o papel da letra na escrita. Sabe que as letras servem para escrever, mas não sabe como ocorre, ainda. Não associa o fonema com o grafema. A criança acredita que a ordem das letras e das vogais não tem importância.
• Nível 2: intermediário I: a criança vive um conflito pois ela percebe que não sabe escrever. Ela usa valores sonoros convencionais. Fase de conflitos, em que a criança não tem resposta para questionamentos e diz que “não sabe escrever”. Apresenta e usa valores sonoros convencionais, diz que o seu nome começa com determinada letra e a conhece pelo som, mas não sabe onde fica na palavra.
• Nível 3: silábico: Conta os “pedaços sonoros” (sílabas) e os associa com um símbolo (letra). Aceita palavras monossílabas, palavras com uma ou duas letras com certa hesitação. Escreve uma frase utilizando uma letra para cada palavra
.• Nível 4: intermediário II ou silábico-alfabético: É mais um momento de conflito entre uma fase e outra, em que a criança precisa desconsiderar o nível silábico para pensar segundo o nível alfabético. Nessa fase o professor deve instigar a criança no sentido de reflexão sobre o sistema linguístico pela observação da escrita alfabética.
• Nível 5: alfabético: Quando a criança chega nessa fase já reconstrói o sistema linguístico e compreende como ele funciona; consegue ler e expressar seus pensamentos e falas. Forma sílabas e palavras juntando as letras e consegue distinguir letra, sílaba, palavra e frase. Ela precisa produzir textos, elaborar listas, não significa que ela foi alfabetizada, mas precisa dar sentido para essa prática (letramento).
• É necessário se preocupar com a função da escrita socialmente. 
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra”- Paulo Freire.
• No inicio dos trabalhos escolares eram utilizados as cartilhas, desde o Brasil Colonial, e o aprendizado era em latim e havia influencia religiosa, e as cartilhas vinham de Portugal pois não havia permissão no Brasil para confecção.
• Em torno da década1950 era utilizado o método ABC, era um processo de soletração para decifrar a palavra- bola: be-o-bo. Os professores tinham o hábito de produzir seus próprios materiais.>>> utilização do Método Fônico que enfatiza a menor unidade da fala (o fonema) e sua representação na escrita, ensinando as formas e os sons das vogais, depois as consoantes e vogais, estabelecendo relações entre elas.
• No passado alfabetizar era feito através da memorização das sílabas (ba-be-bi-bo-bu) e só quando os alunos conseguiam memorizar todas as sílabas dava-se inicio á leitura de pequenas frases que nem sempre tinham sentido, mas que comprovavam a memorização das sílabas e entendia-se, a partir disso, que a criança já estava alfabetizada.>>> atualmente sabe-se que alfabetização vai além disso, é necessário que a criança possa se apropriar de diferentes gêneros para ser umleitor e escritos competente.
• No passado a criança era vista como ser não pensante e não tinha nenhum saber sobre escrita no período anterior à alfabetização> era simplesmente o treino de habilidades, pois se acreditava na necessidade de prepara-la para a escrita, a famosa prontidão.>>>>> exercícios motores como serra-serra-serrador, pontilhado, movimentos dentro da linha eram preparações motoras, hoje pensasse diferente pois o conceito de criança é diferente, pois a criança quando chega na escola já esta inserida em uma cultura letrada e tem acesso a diferentes gêneros de textos.
Sugestão: uma forma de criar um ambiente que estimule a leitura e escrita é ter dispostas na sala de aula listas com o nome dos alunos ou, ainda, mostrar títulos de várias histórias e depois de conta-las e também criar cartazes que tenham essas listas dispostas na classe.
• As práticas escolares devem ter enfoque no desenvolvimento e na construção da linguagem, do gesto, de sons, da imagem, da fala e da escrita, por meio de jogos e atividades que permitam à criança pensar e dialogar sobre essa linguagem.
• A criança precisa ser entendida como ser humano, que tem direito a um espaço para aprender e entender, para ampliar seu universo de descobertas, despertar seus interesses, conhecer o mundo e os caminhos a fim de buscar informações na construção do seu conhecimento.
Contribuição de Piaget: elucidou sobre o desenvolvimento e da aprendizagem.
• O desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, diz respeito ao desenvolvimento do corpo, ao desenvolvimento do sistema nervoso e das funções mentais. A partir desse ponto de vista, quando se fala em desenvolvimento, não se trata, somente, do aumento quantitativo das qualidades humanas que estariam dadas como potenciais em cada criança, mas também da formação e desenvolvimento das qualidades humanas (valores, atitudes e comportamentos), que não são inerentes ao nascimento das crianças e que precisam ser aprendidas nas relações que as crianças estabelecem.
•A aprendizagem deve ser provocada por situações, ou seja, por um experimentador psicológico, um educador, aliado a uma situação externa. Ela é provocada. Assim, não acontece naturalmente, é oposta ao que é espontâneo.
Para Piaget: a criança inicia seu processo de alfabetização/ letramento desde o nascimento. Desde então, pode-se dizer que tem vida e , portanto, história, nome, e significado social. Através da coordenação da visão, movimento de mãos, sons que ela emite, através de coordenações ela interage com o mundo, essas demonstrações mostram um aspecto interno ligado á organização intelectual. A criança começa a se relacionar com o outro e vai se apropriando da cultura no qual ela está inserida, assim ela começa a se alfabetizar.
• No terceiro ano de vida a criança inicia suas atividades de escrita, no rabisco, através dessas marcas no papel a criança cria uma historia, significados naquilo que ela produz que representa o mundo em que ela vive.
• Aos 4 anos a criança atribui significado a tudo que registra no papel, sua pressão sobre um papel deixa marcas, com traçados diferentes e em todas as direções. Essa conquista se dá porque seu pensamento está evoluindo de modo que suas primeiras figuras apareçam. O desenho e a escrita evolvem a capacidade de representação, e assim também a oralidade, o faz de conta, a modelagem, o movimento, etc. A criança esta se apropriando do mundo ao seu redor dos estímulos recebidos, provocando desenvolvimento e aprendizagem.
• Para Vygotsky: para se desenvolver a criança precisa da interação com seus pares na troca da linguagem o no desenvolvimento da maneira criativa.
A criança precisa da intervenção do adulto para buscar semelhanças entre o que produz e o objeto representado e de ser estimulada a desenvolver de maneira criativa formas distintas para registrar o que deseja.
• Aos 6 anos a criança avança na capacidade representativa>>>é significativo que a criança possa começar a entender que a escrita é um sistema de representação, ela é capaz de começar a entender as regras da escrita.
• O educador deve incitar as crianças com questões formuladas a partir de suas respostas, para que elas aprendam a refletir sobre o que fazem e dizem, sobre suas próprias ações. À medida que suas reflexões avançam, as respostas infantis se modificam. Como consequência, a abordagem do educador se transforma e este propõe desafios maiores, o que faz com que desenvolvimento da criança avance. Cabe ao educador aproveitar essas situações de conflitos e interpretações para ajudar a criança a elaborar conceitos sobre a escrita
• Placas, jornais, revistas, rótulos, tudo o que, aos poucos, transforma a escrita em objeto de reflexão e questionamentos para a criança.
• É preciso pensar sobre o modo como a criança pensa. As palavras escritas apresentam contrastes que vão desde o formato de letras, combinações entre letras e sílabas, até o modo como as sílabas se ordenam, significados distintos, formas e sons.
• Aprender a compreender o mundo é um processo lento e gradual, no qual a criança tenta integrar novas observações àquilo que já sabe ou àquilo que pensa compreender sobre a realidade.
LETRAMENTO: é o resultado da ação de ensinar, é aprender as práticas sócias, práticas que fazem parte do cotidiano (ex> bulas de remédios, placas). É o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um individuo, como consequência de ter de apropriado da escrita e de suas praticas sociais.
Apropriar-se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser letrado implica usar socialmente a leitura e a escritura e responder às demandas sociais de leitura e de escrita
Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo, do seu meio, do contexto social e cultural.
• PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE FAVORECEM A ALFABETIZAÇÃO:
• Promover práticas de oralidade e de escrita integradas, favorecendo a identificação das relações estabelecidas entre a fala e a escrita.
• Desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas, estimulando a leitura de textos de diferentes tipos e funções.
• Produzir textos para diferentes interlocutores, em diferentes situações e condições de produção.
• Desenvolver habilidades de ouvir textos orais e de diferentes gêneros, com diferentes funções
>O percurso que a criança faz quando é alfabetizada é o mesmo do homem ao longo da história da humanidade. Parte do pictórico (desenho) para a simbologia (alfabeto)
•1º Pictórico: desenhos, pois ao desenhar a criança escreve, ela conta uma história que inicialmente ela faz isso de memória. Ela percebe que alguns traços podem até lembrar o objeto que desenhou, mas não o percebe como símbolo. Com o tempo, a criança desenha a sua realidade, representa suas observações e expressões por meio de representações de sinais simbólicos abstratos. Toda essa vivência contribui para o desenvolvimento da escrita da criança. Segundo Cócco e Hailer (1996), o desenho acompanha a frase, e a fala permeia o desenho.
 
Consciência Fonológica: um conjunto de habilidades relacionadas à capacidade de a criança refletir e analisar a língua oral, capacidade essa que será desenvolvida ao longo do processo de aquisição do sistema de escrita.
Quando o aluno faz uso das habilidades metalinguísticas, busca compreender a palavra como um todo, fazendo associações com conhecimentos prévios que já tem da língua escrita. Da mesma maneira acontece com a reflexão fonológica, em que se busca semelhanças com sons iniciais ou finais, por exemplo, e se permite que ele compreenda o uso repetido dos grafemas para a representação também repetida de um fonema. 
• A reflexão fonológica pode acontecer de maneira lúdica, cognitiva, induzida ou natural, de acordo com os autores citados, mas o fato é que todos concordam com a necessidade dessa reflexão paraque o processo de leitura seja satisfatório ao final do processo de ensino-aprendizagem.
• Algumas atividades em sala de aula podem promover a reflexão sobre as partes orais e partes escritas das palavras. Morais (2012) nos apresenta duas possibilidades: os textos da tradição oral e os jogos
• A exploração de textos poéticos da tradição oral (cantigas, parlendas, quadrinhas etc.) são propostas que as crianças aprendem com facilidade e fazem parte da cultura infantil do brincar, favorecem a exploração dos efeitos sonoros acompanhada da escrita das palavras.
• Os jogos com palavras e situações lúdicas permitem a ludicidade, a exploração com a sonoridade e o texto escrito, provocando reflexões sem conduzir os alfabetizandos a treinos cansativos.
REALISMO NOMINAL: A criança está presa a escrita da palavra a imagem da figura. Na cabeça dela a palavra formiga é uma palavra muito pequena porque a formiga é pequena.
•Segundo Ferreiro (1996), leitura e escrita são sistemas que podem ser paulatinamente construídos pela criança: “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças” (FERREIRO, 1996, p. 24)
•O professor esquece que a escrita é uma convenção e acha que não precisamos mais utilizar métodos, o que é um erro>>> não basta que o professor saiba e conheça as fases da escrita, é necessário que ele saiba onde ele precisa intervir. 
1. A faceta linguística fonológica da alfabetização: a escrita, enquanto objeto de conhecimento em construção, é um objeto linguístico constituído por relações convencionais e arbitrárias entre fonemas e grafemas.
2. A concepção cognitivista transformou os problemas da aprendizagem da leitura e da escrita em problemas sobretudo metodológicos>>> precisamos ter uma pratica fundamentada para não acontecer o que Soares diz:
• De acordo com Soares (2003, p.16), “para a prática de alfabetização, tinha-se, anteriormente, um método e nenhuma teoria; com a mudança de concepção sobre o processo de aprendizagem da língua escrita, passou-se a ter uma teoria, e nenhum método”.
• Para Ferreiro (1996), a língua é um patrimônio de uma cultura, e sua representação gráfica faz parte dessa cultura. Por outro lado, não se deve partir do princípio que todas as crianças, desde a pré-escola, podem produzir e interpretar a escrita.
• A interpretação está diretamente relacionada ao desenvolvimento da compreensão do mundo da criança, e isto é um processo individual no desenvolvimento.
Ferreiro (1999, p. 47) afirma que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é, na maioria dos casos, anterior à escola e que não termina ao finalizar a escola primária”.
Temos de aceitar métodos para conhecer as coisas, pois são sugestões que indicam um caminho para se alcançar um objetivo.
• Nossa escrita alfabética, enquanto representação grafonômica, tem como motivo primeiro representar as diferenças entre os significantes.
Quando a escrita é simplesmente apresentada como um código de transição entre fonemas e sinais, sua aquisição se organiza enquanto técnica. Por outro lado, se ela é aprendida enquanto um sistema de representação, ela se torna instrumento de representação e interpretação do mundo.
• Antes de pensar em alfabetizar precocemente uma criança se faz necessário apresentar a ela a cultura escrita para que ela possa perceber esse sistema diversificado de representação. Antecipar o ensino das letras, em vez de trazer o debate da cultura escrita no cotidiano, é inverter o processo e aumentar a diferença.
Cócco e Hailer (1996) propõem dois eixos no trabalho de alfabetização da criança:
1. o trabalho textual, porque permite à criança compreender como funciona a escrita e como pode ser empregada socialmente;
2. a análise linguística, porque embasa a aquisição do valor sonoro convencional à criança e a ajuda na reconstrução do código linguístico.
• Quando as crianças começam a alfabetização, chegam à sala de aula com um repertório de conhecimentos prévios, habilidades, crenças e conceitos que vão influenciar significativamente a sua percepção sobre o meio ambiente, a forma como se organizam e a maneira de interpretar as informações. Por sua vez, o repertório prévio interfere na capacidade da criança de lembrar, raciocinar, resolver problemas e adquirir novos conhecimentos.
>> Verificou-se que as diferentes oportunidades socioculturais exercem influência no ritmo de apropriação do SEA. Ao lado disso, dados de pesquisa revelam diferenças de ritmo na apropriação da escrita, especialmente por parte das crianças do meio popular, tendo em vista as poucas oportunidades que estas têm com a cultura letrada.
>>> Para tanto, há que se acreditar no trabalho pedagógico docente, com o emprego de jogos de palavras e situações de reflexão de textos da produção oral, conforme constatou a pesquisa de Vieira, Souza e Morais (2011) ser possível um bom avanço dessas crianças.
• Mesmo os bebês são aprendizes ativos que trazem de casa um ponto de vista da configuração da aprendizagem. O mundo que o bebê percebe não é uma “confusão, um crescente zumbido” (JAMES, 1890), onde todos os estímulos são igualmente importantes.
• O cérebro infantil dá prioridade a algumas formas de informação: a linguagem, os conceitos básicos dos números, as propriedades físicas e o movimento de animar os objetos inanimados (todos os seus brinquedos e utensílios próximos). Uma conclusão lógica da afirmação de que o conhecimento novo deve ser construído a partir do conhecimento existente é que os professores precisam prestar atenção ao entendimento incompleto da criança, assim como para as falsas crenças e as interpretações ingênuas dos conceitos que os alunos trazem de casa a respeito de um determinado assunto.
• Os professores devem se esforçar para ajudar cada aluno a construir o conhecimento verdadeiro a partir destas ideias, para que o aluno alcance uma compreensão mais madura. Há um equívoco comum a respeito do “construtivismo”, de que o conhecimento existente deve ser usado para construir um conhecimento novo.
• Assim, tem-se a falsa ideia de que os professores nunca devem dizer nada aos alunos diretamente, mas devem permitir que estes construam o conhecimento por eles mesmos. Esta perspectiva confunde uma teoria da pedagogia (ensino) com a teoria do conhecimento.
• Trabalhar de forma construtivista não é negar a história do conhecimento e assumir que todo conhecimento é construído a partir de conhecimentos prévios individuais, independentemente de como se é ensinado.
• Um ensino eficaz com postura crítica é aquele que provoca os alunos a explicitarem o seu conhecimento preexistente do assunto a ser ensinado, fornecendo, assim, oportunidades para que eles construam um novo conhecimento sobre o que já sabem, ou então desafiem seus preconceitos iniciais. Perceber como os alunos aprendem também ajuda os professores a irem além das dicotomias de escolha que têm assolado o campo da educação.
• A capacidade dos alunos para fazer a aquisição de conceitos organizadores do pensamento que tornam a educação um conjunto de fatos e de habilidades é reforçada quando eles estão conectados à resolução de problemas significativos para as atividades pertinentes a cada matéria.>>> a 
• Quando os alunos entendem o porquê das coisas, eles também acabam entendendo como e quando tanto os fatos como as habilidades são pertinentes e relevantes. Apresentam-se algumas diretrizes para ajudar a orientar o projeto e a avaliação de ambientes que podem aperfeiçoar o aprendizado.
• São propostos alguns atributos inter-relacionados de ambientes de aprendizagem que podem servir de ponto de partida para o seu projeto ou adaptação do ambiente de sala de aula.
• Tanto as escolas quanto as salas de aula devem ser centradas no aluno. Os professores devem prestar muita atenção no conhecimento, habilidades e atitudes que os alunos trazem para a salade aula.
• Apresentam-se algumas diretrizes para ajudar a orientar o projeto e a avaliação de ambientes que podem aperfeiçoar o aprendizado.
• São propostos alguns atributos inter-relacionados de ambientes de aprendizagem que podem servir de ponto de partida para o seu projeto ou adaptação do ambiente de sala de aula.
• Tanto as escolas quanto as salas de aula devem ser centradas no aluno. Os professores devem prestar muita atenção no conhecimento, habilidades e atitudes que os alunos trazem para a sala de aula.
• A aprendizagem é influenciada, de forma fundamental, pelo contexto em que ela ocorre >>> A abordagem possível é desenvolver normas para a escola e para a sala de aula que apoiem as conexões com o mundo exterior, de forma que se crie um núcleo forte de valores que determinem a aprendizagem.
• As normas estabelecidas na sala de aula têm um efeito profundo na maneira como os alunos resolvem alcançar seus objetivos. Assim, os alunos poderão se ajudar mutuamente a resolver problemas por meio da construção do conhecimento.
• Os alunos conseguirão com a cooperação na resolução de problemas) e na
troca de argumentação a construção de uma comunidade intelectual que vai melhorar o desenvolvimento cognitivo de cada um.
•O pouco tempo relativo que os alunos passam na sala de aula cria muitas oportunidades para que os professores preparem sugestões para o seu comportamento na comunidade.> O professor é alguém que lê a realidade, que faz sua leitura do grupo para criar situações de aprendizagem frente a diversidade.
A sala de aula é complexa no que diz respeito à comunicação.
• A entrada para a escola coloca exigências linguísticas e cognitivas que muitas vezes não são compatíveis com os hábitos até então desenvolvidos.
• É de conhecimento de todo educador que qualquer informação deve ser compreendida por todos, mas a rotina marca uma ruptura na vida da criança, pois a informação não é compatível com o seu mundo de agora.
• Quando chega à escola para aprender a ler, a criança sabe que a escrita quer dizer alguma coisa, embora não saiba de que maneira os sinais escritos funcionam para transmitir a mensagem. Para a criança, a alfabetização constitui o primeiro passo de um longo caminho escolar, que provavelmente terminará na universidade. Ela usará a leitura como forma de prazer e instrumento de comunicação pessoal.
• O primeiro passo, então, é abrir os olhos para o mundo da palavra escrita, tornar-se atento ao que está escrito na vida cotidiana, perceber os vários usos sociais dessa escrita e que a leitura faz parte do processo de letramento. Apesar dos estudos sobre como a criança aprende a ler e a escrever, alguns adultos acreditam que a prática pedagógica deve ser fundamentada em exercícios repetitivos a serem aplicados em sala de aula e lições a serem feitas em casa. Muitos pensam que essa repetição contribui para que a criança leia e escreva melhor.
• Temos crianças que copiam textos, têm a letra desenhada, mas nada do que escrevem tem sentido ou significado. Não fazem uso da leitura e da escrita habitualmente nem as têm como instrumento de expressão de suas ideias e seus sentimentos, ou como uma forma de comunicação com os outros e de leitura de mundo. 
• A “boa atividade” é a que promove a aprendizagem da criança, a construção de seu conhecimento.>>>>a que gera aprendizagem
• Com certeza, não é aquela aula show, farta em jogos e brincadeiras, da qual o aluno quer participar, mas a que promove a mudança de atitudes, procedimentos e conceitos dos alunos.
• Naspolini (2006) aponta que a “boa atividade”, promotora do desenvolvimento do conhecimento do aluno, pode ser significativa, produtiva e desafiadora.
Para Naspolini (2006, p. 12), a atividade é significativa “quando gera conhecimento útil para a vida do aluno; quando lhe oferece condições de, tendo consciência do conhecimento apropriado, vir a utilizá-lo nas diferentes situações de sua vida”.
• As pesquisas a respeito do baixo aproveitamento escolar de nossos alunos apontam para uma de suas dificuldades: a de relacionarem o que aprenderam na escola com o seu dia a dia.
•Atividades significativas: Relacionar os textos escritos e aprendidos na escola com a sua necessidade de ler, escrever, ter conhecimento e interpretar o que lê e escreve. Cabe a reflexão sobre as atividades aplicadas em sala de aula.
• Paulo Freire criticou as cartilhas e as comparou às roupas de tamanho único, que servem para todo mundo e, ao mesmo tempo, para ninguém; as cartilhas estão longe de abordar a realidade vivida por nossos alunos (ARANHA, 1989).
• Atividade Produtiva: Quando o aluno aprende, constrói o conhecimento e, além de desenvolvê-lo, ele o aperfeiçoa nas atividades cotidianas. Frequentemente os trabalhos escolares são requeridos pelos professores sem que os alunos sintam a necessidade de escrever; simplesmente os fazem porque o professor mandou. Torna-se uma atividade que não é produtiva, desvinculada do contexto da criança, uma escrita mecânica. 
• Atividades Desafiadoras: Atividades que apresentam dificuldades possíveis de serem solucionadas pelo aluno, mas que exigem a sua reflexão, análise de hipóteses, busca de ações possíveis, portanto contribuem para o desenvolvimento de sua capacidade cognitiva.
• Naspolini (2006) sugere que o professor trabalhe com situações de aprendizagem desafiadoras, provocativas e instigantes, que devem ser construídas sobre aspectos conhecidos do aluno e que provoquem desafios Desde a alfabetização, a escola precisa apresentar variedade de textos e favorecer o contato com a escrita social.
• É necessário que a criança leia na sala de aula cartazes, identificações de caixas, latas, listas, embalagens e rótulos de produtos variados.
• O contato com diferentes escritas e textos promove na criança o reconhecimento e a distinção do desenho (sinal) e da escrita (signo), o que contribui para que ela compreenda que se escreve o que se fala. Isso facilita a aprendizagem da grafia das letras e a construção de palavras de forma significativa: na prática, é ler e escrever.
• Adriane Andaló (1996) sugere como atividades significativas de leitura e escrita as seguintes atividades, que objetivam o que denominou de “redes de significado”:
1. trabalhar com o nome dos alunos, identificando palavras, sílabas e letras do próprio nome da criança e de seus colegas em outras atividades;
2. escrever listas de palavras do mesmo campo lexical, como nomes de animais, nomes de frutas, nomes de brinquedos, compras de supermercado;
3. recortar e colar figuras e associá-las com a escrita de letras móveis de plástico;
4. utilizar, em sala de aula, a letra bastão maiúscula até as crianças estarem alfabetizadas; 
5. montar e desmontar palavras; 
6. montar quebra-cabeças com palavras e gravuras;
7. fornecer palavras e pedir às crianças que as representem por meio de desenhos.
• Atividades de sondagem:
• estão relacionadas às atividades de avaliação do desempenho do aluno; visam detectar o conhecimento que a criança construiu e como esse conhecimento foi construído; 
• a partir do que foi coletado pelo professor, planejam-se as atividades de ensino e de aprendizagem novas e específicas ao aluno.
Naspolini (2006) destaca alguns pontos das atividades de sondagem:
• retratam o momento específico da atividade executada pelo aluno – num certo momento, o aluno apresenta um determinado conhecimento e, em outro momento, outro conhecimento;
• as intervenções do professor favorecem a compreensão de como a criança pensa um determinado conhecimento;
•possibilitam o registro, em fichas, da produção do aluno e podem fundamentar o planejamento de novas atividades.
As atividades de sondagem e o material utilizado devem ser inéditos, para não estimular a memorização de como se aplica determinado conhecimento pela criança. A sondagem é feita periodicamente e os resultados devem ser comparados com os resultados da sondagem anterior.
• Ao analisar os resultados da sondagem, o professorpode agrupar crianças que apresentam determinada dificuldade e planejar atividades diversificadas de
ensino e de aprendizagem. As atividades diversificadas são compostas por jogos e variam conforme a evolução do conhecimento dos alunos.
• Segundo Naspolini (2006), são atividades que intervêm nos saberes construídos anteriormente pelo aluno e promovem a aquisição de novos conhecimentos. Como exemplo, cita a atividade de correspondência título-texto, em que o professor lê um texto em sala de aula e apresenta vários títulos:
• os alunos devem escolher um título adequado à história narrada pela professora.
São exercícios específicos que visam a aplicação de conhecimentos apreendidos pela criança por meio das atividades de ensino-aprendizagem. Naspolini (2006) sugere que devem ser aplicados, preferencialmente, em grupos de alunos.
• A autora distingue dois períodos ou características das atividades de aplicação: a repetição e a transformação.
• A repetição devido ao fato de os conhecimentos adquiridos pelos alunos serem utilizados repetidas vezes e em momentos diferentes das atividades.
•A transformação se refere ao fato de os exercícios serem mudados, e não seus objetivos, que devem ser a aplicação de determinados conhecimentos
aprendidos anteriormente.
O exemplo dado por Naspolini (2006) é que a mesma atividade de correspondência texto-título pode ser empregada de diferentes formas, como:
• corresponder um texto com a escolha de um título, dentre outros;
• corresponder um título com a escolha de um texto, dentre outros;
• corresponder os textos com a escolha dos respectivos títulos, dentre outros.
• O objetivo das atividades de avaliação é diagnosticar o que o aluno é capaz de realizar sozinho, o que o aluno aprendeu e o que precisa melhorar, podendo ter a finalidade qualitativa ou quantitativa, segundo Naspolini (2006).
• A finalidade qualitativa está ligada ao diagnóstico do conhecimento construído pelo aluno e subsidia o planejamento do professor à medida que este planeja
futuras atividades de ensino-aprendizagem (sondagem); e a finalidade quantitativa está ligada ao diagnóstico e à medição do que o aluno construiu de determinado conteúdo. De acordo com Naspolini (2006), “ler é o processo de
construir um significado a partir do texto”. 
• A leitura será compreendida se houver concordância entre os conhecimentos prévios do leitor e os elementos textuais. 
• O ato de ler significa compreender o que está escrito com as letras e o que se quis dizer com as letras; é muito mais do que decodificar os códigos linguísticos. 
•O professor deve ser um facilitador no processo de desenvolvimento das competências leitora e escritora do aluno desde a Educação Infantil. Porém, será nos anos iniciais do Ensino Fundamental que sua prática poderá ser intensificada.
• Tanto a leitura como a escrita devem ser significativas para o aluno. Assim, precisam relacionar-se com o seu uso cotidiano, desvendar conhecimentos que estejam ligados a interesses próprios da faixa etária em que se encontram os alunos, possibilitar a resolução de problemas de ordem prática e oferecer possibilidades para que possam, autonomamente, ir além do que lhes é proposto.
• A leitura e a escrita não devem se restringir ao trabalho com o livro didático. Em uma sociedade letrada como a nossa, o professor precisa trabalhar com os mais variados tipos de textos, com o objetivo de que a criança construa estruturas cognitivas necessárias à leitura e à escrita de textos variados.
• Isso não significa que o aluno tenha apenas de identificar ou reconhecer as diferentes modalidades de texto, mas escrevê-las, utilizá-las mediante suas necessidades.
• O trabalho com textos tem um fim didático, Naspolini (2006) classificou os textos em práticos, informativos ou científicos, literários e extraverbais, mas ressaltou que um único texto pode pertencer a mais de um grupo dos citados
• Textos prático>>>São textos comuns em nosso dia a dia. Por exemplo:
cartas, contas de água, luz e telefone, cheques, embalagens de todos os tipos, manuais de aparelhos eletrônicos, listagens, itinerários, ingressos, passagens, carnês, bulas de remédio, cardápios, receitas culinárias, notas fiscais, bilhetes, telegramas.
• O professor pode utilizar uma data comemorativa, como o Dia dos Pais, e desenvolver uma atividade de confecção de uma carta.
• A função dos textos informativos é trazer conhecimentos novos aos leitores. Eles são encontrados em jornais, revistas, enciclopédias, entrevistas, tabelas, gráficos etc. 
•Textos literários: São textos que expressam sentimentos, pensamentos e fantasias do homem na relação com o mundo à sua volta e consigo mesmo.
• Textos extraverbais: Existem textos escritos não com palavras, mas com outros códigos linguísticos e não linguísticos. Por exemplo, os textos escritos com figuras, ilustrações, arquitetura, histórias em quadrinhos, quadros de arte, músicas, gestos etc.
• Pensando desta forma, quando vamos ao Museu e lá apreciamos um quadro como o de Tarsila do Amaral, dando como exemplo a obra A Feira, estamos diante de um texto escrito com figuras e ilustrações que retratam a situação de uma feira, tudo isso dentro de um estilo de pintura próprio da artista. Mas os nossos olhos, ao contemplarem tal quadro, estão fazendo uma leitura da situação que ela tentou retratar
•Enfoque conteudístico> A partir de um texto, questões são formuladas para que os alunos respondam segundo as palavras e ideias expostas no texto. Naspolini (2006) define como o objetivo desse tipo de atividade decodificar a leitura.
• Enfoque estruturalista> Todos os textos apresentam determinadas estruturas que os identificam e que são chamadas de superestrutura esquemática: a distribuição e a organização da estrutura interna do texto.
Algumas possibilidades para o trabalho com a produção de textos:
• trabalhar com textos escritos individualmente, em pequenos grupos ou coletivamente; 
• propor para os alunos a escrita de vários tipos de textos – relatórios, contos, poesias etc.;
• pedir aos alunos que descrevam fotos e paisagens;
• solicitar que criem histórias a partir de recortes de gibis, paisagens etc.;
• orientar os alunos a entrevistarem conhecidos e descreverem como foi a entrevista;
• sugerir que escrevam jornais da sala, reportagens da escola, entre outros.
Essa é uma atividade que vai além da vida escolar. O aluno a utiliza por toda vida.
• Desafios para ensinar: Vale a pena lembrar que leitura e escrita são articulados.
Portanto, um dos propósitos da escrita é a leitura.
1. Oferecer repertório de textos no gênero a ser escrito.
2. Fazer um planejamento do que vai ser escrito.
3. Textualizar.
4. Revisar.
Consciência Fonológica: “Algumas habilidades fonológicas (e não necessariamente fonêmicas) são essenciais para a criança avançar em suas hipóteses sobre o sistema alfabético, no entanto os autores defendem que só a consciência fonológica, por si só, não faz uma criança se tornar alfabética.”
Questões para prova
• A criança que afirma que “a palavra boi é maior que a palavra aranha” está vivendo o momento do : Realismo nominal
• Nas afirmações a seguir, coloque V para verdadeiro, e F para falso, considerando o conceito de “boa atividade” de Naspolini (1996) na organização do trabalho em sala de aula.
( V ) Boa aprendizagem promove a aprendizagem do aluno.
( F ) É aquela em que o professor realiza um show de aula
( F ) Não há uma boa atividade para o aluno porque ele não quer aprender.
( V ) Promove o desenvolvimento do conhecimento do aluno
• Muitos equívocos são cometidos nos anos iniciais da criança na escola. Um deles é achar que o ensino e a aprendizagem são iguais.
De que forma podemos considerar o papel do professor na alfabetização?: O professor tem um papel considerável na alfabetização, mas não é o único.
• Por que a leitura e a escrita são consideradas como conteúdos centrais na escola? Porque têm a função de incorporar a criança a culturado grupo em que ela vive.
• “Hoje é o primeiro dia de Bruna na escola, ela vai para o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos. Sua professora a recebe na entrada da escola e começam a conversar. A professora explica que Bruna fará uma atividade de escrita, registrando seu nome no papel entregue e que ela irá lhe acompanhar em sua escrita”. 
O procedimento descrito na situação acima se trata de uma atividade para: Conhecer o que o aluno já sabe.
• Ao desenvolver a pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita, Emilia Ferreiro nos fala da criação de hipóteses criadas pelos alunos durante a aprendizagem da leitura e da escrita, de acordo com os estágios de conhecimento de cada uma. Pode-se relacionar essa ideia com o que Piaget chamou de: Erro construtivo.
•Em relação ao processo de alfabetização, podemos afirmar que há uma crítica nos seus resultados uma vez que se observa na prática, que: Muitos dos jovens brasileiros não conseguem se expressar por meio de um texto escrito ou do seu entendimento quando lêem.
• Parece-nos essencial que as crianças descubram, durante sua escolaridade, que existe um mundo da escrita: um mundo social, cultural, econômico, industrial da escrita; um mundo da produção ( os autores), da educação, da difusão, onde os exemplares de livros, de revistas e de jornais podem ser contados aos milhares ou centenas de milhares de exemplares. Diante disso, caberá ao professor: Trazer para dentro da escola todas as formas de representação do contexto; Mostrar para as crianças o significado do material escrito em suas diferentes formas e formatos; Em diferentes oportunidades, possibilitar às crianças a leitura e a escrita.
• A aluna da 4º série do Ensino Fundamental, Marina desenhou um belo presente para a sua professora e anexou um cartão, onde escreveu: Filiz Natau:
Uma escola que trabalha com a visão sociolinguística da linguagem perceberá que: Esta é uma escrita fonética.
 
• Pensando nas atividades significativas, o que facilita a aprendizagem da grafia das letras e a construção de palavras de forma significativa na prática é ler e escrever. Adriane Andaló (1996) sugere como atividade significativa de leitura e escrita as seguintes atividades que objetiva o que denominou de “redes de significados”: Trabalhar com o nome dos alunos, identificando palavras, sílabas e letras do próprio nome da criança e de seus colegas em outras atividades; Escrever listas de palavras do mesmo campo lexical, como nome de animais, nome de frutas, nome de brinquedos, compras de supermercados; Recortar e colar figuras e associá-las com a escrita de letras móveis de plástico; Utilizar, em sala de aula, a letra bastão maiúscula até as crianças estarem alfabéticas; montar e desmontar palavras; montar quebra- cabeças com palavras e gravuras; fornecer palavras e pedir às crianças que as representem por meio de desenhos.
• Tantas perguntas nos desafiam a repensar o processo de ensinar na escola. Porém, o que realmente ajudaria o professor a alcançar mais o sucesso na alfabetização? O conhecimento do pensamento infantil.
• Analise com atenção o relato abaixo e responda a questão: Ana, 6 anos, relata que está muito triste: acha que nunca vai conseguir escrever como seus amigos da escola. Diz que seus amigos têm letras perfeitas...mas com ela, sempre tem alguma coisa errada em suas tentativas de escrita, ou é falta de capricho, ou faltam letras ou faz errado. Afirma que não sabe nada “o meu caderno está feio” . Ana chora.
Como compreender as angústias de Ana em relação ao primeiro ano do Ensino Fundamental? A insegurança é provocada pela ansiedade e a sua ocorrência interfere diretamente no emocional da criança, que precisa de apoio para suas hipóteses nessa fase; É necessário repensar a maneira de ensinar do professor alfabetizador de hoje.
• Se a função da escola é dar instrumentos para o indivíduo exercer sua cidadania, é preciso ensinar a ler jornal, literatura, textos científicos, de história, geografia, biologia. Consegue ler bem quem teve algum tipo de oportunidade fora da escola. Os que dependem apenas dela são os analfabetos funcionais. E a escola que ignora isso não compreende claramente a sua função. Diante disso, caberá ao professor: Selecionar e propor aos alunos atividades significativas e contextualizadas de leitura e escrita; Diante da escrita silábica, propor desafios para que a criança construa hipóteses mais elaboradas, que favoreçam a compreensão da sílaba com duas, três ou mais letras; Periodicamente realiza sondagem e comparar os resultados com os conseguidos anteriormente.
• Existem vários tipos de atividades importantes para o trabalho com as crianças numa visão sócio construtivistas. Pensando nisso, assinale V ou F: 
( V ) Entre outras finalidades a atividade de sondagem tem por objetivo levantar dados para o planejamento de futuras atividades de ensino- aprendizagem.
( V ) A atividade que introduz o aluno a um novo conhecimento é a atividade ensino-aprendizagem.
( V ) Atividade a aplicação substitui os exercícios de “treino”, pretende dar ao aluno a oportunidade de utilizar o novo conhecimento por meio de exercícios variados e significativos.
( F ) A sondagem só verifica quantitativamente o que o aluno aprendeu.
• Nas sociedades letradas, desde os primeiros meses, as crianças estão permanentemente em contato com a linguagem escrita. Assim, considere as afirmações a seguir: Quando uma criança não alfabetizada questiona sobre o que está escrito em determinado local, ela está dando sinal do ambiente de letramento em que vive, o que indica uma reflexão sobre a função e o significado da escrita./ Os teóricos da linguagem, atualmente, afirmam que a aprendizagem da linguagem escrita deve estar associada ao contato com diversos tipos de textos para que as crianças possam construir sua capacidade de ler e escrever.
•Emília Ferreiro, quando estudou as concepções que as crianças apresentam sobre a escrita, demonstrou estas etapas, chamadas de fases ou níveis de desenvolvimento na construção do pensamento em relação à linguagem escrita. São elas: 1-Pré-silábico, 2- silábico, 3-silábico-alfabétic, 4. alfabético.
• Podemos dizer que, com os conhecimentos da teoria do Construtivismo, o professor pode planejar e realizar uma ação pedagógica baseada no: Desenvolvimento e na construção da linguagem por meio de práticas educativas que contenham jogos e atividades que permitam à criança pensar a linguagem; Desenvolvimento de atividades que permitam à criança dialogar com a linguagem.
• Observe a reescrita do texto “Marcha soldado” feita por duas crianças: 
Ricardo- MAODO CBSO CBPO SOMD 	PO 	OMGD
 (Marcha soldado) (cabeça) (de papel) (se não marchar direito) (preso) (no quartel)
André- MAOD CBSA D PAPÉU SI NÃO MAOD DERVTI EGOU
 (Marcha soldado) (cabeça) (de) (papel) 	(se) (não) (marchar) (direito vai) (preso no quartel)
Considerando as escritas das crianças sob a perspectiva dos estudos da psicogênese da língua escrita, analise as assertivas: As crianças já sabem que se escreve com letras; As crianças demonstram ter iniciado o processo de fonetização da escrita;
• Dentre as afirmações a seguir, escolha a alternativa correta: o contato com diferentes escritas e textos promove na criança o reconhecimento e a distinção do desenho e a escrita.
• Uma criança que sabe ler e escrever e entende o contexto no qual as palavras estão escritas, ou seja, a criança alfabetizada que se torna letrada é uma criança que: Codifica a língua escrita (escrever) e decodifica a língua escrita (ler) e também se apropria dela, ou seja, faz uso das práticas sociais de leitura e de escrita, articulando-as ou dissociando- as das práticas de interação oral dependendo de cada situação vivida.
• Os suméricos já tinham percebido que a fonetização fazia crescer a possibilidade de representação do mundo em volta deles. Neste sentido, podemos apontar como correta a alternativa: Aprendemos a linguagem oral sempre antes de aprendermosa grafia. O segundo sentido da palavra casa, como em “Papai casa com a mamãe” é percebido antes mesmo que nos demos conta que, eventualmente a palavra casa seja responsável pela ideia de casamento.
• Estabelecer um ambiente estimulador na sala de aula, no qual o ler e o escrever tem significados é uma postura que favorece qual situação didática? Alfabetização
• Para que as ações de leitura e escrita realizadas no espaço escolar ofereçam resultados posItivos é necessário uma rede de significados.Qual é a melhor definição dessa atividade significativa? Trabalho com os nomes dos alunos, identificando letras dos nomes.
• Segundo Cocco (1996), quando se acreditava que a criança não estabelecia relações com a linguagem no período anterior a alfabetização, as atividades desenvolvidas num primeiro momento na escola eram de treino de habilidades. Atualmente, esse pensamento mudou, dessa forma cabe ao professor. Criar um ambiente estimulador no qual ler e escrever tenham significado e função; Proporcionar um ambiente que permita a criança pensar e dialogar sobre a linguagem.
•Leia com atenção a afirmação a seguir: “Emília Ferreiro desenvolveu teses sobre as hipóteses do pensamento da criança a respeito da linguagem escrita”. Sobre o pensamento de Emília Ferreiro, é correto afirmar que: Esclarece a compreensão de como funciona o código linguístico.
• No que diz respeito ao oferecimento de teorias fundamentais à compreensão do processo de alfabetização diferentes pensadores podem contribuir com a formação do professor. Assim: Segundo as proposições piagetianas a criança se apodera de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender é descobrir, inventar e modificar./ Segundo Emília Ferreiro o que leva a criança à alfabetização é a compreensão do funcionamento do código linguístico; / Segundo as proposições piagetianas o conhecimento é construídos na interação do sujeito com o objeto de aprendizagem.
•A metacognição refere-se: À capacidade das pessoas de prever a sua performance em varias tarefas diferentes. Por exemplo, o quanto elas se lembram bem de vários estímulos diferentes. As praticas pedagógicas que concordam com a abordagem para aprendizagem metacognitiva incluem aquelas que se concentram em sensibilização, auto avaliação e reflexão sobre o que funcionou e o que precisa ser melhorado. 
•Há uma certa relação entre a história da escrita na humanidade e a maneira como a criança se desenvolve rumo à alfabetização (Cocco, 1996). Quanto a isso, cabe dizer que: O ser humano partiu do pictórico e construiu uma simbologia (alfabeto). De maneira similar, a criança inicia a representação do mundo por meio da escrita e chega às regras sistemáticas. 
Questões Discursivas
• Na seguinte amostra de escrita I A O (para Ri-car-do) podemos reconhecer características de qual hipótese de escrita que Emilia Ferreiro organizou em seus estudos? A partir desse exemplo, explique quais são as características dessa fase da escrita.
R: Entende-se que essa criança apresenta-se no nível 3 da hipótese silábico em que conta os “pedaços sonoros” (sílabas) e os associa com um símbolo (letra), essa associação pode acontecer com ou sem valor convencional. A criança escreve uma frase utilizando uma letra para cada palavra.
• Uma professora da 1º ano relata uma atividade de produção de texto coletiva na lousa. O texto produzido pelos alunos, e grafado pela professora, foi o seguinte:
O sapo
O sapo é bom.
O sapo come inseto.
O sapo é feio.
O sapo vive na água e na terra.
Ele solta um líquido pela espinha.
O sapo é verde.
Podemos observar que cada enunciado é tratado como se fosse um parágrafo independente. Exigências mínimas de coesão textual, como não repetir “o sapo” em cada enunciado, não são consideradas. Embora empenhada e comprometida com seu trabalho e seus alunos, a professora demonstra ter interiorizado em sua prática o modelo de “texto” que caracteriza uma metodologia de alfabetização pautada no uso de cartilhas ou livros didáticos inspirados nesse modelo.
Elabore um pequeno texto no qual você indique dois argumentos para o não uso das cartilhas ou de livros didáticos para as crianças na atualidade. Ainda nesse texto, indique uma possibilidade de ação para romper com materiais padronizados.
R: Compreende-se que o processo de alfabetização através da utilização das cartilhas visavam uma uniformização no processo de ensino aprendizagem, desconsiderando as particularidades de cada individuo e de cada cultura, padronizando o aprendizado sem contudo compreender o sujeito sócio histórico que se constitui o aluno. Emília Ferreiro chama a atenção para o modelo tradicional como crítica, uma vez que a escola se preocupava mais com a estética da escrita do que com o seu conteúdo.
A alfabetização a partir das cartilhas visavam a repetição dos conteúdos que nem sempre eram dotados de sentido, mas que comprovavam a memorização das sílabas, entendia-se a criança alfabetizada a partir do momento em que conseguia reproduzir textos a partir de cópias e escrevia seu nome, por tais motivos o uso da cartilha atualmente não mais condiz que os propósitos da alfabetização e letramento que objetivam propor ao individuo alfabetizado uma ferramenta para ler o mundo no qual está inserido, ou seja, a leitura e a escrita devem ter valor social para se considerar o sujeito alfabetizado e letrado, uma vez que são processo indissociáveis. O professor que visa criar um ambiente alfabetizador deve romper com o ensino mecanicista e reprodutor que compreende o aluno como um sujeito passivo que irá apenas receber o conhecimento, se faz necessário um novo olhar e uma nova postura frente o processo de alfabetizar, possibilitando aos alunos o contato com conteúdos dotados de sentidos para suas realidades, tais como atividades com listas de nomes dos alunos, disponibilizar diferentes materiais como histórias, jornais, panfletos, cartazes, possibilitando uma nova forma de alfabetizar.
• A professora Lucia, de uma turma do primeiro ano de escolaridade, leva todos os dias para a sala de aula um livro infantil que lê para os alunos. Ao terminar, sempre pergunta qual foi a parte da história que eles mais gostaram e a escreve no quadro. Em seguida, lê em voz alta o trecho que escreveu, acompanhando com o dedo a leitura. Como a biblioteca da escola é pequena, ela pediu a contribuição das crianças para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu a visita de Alice, mãe de um aluno, que a indagou sobre o motivo do pedido, já que a maioria das crianças daquela turma ainda não sabia ler.
Apresente e explique duas justificativas pedagógicas que deverão fundamentar a resposta de Lucia a Alice.
R: O processo de alfabetização e letramento inicia-se muito antes da criança inserir-se na escola, uma vez que está inserida num mundo letrado, cheio de placas, jornais, revistas, rótulos, entre outros materiais que permeiam o cotidiano das crianças. A professora Lucia objetivando criar um ambiente alfabetizador, quer possibilitar aos alunos o contato com diferentes materiais a fim de que eles tenham contato e explorem esses recursos de diferentes formas, uma vez que não é preciso saber ler para contar uma história a partir do contato com livros. Outro ponto importante é que a partir da exploração dos livros os alunos vão se familiarizando com as letras, sílabas e composições textuais. Esses aspectos integram o processo de alfabetização que é dinâmico e complexo.
• “Há crianças que ingressam no mundo da linguagem escrita através da magia da leitura, e outras que ingressam através do treino das tais habilidades básicas. Em geral, os primeiros se convertem em leitores, enquanto os outros costumam ter um destino incerto”. Levando em consideração o que Ferreiro escreveu, e refletindo sobre tudo o que foi estudado, elabore um texto que tenha os fundamentos e as contribuições da obra de Emilia Ferreiro sobre a teoria da psicogênese na forma de ensinar/ aprender a escrever.
R: Emília Ferreiroé autora da Teoria da Psicogênese que propõe um novo olhar para o erro construtivo da criança. Ela foi uma referência no Brasil e sua teoria foi pautada nas concepções de Piaget, e no construtivismo. Para ela a escrita se desenvolvia a partir de hipóteses que se desenvolviam em: Pré-silábico, silábico, silábico alfabético e alfabético. A abordagem psicogenética de alfabetização permitiu ao professor alfabetizador uma visão da singularidade do processo de cada alfabetizando, durante a apropriação do conhecimento pelo sujeito. As particularidades do processo de construção da escrita são próprias de cada individuo e são marcadas pelas hipóteses de escrita
• Observe as produções dos alunos abaixo e identifique a fase da escrita em que eles se encontram. Em seguida, explique as características dessa fase.
Aluno A- Fase da escrita pré-silábico em que é subdividida na fase pictórica é o registro feito pela criança com garatujas, desenhos sem figuração e, mais tarde, desenhos com figuração. Inicia-se aos 2 anos se a criança vive em um ambiente que estimule a criança a usar caneta, lápis e papel
Aluno B- Fase da escrita alfabético a criança já reconstrói o sistema linguístico e compreende como ele funciona, consegue ler e expressar seus pensamentos e falas. Forma sílabas e palavras juntando as letras e consegue distinguir letra, sílaba, palavra e frase. Pode acontecer de a criança dividir a frase não gramaticalmente, e sim conforme o ritmo frasal.
• Leia as duas asserções e escolha entre as duas respostas apontadas uma única resposta correta, ou seja, alternativa A ou B. Ao definir sua resposta, apresente dois argumentos para justifica-las:
No que se refere à aprendizagem inicial da Língua Portuguesa, alfabetização e letramento são independentes 
PORQUE
A alfabetização é o desenvolvimento de competências e habilidades para o uso efetivo da Língua Portuguesa em práticas sociais, enquanto o letramento é a aprendizagem do sistema de utilização das letras na escrita.
A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda verdadeira.
Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas
R: O processo de alfabetização e letramento são processos indissociáveis, uma vez que alfabetizar é aprender a ler e a escrever porém somente adquirir esse conhecimento não é suficiente, pois se faz necessário apropriar-se dela, fazer uso das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o letramento, que é essa capacidade de fazer uso adequado da leitura e da escrita socialmente acompanha o processo de alfabetização, por isso fala-se em alfabetizar letrando, por isso conclui se que as asserções apresentadas são incorretas.
• Ainda na linha de pensamento de autores representantes do construtivismo, temos um nome especialmente respeitável na forma revolucionária ao estudar como as crianças pensam a escrita. A psicóloga e pesquisadora a que nos referimos é Emilia Ferreiro. As obras dessa autora fizeram uma mudança significativa na maneira de se alfabetizar. Seu trabalho não é uma metodologia como muitos pensam, e sim___________.
Continue o texto trazendo pelo menos duas contribuições dessa autora para a trajetória da história da alfabetização.
R: E sim um olhar para o erro construtivo da criança, uma importante contribuição dessa autora, que consiste em compreender o processo de alfabetização das criação por meio de. hipóteses da escrita, para ela a criança se desenvolve a partir dos níveis pré-silábico, silábico, silábico alfabético e alfabético. A trajetória da alfanbetização pode ser dividida em antes e depois de Emilia Ferreiro, a partir da Teoria da Psicogenese, é que a autora chamou a atenção para o fato de que a criança vive em um mundo letrado e está submersa em um processo de letramento muito forte, ela se vê continuamente envolvida e o observadora desse mundo letrado.
• Partindo do que foi apresentado e lido ao longo da disciplina sobre Alfabetização e Letramento, defina esses dois conceitos e dê um exemplo representativo de cada um com atividades que possam ser utilizadas numa sala de alfabetização. No livro texto foram apresentadas as definições de Alfabetização na perspectiva de Emilia Ferreiro e de Letramento sob o olhar de Magda Soares.
• Periodicamente, a professora Ângela dita às crianças uma lista de palavras contendo polissílabas, passando para trissílabas, dissílabas, monossílabas e, para finalizar dita também uma frase. Esse ditado estabelece um critério dentro de um quadro semântico, ou seja, nome de animais, nomes de brinquedos, nomes de alimentos etc. 
Normalmente essa atividade é feita individualmente ou em pequenos grupos. 
Explicite o nome dessa atividade e fundamente seus objetivos num texto argumentativo
• Os autores e pesquisadores defendem como modelo para um a boa alfabetização a proposta do socioconstrutivismo. No entanto a grande maioria dos acadêmicos e professores que acompanham a realidade das escolas públicas brasileiras confirmam ainda a forte presença dos métodos tradicionais para alfabetizar. 
Explique quais são as principais bases de sustentação desses métodos (aponte pelos menos quatro indicadores). Observe o texto de uma aluna da 1 ª serie de uma escola de São Paulo e procure relaciona-lo com sua resposta. 
• Reflita sobre o texto abaixo: 
Renata, professora alfabetizadora e influenciada pelas idéias de Emilia Ferreiro desde o começo dos encontros com seus alunos e alunas, procurou conversar com eles sobre o que gostariam de ler e escrever e por que isso era importante para eles. A professora foi percebendo que a ida ao supermercado era uma situação geradora de vivencias ligada a conhecimentos como ler, escrever, contar, comparar preços e escolher produtos. Tudo poderia se transformar em bons materiais para o trabalho com os alunos. Assim, ela fez com eles uma visita ao supermercado. Lá, eles puderam ver e entender a lógica de classificação dos produtos e ler e observar os rótulos e preços. Na escola, fizeram listas, produções de textos e até chegaram a montar um pequeno supermercado na sala de aula. Nem todos estavam na escrita alfabética; no entanto, os grupos produtivos contribuíram para a reflexão do entendimento do sistema de escrita. 
A partir dessa proposta, aponte como essa atividade pode ser chamada de “uma boa atividade”, apresentando o seu conceito. Ainda nas atividades da professora Renata, identifique o que e uma atividade significativa, desafiadora e produtiva. 
Então, você tem duas tarefas: 
A) Explicitar em sua resposta o conceito de “uma boa atividade” e das três subcategorias (significativa desafiadora e produtiva). 
B) Identificar na vivencia da professora Renata o que é significativo, produtivo e desafiado
• Maria Luísa, professora de uma turma do primeiro ano do Ensino Fundamental, est á trabalhando sob a perspectiva do “alfabetizar letrando” e decidiu explorar algumas propostas que abordam a consciência fonológica. Com base nos textos estudados, apresente o conceito de consciência fonológica e, ainda, observando a imagem da obra de Bruegel aqui presente, sugira três atividades para Maria Luisa propor aos seus alunos, tendo como base o desenvolvimento da consciência fonológica.
• Observe a imagem de Fratto contida no livro Com os olhos de criança, de 2010. Apresentamos quatro títulos a serem desenvolvidos num texto argumentativo. 
Você deve escolher apenas um título entre os apresentados. Utilize como critério de escolha aquele que melhor estabelece uma relação com a imagem e também com as contribuições de Piaget apresentadas ao longo da disciplina. Fundamente sua escolha apontando as contribuições da pesquisa de Piaget para a educação
Título A: O importante é valorizar o conhecimento do professor na elaboração de uma proposta pedagógica. Os assuntos trabalhados com as crianças devem guardar relações específicas com seus níveis de desenvolvimento respeitando cada grupo e faixa etária. 
Título B: O professor tem como função considerar o conhecimento prévio da criança como ponto departida para sua ação educativa. 
Título C : A imagem nos leva a pensar em dois mundos – o da criança e o do professor – que nessa figura parecem impossíveis de ser integrados. 
Título D: Fratto parece nessa imagem criticar a não valorização do lúdico por parte do professor quando este pensa em atividades sistematizadas e motoras não levando em conta o desenvolvimento e o lúdico infantil
• A professora Carla realizou uma série de sondagens com seus alunos e constatou que na pioneira sondagem, sua aluna Gabriela apresentou escrita silábica sem valor sonoro e na segunda sondagem, apresentou ainda escrita silábica, porém com valor sonoro. 
Qual é a principal característica da escrita silábica? 
Qual é a diferença entre escrita silábica com ou sem valor sonoro? 
Quais são os conflitos enfrentados pela criança nesse período? 
• A professora Ana, de uma turma da 1a série, leva todos os dias para a sala de aula um livro de literatura infantil e o lê para os alunos. Ao terminar, pergunta qual foi a parte da história que eles mais gostaram, estimula-os a manifestarem opiniões e comentários sobre a história. Ainda a professora costuma ao termino da contagem da história fazer o registro na lousa ou numa folha de craft, do título da história e uma pequena síntese do texto lido com a participação das crianças, mesmo que estas não estejam com sua base alfabética pronta. Finaliza lendo em voz alta o que escreveu, acompanhando com o dedo cada palavra do texto. 
Nessa escola, onde Ana trabalha, a biblioteca é pequena e com poucos livros, por esse motivo ela pediu a contribuição das crianças para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu a visita de Marlene, mãe de um aluno, questionando-a sobre o motivo do pedido, já que a maioria das crianças daquela turma ainda não sabia ler. 
Apresente e explique duas justificativas pedagógicas que deverão fundamentar a resposta da professora Ana a mãe do aluno, Sra. Marlene.

Continue navegando