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Resumo - Transtornos Alimentares

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TRANSTORNOS ALIMENTARES
A sociedade de consumo (atual) é bem diferente da anterior (sociedade de produtores), pois a atualmente, temos como objetivo satisfazer os desejos humanos de uma forma que nenhuma outra sociedade do passado pode fazer.
Boa forma: é definida pela ausência de limites, podendo seu corpo estar em excelente forma, não importando, e com pensamento que sempre será possível melhorar.
 Saúde: refere-se também às condições do corpo, que busca um equilíbrio orgânico, mental, emocional e espiritual.
Os transtornos do comportamento alimentar (TCA) são caracterizados por toda e qualquer circunstância que suponha uma perturbação no comportamento alimentar, causando diversos tipos de prejuízo ao indivíduo. 
Fatores predisponentes:
Predisposições genéticas; 
Incidência familiar; 
Gêmeos monozigóticos - 52%;
Gêmeos dizigóticos - 11%; 
Fatores ambientais; 
Relações interpessoais inadequadas ou destrutivas; 
Depressão; 
Estresse; 
Nível social - há controle neurótico do peso corporal;
Medo de engordar;
Distúrbios da imagem corporal;
Características de personalidade; 
Anoréticos e bulímicos tendem a ser bastante autocríticos, perfeccionistas e sensíveis a críticas; 
Vulneráveis a pressões sociais; 
Têm baixa auto estima e ansiedade interpessoal aumentada;
Demonstram ainda pouca capacidade de controle sobre a sua vida;
Normas culturais em transformação;
Esbeltez é valorizada, culturalmente recompensada e associada com o sucesso;
Mulher ideal nos EUA: magra, forte, graciosa e feminina 50% das mulheres estão de dieta em um determinado momento.
ANOREXIA
Ocorre predominantemente no sexo feminino; 90% são mulheres. Tem início em média, entre 13 e 18 anos. Mortalidade estimada: 5,6% por década.
Restritiva: comportamentos restritivos associados à dieta; dietas desequilibradas; evitam alimentos “engordantes”; criam uma rotina “bizarra”. 
Purgativa: métodos compensatórios, como: vômitos auto induzidos, uso de laxantes e diuréticos.
A psicoterapia individual é a mais indicada. A restituição nutricional é um pré-requisito para a eficácia da psicoterapia, embora o ganho de peso não seja sinônimo de cura. 
A terapia familiar mostra-se eficaz quando a história clínica tem menos de três anos e os estudos de seguimento apontam para resultados duradouros.
Por vezes, surge no contexto psicoterapêutico da anorexia nervosa um silêncio imperativo, um vazio que remete à imagem de um deserto psicológico
BULIMIA
Taxa de prevalência 2% a 4% entre mulheres adolescentes e adultas jovens. Maioria do sexo feminino. Início dos sintomas dos 20 anos aos 40 anos.
Episódios de Binge: provocam vômitos; fazem exercícios extenuantes; abusam do uso de laxantes e diuréticos e fazem jejum. Evitando ganho de peso.
Purgativa: uso indiscriminado de laxantes, diuréticos ou auto indução de vômitos. 
Não Purgativa: jejuns prolongados, dietas rigorosas ou prática excessiva de exercícios físicos.
Apesar de não termos encontrado estudos controlados sobre a eficácia das psicoterapias psicodinâmicas na BN, a experiência clínica sugere que estas auxiliam no:
Tratamento das co-morbidades,
Na diminuição da ansiedade, 
Nos traumas por abuso sexual e,
Na melhora das relações interpessoais.
Tratamento: antidepressivos (Fluoxetina, Amitriptilina e Clomipramina)
Diagnósticos de enfermagem:
1) Nutrição desequilibrada menos do que as necessidades corporais, relacionada ao medo de ganhar peso, evidenciada pelo não atendimento das necessidades que o corpo requer perda de peso, déficit de volume de líquido, tônus muscular e turgor cutâneo deficientes, atividades purgativas ou exercício físico excessivo;
2) Déficit de conhecimento sobre nutrição e transtornos alimentares relacionado a interpretação errônea de informação evidenciado por comportamento alimentar impróprio ou exagerado;
3) Processos familiares interrompidos definido como um sistema familiar disfuncional caracterizado por mudanças nas alianças de poder, nos padrões e nos rituais, relacionado a alteração do poder de membros da família e a troca dos seus papeis, bem como alteração do estado de saúde de um de seus membros;
4) Distúrbio na imagem corporal relacionado à supervalorização da aparência física e ao medo de ganhar peso, evidenciado na verbalização de sentimentos que refletem uma visão alterada do próprio corpo na aparência, estrutura ou função;
5) Isolamento social relacionado ao medo de rejeição e preocupação com comportamentos ou rituais alimentares;
6) Risco para automutilação relacionado ao sentimento de inadequação e necessidades de alivio de tensão, evidente por ferimentos causados por exercícios excessivos e vomito auto- induzido;
7) Negação ineficaz relacionada a retardo no desenvolvimento do ego e medo de perder o único aspecto de vida sobre o qual o cliente percebe ter algum controle. É evidenciada por incapacidade de admitir o impacto de o comportamento alimentar não adaptativo sobre o padrão de vida;
8) Ansiedade relacionada ao medo de ganhar peso, evidente em rituais associados a preparação de alimentos e como comer;
9) Baixa auto estima crônica relacionada a sentimento de baixo valor próprio e as suas capacidades, evidente na verbalização de um único parâmetro de sucesso, estando este relacionado a aparência pessoal adequada.
Intervenções de enfermagem:
1) Estabelecer com o cliente e a equipe interdisciplinar o peso “alvo” (IMC >= que 19) e determinar calorias necessárias para uma nutrição adequada;
2) Firmar contrato de aceitação mutua com o cliente para atingir essa meta, com o objetivo de envolvê-lo em uma aliança terapêutica e obter compromisso com o processo de tratamento;
3) Pesar os clientes diariamente, logo após despertar e depois da primeira micção.
4) Evitar discutir e comentar sobre o ganho ou a perda de peso;
5) Manter um rigoroso registro dos controles hídricos e aferir sinais vitais, sempre atento a possíveis alterações metabólicas e/ hidroeletroliticas ;
6) Avaliar diariamente o turgor, integridade da pele, coloração e umidade de mucosas.
7) Permanecer com o cliente durante o tempo estabelecido para as refeições. Evitando assim que esconda, distribua seus alimentos ou induza o vomito. Planejar e supervisionar as atividades físicas e esclarecer sobre os danos causados pelos intensos exercícios físicos;
8) Explorar o medo de ganhar peso quando expressar ou manifestar comportamento de ansiedade excessiva, com o ganho de peso e naquelas situações em que se evidenciem tentativas de burlar o tratamento.
9) Encorajar a participar de grupos nos quais são utilizadas técnicas de resolução de problemas (TCC- técnica cognitivo comportamental);
10) Aceitar manifestações de frustrações e medo, ouvindo-o atentamente e demonstrando compreensão;
11) Ajudar o cliente a desenvolver uma percepção realista da imagem corporal e da relação com o alimento, principalmente quando evidenciar alguma critica do seu comportamento;
12) Ajudar o cliente a perceber que a busca do corpo perfeito esta fora da realidade;
13) Manter a colaboração interdisciplinar com o nutricionista para que o cliente e a família adquiram conhecimento sobre nutrição calorias, valores dos alimentos, dieta balanceada e alimentos que promovam a função intestinal normal, ressaltando a importância das fibras;
14) Reconhecer e discutir valores familiares e culturais crenças e estereótipos que dizem respeito à magreza e a atratividade;
15) Explorar o grau de dependência e envolvimento entre os membros da família. Discutir com o cliente e a família as funções, os papeis e os limites adequados, bem como formas de comunicação mais afetiva.

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