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Resumo de formação do sistema urinario, genital, digestório, cardiovascular e placenta

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PROVA 3 (profa: Claudia) 
Sistema digestório (parte no caderno) 
Sistema respiratório (caderno) 
Sistema urinário 
Sistema genital 
Placenta 
Sistema cardiovascular (caderno) 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Uma das consequências do dobramento ventral do embrião é a formação do sistema digestório na quarta 
semana de vida (intestino primitivo). Este, nesse momento, encontra-se delimitado cranialmente pela membrana 
bucofaríngea e na sua extremidade caudal pela membrana cloacal. O revestimento interno e as glândulas anexas da 
maioria do trato intestinal é de endoderma e o revestimento externo é de mesênquima da lâmina lateral esplâncnica. 
O epitélio das extremidades cranial e caudal é derivado do ectoderma do estomodeu e do proctodeu, formando a coca 
e o ânus, respectivamente. Fatores de crescimento como os de fibroblastos são responsáveis pelas maiorias das 
induções que ocorrem no intestino primitivo. 
O tubo (intestino primitivo) é dividido em três partes decorrentes da sua irrigação: 
• Anterior: tronco celíaco (maioria da irrigação) vai da faringe primitiva até a porção inicial do duodeno 
• Médio: art. Mesentérica superior da porção do duodeno até a porção transversa do intestino grosso 
• Posterior: art mesentérica inferior o restante até chegar na cloca. 
 
 
INTESTINO ANTERIOR ORIGINA: 
• A FARINGE PRIMITIVA E DERIVADOS 
• O SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR 
• O ESFÔFAGO E O ESTÔMAGO 
• PARTE INICIAL DO DUODENO 
• O FÍGADO, O APARELHO BILIAR E O PÂNCREAS 
ESÔFAGO desenvolve-se do intestino anterior imediatamente caudal à faringe. Separa-se da traqueia pelo septo 
traqueoesofágico. Inicialmente é um tubo curto que se alonga com a descida do coração e o crescimento dos pulmões. 
Seu epitélio e suas glândulas são derivados do endoderma. O epitélio, assim como o epitélio da epiglote ele se prolifera 
muito rápido obstruindo um or um tempo a luz do esôfago que depois é recanalizado. Os músculos estriados 
superiores vem do mesênquima dos arcos faríngeos caudais e os músculos lisos inferiores do tecido mesenquimal 
esplâncnico que rodeia o endoderma do intestino primitivo. Ambos os músculos são inervados por ramos do nervo 
vago que são responsáveis pela inervação dos arcos terminais. 
CONDIÇÕES CLÍNICAS 
• ATRESIA ESOFÁGICA ESTÁ ASSOCIADA A FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA NA MAIORIA DOS CASOS. PODE 
RESULTAR EM PROBLEMAS DO SEPTO TRAQUEOESOFÁGICO OU PROBLEMAS NA RECANALIZAÇÃO DA LUZ DO 
ESÔFAGO. UM FETO COM ATRESOA ESOFÁGICA É INCAPAZ DE DEGLUTIR LÍQUIDO AMNIÓTICO, LOGO O 
POLIIDRAMNISMO TAMBÉM ESTARÁ PRESENTE. POSSUI CORREÇÃO CIRURGICA. 
• ESTENOSE ESOFÁGICA ESTREITAMENTO DA LUZ DO ESÔFAGO. PODE OCORRER EM QUALQUER PONTO DO 
ESÔFAGO SENDO MAIS FREQUENTE NA REGIÃO POSTERIOR. GERALMENTE É DECORRENTE DA 
RECANALIZAÇÃO INCOMPLETA DO ESÔFAGO. 
• ESÔFAGO CURTO (HÉRNIA CONGÊNITA DO HIATO) ISSO OCORRE QUANDO O ESÔFAGO NÃO SE ALONGA DA 
MANEIRA CORRETA FAZENDO COM QUE O ESTÔMAGO SEJA DESENVOLVIDO EM UMA POSIÇÃO MUITO MAIS 
CRANIAL DO QUE O NORMAL IMPEDINDO A FORMAÇÃO CORRETA DO HIATO ESOFÁGICO (PONTO QUE O 
ESÔFAGO PERFURA O DIAFRAGMA). 
ESTÔMAGO 
Antes o intestino primitivo era completamente um tubo. Na região do estômago o tubo vai se dilatar e crescer 
de forma dorsoventralmente e sua face porterior multiplica bem mais que a face anterior geraldo as curvaturas do 
estômago adulto. A medida que crece ele sofre um giro de 90° pondo-se no lugar. A origem de todo os componentes 
do sistema digestório vem do mesmo lugar que é do endoderma e do mesênquima da lâmina lateral esplâncnica. Para 
saber as consequências da rotação é só lembrar que ele gira de forma que a parte dorsal que é a grande curvatura fica 
em região lateral. A região cranial também vai ficar levemente pra baixo. 
 
O tubo do intestino primitivo fica preso à porção dorsal pela lâmina lateral esplâncnica que chamamos de 
mesogastro dorsal tem também o mesogástro ventral. Em cada parte o mesentério recebe um nome diferente: 
• ESTÔMAGO: MESOGÁSTRIO OU OMENTO MAIOR 
• DUODENO: MESODUODENO E MESOCOLO DORSAL 
• JEJUNO E ÍLEO: MESENTÉRIO PROPRIAMENTE DITO 
• O MESENTÉRIO VENTRAL DESENTEGRA E SO PERMANEE NA REGIÃO PRÓXIMA AO FÍGADO E RECEBE O NOME 
DE OMENTO MENOR E TEM TAMBÉM O LIGAMENTO FALCIFORME DO FÍGADO. 
 
INTESTINO PRIMITIVO ANTERIOR DERIVADOS: FARINGE PRIMITIVA ATÉ A PORÇÃO PROXIMAL DO DUODENO 
Todas essas estruturas têm em comum a sua origem. Tudo epitelial e glandular vai vir do endoderma e todo o 
restante (musculatura lisa) vem do mesênquima da lâmina lateral esplâncnica. Na região do esôfago irá surgir um 
protamento que chamará divertículo respiratório e dará origem ao sistema respiratório inferior. Uma proliferação do 
endoderma que gera essa divisão. O esôfago não se modifica muito embora haja um alongamento do esôfago. 
O estomago também vem do tecido do endoderma. Essa proliferação ocorre com maior intensidade na região 
dorsal do que ventral, isso faz com que a face dorsal cresça mais determinando a curvatura maior e a curvatura menor 
desse órgão. Depois disso o estômago sofre um giro de 90 graus e o grande eixo desse órgão fica praticamente 
transversal do corpo. Essa forma de crescer mais de um lado do que de outro vem porque um dos lados é mais induzido 
que o outro. Esse giro tem várias consequências. 
• Com essa rotação o mesogástrio dorsal também muda de forma. Inicialmente ela é uma lâmina espessa que 
impossibilitaria a maleavidade dele. Por isso surge um tanto de cavitações que se espandem dentro do tecido do 
mesentério deixando ela mais fino formando o que conhecemos como bolsa omental. A importância dessa formação 
é facilitar a movimentação do estômago enquanto ele cresce e essa bolsa não se fecha deixando um espaço entre 
duas camadas que vai ser chamado de forame omental. A função dos mesentérios é tanto proteção quando lugar de 
passagem de vasos sanguíneos para irrigar aquelas porções. 
 
 
DUODENO 
O duodeno tem origem no intestino anterior (caudal) e com um pouco do intestino médio com o mesênquima 
esplâncnico. Por isso está em uma área irrigada tanto pelo tronco celíaco quanto pela artéria mesentérica superior. 
As células ao proliferarem teremos o fechamento do tubo que perde a luz e só vai surgir de novo na oitava semana do 
desenvolvimento. Muito provavelmente ocorre apoptose para que esse tubo seja recanalizado. Existem alguns 
defeitos relacionadas a esse processo de recanalização. Se ele não recanaliza como um todo teremos a condição 
chamada atresia duodenal. Se essa canalização for parcial a gente tem uma condição de estenose duodenal. (se for 
no esôfago no qual também ocorre esse fechamento é só mudae de duodenal para esofágico). O embrião ao longo do 
desenvolvimento deglute liquido amniótico e se houver atresia haverá um acúmulo de líquido amniótico porque ele 
não deglute e continua secretando para o amnio. A condição é chamada de polihidrâminio. 
FIGADO E APARELHO BILIAR 
Por estímulo de fatores de crescimento também haverá a formação de um divertículo hepático porque a é a 
partir dessa proliferação que surgirá a formação do fígado e do aparelho biliar. Agora o engraçado é que os fatores 
atuam bem específicos, isso porque tem a ver com a quantidade de fatores e a especificidade. Os fatores de 
crescimento de fibroblastos nesse caso do fígado é derivado do mesoderma cardiogênico e naquela área estará muito 
concentrado. Além disso antes naquela região tinham outros fatores de crescimento que inibiam a proliferação dessas 
células dessa região ai quando eu produzo muito do tipo i e do tipo ii acaba que eu tenho uma inibição de um fator 
que está inibindo. Esse broto irá crescer entre as células do mesentério ventral e irá se dividir em duas porções. Uma 
mais cranial e outra mais caudal.A porção mais cranial irá se diferenciar em fígado. As células formadas serão os hepatócitos. (de certa forma 
vemos então que os hepatócitos tem carater epitelial). 
parênquima - é a porção constituída pelas células características de um órgão. É, portanto, a parte 
funcional do órgão, que exerce as funções típicas daquele órgão. 
estroma - é a porção que realiza a sustentação do órgão. É constituído por tecido conjuntivo que existe 
em volta e entre as porções secretoras e os ductos. Sua função é dar suporte à glândula, manter unidas 
suas diferentes partes, conduzir vasos, nervos e ductos excretores e eventualmente recobrir a glândula 
como um todo formando uma cápsula. 
As células do parênquima então derivam do endoderma e o estroma é derivado das células do mesentério ventral 
(capilares sinusoides e células de kupfer por exemplo), nesse momento a hematopoiese ocorre principalmente no 
fígado, antes era do alantoide. Por ter essa função hematopoiética o fígado atinge uma porção maior, tem um tamanho 
relativo maior do que se comparado ao nascimento. 
O broto caudal é responsável por formar a vesícula biliar. Os ductos dessa região (biliar, cistico e hepático) 
derivam do ducto do divertículo hepático. Em torno da décima semana já acontece a formaçaõ da bile o que já dá uma 
cor esverdeada às “fezes” do embrião. (não são fezes em si por que ele não come nada, só deglute líquido amniótico). 
A bile é verde por causa da bilirrubina. 
PANCREAS 
O brotamento hepático tem um brotamento pancreático. Há 2 brotamentos: um maior na região dorsal e um 
menor na regiao ventral. Esses dois brotos se fundem com o giro de noventa graus do estômago. 
 
 
A mesma coisa ocorre com os ductos. Existem uma condição em que o broto pancreático ventral se forma bífido 
e quando existem a rotação d estômago ele vai meio que constringir o duodeno gerando uma obstrução duodenal que 
varia entre maior e menor grau. Essa condição é chamada de pâncreas anular e geralmente e assintomático e os 
pacientes só ficam sabendo quando tem pancreatite e essa condição muitas vezes é mais frequente em paciêntes com 
sindrome de down. 
 
 
 
BAÇO 
O baço diferente de tudo ele não vem do endoderma e sim do mesogásrio dorsal. Ele não faz parte do sistema 
digestivo. Ele todo então deriva do desenvolvimento de células do mesenquima esplâncnico. A hematopoiese dela vai 
começar um pouco mais tarde do que do fígado e depois do nascimento o baço perde a capacidade de fazer essa 
hematopoiese porém pode voltar a funcionar como tal se houver algum problema com a medula óssea. 
INTESTINO MÉDIO 
Ele que é continuo ao pedículo vitelino. As alças intestinais nessa época crescem mais do que a própria cavidade 
abdominal e isso causa uma protusão das alças em direção ao cordal umbilical formando o que chamamos de hérnia 
umbilical. Quando chega na décima semana ela tende a desaparecer. Como consequência do giro do estômago o 
intestino também tende a girar. A parte de baixo do intestino gira para cima e vice versa por isso o intestino grosso 
vai se localizar superiormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se por um acaso as alças não conseguirem retrair-se o bebe vai nascer com uma condição chamada onfalocele 
congênita (persistência da hérnia umbilical). Dá para tratar dependendo do tamanho. Se a hérnia for muito grande 
pode ser que a pressão que ele exerce sobre a cavidade abdominal crie problemas para desenvolver outros tipos de 
sistemas como o respiratório. 
 
Além da onfalocele tem os chamados vôlvulos onde não se observa o giro correto onde pode ocorrer obstruções 
duodenais e obstruções circulatórias que pode levar à morte das células daquela porção e pode levar à morte do feto. 
Além dessas outra mais rara é a gastrosquise. Uma saída de todas as vísceras absominais por conta da existência de 
um defeito na parede abdominal anterior. Isso pode ser corrigido cirurgicamente e não existe uma causa definida mas 
acredita-se que a principal causa e uma falha na degeneração da veia umbilical direita. (acredita-se nisso porque essa 
ruptura na grande maioria dos casos ocorre na região direita). 
 
O ceco surge só como uma dilatação do intestino médio e essa dilatação se espande e o apêndice surge como 
uma outra proliferação na região final desse ceco. É como se fosse somenteo uma espanção além do tubo certinho. O 
apêndice tem um mesentério só dele. 
 
 
 
 
INTESTINO POSTERIOR 
Forma o restante que vai até a cloaca que é a parte final dilatada do intestino posterior. 
 A porção final do intestino primitivo termina no canal anorretal primitivo , uma parte da cloaca, e outra parte 
termina no seio urogenital primitivo, no alantoide. A membrana cloacal é formada pelo limite entre o endoderma e o 
ectoderma da cloaca. O septo urogenital separa o alantoide do intestino posterior 
 
Com o desenvolvimento, a ponta do septo urogenital se aproxima da membrana cloacal e funde, formando o 
corpo perineal com o rompimento da membrana cloacal, criando a abertura anal do intestino. 
O canal anal, quando formado, é irrigado por 2 arterias diferentes devido à sua formação por 2 tecidos. A porção 
mais cefálica do canal é originada do endoderma do intestino e é irrigado pelo ramo da artéria mesentérica inferior, a 
artéria retal superior. A parte mais caudal é formada pelo ectoderma da região do proctodeu, sendo irrigada pelos 
ramos da artérias pudendas internas, as artérias retais inferiores. A junção entre essas 2 partes forma a linha pectinada 
no canal anal, com alteração do aspecto epitelial da mucosa. A inervação dessas áreas vai ser diferente e os músculos 
vão ser diferentes. A maior parte das alterações relacionadas com o intestino posterior envolve um desenvolvimento 
anormal do septo urorretal que ao crescer pode crescer todo para um lado só. Atresia retal quando ele cresce para o 
lado de baixo não formando o anus. Muitas vezes esses problemas estão associados a presença de fístulas. 
(comunicações indevidas). Tem correção cirurgica. 
QUESTÃO 01: O intestino primitivo é um esboço que constituirá parte do trato digestório do indivíduo humano. Em 
relação ao seu suprimento sanguíneo é dividido em três partes básicas. Todas as alternativas abaixo estão corretas, 
exceto: 
A) O intestino anterior tem origem na faringe primitiva, que separada da boca primitiva (estomodeu) pela 
membrana buco faríngea. 
B) A irrigação do intestino médio é feita pela artéria mesentérica superior que deriva da aorta dorsal, irrigando 
desde a parte final do duodeno até parte do colo transverso. 
C) O divertículo respiratório surge de uma porção do intestino medio ao nível da última bolsa faríngea e é visto 
posteriormente como uma protuberância de endoderma embrionário. 
D) O septo urorretal é o responsável por dividir a cloaca (porção final do intestino primitivo) em duas porções 
que constituirão as partes finais tanto do sistema digestório quanto do sistema urinário. 
E) A formação final do estômago envolve uma rotação de 90º responsável pela fusão entre as duas partes do 
pâncreas e influência também na rotação e organização das alças intestinais sendo primordial para que o 
embrião não desenvolva hernia umbilical. 
QUESTÃO 02: As fases de desenvolvimento do trato respiratório são de extrema importancia na vida intrauterina e 
pós natal. Alguns problemas, contudo, podem acometer essa via de desenvolvimento. Marque a alternativa que 
correlaciona corretamente esses possiveis erros: 
A) Fistula traqueoesofágica resulta na formação de trombos pulmonares que podem levar ao óbito do bebe. 
B) Bebes que nascem antes da formação dos pneumócitos do tipo ii tem poucas chances de sobrevivencia pela 
falta de produção de surfactantes que previnem o colabamentodos bronquiolos terminais. 
C) Em partos normais é necessária uma expulsão mecânica externa de líquido amniótico ingerido pelo bebe 
durante a gestação. 
D) O desenvolvimento dos pulmões ocorre em quatro etapas básicas todas pré natais sendo que um erro em 
qualquer uma dessas etapas condiciona proporções iguais de probabilidades de óbito. 
E) Concentrações diferenciais de fatores de crescimento nessas etapas de desenvolvimento não são capazes 
de inibir outros sistêmas que estejam simultaneamente sendo desenvolvidos e problemas em outros 
sistêmas também não afetam o desenvolvimento normal dos pulmões. 
 
SISTEMA UROGENITAL 
SISTEMA URINARIO: RINS, URETERES E BEXiGA E URETRA 
SISTEMA GENITAL: GONATAS E GENITÁLIA MASCULINA E FEMININA 
 
Vem da lâmina média ou intermediária, tambem chamada de gononefrógena, que vem do mesoderma 
intraembrionário. O mesoderma intermediaria vai passar a ficar mais ventralmente quando ocorre o dobramento do 
embriao. 
 
 
 
 
SISTEMA URINARIO 
São formados 3 sistemas renais que se sobrepõem levemente em direção cefalocaudal: pronefron, mesonefron e 
metanefron. 
 
1. Pronefro 
Estrutura rudimentar e não funcional. No inicio da 4 semana, são 7 a 10 grupos de células na região cervical que se 
original de nefrotomos, estruturas vestigiais excretórias. Essas estruturas desaparecem no final da 4 semana. 
 
 
2. Mesonefro 
Funciona por um intervalo curto de tempo. Os mesonefros e os ductos mesonefricos são derivados do mesoderma 
intermediário entre a região torácica e a lombar. Os primeiros túbulos excretores dos mesonefros surgem quando há 
regressão dos pronefros. Eles se alongam rapidamente, se curvam e formam um aglomerado em torno de um capilar, 
formando um glomérulo e uma capsula de Bowman, fomando o corpúsculo renal. Onde o corpúsculo desemboca, no 
ducto coletor lateral, há o ducto mesonefrico (ou ducto wolffiano). A crista urogenital é formada pela crista da gonada 
em desenvolvimento e do mesonefro. Equanto os túbulos caudais se desenvolvem, os túbulos craniais sofrem 
degeneração e desaparecem ate o final do 2º mês na mulher, e o homens alguns continuam e participam da formação 
do sistema genital. 
 
 
 
 
3. Metanefro 
Origina os rins permanentes. Aparecem na 5º semana e se desenvolve do mesoderma metanefrico. 
 
 
Os sistemas coletores do rim se desenvolvem do broto uretal, um brotamento do ducto mesonefrico que se liga ao 
rim metanefrico, e dilata formando os futuros cálices maiores. O broto uretral forma o ureter, pelve renal e aos 
cálices maiores e menores, e aproximadamente 1 a 3 milhões de túbulos coletores. 
 
Cada cálice forma 2 brotos, cada broto se divide ate completar 12 divisões. Nessas divisões, são formados os cálices 
menores, mais próximos À periferia do órgão, fomando a pirâmide renal. 
Cada túbulo coletor é revestido pelo capuz de tecido metanefrico, que formam as vesículas renais, que por sua vez, se 
diferenciam e formam os glomérulos. Os túbulos, junto dos glomérulos, formam os nefrons. 
 
 
A extremidade proximal de cada nefron forma a capsula de bowman e os túbulos do nefron definitivo. 
 
 
 
 
Mudanças de Posição dos Rins: com o crescimento do corpo nas regiões lombar e sacral, o rim 
metanefrico ascende e assume posição mais cranial no abdome. 
 
“Inicialmente, os rins metanéfricos (rins primordiais permanentes) ficam próximos um do outro, na pelve, ventralmente 
ao sacro. Conforme o abdome e a pelve crescem, os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam um do 
outro. Eles atingem sua posição adulta em torno da 9a semana. Esta ascensão relativa ("migração") resulta 
principalmente do crescimento do corpo do embrião, na região localizada caudalmente aos rins. Na realidade, a parte 
caudal do embrião cresce em direção oposta aos rins; em conseqüência, eles progressivamente ocupam níveis mais 
craniais. Inicialmente, o hilo do rim, por onde vasos e nervos entram e saem, situa-se ventralmente; no entanto, 
conforme o rim "ascende", ele gira medialmente quase 90 graus. Na nona semana, o hilo está direcionado ântero-
medialmente. Eventualmente, os rins assumem uma posição retroperitoneal (externa ao peritônio), na parede posterior 
do abdome.” 
 
Na 12 semana o mesonefron se degenera e o metanefro assume função definitiva. Na fase fetal, o rim tem 
função de apenas reciclar o liquido aminiotico que é ingerido pelo bebe. A função de excreção das excretas é realizada 
pela placenta. 
Com a formação do canal anal, há separação da cloaca em seio urogenital e canal anorretal. O seio 
urogenitaltem 3 porções: bexiga urinaria (porção maior e superior. Inicialmente esta ligada ao alantoide, mas qndo é 
obliterado, a comunicação cessa e é formado o úraco, que liga o umbigo à bexiga, que no adulto, vira o ligamento 
umbilical médio), Porção pélvica (No homem da origem as porções prostática e membranosa da uretra) e porção fálica 
(o desenvolvimento varia conforme o sexo). 
 
 
Os ductos mesonefricos degeneram e são incorporados na bexiga, menos os do homem, que forma os ductos 
ejaculatórios. A bexiga é formada por mesoderma também, além do endoderma, pela incorporação dos ureteres e 
dos ductos mesonefricos. 
 
 
 
 
SISTEMA GENITAL 
A distinção dos sexos depende so cromossomo Y, que contem o gene SRY no Yp11, que é o gene responsável pelos 
testículos por sintetizar um fator de transcrição que inicia uma cascata de diferenciação. Quando esta ausente, o sexo 
feminino é desenvolvido por ser o sexo gonodal da espécie. 
As cristas genitais são a forma inicial das gônadas, que passam a ter células germinativas a partir da 6º semana do 
desenvolvimento. As CGP se originam no epiblasto e migram, através da linha primitiva, e ficam nas células 
endodérmicas da parede da vesícula vitelina, próximo ao alantoide. Na 4 semana, por movimento ameboide, elas 
migram a longo do mesenterio dorsal para chegar às gônadas primitivas e invadir as cristas genitais. Se essa invasão 
não ocorrer, as gônadas não desenvolvem. 
 
As células epiteliais da crista genital invadem o mesênquima e forma os cordões sexuais primitivos. Nesse 
momento é impossível a diferenciação sexual. 
 
TESTICULOS: o cromossomo y faz os cordões sexuais primitivos continuar a proliferar e formar as redes tesciculares. 
É formada também uma camada de tecido conjuntivo fibroso que se chama Tunica albingea, que separa os canais 
do epitélio do testículo. 
 
No 4º mês, a rede testicular é composta por CGP e por células de sustentação, denominadas Celulas de Sertoli, que 
derivam do epitélio superficial. As células intersticiais de Leydig são derivadas do mesênquima entre os cordões 
sexuais, e na 8º semana produzem testosterona, que influencia na diferenciação sexual. 
Na puberdade os cordões testiculares adquirem um lumen, formando os túbulos seminíferos, que se juntam aos 
ductulos eferentes, que são porções remanescentes dos túbulos excretórios do sistema mesonefrico, que conectam 
a rede testicilar ao ducto mesonefrico (ou ducto wolffiano), que se torna ducto deferente. 
OVARIOS: os cordões primitivos se dissociam em conjuntos celulares irregulares que contem as CGP, e ocupam a 
porção medular do ovário. O epitélio superficial da gonada continua a proliferar e da origem a uma 2º geração de 
cordões, os cordões corticais, que penetram no mesenquima mas permanecem próximos à superfície. As células 
desses cordões continuam a proliferar e envolvem as CGP, formando as células foliculares, juntas, as oogonias+ 
células foliculares formam o folículo primordial. 
 
O sexo genético do embrião é dado no momento da fertilização e depende se o embrião é portador do cromossomo 
Y ou não. A diferença entre os dois sexosé: no XX, os cordões medulares das gônadas regridem e se desenvolve uma 
segunda geração de cordões corticais. Em embriões XY, os cordões medulares se desenvolvem em cordões 
testiculares e não se formam cordões corticais secundários. 
 
Quanto aos ductos genitais, inicialmente, ambos tem 2 pares de ductos: ductos mesonefricos (wolffianos) e ductos 
paramesonefricos (mullerianos). 
MULHER: Os dois ductos estão separados por um septo, que mais tarde se funde e forma o canal uterino 
na mulher. Os ductos paramesonefricos se desenvolvem. A porção mais superior forma as tubas uterinas e a mais 
caudal forma o canal uterino. Os ductos paramesonefricos fusionados são origem ao corpo e cérvice do útero. 
 
 
Ducto mesonefrico: são os ductos de wolff ou wolffianos. São ductos coletores para o rim mesonefrico que regridem 
nos fetos femininos, mas formam o epidídimo, ducto deferente, vesícula seminal e ductos ejaculatórios nos fetos 
masculinos. 
Ductos paramesonefricos: são os ductos de muller ou mullerianos. São ductos que são paralelos ao ducto 
mesonefrico e se estendem desde a cavidade abdominal ate a parede posterior do seio urogenital. Esses ductos 
regridem nos fetos masculinos, mas formam o útero, as tubas uterinas e a porção superior da vagina nos fetos 
femininos. 
 
VAGINA: tem formação dupla, tanto do paramesonefro como do seio urogenital. Formada pela fusão dos ductos 
paramesonefricos e contato com o seio urogenital. O hímen separa o lumen da vagina do seio urogenital, que é 
aberto por uma pequena abertura no período perinatal 
 
 
 
GENITALIA EXTERNA: inicialmente são indistintas nos sexos, o que ocorre na 3º semana. As células mesenquimais 
migram e formam a prega cloacal, que se junta e forma o tubérculo genital e a prega anal. Ate a 6 semana não é 
possível diferenciar os sexos 
 
a genitália externa é formada por estimulo do estrógeno. O tubérculo genital forma o clitoris, as pregas uretrais não 
se fundem e desenvolvem os pequenos lábios. Os grandes lábios são as protuberâncias genitais. O sulco urogenital 
fica aberto e forma o vestíbulo da vulva. No 3 e 4 mês de vida, o tamanho do tubérculo genital pode ser confundido 
com um pênis, por ser inicialmente grande para um clitóris externo. 
 
Descida do ovário: a descida dos ovários é menor e ele se situa abaixo da pelve verdadeira. Com a descida, há 
formação do ligamento redondo do útero, ligamento suspensor do ovário e ligamento próprio do ovário. 
 
HOMEM: alguns túbulos dos ductos mesonefros permanecem, enquanto os outros regridem, e 
forma os ductulos eferentes dos testículos. Quando recebem um revestimento muscular, são chamados de ductos 
eferentes, o que ocorre quando o ducto mesonefrico se alonga e forma o epidídimo. 
O hormônio anti-mulleriano produzido pelas células de sertoli faz com que ducto paramesonefrico regrida. 
 
Dependente da testosterona, a genitália externa se desenvolve com alongamento do tubérculo genital, o 
mesênquima da área, formando o falo. Com o crescimento, há formação do sulco uretral por puxar as pregas 
uretrais, formando a placa uretral. No final do 3 mês, a placa uretral se fecha na linha media e forma a uretra 
peniana. Quando não há o fechamento, há hipospadias. 
 
 
Descida dos testículos: os testículos incialmente estão superiores e são puxados pelo mesentério urogenital, que liga 
os testículos e os mesonefros às região abdominal. Esse mesentério possui uma porção extra abdominal, o 
gubernaculo, que colabora para puxar o órgão. O mesentério forma o ligamento genital caudal. O testículo passa 
pelo canal inguinal. Com essa decida, pelas evaginações (processo vaginal) do peritônio abdominal em cada lado da 
linha media, é formado o canal inguinal. Os testículos são cobertos por uma prega do processo vaginal, por fáscias . 
 
 
Pode haver casos de genitália ambígua quando não há a formação adequada. 
 
 
 
 
Ducto mesonefrico: são os ductos de wolff ou wolffianos. São ductos coletores para o rim mesonefrico que regridem 
nos fetos femininos, mas formam o epidídimo, ducto deferente, vesícula seminal e ductos ejaculatórios nos fetos 
masculinos. 
Ductos paramesonefricos: são os ductos de muller ou mullerianos. São ductos que são paralelos ao ducto 
mesonefrico e se estendem desde a cavidade abdominal ate a parede posterior do seio urogenital. Esses ductos 
regridem nos fetos masculinos, mas formam o útero, as tubas uterinas e a porção superior da vagina nos fetos 
femininos. 
 
 
 
 
PLACENTA (do resumo da ju) 
Na 9 semana a necessidade de nutrientes pelo feto aumenta consideravelmente, sendo necessário aumentar a arre 
ace contato entre mae e feto no trofoblasto e desenvolvendo a placenta. A placenta é composta por trofoblasto, 
mesoderma extraembrionário e endométrio. 
 
O trofoblasto sofre modificações e forma o sinciociotrofoblasto, que promove a comunicação com o tecido materno. 
O sangue materno chega por artérias espiraladas e se abre na vilosidade, permitindo a passagem de nutrientes para 
o sangue fetal. 
A placenta é formada pela parte do sinciociotrofoblasto, e pelo endométrio. 
FETAL: Endométrio: corio liso e corio frondoso (mais vilosidades, participa da troca de nutrientes) 
MATERNA: Endometrio: decídua capsular (envolta do corio), decídua basal (em contato com o corio frondoso) e 
decídua parietal (na cavidade uterina) 
Com o crescimento, a decídua capsular funde com a parietal. Nisso, o corio liso com o restante da decídua capsular 
forma a membrana amniocorionica, que se rompe e vaza o liquido amniótico no trabalho de parto. 
 
 
 
 DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA 
 
-Até a 8ª semana, as vilosidades coriônicas recobrem toda a superfície da saco coriônico. 
-Com o crescimento do saco, as vilosidades coriônicas da decídua capsular ficam comprimidas e seu suprimento 
sanguíneo é reduzido, por isso degeneram, criando uma área nua conhecida como córion liso. 
-Enquanto isso, as vilosidades coriônicas associadas com a decídua basal aumentam rapidamente, se ramificam e 
crescem, sendo conhecida como córion frondoso ou córion viloso. Forma o componente fetal da placenta. 
-A porção fetal da placenta (córion viloso) se prede à porção materna (decídua basal) pelo revestimento 
citotrofoblástico. As vilosidades coriônicas-tronco ("de ancoragem") ancoram o saco coriônico e a placenta à decídua 
basal. 
-Artérias e veias maternas passam livremente através de falhas no revestimento citotrofoblástico e se abrem no 
espaço interviloso. 
 
ESPAÇO INTERVILOSO: deriva das lacunas que se formaram nos sinciciotrofoblastos durante a segunda semana, é 
limitado pela placa coriônica e a decídua basal. O sangue materno penetra nesse espaço proveniente das artérias 
espiraladas da decídua basal. É drenado por veias endometriais que também penetram no revestimento 
citotrofoblástico. 
COTILEDONE: Cada codilédone consiste em duas ou mais vilosidades coriônicas-tronco e seus ramos. Ao final do 
quarto mês, a decídua basal acha-se quase inteiramente substituída pelos cotilédones. 
 
O sangue materno, por pressão, entra nos espações intervilos. Com a diminuição da pressão, ele entra para as veias 
endometriais. Nisso, há passagem de nutrientes pela membrana placentária. 
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA 
-As ramificações das vilosidades coriônicas provêm de uma área onde substâncias podem ser trocadas através da 
membrana placentária ("barreira" entre as circulações fetal e materna). 
-O sangue fetal adquire nutrientes e oxigênio do sangue da mãe. Os produtos de excreção formados no embrião são 
levados para a placenta pelas artérias umbilicais e transferidos para o sangue materno. 
-MEMBRANA PLACENTÁRIA: composta por tecidos extrafetais. Até as 20ª semana é compostapor quatro camadas 
(sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo na vilosidade coriônica e endotélio dos capilares fetais), com o 
avanço da gravidez, ela vai se tornando cada vem mais fina e os capilares ficam muito perto do sinciciotrofoblasto. 
-CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL: o sangue pouco oxigenado deixa o feto e passa pelas artérias umbilicais para a 
placenta. Os vasos formam um sistema arteriocapilar-venoso no interior da vilosidade coriônica. Depois de 
oxigenado, o sangue fetal passa para veias que convergem para formar a veia umbilical (existem 2 artérias umbilicais 
que transportam sangue desoxigenado e 1 veia umbilical, que transporta sangue oxigenado). 
-CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA: o sangue no espaço interviloso fica temporariamente fora da circulação 
materna. Ele é impulsionado em jatos pela pressão sanguínea da mãe e jorra em direção à placa coriônica (que é o 
"teto" do espaço interviloso). O sangue flui devagar sobre a superfície dos ramos das vilosidades, permitindo a troca 
metabólica. Quando chega ao "assoalho" do espaço interviloso, penetra nas veias endometriais e circulação materna 
ATIVIDADES E FUNÇÕES PLACENTÁRIAS 
-A placenta tem três atividades e funções principais: metabolismo, transporte de substâncias e secreção endócrina. 
-METABOLISMO PLACENTÁRIO: no início da gravidez, produz glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem 
como fonte de nutrientes e energia para o embrião. 
-TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA: as substâncias são transportadas através da membrana placentária por difusão 
simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. 
-GASES: oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono atravessam a membrana placentária por difusão 
simples. Na troca de gases, se aproxima da eficiência dos pulmões. 
-NUTRIENTES: vitaminas cruzam a placenta e são essenciais para o desenvolvimento do feto, assim como a gligose da 
mãe (alem da produzida pela própria placenta). Entretanto, não há transferência de colesterol, triglicerídeos e 
fosfolipídios. Há pouca transferência de ácidos graxos livres. 
-HORMÔNIOS: Hormônios proteicos não chegam ao embrião, mas hormônios esteroides não conjugados passam 
pela membrana facilmente. 
-ELETRÓLITOS: São livremente trocados através da placenta 
-ANTICORPOS: Uma certa imunidade passiva é conferida ao feto pela tranferência placentária de anticorpos 
maternos, as IgG são prontamente transportadas (ao contrário das IgM que não passam). 
-DROGAS: A maioria das drogas atravessam a membrana placentária. Com o avanço da gravidez, o adelgaçamento 
da membrana placentária facilita a passagem de drogas, algumas das quais causam malformações congênitas. 
-AGENTES INFECCIOSOS: Rubéola, citomegalovírus, varicela, sarampo, poliomelite, encefalite, entre outros, podem 
causar infecção fetal. 
-SECREÇÃO ENDÓCRINA PLACENTÁRIA: O sinciciotrofoblasto produz hormônios proteicos como Gonadotrofina 
coriônica humana (HCG) que mantêm o corpo lúteo no ovário, evitando o início da menstruação. Também produz 
hormônios esteróides como estriol e progesterona.

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