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LEI PENAL NO TEMPO

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1. LEI PENAL NO TEMPO.
1.1. Irretroatividade da lei penal: restringe-se às normas de caráter penal, ou seja, não se aplica à lei processual.
1.2. Vigência da lei:
45 dias (vacatio legis) após a publicação. (Leis de pequena repercussão não possuem vacatio legis e entram em vigor a partir da sua data de publicação).
O vigor corresponde ao nascimento da lei.
A lei vige até que lei posterior a revoge expressa ou tacitamente. 
Assim como a elaboração de uma lei cabe ao legislativo, assim também é sua revogação.
1.3. Revogação da lei:
Pode ser expressa ou tácita. Na primeira hipótese, a lei posterior revogatória declara expressamente a revogação da lei anterior. Já na segunda, a lei posterior revogatória é incompatível com a anterior ou regula completamente a matéria anteriormente tratada. 
A revogação corresponde a morte da lei e ao fim (relativo) do seu vigor.
1.4. Extratividade da lei:
É quando a lei regula situações que ocorrem fora do seu período de vigência. Quando se aplica a situações passadas, ou seja, que ocorreram antes do seu período de vigência, denomina-se retroatividade. Quando a lei regula uma situação que ocorreu após o fim do seu período de vigência, denomina-se ultratividade. 
1.5. Lei posterior: 
- Abolitio criminis: é a lei que revoga tipo penal incriminador.
*Extinção da punibilidade;
*O processo penal é trancado;
*As sentenças condenatórias cessar-se-ão imediatamente;
*Medida provisória não revoga lei, salvo quando, posteriormente, transformada em lei pelo Congresso Nacional.
- Novatio legis in mellius: é a lei posterior que beneficia o agente. (Lex mitior: “lei melhor”).
- Novatio legis incriminadora: é a lei posterior que cria tipo penal, essa, por sua vez, não retroage. 
*Ocorrerá novatio legis in mellius toda vez que houver restrição ao jus puniend do Estado.
1.5.1. Lex mitior e vacatio legis: a lex mitior não propaga seus efeitos durante o vacatio legis.
2. TEMPO DO CRIME.
2.1. Crimes permanentes: quando a execução se inicia sob a vigência de uma lei, mas prossegue sob a vigência de outra, aplica-se a lei posterior, ainda que essa seja menos benéfica.
2.2 Crimes continuados: a nova lei aplica-se a toda a série de delitos praticados, ainda que mais gravosa ao réu, desde que sua vigência ocorra durante a série dos crimes.
2.3. Leis de vigência temporária: aplicam-se a atos praticados durante sua vigência.
- Autorrevogáveis: podem ser excepcionais, que vigem durante períodos anormais (ex. guerras). Ou temporárias quando nascem com data marcada para a cessação de sua vigência. 
*Autorrevogáveis;
*Ultrativas: aplicam-se mesmo após sua revogação a crimes praticados durante sua vigência, ainda que prejudiquem o réu. Do contrário, não haveria respeito à norma;
2.4. Norma penal em branco:
Quando a lei penal em branco estiver em sentido lato ou for homogênea, a retroatividade torna-se inafastável. Caso a lei esteja em sentido estrito ou seja heterogênea, a retroatividade torna-se obrigatória quando o complemento não for revestido de caráter excepcional ou temporário.
3. CONFLITO APARENTE DE NORMAS.
3.1. Teorias:
- Atividade: o crime é praticado no momento da conduta;
- Resultado: o crime é praticado no momento em que gera o resultado;
- Mista: o crime é praticado em ambos.
*O Código Penal adotou a teoria da atividade.
> Unidade do fato;
> Pluralidade de normas;
> Aparente aplicação de uma norma ao mesmo fato;
> Efetiva aplicação de somente uma norma. 
3.2. Solução: aplicação de alguns princípios, são eles:
- Especialidade: lex specialis derogat generali. Norma que possui tofos os elementos da geral e mais alguns prevalece. Basta a simples comparação entre as normas. (In abstracto = não importa a severidade das normas)
- Subsidiariedade: lex primaria derogat subsidiariae. Norma que descreve a conduta de forma mais ampla (primária) prevalece sobre a que descreve a conduta de forma mais específica (subsidiária) ficando esta como reserva. Aqui, é imprescindível a análise do caso concreto para solução do conflito. (“Uma caixa que cabe na outra”).
*Expressa ou explícita: a própria norma reconhece seu caráter subsidiário;
*Tácita ou implícita: verifica-se sua subsidiariedade diante da análise do fato concreto. 
- Consunção: lex consumens derogat consumptae. Um fato mais amplo e grave absorve um menos amplo e menos grave. Nesse caso, é necessário que se comparem os fatos para aplicação da norma, prevalecendo o todo sobre as partes. (pluralidade de fatos). 
*Crime progressivo: O agente deseja, desde o início, atingir o resultado mais grave, praticando, sucessivamente, violações ao bem jurídico tutelado. (crime plurissubsistente). O último ato absorve os demais. 
> Unidade do elemento subjetivo (intenção);
> Unidade do fato;
> Pluralidade de atos criminosos;
> Progressividade na lesão ao bem jurídico.
*Crime complexo: fusão entre dois ou mais delitos autônomos num mesmo delito complexo. (ex: roubo + homicídio = latrocínio). O agente responde pelo fato complexo, que absorve os delitos autônomos. 
*Progressão criminosa: pode ser em sentido estrito quando o agente quer um resultado (menos grave) e, após atingi-lo, prossegue lesando mais gravemente o bem tutelado. O agente responde pela conduta final e pelo resultado mais grave.
> Pluralidade do elemento subjetivo;
> Pluralidade de fatos;
> Progressividade na lesão ao bem jurídico.
*Ante factum não punível: diz-se do fato de menor gravidade (anterior) essencial à execução do fato mais grave (posterior). Nesse caso, o fato posterior absorve o anterior.
*Post factum não punível: ocorre quando há uma nova lesão contra o mesmo bem tutelado, essa de menor gravidade frente à ação anterior.

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