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APG 24 e 25- 'Completo, na temperatura ideal, de graça e ainda transmite amor' e 'Uma gravidez muito esperada'

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ANATOMIA DAS MAMAS
APG 24 E 25
" C O M P L E T O , N A T E M P E R A T U R A I D E A L , D E
G R A Ç A E A I N D A T R A N S M I T E A M O R " E " U M A
G R A V I D E Z M U I T O E S P E R A D A "
OBJETIVOS
1- Compreender a anatomia
e histologia das mamas.
2- Entender a fisiologia da
amamentação/ lactação. 
3- Explicar a anatomia e
histologia do sistema
reprodutor feminino.
4- Discorrer sobre a
ovogênese (gametogênese
feminina).
5- Descrever as alterações
morfofisiológicas da
gestante.
Esther Larrubia
Glândulas mamárias
As mamas são encontradas na parede
anterior do tórax, anteriormente à fáscia
profunda e aos músculos peitorais;
separadas deles pelo espaço retromamário.
Cada mama consiste em glândulas
mamárias cercadas de tecido conectivo.
As glândulas mamárias são glândulas
sudoríparas apócrinas modificadas. Elas
possuem uma estrutura dinâmica, o que
significa que a sua anatomia muda
dependendo da idade da mulher, fase do
ciclo menstrual e status reprodutivo. As
glândulas são ativas na mulher adulta após o
parto (período puerperal). Neste período, o
hormônio hipofisário conhecido como
prolactina estimula a produção de leite pela
glândula, enquanto o hormônio
hipotalâmico chamado oxitocina estimula a
ejeção do leite através do mamilo. Fora do
período puerperal as glândulas são menos
abundantes, com a maior parte do tecido
mamário preenchida por tecido adiposo.
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/torax
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/visao-geral-e-tipos-de-tecido-conjuntivo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tecido-adiposo
A anatomia dos mamilos é ajustada para
auxiliar na função da mama. Eles são
cercados por uma região circular de pele
pigmentada, chamada de aréola, que se
torna ainda mais pigmentada e
proeminente durante a puberdade. A aréola
demonstra pequenas elevações pontuais em
sua superfície, que são produzidas pelas
muitas glândulas areolares. Estas são em sua
maioria glândulas sudoríparas e sebáceas,
bem como glândulas mamárias
modificadas, chamadas de glândulas de
Montgomery. Elas produzem uma secreção
antimicrobiana que protege a superfície da
aréola.
Há também os lobos (glândulas produtoras
de leite), ductos (pequenos tubos que
transportam o leite dos lobos ao mamilo) e 
 estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo
que envolve os ductos e lobos além de vasos
sanguíneos e vasos linfáticos)
Drenagem linfática da mama
A drenagem linfática da mama é muito
importante, especialmente do ponto de vista
da patologia. Isto se deve ao fato de que os
carcinomas mamários tendem a se espalhar
viajando através dos vasos linfáticos, criando
depósitos metastáticos em partes do corpo
distantes.
Os linfonodos dos lóbulos mamários, mamilo
e aréola drenam para o plexo linfático
subareolar. Dali, cerca de 75% da linfa
(principalmente dos quadrantes laterais da
mama) drena para os linfonodos peitorais, e
em seguida para os linfonodos axilares. O
restante drena para os linfonodos
paraesternais. É por isso que os linfonodos
axilares são os primeiros a serem removidos
cirurgicamente em algumas fases do câncer
de mama. Os linfonodos axilares drenam
para os troncos linfáticos subclávios, que
também drenam os membros superiores. Os
linfonodos paraesternais drenam para os
troncos broncomediastinais, que também
drenam os órgãos torácicos.
Além dos linfonodos axilares e paraesternais,
alguma drenagem da mama pode ocorrer
através dos linfonodos intercostais, que estão
localizados ao redor das cabeças e colos das
costelas. Os linfonodos intercostais drenam
para o ducto torácico ou para os troncos
linfáticos broncomediastinais.
Ramos da artéria axilar suprem a parte
lateral da mama. Estas são as artérias
torácica superior, toracoacromial,
torácica lateral e subescapular.
Ramos da artéria torácica interna,
suprem a parte medial da mama, junto
com as artérias mamárias mediais.
Ramos perfurantes da segunda, terceira e
quarta artérias intercostais contribuem
com a vascularização de todo o seio.
Vascularização da mama
A vascularização da mama vem de três
fontes:
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/linfonodos-axilares
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/costelas
HISTOLOGIA DAS MAMAS
As veias da mama seguem as artérias
mencionadas anteriormente. Elas drenam
para as veias axilar, torácica interna e
segunda a quarta veias intercostais.
Glândulas mamárias
A glândula é composta por 15 a 20 lobos
secretores, que são separados por bandas
fibrosas. Estas bandas fibrosas são chamadas
de ligamentos suspensores da mama. Os
lobos contém numerosos lóbulos, que
consistem em glândulas tubuloalveolares. Os
ductos secretores dos lobos, chamados de
ductos lactíferos, convergem e se abrem no
mamilo. Cada ducto lactífero se dilata em
um seio lactífero antes de se abrir no
mamilo. Situados no estroma interlobular,
Na mulher jovem, o estroma interlobular é
composto predominantemente por tecido
fibroso denso, com alguns adipócitos, daí a
consistência da mama ser firme. Após a
menopausa predomina o tecido adiposo.
Lóbulos Mamários
Os Lóbulos Mamários são as unidades
secretoras da mama. São estruturas de
contorno mais ou menos circular,
circundados por estroma interlobular (tecido
fibroso denso). Cada lóbulo é constituído por
ácinos situados no estroma intralobular.
Neste, o tecido conjuntivo é mais frouxo e
contém uma população fisiológica de
células inflamatórias crônicas,
principalmente linfócitos. Este estroma
responde às variações hormonais do ciclo
menstrual normal, sendo mais edemaciado
e com mais linfócitos na segunda metade do
ciclo (influência combinada de estrógenos e
progesterona). Fora da gravidez, como neste
caso, os ácinos estão quiescentes.
Ácinos
Cada ácino é composto por dois tipos de
células: uma camada interna de células
epiteliais e uma camada externa de células
mioepiteliais, que se destacam pelo
citoplasma ser mais claro. 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
A função das células mioepiteliais é contrair-
se, promovendo a extrusão do leite
secretado. Em lesões proliferativas da mama,
a perda da dupla população é um
importante elemento a favor de neoplasia.
Ductos mamários
Os ductos drenam os lóbulos. Têm contorno
irregular ou estrelado e também são
constituídos por dupla população, de células
epiteliais de revestimento (internas) e
mioepiteliais (externas). Estas não formam
uma camada contínua e se destacam pelo
citoplasma claro, freqüentemente
vacuolado. 
Mamogênese;
Lactogênese e lactopoese;
Ejeção de leite.
A lactação apresenta três fases:
Mamogênese
Ocorre durante todo o período gestacional e
se refere ao crescimento e desenvolvimento
da glândula mamária, que torna a mulher
capaz de produzir leite. É importante
ressaltar que o crescimento das glândulas
mamárias também acontecem durante a
puberdade pela ação de diversos hormônios,
como o estrogênio, progesterona, GH e
insulina, deixando de ser uma mama
imatura para se tornar uma mama adulta
não gestante.
Durante a gestação, há o aumento do tecido
adiposo, da vascularização das mamas, da
rede de células mioepiteliais que envolvem
os alvéolos e também dos lóbulos (formado
pelo aumento da rede de ductos e alvéolos). 
Estrogênio: desenvolvimento dos ductos
galactóforos.
Progesterona: desenvolvimento dos
alvéolos.
Prolactina: produção de leite (síntese e
secreção).
Ocitocina: ejeção de leite.
Além da atuação do estrogênio e
progesterona, a prolactina também entra
em ação, sendo ela a responsável pela
produção do leite nas células alveolares. É
importante saber a principal atuação de
cada hormônio nesse momento:
Deve-se lembrar que, devido a ação da
prolactina, a mulher pode produzir o
colostro (secreção láctica) a partir da 16ª
semana gestacional. Em alguns casos a sua
produção é tão grande que pode ocorrer o
extravasamento antes mesmo de ser ejetado
pela ocitocina.
Embora a atuação dos hormônios esteroides,
estrogênio e progesterona, sejam essenciais
para o desenvolvimento físico das mamas,
ambos exercem papel inibitório da ejeçãodo leite, ou seja, inibirão a produção de
ocitocina. Fisiologicamente, durante o
trabalho de parto, ocorrerá aumento da
concentração de ocitocina, que é
responsável pela contração uterina, e
concomitantemente há uma queda brusca
de estrogênio e progesterona (param de ser
secretados pela placenta e o corpo lúteo).
É relevante ressaltar que, após o parto, a
produção de prolactina não se dá de forma
continua, mas sim com picos a cada vez que
a criança mama. Ao soltar o peito, a
prolactina apresenta decaimento. Além
disso, a criança não suga o leite produzido
naquele momento, mas sim o qual está
armazenado.
Lactogênese e lactopoese
Primeiro ocorre a lactogênese (síntese) e
depois a lactopoese (manutenção da
produção).
Lactogênese:
Se refere à síntese de leite pelas células
alveolares e sua secreção no lúmen do
alvéolo. Sabe-se que a mama lactante é
constituída por uma camada única de
células cuboidais alveolares produtoras de
leite, formando o alvéolo.
Esse alvéolo é envolto por células
mioepiteliais (musculo liso) com função
contrátil. Um alvéolo está dentro de um
lóbulo, com outros alvéolos, e esses lóbulos
estão conectados por ductos lactíferos. Os
ductos se iniciam nos lóbulos com um
calibre mais fino e vão aumentando,
formando ampolas – locais onde o leite fica
armazenado.
Como já visto anteriormente, com a queda
abrupta de estrogênio e progesterona, a
ação da prolactina permite o início da
produção de leite nas próximas 48 horas
pós-parto. Inicialmente, nos primeiros dias,
trata-se do colostro, uma secreção
amarelada e mais espessa, rica em proteínas,
vitaminas lipossolúveis e imunoglobulinas
(IgG, considerada como a primeira vacina
devido à alta carga dos fatores de defesa.
À medida que os dias vão passando, o leite
vai se tornando mais gorduroso, com uma
alta quantidade de lactose, tornando-o mais
calórico e com menor valor imunológico do
que o colostro.
Após essa transição, finalmente o leite se
torna uma solução aquosa que contém
água, lactose, gordura (como principal fonte
energética), aminoácidos, proteínas,
vitaminas e minerais, essenciais para o pleno
desenvolvimento do bebê. Dado que esses
componentes do leite vêm do sangue
materno, existem vias para sua secreção.
- Via da exocitose/secretória: proteínas,
açúcares e imunoglobulinas. As proteínas do
leite são sintetizadas no retículo
endoplasmático rugoso e empacotadas pelo
complexo de Golgi, para, então, serem
exocitadas, bem como a lactase, induzida
pela lactase sintetase no complexo de Golgi.
Já as imunoglobulinas são captadas pela
membrana basal das células alveolares por
endocitose para, então, o complexo de IgA-
receptor se internalizar em vesículas e ser
transportado até a membrana apical para
ser exocitado.
- Transporte transcelular de água e sais: a
água se move através das células por
gradiente osmótico gerado pela
concentração de lactose.
- Via dos lipídeos: os ácidos graxos formam
gotículas que vão aumentando de tamanho
à medida que são “empurrados” para a
membrana apical. A gotícula de gordura
formada é envolvida por essa membrana,
sendo eliminada para o lúmen do alvéolo.
- Via paracelular: água, sais, leucócitos e
imunoblastos por gap junctions. Devido às
tight junctions, as substâncias que
normalmente não passariam entre as células
alveolares passam por causa da sucção, que
faz com que as células fiquem mais frouxas
e permitam a passagem desses
componentes.
Lactopoese:
Diz respeito à manutenção da lactação já
estabelecida e depende da duração e
frequência da amamentação. Nessa fase, a
sucção e a pega adequada são essenciais,
tendo em vista que, com o aleitamento, as
concentrações de prolactina se manterão
elevadas durante as primeiras 8 a 12
semanas.
Com o passar do tempo, a concentração da
prolactina já não se mantém mais tão
elevada, no entanto, ainda continua sendo
essencial para a manutenção da síntese de
leite.
Ejeção do leite
Passagem do leite do lúmen alveolar para o
sistema de ductos, até ductos maiores e
ampola, culminando na liberação do leite
pelos mamilos. Nesse momento, além da
sucção induzir a produção de prolactina, ela
também induz a ocitocina para a ejeção do
leite.
A ocitocina será produzida nos neurônios
magnocelulares do núcleo paraventricular
(PNV) e supraóptico (SON) do hipotálamo.
São secretados em vesículas, descendo por
meio do axônio até serem armazenados na
neuro-hipófise, para depois serem liberados
na corrente sanguínea, processo
desencadeado principalmente pelo estímulo
da sucção.
A ocitocina também pode ser liberada
mediante a estímulos condicionados, tais
como a visão, olfato e escutar o choro de
uma criança; além disso, fatores de ordem
emocional podem ser fatores que estimulam
(motivação, autoconfiança e tranquilidade)
ou desestimulam (estresse físico e
psicológico, ansiedade, medo, insegurança) a
liberação de ocitocina – nesses casos,
acontece a produção de prolactina, portanto
há a produção do leite, no entanto ele não
consegue ser ejetado devido à inibição do
hormônio responsável por esse processo.
Reflexo neuroendócrino na lactação:
Durante a sucção, os mecanorreceptores no
mamilo sofrem uma deformação, de
maneira que, assim que o estimulo chega à
medula (por meio dos nervos torácicos IV, V
e VI), esses sinais chegam ao hipotálamo e
apresentam três projeções neurais.
- Projeção 1: nos núcleos PVN e SON,
acarretando a secreção de ocitocina na
corrente sanguínea para, então, ligar-se à
receptores de membrana das células
mioepiteliais, que levam à contração
muscular involuntária e, assim sendo, ocorre
a ejeção do leite.
- Projeção 2: nos neurônios dopaminérgicos
do núcleo arqueado, que inibem a liberação
de dopamina na eminência mediana, para
que ocorra a síntese de leite. É importante
ressaltar o controle neuroendócrino da
prolactina, sintetizada e liberada na adeno-
hipófise, e produzido exclusivamente
durante a amamentação.
ANATOMIA DO SIST. REP. F.
Sabendo disso, existem hormônios que são
capazes de inibir sua síntese e secreção
pelos lactotrofos, PRH (hormônio inibidor da
prolactina), como a dopamina. Durante a
amamentação, quando ocorrem os picos de
prolactina, ocorre a ação do hormônio
liberador de prolactina, sendo assim, os
hormônios inibitórios param de agir para dar
lugar aos hormônios liberadores.
- Projeção 3: nos neurônios que produzem
fatores liberadores de prolactina. Sem a
dopamina, os lactotrofos são capazes de
produzir prolactina, que tem sua ação nas
células alveolares sintetizando e secretando
o leite.
Vendo todo o processo da fisiologia da
lactação, entende-se que é um processo
envolvendo uma profunda interação entre
mãe e filho, com repercussões no estado
nutricional da criança.
Os órgãos sexuais femininos consistem tanto
na genitália interna quanto na externa.
Juntas elas compõem o sistema reprodutor
feminino, desempenhando atividades
sexuais e reprodutivas. Os órgãos genitais
externos, conhecidos em conjunto como
vulva, são sustentados pelo períneo
feminino. Estes são o monte pubiano, os
grandes e os pequenos lábios, o clitoris, o
vestíbulo, bulbo vestibular e as glândulas
vestibulares. A vagina, o útero, os ovários e as
tubas uterinas compõem os órgãos genitais
internos.
Os órgãos reprodutores femininos passam
por importantes mudanças estruturais e
funcionais a cada mês. Essas mudanças não
ocorrem somente para tornar a vida das
mulheres difícil, elas também têm uma
função crucial no início da gravidez. Se a
gravidez não ocorrer, o revestimento
endometrial proliferado se descama e se
desprende, passando pela vagina como
sangue menstrual. 
Essas atividades ocorrem sob a influência de
hormônios secretados pelos órgãos sexuais
femininos (ovários), conforme determinado
pelo sistema endócrino. Os hormônios
sexuais femininos também têm um papel
importante na maturação sexual
Vagina
Útero
Tubas uterinas (também chamadas de
trompas de Falópio)
Ovários
Genitália interna
A genitália interna é o conjunto de órgãos
reprodutores femininos que estão
localizados dentro da cavidade pélvica. Eles
incluem:
Vagina
A vagina é o órgão genital feminino interno
maissuperficial. Estende-se do útero à vulva
(genitália externa). Funcionalmente,
possibilita a menstruação, a relação sexual e
o parto. A vagina está localizada
posteriormente à bexiga e à uretra, e
anteriormente ao reto.
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-vagina
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tubas-uterinas
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-endocrino
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/utero
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/reto
O plexo hipogástrico inferior, através do
plexo uterovaginal - as fibras simpáticas e
parassimpáticas são conduzidas pelos
nervos toracolombar (T12-L1) e
esplâncnico pélvico (S2-S4),
respetivamente.
O nervo pudendo através do nervo
perineal profundo. 
A extremidade superior da vagina está
ligada ao colo do útero. Essas estruturas
formam uma bolsa (fórnix vaginal) que
possui as partes anterior, posterior e lateral. A
extremidade inferior da vagina (orifício
vaginal) se abre para o vestíbulo vaginal logo
atrás do orifício uretral. O orifício vaginal
pode estar parcialmente recoberto por uma
membrana chamada de hímen.
A vagina é irrigada por ramos da artéria ilíaca
interna: as artérias uterina, vaginal e
pudenda interna. A drenagem venosa da
vagina é realizada pelas veias vaginais, que
drenam para as veias ilíacas internas. A sua
inervação inclui:
A linfa é drenada da vagina para os
linfonodos ilíacos e inguinais superficiais.
Para solidificar seus conhecimentos sobre a
anatomia da vagina, a sua vascularização
sanguínea e inervação, experimente os
seguintes materiais.
Útero
O útero é um órgão muscular oco localizado
profundamente na cavidade pélvica.
Anterior ao reto e póstero-superior à bexiga
urinária, o útero normalmente se encontra
em posição de anteversão e anteflexão.
O revestimento endometrial do útero
prolifera a cada mês em preparação para o
implante de embriões. Se a fertilização
ocorre, o útero atua abrigando o feto em
crescimento e sua placenta. Se a gravidez
não ocorrer, o revestimento endometrial é
eliminado durante a menstruação.
Corpo - a parte principal do útero,
conectada às tubas uterinas (trompas de
Falópio) através dos cornos uterinos. O
corpo tem uma base (fundo) e uma
câmara interna (cavidade uterina). 
Ístmo - a parte estreita do útero,
localizada entre o corpo e o colo do
útero.
Colo - a porção inferior do útero. É
constituído por duas partes (supravaginal
e vaginal), duas aberturas (orifício interno
e orifício externo) e um canal cervical.
O útero é dividido em três partes:
O útero é parcialmente revestido pelo
peritônio. Quando o peritônio se reflete a
partir do útero para o reto e para bexiga,
duas pregas são formadas: a bolsa ou
escavação reto-uterina (de Douglas) e a bolsa
ou escavação vesico-uterina, respetivamente.
Vários ligamentos peritoneais sustentam o
útero e o mantêm no lugar: ligamento largo,
ligamento redondo, ligamento cardinal,
ligamento uterossacro e ligamento
pubocervical.
O útero é irrigado principalmente pela
artéria uterina, que emerge da artéria ilíaca
interna. O ramo superior da artéria uterina
supre o corpo e o fundo, enquanto o ramo
inferior irriga o colo do útero. O sangue
venoso do útero é drenado através do plexo
venoso uterino para a veia ilíaca interna.
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/utero
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/peritonio
O útero recebe inervação do plexo
hipogástrico inferior através do plexo
nervoso uterovaginal, de forma similar à
vagina. A drenagem linfática do útero ocorre
para os linfonodos lombares, inguinais
superficiais, ilíacos (internos e externos) e
sacrais.
Ovários
Os ovários são as gônadas femininas
bilaterais, e equivalem aos testículos
masculinos. Eles liberam o óvulo com o
propósito de fertilização. Além disso, agem
como glândulas endócrinas, secretando
vários hormônios necessários para a
fertilidade, menstruação e maturação sexual
das mulheres.
Cada ovário está localizado em uma fossa
ovariana da pelve verdadeira, adjacente ao
útero e inferior a cada uma das tubas
uterinas. O ovário contém quatro superfícies
(anterior, posterior, medial e lateral) e dois
polos (superior e inferior). É sustentado em
sua posição por vários pares de ligamentos:
ligamento suspensor do ovário, ligamento
ovariano próprio (ligamento do ovário) e
mesovário.
Os ovários recebem seu suprimento arterial
das artérias ovarianas, que emergem da
aorta abdominal. Esses vasos sanguíneos
alcançam as gônadas percorrendo um
trajeto dentro dos ligamentos suspensores.
O sangue venoso dos ovários é drenado pelo
plexo pampiniforme. Essas veias
posteriormente se fundem para formar as
veias ovarianas. A veia ovariana direita drena
para a veia cava inferior, enquanto a veia
ovariana esquerda drena para a veia renal
esquerda.
Os ovários são inervados pelo plexo nervoso
ovariano, que recebe fibras dos plexos
aórtico, renal e hipogástrico (superior e
inferior). Fibras simpáticas são provenientes
dos nervos esplâncnicos menores (T10-T11). A
inervação parassimpática vem dos nervos
esplâncnicos pélvicos (S2-S4). Os linfonodos
lombares são responsáveis pela drenagem
linfática dos ovários.
Tubas uterinas
As tubas uterinas (ou trompas de Falópio)
são um par de órgãos musculares que se
estendem dos cornos uterinos até aos polos
superiores dos ovários. As trompas de
Falópio são onde habitualmente ocorre a
fertilização do óvulo. Elas também
transportam o zigoto resultante para o útero
para implantação.
As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais,
revestidos completamente por uma parte do
ligamento largo do útero chamada de
mesosalpinge. Elas são constituídas por
quatro partes principais:
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/testiculos
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/aorta-pt
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/veia-cava-inferior
Infundíbulo - a parte distal da tuba
uterina, que se abre para a cavidade
peritoneal através do óstio abdominal. O
infundíbulo contém projeções em
formatos de dedos chamadas de
fímbrias, que se estendem sobre a
superfície medial dos ovários.
Ampola - é a parte mais longa e mais
larga da tuba uterina. É o local mais
comum de fertilização.
Ístmo - é a parte mais estreita da tuba
uterina
Parte intramural (uterina) - Se comunica
diretamente com a cavidade uterina
através do óstio uterino. 
A tuba uterina recebe suprimento arterial
das artérias uterina e ovariana. A primeira é
um ramo da artéria ilíaca interna e a
segunda emerge da aorta abdominal. A
drenagem venosa das tubas uterinas é
mediada pelas veias tubárias. Estas drenam
para os plexos venosos uterino e
pampiniforme.
A tuba uterina recebe inervação simpática
do plexo hipogástrico superior (T10-L2)
através do nervo hipogástrico. A inervação
parassimpática é proveniente dos nervos
esplâncnicos pélvicos e do nervo vago. A
linfa é drenada das tubas uterinas para os
linfonodos para-aórticos, ilíacos internos e
inguinais. 
Monte pubiano
Grandes lábios
Pequenos lábios
Clitóris
Vestíbulo
Bulbo vestibular
Glândulas vestibulares
Genitália externa
A genitália externa (vulva) são os órgãos do
sistema reprodutor feminino localizados no
períneo, fora da pelve. Eles incluem:
Monte pubiano
O monte pubiano é uma massa de tecido
subcutâneo adiposo localizado
anteriormente à sínfise púbica. A pele sobre
o monte pubiano é coberta com uma
camada triangular de pêlos pubianos.
Grandes lábios
Os grandes lábios são duas dobras cutâneas
longitudinais cobertas por pêlos pubianos.
Eles são a parte mais lateral da vulva,
estendendo-se desde o monte pubiano até o
períneo. A fenda entre os grandes lábios é
chamada de fenda da vulva ou rima do
pudendo. Contém os pequenos lábios e o
vestíbulo. Os dois grandes lábios fundem-se
anteriormente (comissura anterior) e
posteriormente (comissura posterior).
Pequenos lábios
Os pequenos lábios são duas dobras
cutâneas longitudinais, finas e sem pêlos,
encontradas entre os grandes lábios. Eles
cercam o vestíbulo vaginal e seus orifícios
uretral e vaginal. Os pequenos lábioscontribuem para a formação do prepúcio e
do frênulo do clitóris.
Clitóris
O clitóris é um órgão erétil responsável pelas
sensações sexuais. É análogo ao pênis
masculino. Localizado na parte mais superior
do vestíbulo vulvar, o clitóris é circundado
pela parte anterior dos pequenos lábios. Tem
três partes: base, corpo e glande. O corpo é
composto por dois corpos cavernosos e dois
pontos de fixação (ramos do clitóris).
Vestíbulo
A região entre os pequenos lábios é
chamada de vestíbulo.
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https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pelve-e-perineo
HISTOLOGIA DO SIS. REP. F.
As glândulas vestibulares maiores (de
Bartholin) são encontradas de cada lado
do vestíbulo. Elas são homólogas às
glândulas bulbouretrais no sexo
masculino e servem para lubrificar a
vulva durante a relação sexual
As glândulas vestibulares menores estão
localizadas entre os orifícios uretral e
vaginal. Essas glândulas são homólogas à
próstata masculina.
 Esta área perineal contém o orifício vaginal,
a abertura da uretra feminina e as aberturas
dos ductos excretores das glândulas
vestibulares maiores e menores.
Glândulas vestibulares
Existem três tipos de glândulas que se
abrem no vestíbulo:
Bulbo vestibular
Os bulbos vestibulares são um par de tecidos
eréteis subcutâneos análogos ao bulbo
peniano e ao corpo esponjoso no sexo
masculino. Eles se estendem de cada lado
do vestíbulo e se unem na frente do orifício
uretral.
Vascularização sanguínea e inervação
A genitália externa é irrigada pelas artérias
pudendas (internas e externas), que são
ramos das artérias ilíacas internas e das
artérias femorais, respetivamente. A
drenagem venosa é realizada pelas veias
pudendas internas e externas.
A região anterior da vulva recebe inervação
sensitiva do nervo ilioinguinal e do nervo
genitofemoral. A região posterior é inervada
pelo nervo pudendo e pelo nervo cutâneo
posterior da coxa. O bulbo vestibular e o
clitóris recebem inervação parassimpática
do plexo nervoso uterovaginal.
A linfa proveniente da genitália externa é
drenada para os linfonodos inguinais
superficiais e profundos, ou diretamente
para os linfonodos ilíacos internos.
Folículo primordial: ovócito com uma
camada de células foliculares planas
Folículo primário: ovócito com uma
camada de células foliculares cúbicas
Folículo secundário: ovócito com várias
camadas de células foliculares
(granulosa) e aparecimento das tecas
interna e externa provenientes da
diferenciação das células do estroma. Se
caracteriza pela presença do ANTRO
FOLICULAR e ocorre também a presença
de folículos atrésicos que variam seu
estágio de degeneração, caracterizados
de uma forma geral pela autólise do
ovócito.
 Ovário
Revestido externamente por epitélio cúbico
simples
- Camada Cortical
Logo abaixo do revestimento epitelial está a
túnica albugínea de tecido conjuntivo denso
não vascularizado.
O estroma ovariano encontra-se repleto de
folículos ovarianos em vários graus de
desenvolvimento:
- Camada Medular
Tecido conjuntivo frouxo ricamente
vascularizado.
 Tuba uterina
O aspecto altamente pregueado da mucosa
desse preparado é característico da região
da ampola.
A mucosa é revestida por epitélio cilíndrico
simples secretor contendo células
produtoras de muco intercaladas com
células cilíndricas ciliadas. 
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OVOGÊNESE
 A lâmina própria é unida diretamente à
túnica muscular que apresenta uma camada
circular interna e uma longitudinal externa.
Externamente ao corte identifica-se a túnica
serosa típica com mesotélio peritoneal.
 Ao visualizar a anatomia microscópica do
ovário, podemos ver que ele consiste de um
epitélio germinativo superficial (cápsula),
folículos ováricos (córtex) e tecido conjuntivo
(cápsula, córtex medular). O revestimento
epitelial das tubas (trompas) uterinas e do
útero desempenham papéis importantes no
transporte e na implantação de um óvulo
fertilizado (ovo ou zigoto).
 Ovogênese ou ovulogênese é o processo
biológico responsável pela formação das
células reprodutoras femininas (gametas). A
ovogênese é iniciada no organismo da
mulher antes mesmo de seu nascimento,
durante o desenvolvimento embrionário.
Ela é iniciada na vida intrauterina da mulher
e continua se formando ciclicamente a partir
da puberdade. Durante toda a fase de
ovogênese, o organismo feminino passa por
uma série de processos pelos quais são
formadas ovogônias, que, ao fim do ciclo,
transformam-se em óvulos. A ovogênese
termina na menopausa.
 Fases da ovogênese
 A ovogênese é composta por três fases:
Multiplicação
É o processo de migração das células
germinativas primordiais — geradas no
endoderma do saco vitelínico — para o ovário
em desenvolvimento. É nessa fase que elas
se diferenciam, transformando-se em
ovogônias.
Crescimento
O ovócito primário inicia a fase de
crescimento e suas células foliculares
transformam-se e proliferam-se para seja
formado um epitélio estratificado de células
da granulosa.
Essas células apoiam-se sobre a teca
folicular, uma membrana basal que mantém
uma camada de glicoproteínas sobre a
superfície do ovócito. À medida que o
folículo cresce, uma camada interna de
células secretoras é organizada graças às
células da teca folicular, conhecida como
teca interna.
Maturação
A partir do momento em que ocorre o
amadurecimento do folículo, o ovócito
continua o processo de meiose, que o leva a
formar duas células de tamanhos desiguais,
conhecidas como células filhas. Cada uma é
composta por uma estrutura dupla de 23
cromossomos.
Uma é o primeiro corpo polar que recebe
pouco citoplasma, enquanto a outra (ovócito
secundário) recebe uma quantidade
significativa de citoplasma. É aí que o
ovócito inicia a segunda divisão meiótica.
Devido ao aumento do estrógeno produzido
pelos folículos, há uma redução de produção
do hormônio folículo estimulante conhecido
como FSH. Com o drástico aumento no teor
de LH, o hormônio luteinizante, ocorre a
ovulação.
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https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/o-que-e-puberdade/
ALTERAÇÕES
MORFOFISIOLÓGICAS DA
GESTANTE
 Toda gestante experimenta no transcorrer
da gravidez uma série de alterações
multissistêmicas em seu corpo. As
mudanças que ocorrem no organismo
materno são decorrentes de reações ao
concepto, alterações hormonais,
modificações bioquímicas, e modificações
anatômicas e mecânicas geradas pelo
crescimento do feto ao longo da gravidez.
Praticamente todos os sistemas apresentam
mudanças funcionais ou estruturais com a
evolução da gestação.
Alterações no Trato Gastrointestinal
O trato gastrointestinal é um dos aparelhos
que mais marcadamente apresentam
alterações e acabam gerando sintomas na
maior parte das gestantes. A elevação
fisiológica dos níveis de progesterona é
responsável pela lentificação do
esvaziamento gástrico e do trânsito
intestinal, gerando e exacerbando queixas
com náusea, vômitos, constipação e
distensão abdominal.
A náusea e o vômito surgem desde o inicio
da gestação, atingindo o pico de intensidade
por volta de 9 semanas e melhora dos
sintomas em torno de 12 semanas. A
elevação da progesterona também
proporciona relaxamento do esfíncter
esofagiano inferior.
 Isto, associado ao aumento da pressão
abdominal (decorrente do desenvolvimento
da gravidez), provoca o clássico quadro de
pirose e refluxo. Existe também tendência à
estase biliar e formação de cálculos biliares.
Alterações Metabólicas
As alterações metabólicas são inúmeras,
sendo as mais significativas a retenção
hídrica, o ganho ponderal e as alterações do
metabolismo glicídico. O ganho ponderal
adequado para uma grávida depende do
seu estado nutricional pré-gestacional.
Grávidas com baixo peso (IMC < 18,5 Kg/m2)
devem ganhar de 12,5 a 18 kg; aquelas
eutróficas (IMC 18,5 a 24,9 Kg/m2), de 11 a 16
kg; as com sobrepeso (IMC 24,9 a 29,9
Kg/m2), 7 a 11,5 kg e as obesas (IMC > 30
Kg/m2) de 5 a 9 kg.
Fisiologicamente, ao longo da gravidez,
existe retenção hídrica aproximada de 8 a 10
litros, havendo aumentodo volume
plasmático e dos volumes intra e extra
celular. O principal envolvido no aumento da
retenção hídrica é o hiperaldosteronismo
secundário da gravidez, que eleva a retenção
de sódio e de tal modo “puxa” a água. O
aumento do volume circulante acaba por
gerar queda da osmolaridade plasmática, da
pressão oncótica e do limiar de sede.
O metabolismo da glicose é profundamente
alterado pela gravidez, sendo a mesma, um
estado diabetogênico. Ocorre
fisiologicamente hipoglicemia de jejum,
hiperglicemia pós-prandial e
hiperinsulinemia, com objetivo de permitir
concentrações mais elevadas de glicose
plasmática e maior oferta de glicose ao feto.
A glicose é transferida ao feto pelo
mecanismo de difusão facilitada. As
concentrações fetais são aproximadamente
20 mg/dl inferiores aos níveis maternos.
Esses efeitos no metabolismo glicídico
ocorrem devido a atuação de hormônios
contra reguladores da insulina, dentre eles o
Hormônio Lactogênio Placentário, a
progesterona e o cortisol.
 Alterações Hemodinâmicas:
As principais alterações hemodinâmicas que
ocorrem no decorrer da gravidez são
aumento da frequência cardíaca entre 10 e
15 batimentos por minuto, aumento do
débito cardíaco (com pico entre 20 e 24
semanas), aumento da pressão venosa. Esta
última em função do crescimento uterino,
causando compressão dos vasos pélvicos e
da veia cava inferior. Existe queda da
resistência vascular periférica, da pressão
arterial (queda de 3 a 4 mmHg na pressão
sistólica e 10 a 15 mmHg na pressão
diastólica) e do retorno venoso.
Alterações Hematológicas:
A principal das alterações hematológicas é a
anemia fisiológica da gravidez. Durante a
gestação ocorre grande aumento do volume
plasmático (40 a 50%) e um aumento
proporcionalmente menor da massa
eritrocitária (20 a 30%). De tal forma que
existe hemodiluição, resultando na anemia
gestacional. Apesar de existir aumento da
massa eritrocitária total, esse é menor do
que o aumento de volume plasmático, de tal
forma que existe queda do hematócrito e
queda da concentração de hemoglobina.
Existe tendência à leucocitose, sendo aceitos
níveis de 8000 a 12000 leucócitos por mm3.
No puerpério, pode-se
observarfisiologicamente níveis até 20000
leucócitos/mm3. A contagem de plaquetas
em geral está inalterada, porém em 5% das
gestações pode ocorrer trobocitopenia
gestacional. No tocante a coagulação
sanguínea, pode-se considerar a gestação e
puerpério, estados de hipercoagulabilidade,
havendo aumento de atividade dos fatores
VII, VIII, X e FVW e diminuição de atividade
dos fatores XI, XIII, proteína S e cofator da
Proteína C.
Alterações Respiratórias:
Dentre as alterações respiratórias existe
aumento de volume corrente e redução do
volume residual pulmonar e da capacidade
residual funcional.
 As modificações anatômicas na dinâmica
ventilatória decorrem da elevação
diafragmática em torno de 4 cm e do
aumento de 2 cm do diâmetro transverso da
caixa torácica. Durante a gestação ocorre
hiperventilação, havendo de tal modo
redução da pressão de CO2 e alcalose
respiratória compensada. Existe elevação do
2- 3 difosfoglicerato (2-3DPG) e com isso o
deslocamento para direita da curva de
dissociação do oxigênio, facilitando a
liberação de O2 para o feto.
Alterações Osteoarticulares:
Dentre as alterações osteoarticulares existe
mudança do centro de gravidade materno,
aumento da lordose lombar e ampliação da
base de sustentação decorrente do
crescimento uterino e aumento de peso da
gestante. Em função dessas alterações, existe
mudança do padrão de marcha da mulher,
que adquire o padrão de marcha anserina,
semelhante ao andar de um ganso.
Alterações da Função Renal e Urinária:
Durante a gravidez existe marcante
alteração da função renal e urinária. Ocorre
aumento do fluxo plasmático renal (em
torno de 60 a 80%) e da taxa de filtração
glomerular (50%), resultando em hipertrofia
e aumento do peso renal em torno de 30%.
Pode haver dilatação ureteral e pielocalicial
e por fim pode ocorrer hidronefrose em
função do crescimento uterino.
Alterações da Fisiologia e da Anatomia
Mamária:
Desde o inicio da gestação existem
marcantes alterações da fisiologia e da
anatomia mamária. Com 5 semanas de
gravidez a paciente costuma relatar
congestão mamária, aumento de volume
mamário e mastalgia. Na oitava semana
existe o aparecimento dos tubérculos de
Montgomery, que são glândulas sebáceas
especializadas hipertrofiadas.A rede venosa
de Haller decorre do aumento da
vascularização mamária e representa a
visualização de maior trama vascular na
mama, geralmente identificada a partir de 16
semanas. 
 Com o decorrer da gravidez identifica-se o sinal de Hunter. Este decorre do aumento de
pigmentação do complexo aréolo- papilar, originando a aparência de uma aréola
secundária.
Alterações Ginecológicas:
As alterações ginecológicas são marcantes e se iniciam logo no inicio da gestação. As
principais alterações podem ser resumidas na tabela a seguir:
 Outras Alterações:
Além dos sinais acima descritos, existe:
-O crescimento uterino decorrente de
hiperplasia e hipertrofia das fibras
musculares lisas.
-Alteração no muco cervical, que torna-se
mais viscoso, espesso e não cristaliza
-Redução da motilidade tubária
-Alteração no pH vaginal, que adquire
característica mais ácida 
-A percepção de batimentos cardíofetais e
de partes fetais ao exame físico.

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