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➢ Semana 9: hipotálamo e hipófise . - Glândula hipofisária (hipo=baixo + physis=crescer) ou pituitária: glândula que cresce abaixo do encéfalo. Divisão em duas partes: porção + anterior é adeno-hipófise e uma porção + posterior que é a neuro-hipófise. Terceira semana de gestação ➔ Gastrulação é um processo que inicia a morfogênese (formação dos tecidos e órgãos), originados de três discos germinativos – ectodermo [SNC e SNP; atenção: a neuro (neuroectodérmica, formação do tubo neural também) e adeno hipófise apresenta origem ectodérmica], mesodermo (revestimentos epiteliais do trato respiratório e digestivo) e endodermo (formação dos músculos tanto liso quanto esquelético, revestimento das células sanguíneas). Adeno-hipófise ➔ ocorre (projeção da membrana celular para fora, vai para o meio externo); origem na porção superior da boca primitiva que posteriormente irá formar a cavidade bucal (ou bolsa de Ratkle); Neuro-hipófise ➔ ocorre invaginação (membrana celular se projeta para o meio interno); origem no assoalho do encéfalo, porção caudal; Aproximadamente na 3ª semana, a boca primitiva/bolsa de rathke realiza evaginação. Na 5ª semana, ocorre a agregação do infundíbulo/divertículo neuro- hipofisário com a boca primitiva/bolsa rathke. Entre a 6ª e 8ª semana ocorre o processo chamado de apoptose (morte celular programada), a adeno-hipóse se separa. Na 4ª semana acontece a invaginação, levando o assoalho do encéfalo para uma projeção para porção interior. Na 5ª semana ele já está pré-formado (o infundíbulo) e entre a 6ª e 8ª semana há uma especialização celular. ➢ Semana 10: tireoide e paratireoide - forame cego. - Tireoide: Se desenvolve na região da faringe primitiva a partir do aparelho faríngeo (composto pelos arcos, bolsas, sucos e membranas faríngeas). Começa no 24ª dia, é a primeira glândula a se desenvolver como um espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva. Esse aglomerado de células é denominado divertículo da tireoide que fica na extremidade do forame cego (estrutura que faz parte da língua). Esse início de desenvolvimento da tireoide ocorre em íntima associação com o desenvolvimento da língua. O 4° par de bolsas faríngeas é responsável por formar o corpo ultimofaringeo. O divertículo da tireoide vai crescendo e se torna uma estrutura alongada. Com o crescimento do embrião e da língua, a tireoide desce pelo pescoço, mas permanece conectado a língua pelo ducto tireoglosso. Na 5ª semana, o ducto tireoglosso se degenera. Com isso a tireoide se divide em 2 lobos conectados por um istmo. Na 7ª semana, a tireoide alcança sua posição definitiva. - Paratireoide: Derivada totalmente das bolsas faríngeas (3º e 4º). EMBRIOLOGIA – PROVA PRÁTICA (11/06) Izadora dias de Souza – MED33 A partir da 3º forma-se o par inferior e da 4ª forma-se o par superior. - Adrenal/Suprarrenais: O córtex origina-se a partir do mesênquima. A medula origina-se a partir de um gânglio simpático formado por células que vieram da crista neural. As adrenais formam na região onde as glândulas estão se formando. Na 6ª semana forma-se um córtex embrionário formado a partir de mesênquima. Logo em seguida um aglomerado pelo córtex. Ao mesmo tempo, o córtex permanente se desenvolve externamente. Isso segue até o nascimento. No nascimento nós temos medula, grande porção do córtex fetal e 2 zonas diferenciadas. A partir de 1 ano, o córtex fetal começa diminuir. Somente com 1 ano é que o córtex fetal está totalmente desaparecido e ficam 2 zonas de córtex permanente. No adulto temos as 3 zonas do córtex permanentemente. As glândulas suprarrenais do feto são de 10 a 20 vezes maiores que as glândulas dos adultos porque elas produzem precursores esteroides usados pela placenta para síntese de estrógeno. ➢ Semana 11: pâncreas. - Intestino primitivo: divido em intestino anterior (local onde vai surgir o pâncreas), médio e posterior. No intestino anterior, na porção caudal surge o pâncreas. Na frente (anteriormente) do intestino surge um broto pancreático ventral é menor – ou seja, será necessário em uma porção menor na formação do pâncreas- e apresenta um por trás (posteriormente) que é o broto pancreático dorsal. [5ª SEMANA] No endoderma do intestino anterior, apresenta células endodérmicas que são bipotenciais. Na porção caudal existe essas células que quando estimuladas podem se diferenciar, em divertículo hepático (fígado – necessita do fator de crescimento de fibroblasto, chamado de FGF tipo II que é produzido pelo coração durante seu desenvolvimento) ou nos brotos (caso tenha secreção do FGF tipo II, secretado pela notocorda iram formar provavelmente o dorso pancreático dorsal pois o ventral talvez se desenvolva juntamente com o divertículo hepático ou através do PDX1). [6ª SEMANA] Até esse momento, o pâncreas não está posicionado no local correto. Por conta disso, após essa formação o estômago gira, o duodeno, mudam de posição e a porção ventral irá para o lado direito e passa por trás do duodeno unindo-se embaixo do broto pancreático dorsal que se moveu para esquerda. Formando assim, o processo uncinado e a parte inferior se torna a cabeça do pâncreas ➔ Posicionamento retroperitoneal do pâncreas. Com essa rotação do broto pancreático dorsal, também modifica a posição da abertura biliar onde o ducto biliar comum acaba indo para o lado esquerdo – antes estava na porção ventral. [7ª SEMANA] Junção/Fusão dos ductos de cada broto pancreático (ducto pancreático dorsal + ventral na porção distal) ➔ Ducto pancreático principal ou de Wirsung, se une ao colédoco e desemboca na papila duodenal maior. O ducto pancreático ventral porção proximal regride de tamanho, podendo desaparecer mas caso persista será o ducto acessório ou de Santorini, desemboca na papila duodenal menor. - Anomalias: 1. Pâncreas anular (formando um anel)➔ Broto pancreático ventral antes de fundir com o dorsal se bifurcou – indo uma por trás e outra pela frente, “abraçando” o duodeno e formando um anel em torno dele. Inicialmente não ocorre nada, porém caso esse pâncreas inflame pode obstruir o duodeno. Mas tem casos em que essa obstrução extrínseca duodenal ocorre des do período embrionário – comprometimento da função do intestino delgado, da via biliar e pancreática e da passagem de alimento, gerando retorno e acúmulo do alimento (necessário intervenção cirúrgica). ➢ Semana 12: sistema urinário. - Sistema urogenital: Divisão em sistema urinário e genital; íntima relação durante o desenvolvimento embrionário, nas fases inicias apresentam a mesma origem terá a separação do tubo digestivo e do seio genital através do septo uroreta. Após essa separação, o seio urogenital começa a se dividir nos dois sistemas, porém apresentam uma íntima relação durante seu desenvolvimento. Origem: Mesênquima intermediário (derivado da parede corporal dorsal - posterior do embrião; ocorre durante o dobramento horizontal que ocorre nas primeiras semanas. Em que o mesênquima vai ser movido ventralmente, se separando dos primórdios do sistema neurológico (se permanece dorsal) e perde sua conexão com os somitos. Após isso, terá a formação da crista urogenital que dá origem ao cordão nefrogênico → dá origem as estruturas do sistema urinário; e a crista neural → dá origem as estruturas do sistema reprodutor. As vias de sinalização para a formação da crista urogenital são através do supressor de tumor de Wilms 1 (WT1), o fator esteroidogênico 1 e o DAX 1. O desenvolvimento do sistema urinário (rins, ureteres, bexiga urinária e a uretra) começa antes do sistema genital. - Rins: desenvolvimento ocorre através de 3 conjuntosde rins sucessivos até o surgimento do rim definitivo. 1) Pronefrons: rim rudimentar, sem função, apenas uma face inicial que irá degenerar. Surge a partir da 4ª semana em desenvolvimento, por ser uma estrutura transitória estará localizada na porção cervical (alta) do embrião. Os ductos pronéfricos percorrem caudalmente e desembocam na cloaca. Há degeneração do pronefrons mas os ductos persistem e vão continuar junto com os mesonefrons. 2) Mesonefrons: apresentam função de filtração do sangue, porém por um curto período cerca de 4 semanas no período embriogênico. Vai surgir a partir da 4ª semana, é uma estrutura grande (ocupa uma boa parte do embrião), se encaminha pra uma porção caudal e desembocam também na cloaca (REGIÃO FINAL COMUM DO INÍCIIO DA EMBRIOGÊNESE, O SEPTO IRÁ SEPARAR O TECIDO EM QUE VAI SE DESENVOLVER EM URINÁRIO E GENITAL, OU TECIDO DIGESTIVO), além de estruturas como o alantóide. Apresenta uma funcionalidade e irá dá origem para estruturas renais importantes, como os glomérulos – os ductos mesonéfricos vão caminhando e se alongando, se ramificando – com isso, vão surgir também os túbulos mesonéfricos que vão desembocar nos ductos mesonéfricos ➔ região central de filtração renal. Ocorre a degeneração dos mesonefrons e das estruturas que estão ao redor dos túbulos e dos ductos, ao final da 12ª semana. Apenas o metanefrons (estrutura mais distal, mais próxima da cloaca) se desenvolve para dá origem ao rim funcional. - Derivados dos ductos e túbulos mesonéfricos: além das estruturas renais vão acompanhar depois o metanéfrico e o sistema reprodutor masculino como o ducto do epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e vesícula seminal, os dúctulos eferentes do testículo e o paradídimo. No caso do sexo feminino, há origem do apêndice vesiculoso que apresentam estruturas que não tem tanta relevância funcional. 3) Metanefrons: rins primitivos, iram dá origem aos rins definitivos/final; tecido embrionário primitivo. Começa a se desenvolver a partir da 5ª semana, na porção distal da pelve. Terá deslocamento e mudança de posição renal, migra do retroperitôneo para uma porção mais cranial. A partir da 9ª – 10ª semana, inicia as funções. Além disso, a urina é um componente importante do líquido amniótico, onde a filtração glomerular já se inicia nesse período → produzindo líquido nessa urina inicial, compondo o líq. Amniótico. O rim permanente se desenvolve a partir de duas estruturas, o broto uretérico é derivado do divertículo metanéfrico e a outra porção do rim é originada do blastema metanefrogênico (é uma massa de células mesênquimais que se desenvolvem ao redor do broto uretérico, uma parte dos componentes renais irá vir do broto e outra do blastema). IMAGEM 1: O blastema metanefrogênico que se desenvolve na porção mais caudal do cordão nefrogênico e temos a entrada do broto urotérico e esse conjunto de ambos tecidos formará o primórdio do metanefro que dará origem ao rim definitivo/permanente. Após o desenvolvimento o rim irá para a porção mais cranial. IMAGEM 2: Estruturas do metanefrons; Broto uretérico que será derivado do ducto mesonéfrico - evaginação do ducto próximo a entrada da cloaca (porção distal). IMAGEM 3: O broto uretérico forma o ureter, além disso: o pelve renal, cálice maior e maior, os ductos coletores – tanto reto quanto arqueados. IMAGEM 4: O broto irá se ramificando invadindo a região do blastema e vai produzir tanto a pelve renal (inicialmente), como o cálice maior, menor e assim é ramificado e produzido os ductos coletores. O blastema metanefrogênico será derivado da parte caudal do cordão nefrogênico. Em que na parte mais distal, há um conjunto de células que iram esse aglomerado, envolvendo a evaginação do broto uretérico → formando a parte funcional de filtração do rim, contendo os néfrons (derivados do blastema metanefrogênico) e então juntos formam o metanefro que se desenvolvem no rim primitivo. O blastema envolve a região do broto uretérico dando origem aos túbulos de filtração do néfron. Também a cápsula de bawman como vai formar o glomérulo com a evaginação dos vasos. O broto uretérico irá se alongando ao longo do desenvolvimento fetal e penetra cada vez mais e se ramificando. Inicialmente apresenta duas ramificações menores, como: o cálice maior – aumeta de tamanho e ramificando mais, surgindo o cálice menor e após isso a presença dos túbulos coletores retos (saem no cálice menor e se juntam diversos túbulos coletores em um cálice menor e 2-3 cálice menores se juntam formando um cálice maior e após isso pelve renal e ureter) e na sequência os arqueados (recebe o túbulo contorcido distal – a parte final do néfron – caminha em direção à pelve renal) → a parte cranial do broto sofre diversas ramificações para dá origem aos túbulos coletores. IMAGEM 5: O túbulo coletor reto que é essa parte mais central, que irá ter diversas ramificações (como, os: túbulos coletores arqueados e na sequência há conexão com o restante do néfron que será originado da vesícula metanéfrica – aglomerado de células originada do blastema). O componente renal apresenta a parte mais coletora final e a macroscópica que será originada do broto uretérico, a porção microscópica de filtração compõe o parênquima renal será originado do blasfema. Os cálices maiores são a união das 4 primeiras porções dos ductos coletores; No início do desenvolvimento embrionário as primeiras porções, vão aumentar de tamanho e se unir para dá origem a esses cálices maiores. Os cálices menores serão originados das quatro segundas gerações de túbulos coletores, também aumentam e se unem. Crescimento mascroscópico tem-se do ureter em direção ao coletor. Inicia com uma estrutura maior que dá origem ao ureter formando um aglomerado de células que se torna pelve renal; após isso tem-se a união formando o cálice maior na sequência a segunda geração vão formar os cálices menores que iram se ramificar dando origem aos túbulos coletores retos que formaram os arqueados → penetrando no blasfema metanefrogênico, dando origem a parte mais cortical – funcional do rim permanente do adulto. As extremidades e cada túbulo coletor arqueado terá uma união, com o desenvolvimento das células que serão a partir das vesículas metanéfricas – presente na ponta, ou seja, porção distal do túbulo coletor arqueado. Tal vesícula, dará origem aos túbulos metanéfricos após o desenvolvimento das vesículas dará origem ao restante dos túbulos de filtração do rim/néfron. Os túbulos metanéfricos são células mesenquimais que se transformaram em células epiteliais para dá origem as estruturas tubulares – parte epitelial do néfron; A extremidade proximal do túbulo será invaginada pelos vasos dos glomérulos (capilar aferente, eferente) formando essa cápsula de Bowman → recebe o filtrado inicial. Na sequência originam outras estruturas, como: IMAGEM 6: A parte mais proximal do túbulo metanéfrico é invadido pelo vaso formando o glomérulo (cápsula + vasos); na sequência há túbulos. 1. Túbulo contorcido proximal: a cápsula já está formada, recebeu os vasos – primeira parte do recebimento da urina será nesse túbulo após isso será formado a alça de Henle (do néfron) que irá em direção a região medular e depois retorna para a regiçao URETER → COLETOR → PELVE RENAL → CÁLICE MAIOR → CÁLICES MENORES → TÚBULOS COLETORES RETOS → TÚBULOS COLETORES ARQUEADOS → REGIÃO CORTICAL DO RIM cortical através do túbulo contorcido distal – desagua e faz a união com o túbulo coletor arqueado que está muito próximo a formar o túbulo coletor reto. Após o desenvolvimento, irá origem ao néfron. Osentido de drenagem da urina é contrário ao sentido de desenvolvimento embriogênico. - Túbulo urinífero: conjunto do néfron (origem blastema) + os túbulos coletores (origem broto uretérico); vão se unir na altura do túbulo coletor arqueado – permite a filtração do sangue, com o mecanismo de absorção e excreção de substâncias ao longo dos túbulos renais. Na sequência o túbulo coletor irá fazer a drenagem dessa urina madura em direção à bexiga através dos ureteres. Até a 36ª semana, o número de néfrons aumenta em quantidade e após o nascimento esse néfrons sofrem uma hiperplasia e um aumento na sua capacidade de filtração. Quando a criança nasce tem cerca de 2 milhões de néfrons mas não são todos que são funcionantes, tendo que crescer de tamanho e aumentar sua capacidade de filtração → ao longo dos primeiros anos de vida. - Rins fetais: divididos em lobos; que iram desaparecer até o final do primeiro ano de vida, devido ao aumento no tamanho dos rins → por conta do alongamento dos túbulos contorcidos próximas e pelo aumento do tecido intersticial em volta dos néfrons. A maturação funcional aumenta a taxa de filtração pós nascimento. Além de apresentar uma reserva renal já que não são todos os néfrons utilizados da filtração glomerular e eventualmente caso um paciente apresente insuficiência renal aguda ele consegue recrutar outros néfrons para manter a taxa de filtração glomerular de forma adequada. - Ureteres: ➢ Semana 13: do ovário, tuba uterina e útero. ➢ Semana 14: formação e diferenciação gonadal e gametogênese. - Desenvolvimento das gônadas: o sexo cromossômico é determinado pelo tipo de cromossomo em que ele carrega, X ou Y. Se for X, será sexo feminino → O oócito (óvulo da mãe) sempre carrega o cromossomo X. Se o espermatozoide carregar o cromossomo X – será feminino, se for o cromossomo Y – será masculino. Nos estágios iniciais são indiferenciados, com a presença da gônada primitiva. Apenas a partir da 7ª semana começa a diferenciação. A gônada busca o testículo para se desenvolver, onde produz espermatozóides. Ou então, vai produzir os ovários que produzem os oócitos (cél. germinativa final do sexo feminino). As gônadas são derivadas de três fontes/tecidos/regiões que iram se unir para dá origem a gônada primitiva. A primeira porção será originada do mesotélio vindo do epitélio mesodérmico revestindo a parede abdominal posterior ➔ parte inicial da gônada indiferenciada. Composto pelo mesênquima subjacente que é a estrutura que entremeia o mesotélio, recebe as células germinativas (são os precursores, indiferenciadas que dão origem aos espermatozóides e aos oócitos) primordiais que vão migrar próximo da vesícula umbilical em direção a região que irá da origem a gônada. TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL ➔ ALÇA DE HENLE (DO NÉFRON) ➔ TÚBULO CONTORCIDO DISTAL ➔ TÚBULO COLETOR ARQUEADO ➔ TÚBULO COLETOR RETO TÚBULO COLETOR RETO ➔ CÁLICE MENOR ➔ CÁLICE MAIOR ➔ PELVE RENAL ➔ URETER Então a gônada indiferenciada, começa seu desenvolvimento a partir da 5ª semana devido ao espessamento do mesotélio no lado medial do mesonefro (2ª parte do desenvolvimento renal). Mesotélio começa a se espessar e irá se unir com o mesênquima subjacente se unindo com a crista gonadal (duas – vão receber as células primordiais para compor essa estrutura da gônada), além disso há o surgimento de cordões gonodais que é o epitélio digitiforme que dá origem a diversas estruturas importantes no testículo. A gônada indiferenciada apresenta uma estrutura mais interna chamada de medula e uma mais interna chamada de córtex. Nesse estágio de desenvolvimento embrionário não se sabe se será do sexo masculino ou feminino. Com o estímulo hormonal ou ausência do estímulo, a gônada indiferenciada irá caminhar para sentidos diferentes. Caso o sexo cromossômico seja XX, tem-se origem ao sexo feminino – a gônada indiferenciada há involução da região da medula e o córtex dessa gônada irá se proliferar e se desenvolver dando origem ao ovário. Se o espermatozóide carregou um cromossomo Y, ou seja, um indivíduo do sexo masculino será ao contrário – onde a região medular parte interna irá se desenvolver e crescer dando origem ao testículo, quanto ao córtex regride. - Células germinativas primordiais: são células sexuais grnades e esféricas dando origem aos espermatozóides e aos oócitos – ovário. Após 24 dias de desenvolvimento embrionário então é bem precoce a migração das células que vem a partir da base da vesícula umbilical iram migrar através dessa região mais posterior e iram alcançar a crista gonodal. Esse migramento, será através do mesentério dorsal do intestino posterior para as cristas gonadais. As células germinativas primordiais (são envolvidas pelo mesotélio e mesênquima da região – formando a gônada indiferenciada) migram da região da vesícula umbilical e vão passar pelo mesentélio dorsal até alcançar a crista gonodal de ambos os lados. A migração é regulada ou estimulada por 3 genes: stella, fragilis e BMP-4. Para que a gônada seja no ponto de vista funcional normal. Caso a gônada indiferenciada se desenvolvam sem a migração precoce, terá uma gônada que não irá produzir espermatozóide e nem oócito. Na 6ª semana, há incorporação das células germinativas primordiais aos cordões gonadais em que a partir da 7ª semana inicia o caminho de diferenciação para o sexo masculino ou feminino. - Determinação do sexo Cromossomo X- produção do ovário; Presença de dois cromossomos X – um da mãe e um do espermatozóide. Apresenta vários genes envolvidos para determinar o surgimento do sexo. Não há o fator determinante de testículos (FDT), estimula que a gônada indiferenciada caminhe para que se diferencie, p/ amadurecer em ovários apenas a partir da 12ª semana. Além disso, há ausência dos hormônios sexuais masculinos Cromosso Y – produção de testículo. Presença do cromossomo Y funcional que apresenta o gene chamado SRY → determina a produção de um fator importante para a diferenciação do testículo = fator determinante de testículos. Além disso, esse fator estimula a diferenciação dos cordões gonadais em cordões seminíferos (primórdio dos túbulos seminíferos – presença das células germinativas). A diferenciação sexual masculina é controlada por hormônios: testosterona, di-hidrotestosterona e hormônio antimulleriano (o sexo feminino não precisa de estímulo hormonal para acontecer). ➢ Semana 15: somitos, miótomos e esclerótomo. - Desenvolvimento do esqueleto axial: a origem deste sistema, assim como a derme da pele, ocorre a partir do mesoderma paraxial que forma os somitos subdivididos em somitômeros. O somitômero que origina o sistema esquelético é denominado esclerótomo. - Esclerótomo: a partir do somito recém-formado que se constitui de um bloco de células mesenquimais, começa a surgir na região central uma cavidade. Esta cavidade é ocupada por uma população de células dispostas frouxamente. Localizado na parede ventromedial do somito. Irá constituir as vértebras da coluna e as costelas e passam a formar blocos separados por tecido mesenquimal de menor densidade onde se diferenciam nas vértebras. A parte caudal de cada esclerótomo é mais compacta que a parte cefálica e a parte mais densa do esclerótomo originará o disco intervertebral. O crescimento do esclerótomo, no sentido: 1) Dorsal: origina os arcos vertebrais – serão formados ao redor do tubo neural. 2) Ventrolateral: origina as costelas. 3) Ventral: origina os corpos vertebrais. Essas células migram e se dispõem em torno do tubo neural e da notocorda – origem da coluna vertebral. Da notocorda, irá surgir o núcleo pulposo, localizado no interiorde um anel formado de cartilagem fibrosa. Da parte condensada das células mesenquimais localizada na região lateral às vértebras torácicas serão originadas as costelas. Em consequência do rearranjo dos somitos para formar as vértebras, a parte proximal da costela se originará a partir da região central do esclerótomo. A parte mais distal da costela se originará da porção lateral do somito cranial. Inicialmente as costelas são formadas de cartilagem, e somente iniciam a sua ossificação a partir da 6ª semana de desenvolvimento embrionário. Quando ocorre união entre o processo costal e a vértebra, a articulação sinovial é estabelecida. Nem todos os ossos se formam a partir desse processo: - Desenvolvimento dos músculos da coluna vertebral e tronco ➔ Nos somitômeros existe uma faixa tecidual chamada miótomo, que se localiza na parte ventral do somito. Assim, enquanto a parte dorsal forma o dermátomo que origina a derme, o miótomo se subdivide em dois conjuntos de células: o epímero situado na parte dorsal e o hipômero na região ventral. O epímero, origina os músculos extensores da coluna vertebral (ilocostal torácico, longuíssimo dorsal, espinhal torácico e ilocostal lombar); Já o hipômero, se segmenta em três camadas localizadas na região torácica e na região abdominal. A camada torácica dará origem aos músculos intercostais internos e externos e o músculo transverso. A camada abdominal origina os músculos oblíquos externo e interno e o músculo transverso. Outros músculos corporais acabam se formando a partir da migração de células do hipômero para a parede ventral do corpo, como o escaleno, o gênio hioideo e a musculatura infra hioidea. No abdômen estas células dão origem ao músculo reto abdominal. - Desenvolvimento do esqueleto apendicular: quando está finalizando a 4ª semana de desenvolvimento, os brotos dos membros começam a aparecer no embrião. Eles ainda são apenas excrescências da parede ventrolateral do corpo. Esses brotos possuem regiões: 1) Central → responsável pela formação dos ossos e tecido conjuntivo do membro, que será recoberta por uma camada de células ectodérmicas com o formato cubóide; 2) Distal → forma a chamada cista ectodérmica apical que age sobre as células mesenquimais vizinhas fazendo com que estas fiquem indiferenciadas e tenham capacidade de proliferação rápida. Esta área do órgão é chamada de zona de progresso. Nos embriões com 6 semanas de desenvolvimento, a parte terminal dos brotos começa a se tornar achatada e forma as palmas das mãos e as plantas dos pés. Os dedos das mãos e pés são formados por apoptose das linhagens celulares interdigitais. - Ossificação esquelética: Na 6ª semana de desenvolvimento embrionário, surgem quatro locais de condrogênese (centros de formação de tecido cartilaginoso). Estão localizados em duas regiões distintas, que se fundem, formando os processos espinhosos e transversos, que darão origem, inicialmente, a uma coluna vertebral cartilaginosa. A partir daí os ossos passarão pelo processo de ossificação do período embrionário até o período pós-natal. A troca de um esqueleto membranoso e cartilaginoso por um esqueleto ósseo denomina-se maturação esquelética. Existem 5 períodos e maturação esquelética, que são: 1) Período embrionário → a clavícula é o primeiro osso a começar o processo de ossificação. Também começam a se ossificar a mandíbula, maxilar, úmero, rádio, cúbito, fêmur e tíbia. 2) Período fetal → os ossos da escápula, ilíaco, falange distais da mão e determinados ossos da cabeça começam a se ossificar. A ossificação da maior parte dos ossos cranianos e as diáfises, arcos neurais e centros vertebrais só vão se ossificar no período que antecede o nascimento (pré- natal). Os ossos calcâneos, tallus, cubóide, extremo distal do fêmur e proximal da tíbia, e a cabeça do úmero só vão se ossificar um pouco antes do nascimento. 3) Período pós nascimento → quase todas as extremidades começam a se ossificar. 4) Período da adolescência → a maioria dos centros secundários de ossificação das vértebras, costelas, clavículas e ossos do qual começam a se ossificar. As fusões entre os centros epifisários e diafisiários ocorrem geralmente entre os 20 e 30 anos. Este processo ocorre antes nas mulheres do que nos homens. 5) Período de adulto jovem: as suturas do crânio começam a se fechar. ➢ Semana 16: craniossinostoses e a embriogênese das fontanelas. - Craniossinostoses ➔ também e chamado de criostenose ou estenose cranifacial, ou seja, junção prematura das suturas craniais – o crânio não cresce perpendicularmente à essa sutura, alteração das proporções normais. Ligada à fatores genéticos, síndromes e fatores externos: 1) Fatores externos: Tamanho da pelve e do feto, posicionamento fetal, uso de fórceps, qualidade do líquido amniótico, também é associada à posição de sono do bebê. 2) Bebês prematuros ou pós-termo tendem a apresentar mais. 3) Mais presente em meninos, se supõe que pelo maior perímetro cefálico. Classificação pelas suturas afetadas: • Escafocelafia → estenose prematura da sutura sagital; forma mais comum, apresenta crânio alongado e pode ter ocorrência de hidrocefalia. • Plagiocefalia → estenose prematura unilateral da sutura coronal ou lambdoide; Causa um crescimento compensatório do lado oposto, segunda forma mais frequente. Além disso, pode ter caráter posicional no sono, durante o trabalho de parto e no útero. • Braquicefalia → crânio largo em relação ao seu comprimento; Estenose das duas suturas coronais, e crescimento compensatório das fossas temporais, podendo causar hipodesenvolvimento da maxila e exoftalmia. • Trigonocefalia → estenose precoce da sutura metópica; presença de um crânio com forma da fronte triangular e pode apresentar hipotelorismo. • Turricefalia → ocorre devido a sinostosis lambdóide bilateral, ambas as orelhas são deslocadas para frente e para baixo. Ao contrário da borda palpável das sinostosis sagital ou coronal, pode- se sentir uma fenda ao longo da sinostosis da sutura lamboidea. • Crânio em folha de trevo → estenose das suturas coronais e lambdóideas; crânio trilobado com exorbitismo e hipertelorismo, podendo estar associada com hidrocefalia e acondroplasia. • Oxicefalia → várias suturas simultaneamente e assume forma cônica. Mais comum na África, podendo levar ao retardo e hipertensão intracraniana. Associado à Síndrome de Carpenter e Apert. - Embriogênese das fontanelas ➔ os ossos do crânio originam-se do mesênquima em torno do encéfalo embrionário e a ossificação desses ossos se faz por via intramembranosa ou endocondral. O que é uma característica exclusiva do crânio, pois com exceção da clavícula, todos os ossos do restante do corpo apresentam ossificação endocondral. Durante o desenvolvimento fetal e na infância, os ossos do crânio estão separados por tecido fibroso, não se tocam completamente, além de existir seis áreas grandes de tecido conjuntivo membranáceo que cobrem o espaço entre os ossos em desenvolvimendo. Essas folhas membranáceas são denominadas fontanelas ou fonticulos (conhecidas popularmente por moleira). Uma função muito importante das fontanelas é de auxiliar a passagem do bebê pelo canal de parto, pois permitem que o crânio possa ser comprimido através de cavalgamento dos ossos entre si, além de permitir o crescimento craniofacial. As fontanelas são assim divididas: duas ímpares, uma anterior (fontanela bregmática) e uma posterior (fontanela lambdóidea), situadas na linha mediana; e duas pares, as fontanelas ântero-lateral (ptérica ou esfenoidal) e, póstero-lateral (astérica ou mastoidea). A fontanela anterior é a maiordo crânio e pode ser palpados na criança, com facilidade até os dois anos de idade, quando em geral se ossifica, tem a forma de diamante, estrela ou losango e mede cerca de 4 cm no seu diâmetro ântero-posterior e 2,5 cm no transverso, é localizada no ponto de encontro das suturas sagital, coronal e frontal. A fontanela posterior tem formato triangular e está situado no ponto de encontro das suturas sagital e lambdóide, se fecha em 8 a 12 meses após o nascimento e tem em média, de 0,5 a 1 cm no seu diâmetro maior. As fontanelas esfenoidal e mastoidea são pequenas e de forma irregular. A palpação das fontanelas durante a infância permite a identificação do progresso do crescimento dos ossos frontal e parietais, do grau de hidratação do recém-nascido, além do nível de pressão intracraniana. Até o fechamento das fontanelas é necessário tratar com cuidado a cabeça do bebê, entretanto as fontanelas são compostas por tecidos flexíveis e resistentes, que tornam o crânio do bebê capaz de amortizar melhor eventuais choques, diferentemente dos adultos. As fontanelas devem parecer firmes e se curvar levemente para dentro ao toque, uma fontanela tensa ou protuberante ocorre quando há aumento de líquido no cérebro ou quando esta incha, causando pressão aumentada dentro do crânio, quando está perceptivelmente afundada é um sinal de que o bebê não tem líquido suficiente no corpo. O crânio de um recém-nascido é desproporcionalmente grande quando comparado com outras partes do esqueleto, entretanto o esqueleto da face é pequeno quando comparado com a calvária, devido sobretudo às condições rudimentares da maxila e da mandíbula, estas mudanças são mais marcantes após a segunda dentição. ➢ Semana 17: líquido amniótico e desenvolvimento muscular e esquelético. O líquido amniótico (LA) desempenha papel de grande importância no desenvolver da gestação, por propiciar diversos benefícios fetais. Já é grande o conhecimento acerca de algumas de suas importantes funções, como a de amortizar o ambiente fetal contra traumas, e suas propriedades antibacterianas.1 Soma-se a isso o fato de um volume satisfatório de líquido amniótico ser necessário para a movimentação fetal e, assim, um adequado desenvolvimento do sistema músculo- esquelético, gastro-intestinal e pulmonar,2 bem como para a integridade das membranas corio-amnióticas, evitando a formação de bridas e as malformações fetais consequentes.
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