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15/12/2016 MACROECONÔMIA E INDICADORES MACROECONÔMICOS PROF.ª: MAYGDA ALICE DE LIMA Objetivos da teoria macroeconômica O objetivo principal da teoria econômica é o de analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia. Escola Neoclássica: tem como princípio a racionalidade dos agentes econômicos, ou seja, perante uma série de opções, os indivíduos, livremente, escolhem a que consideram a mais vantajosa. Na tentativa de determinar como os preços e as quantidades são estabelecidos, desenvolveram- se dois métodos de análise básicos: abordagem de equilíbrio parcial e a de equilíbrio geral. 15/12/2016 Objetivos da teoria macroeconômica � Abordagem de equilíbrio parcial: Analisa determinado mercado sem considerar os efeitos que este possa provocar sobre os demais existentes na economia. � Abordagem de equilíbrio geral: Neste caso, acredita-se que tudo depende de tudo, e, assim, se quiséssemos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos, inicialmente, listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os tipos de insumos utilizados, e considerar que, nas demandas e ofertas de cada um dos bens, todos os preços dos demais bens são importantes. Objetivos da teoria macroeconômica �Se considerarmos uma economia fechada (sem relação com outros países), a macroeconomia observa-a como se ela fosse constituída por quatro mercados: mercado de bens e serviços, mercado de trabalho, mercado monetário e de títulos e mercado cambial. �Mercado de bens e serviços: tem-se a agregação de todos os bens produzidos pela economia durante certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional. �Mercado de trabalho: no qual se realizam a compra e a venda de serviços de mão-de-obra e se estabelecem salários e o nível de emprego. 15/12/2016 Objetivos da teoria macroeconômica �Mercado monetário e de títulos: a principal característica vem do uso da moeda para efetuar as trocas; além disso, o mercado de títulos é aquele onde os agentes superavitários emprestam para os deficitários. � Agentes superavitários � possuem nível de renda superior aos seus gastos. � Agente deficitário � possuem nível de gastos superior ao nível de renda. �Mercado cambial ou de divisas: também conhecido como mercado de moeda estrangeira; a oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda por divisas é determinada pelo volume de importações e pelas saídas de capital financeiro. Evolução da teoria macroeconômica � Teoria neoclássica: com flexibilidade de preços e salários e mercados competitivos: levar a economia ao pleno emprego dos fatores de produção, e por outro, indicava que o nível de produto e emprego seria independente das flutuações da demanda agregada. � Apesar dos resultados teóricos, a evidência empírica mostrava aspectos diferentes. Um dos pontos de divergência era a ideia de pleno emprego, que, apesar de buscada constantemente pelas políticas macroeconômicas, não era alcançada com sucesso. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica �Na década de 1930, surgiu o livro Teoria geral do emprego, juros e moeda, elaborado por John Maynard Keynes, que contrariava os resultados apontados pela teoria neoclássica. � Segundo Keynes, as economias capitalistas não tinham capacidade de promover automaticamente o pleno emprego, abrindo-se a oportunidade para a ação governamental. � � uso da rigidez de preços e salários nominais; essa ideia foi muito criticada posteriormente. � Em 1937, quando Hicks lançou o artigo “Mr. Keynes and the classics: a suggested interpretation”, introduziu-se o aparato teórico da IS-LM. � No aparato IS-LM, abre-se espaço à utilização das políticas monetária e fiscal para promover o pleno emprego. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica �Curva de Phillips � expressa simplesmente uma curva de oferta agregada positivamente inclinada, relacionando a taxa de crescimento dos preços (inflação) com a taxa de desemprego. � - Caso a taxa de desemprego fosse mais elevada, indicaria maior excesso de oferta e, portanto, haveria pressão para a taxa de crescimento dos salários nominais fosse mais baixa, o que forçaria a uma taxa de inflação menor. � - trade-off entre inflação e desemprego Evolução da teoria macroeconômica �A teoria neoclássica não aceitava a ideia de que a taxa de crescimento de uma variável nominal (inflação) afetava as variáveis reais (desemprego). � � críticas feitas por Phelps (1967) e Friedman (1958): propuseram que, na equação explicativa das taxas de crescimento dos salários nominais, deveríamos introduzir, além da taxa de desemprego, a taxa de inflação esperada. Essa nova curva de Phillips passou a ser conhecida como versão aceleracionista. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica � Curva de Phillips - versão aceleracionista: quando o governo quisesse manter a economia próxima do pleno emprego, aceleraria as taxas de inflação e esperaria que os trabalhadores percebessem essa aceleração. �Entretanto, à medida que houvesse correta percepção por parte dos agentes econômicos, o nível de emprego (ou taxa de desemprego) voltaria ao seu nível original. � � evidencia-se o papel das expectativas no comportamento dos agentes econômicos e como isso se reflete no desempenho econômico. Evolução da teoria macroeconômica � A escola das chamadas expectativas racionais, que também passou a ser conhecida como novos clássicos, tem origem no artigo de Muth (1961), argumentava que, uma vez que as expectativas são previsões informadas de eventos futuros, são essencialmente o mesmo que as previsões da teoria econômica relevante. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica � À luz desses movimentos, iam configurando-se quatro escolas principais no pensamento macroeconômico: � � keynesianos � � neoclássicos (monetaristas) � � novos neoclássicos � � pós-keynesianos � A diferença fundamental entre keynesianos e neoclássicos refletia o fato de os neoclássicos acreditarem que as economias de mercado poderiam gerar equilíbrios de pleno emprego, frente ao pensamento keynesiano que acreditava que as economias eram incapazes de alcançar o pleno emprego. Evolução da teoria macroeconômica � Para os keynesianos, as políticas monetária e fiscal afetariam o produto e o emprego de forma rápida, mas sem efeitos significativos sobre a inflação. Logo, inflação não seria um fenômeno essencialmente monetário. � Para os monetaristas, a inflação era essencialmente um fenômeno monetário, e seu combate passaria necessariamente pelo controle mais efetivo do estoque de moeda. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica � Os novos clássicos apresentavam resultados ainda mais fortes, pois, pelo menos inicialmente, acreditavam que não havia mecanismos por meio dos quais o governo poderia aumentar ou diminuir o nível de emprego, relativamente a seu equilíbrio de longo prazo. Segundo esta linha de pensamento, os indivíduos sempre otimizariam e os mercados sempre estariam em equilíbrio. Evolução da teoria macroeconômica � A partir do momento que os novos clássicos passam a admitir que, na média, as expectativas efetuadas pelos agentes econômicos acabam sendo iguais aos valores das próprias variáveis, reduz-se o papel da demanda agregada para explicar as movimentações dos níveis de produção e emprego, mesmo no curto prazo (alterações de demanda agregada afetariam apenas os preços). � Para explicar as flutuações cíclicas, os novos clássicos passaram a enfatizar a importância dos fatores associados à oferta agregada, como alterações tecnológicas, etc...Essa teoria foi chamada como ciclos reais dos negócios. 15/12/2016 Evolução da teoria macroeconômica � À partir da revolução das expectativas racionais, os keynesianos procuraram dar sustentação microeconômica à macroeconomia. Essa corrente, atualmente chamada de novos keynesianos, procura encontrar na economia algum grau de rigidez de preços e salários para explicar as possibilidades de desemprego involuntário e flutuações econômicas. �Exemplos: �custos de menu como tentativa de explicar a rigidez de preços; � teoria do salário eficiência como tentativa de explicar o comportamento de empresas em relação à sua política salarial. Indicadores macroeconômicos São sinalizadores do comportamento das diferentes varáveis econômicas. São fundamentais tanto para propiciar uma melhor compreensão da situação presente e o delineamento das tendências de curto prazo da economia, quanto para subsidiar o processo de tomada de decisões estratégicas dos agentes públicos (governo) e privados (empresas e consumidores). 15/12/2016 Produtor Interno Bruto - PIB �Indicador – síntese de uma economia; �Objetivo Mensurar a atividade econômica de uma região; �É calculado pelo IBGE, com base em metodologia recomendada pela ONU; �Resulta da soma da produção física de todos os bens e serviços finais disponibilizados por uma economia em um determinado período de tempo (normalmente um ano), propiciando o acompanhamento de suas modificações estruturais e de seu curso conjuntural. PIB BRASIL PIB - valores correntes (Bilhões de reais) 2009 3,333 2010 3,886 2011 4,374 2012 4,806 2013 5,316 2014 5,687 2015 5,904 Per capita (R$) 2009 17,223 2010 19,878 2011 22,157 2012 24,121 2013 26,445 2014 28,046 2015 28,876 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 15/12/2016 PRODUÇÃO INDUSTRIAL Revela a variação mensal da produção física da indústria brasileira, obtida a partir da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo IBGE desde o início dos anos de 1970. Serve como indicador preliminar da evolução do PIB industrial e como instrumento de atualização do painel de produtos; Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2013 1,10 -2,20 1,50 0,90 -0,30 3,50 -3,60 0,10 1,30 -1,50 0,40 2014 1,90 0,20 -0,80 -0,60 -0,80 -1,40 0,60 0,60 -0,50 0,20 -1,20 2015 0,30 -1,30 -0,70 -1,20 0,60 -0,30 -1,50 -1,20 -1,30 -0,70 -2,40 2016 0,40 -2,50 1,40 0,10 0,00 1,10 0,10 -3,80 0,50 - - Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística DESEMPREGO �A taxa de desemprego é definia pela relação entre o número de pessoas desempregada e a população economicamente ativa (PEA). �A pesquisa realizada pelo IBGE, procura levantar e medir apenas o desemprego aberto (incluindo a realização de bicos), para a população considerada e idade ativa (PIA), acima de quinze anos, que procurou emprego durante a semana que precede a visita do pesquisador. 15/12/2016 Variação Mensal da Taxa de Desemprego Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2012 - - 7,90 7,80 7,50 7,50 7,40 7,30 7,10 6,90 6,80 2013 7,20 7,70 8,00 7,80 7,60 7,40 7,30 7,10 6,90 6,70 6,50 2014 6,40 6,80 7,20 7,10 7,00 6,80 6,90 6,90 6,80 6,60 6,50 2015 6,80 7,40 7,90 8,00 8,10 8,30 8,60 8,70 8,90 9,00 9,00 2016 9,50 10,20 10,90 11,20 11,20 11,30 11,60 11,80 11,80 - - Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de desenvolvimento econômico amplia o conceito de crescimento econômico, ao incluir na análise dos índices aqueles que contemplam a melhoria das condições de vida da população, que, não necessariamente, crescem com a melhoria das condições econômicas. O IDH incorpora três aspectos de relevância para o bem-estar de um indivíduo: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e padrão de vida digno. 15/12/2016 �A metodologia de cálculo desse índice é a que segue: � I) A longevidade é medida pela esperança de vida ao nascer; �II) O nível educacional é medido por uma combinação da alfabetização adulta (ponderação de 2/3) com a taxa de escolaridade combinada do primário, secundário e superior (ponderação de 1/3); �III) nível de vida é medido pelo PIB real per capita (dólares internacionais de Paridade do Poder de Compra (PPC) entre países). Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) �Os valores mínimos e máximos fixados para cada um dos indicadores seguintes são: � Esperança de vida ao nascer: 25 anos e 85 anos; � Alfabetização adulta (15 anos e mais): 0% e 100%; � Taxa de escolaridade bruta combinada: 0% e 100%; � PIB real per capita (medido em dólares internacionais da Paridade do Poder e Compra): 100 e 40.000 dólares. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 15/12/2016 �Para efeito de análise comparada, o PNUD(Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento) estabeleceu três principais categorias: �a) de baixo desenvolvimento - apresentando IDH menor que 0,5; �b) de médio desenvolvimento - exibindo IDH entre 0,5 e 0,8; e �c) de elevado desenvolvimento - traduzidos por IDH superior a 0,8. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Estados BR Posição Nome IDHM (2010) 1 º Distrito Federal 0.824 2 º São Paulo 0.783 3 º Santa Catarina 0.774 4 º Rio de Janeiro 0.761 5 º Paraná 0.749 6 º Rio Grande do Sul 0.746 7 º Espírito Santo 0.740 8 º Goiás 0.735 9 º Minas Gerais 0.731 10 º Mato Grosso do Sul 0.729 23 º Paraíba 0.658 24 º Piauí 0.646 24 º Pará 0.646 26 º Maranhão 0.639 27 º Alagoas 0.631 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (2010)
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