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EMBRIOLOGIA - PROVA PRÁTICA 1

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➢ Semana 9: hipotálamo e hipófise . 
- Glândula hipofisária (hipo=baixo + 
physis=crescer) ou pituitária: glândula que 
cresce abaixo do encéfalo. 
Divisão em duas partes: porção + 
anterior é adeno-hipófise e uma porção + 
posterior que é a neuro-hipófise. 
Terceira semana de gestação ➔ 
Gastrulação é um processo que inicia a 
morfogênese (formação dos tecidos e 
órgãos), originados de três discos 
germinativos – ectodermo [SNC e SNP; 
atenção: a neuro (neuroectodérmica, 
formação do tubo neural também) e adeno 
hipófise apresenta origem ectodérmica], 
mesodermo (revestimentos epiteliais do trato 
respiratório e digestivo) e endodermo 
(formação dos músculos tanto liso quanto 
esquelético, revestimento das células 
sanguíneas). 
Adeno-hipófise ➔ ocorre (projeção da 
membrana celular para fora, vai para o meio 
externo); origem na porção superior da boca 
primitiva que posteriormente irá formar a 
cavidade bucal (ou bolsa de Ratkle); 
 
Neuro-hipófise ➔ ocorre invaginação 
(membrana celular se projeta para o meio 
interno); origem no assoalho do encéfalo, 
porção caudal; 
 
Aproximadamente na 3ª semana, a 
boca primitiva/bolsa de rathke realiza 
evaginação. Na 5ª semana, ocorre a 
agregação do infundíbulo/divertículo neuro-
hipofisário com a boca primitiva/bolsa rathke. 
Entre a 6ª e 8ª semana ocorre o processo 
chamado de apoptose (morte celular 
programada), a adeno-hipóse se separa. 
 
Na 4ª semana acontece a 
invaginação, levando o assoalho do 
encéfalo para uma projeção para porção 
interior. Na 5ª semana ele já está pré-formado 
(o infundíbulo) e entre a 6ª e 8ª semana há 
uma especialização celular. 
 
➢ Semana 10: tireoide e paratireoide - 
forame cego. 
- Tireoide: 
Se desenvolve na região da faringe 
primitiva a partir do aparelho faríngeo 
(composto pelos arcos, bolsas, sucos e 
membranas faríngeas). 
Começa no 24ª dia, é a primeira 
glândula a se desenvolver como um 
espessamento endodérmico no assoalho da 
faringe primitiva. Esse aglomerado de células 
é denominado divertículo da tireoide que fica 
na extremidade do forame cego (estrutura 
que faz parte da língua). 
Esse início de desenvolvimento da 
tireoide ocorre em íntima associação com o 
desenvolvimento da língua. O 4° par de 
bolsas faríngeas é responsável por formar o 
corpo ultimofaringeo. O divertículo da 
tireoide vai crescendo e se torna uma 
estrutura alongada. 
Com o crescimento do embrião e da 
língua, a tireoide desce pelo pescoço, mas 
permanece conectado a língua pelo ducto 
tireoglosso. 
Na 5ª semana, o ducto tireoglosso se 
degenera. Com isso a tireoide se divide em 2 
lobos conectados por um istmo. 
Na 7ª semana, a tireoide alcança sua 
posição definitiva. 
 
- Paratireoide: 
Derivada totalmente das bolsas 
faríngeas (3º e 4º). 
EMBRIOLOGIA – PROVA PRÁTICA (11/06) 
Izadora dias de Souza – MED33 
A partir da 3º forma-se o par inferior e 
da 4ª forma-se o par superior. 
 
- Adrenal/Suprarrenais: 
O córtex origina-se a partir do 
mesênquima. 
A medula origina-se a partir de um 
gânglio simpático formado por células que 
vieram da crista neural. 
As adrenais formam na região onde as 
glândulas estão se formando. 
Na 6ª semana forma-se um córtex 
embrionário formado a partir de 
mesênquima. Logo em seguida um 
aglomerado pelo córtex. Ao mesmo tempo, o 
córtex permanente se desenvolve 
externamente. Isso segue até o nascimento. 
No nascimento nós temos medula, 
grande porção do córtex fetal e 2 zonas 
diferenciadas. A partir de 1 ano, o córtex fetal 
começa diminuir. 
Somente com 1 ano é que o córtex 
fetal está totalmente desaparecido e ficam 2 
zonas de córtex permanente. 
No adulto temos as 3 zonas do córtex 
permanentemente. As glândulas suprarrenais 
do feto são de 10 a 20 vezes maiores que as 
glândulas dos adultos porque elas produzem 
precursores esteroides usados pela placenta 
para síntese de estrógeno. 
 
➢ Semana 11: pâncreas. 
 
- Intestino primitivo: divido em intestino 
anterior (local onde vai surgir o pâncreas), 
médio e posterior. 
No intestino anterior, na porção caudal 
surge o pâncreas. Na frente (anteriormente) 
do intestino surge um broto pancreático 
ventral é menor – ou seja, será necessário em 
uma porção menor na formação do 
pâncreas- e apresenta um por trás 
(posteriormente) que é o broto pancreático 
dorsal. 
[5ª SEMANA] No endoderma do 
intestino anterior, apresenta células 
endodérmicas que são bipotenciais. Na 
porção caudal existe essas células que 
quando estimuladas podem se diferenciar, 
em divertículo hepático (fígado – necessita 
do fator de crescimento de fibroblasto, 
chamado de FGF tipo II que é produzido pelo 
coração durante seu desenvolvimento) ou 
nos brotos (caso tenha secreção do FGF tipo 
II, secretado pela notocorda iram formar 
provavelmente o dorso pancreático dorsal 
pois o ventral talvez se desenvolva 
juntamente com o divertículo hepático ou 
através do PDX1). 
[6ª SEMANA] Até esse momento, o 
pâncreas não está posicionado no local 
correto. Por conta disso, após essa formação 
o estômago gira, o duodeno, mudam de 
posição e a porção ventral irá para o lado 
direito e passa por trás do duodeno unindo-se 
embaixo do broto pancreático dorsal que se 
moveu para esquerda. Formando assim, o 
processo uncinado e a parte inferior se torna 
a cabeça do pâncreas ➔ Posicionamento 
retroperitoneal do pâncreas. 
Com essa rotação do broto 
pancreático dorsal, também modifica a 
posição da abertura biliar onde o ducto biliar 
comum acaba indo para o lado esquerdo – 
antes estava na porção ventral. 
[7ª SEMANA] Junção/Fusão dos ductos 
de cada broto pancreático (ducto 
pancreático dorsal + ventral na porção distal) 
➔ Ducto pancreático principal ou de 
Wirsung, se une ao colédoco e desemboca 
na papila duodenal maior. 
O ducto pancreático ventral porção 
proximal regride de tamanho, podendo 
desaparecer mas caso persista será o ducto 
acessório ou de Santorini, desemboca na 
papila duodenal menor. 
- Anomalias: 
1. Pâncreas anular (formando um 
anel)➔ Broto pancreático ventral antes de 
fundir com o dorsal se bifurcou – indo uma por 
trás e outra pela frente, “abraçando” o 
duodeno e formando um anel em torno dele. 
Inicialmente não ocorre nada, porém 
caso esse pâncreas inflame pode obstruir o 
duodeno. Mas tem casos em que essa 
obstrução extrínseca duodenal ocorre des do 
período embrionário – comprometimento da 
função do intestino delgado, da via biliar e 
pancreática e da passagem de alimento, 
gerando retorno e acúmulo do alimento 
(necessário intervenção cirúrgica). 
 
 
➢ Semana 12: sistema urinário. 
- Sistema urogenital: 
Divisão em sistema urinário e genital; 
íntima relação durante o desenvolvimento 
embrionário, nas fases inicias apresentam a 
mesma origem terá a separação do tubo 
digestivo e do seio genital através do septo 
uroreta. Após essa separação, o seio 
urogenital começa a se dividir nos dois 
sistemas, porém apresentam uma íntima 
relação durante seu desenvolvimento. 
Origem: Mesênquima intermediário 
(derivado da parede corporal dorsal - 
posterior do embrião; ocorre durante o 
dobramento horizontal que ocorre nas 
primeiras semanas. Em que o mesênquima vai 
ser movido ventralmente, se separando dos 
primórdios do sistema neurológico (se 
permanece dorsal) e perde sua conexão 
com os somitos. 
Após isso, terá a formação da crista 
urogenital que dá origem ao cordão 
nefrogênico → dá origem as estruturas do 
sistema urinário; e a crista neural → dá origem 
as estruturas do sistema reprodutor. 
As vias de sinalização para a formação 
da crista urogenital são através do supressor 
de tumor de Wilms 1 (WT1), o fator 
esteroidogênico 1 e o DAX 1. 
O desenvolvimento do sistema urinário 
(rins, ureteres, bexiga urinária e a uretra) 
começa antes do sistema genital. 
 
- Rins: desenvolvimento ocorre através de 3 
conjuntosde rins sucessivos até o surgimento 
do rim definitivo. 
1) Pronefrons: rim rudimentar, sem função, 
apenas uma face inicial que irá degenerar. 
Surge a partir da 4ª semana em 
desenvolvimento, por ser uma estrutura 
transitória estará localizada na porção 
cervical (alta) do embrião. 
Os ductos pronéfricos percorrem 
caudalmente e desembocam na cloaca. Há 
degeneração do pronefrons mas os ductos 
persistem e vão continuar junto com os 
mesonefrons. 
 
2) Mesonefrons: apresentam função de 
filtração do sangue, porém por um curto 
período cerca de 4 semanas no período 
embriogênico. 
Vai surgir a partir da 4ª semana, é uma 
estrutura grande (ocupa uma boa parte do 
embrião), se encaminha pra uma porção 
caudal e desembocam também na cloaca 
(REGIÃO FINAL COMUM DO INÍCIIO DA 
EMBRIOGÊNESE, O SEPTO IRÁ SEPARAR O 
TECIDO EM QUE VAI SE DESENVOLVER EM 
URINÁRIO E GENITAL, OU TECIDO DIGESTIVO), 
além de estruturas como o alantóide. 
Apresenta uma funcionalidade e irá dá 
origem para estruturas renais importantes, 
como os glomérulos – os ductos mesonéfricos 
vão caminhando e se alongando, se 
ramificando – com isso, vão surgir também os 
túbulos mesonéfricos que vão desembocar 
nos ductos mesonéfricos ➔ região central de 
filtração renal. 
Ocorre a degeneração dos 
mesonefrons e das estruturas que estão ao 
redor dos túbulos e dos ductos, ao final da 12ª 
semana. Apenas o metanefrons (estrutura 
mais distal, mais próxima da cloaca) se 
desenvolve para dá origem ao rim funcional. 
- Derivados dos ductos e túbulos 
mesonéfricos: além das estruturas renais vão 
acompanhar depois o metanéfrico e o 
sistema reprodutor masculino como o ducto 
do epidídimo, ducto deferente, ducto 
ejaculatório e vesícula seminal, os dúctulos 
eferentes do testículo e o paradídimo. No 
caso do sexo feminino, há origem do 
apêndice vesiculoso que apresentam 
estruturas que não tem tanta relevância 
funcional. 
 
3) Metanefrons: rins primitivos, iram dá origem 
aos rins definitivos/final; tecido embrionário 
primitivo. 
Começa a se desenvolver a partir da 
5ª semana, na porção distal da pelve. Terá 
deslocamento e mudança de posição renal, 
migra do retroperitôneo para uma porção 
mais cranial. 
A partir da 9ª – 10ª semana, inicia as 
funções. Além disso, a urina é um 
componente importante do líquido 
amniótico, onde a filtração glomerular já se 
inicia nesse período → produzindo líquido 
nessa urina inicial, compondo o líq. 
Amniótico. 
O rim permanente se desenvolve a 
partir de duas estruturas, o broto uretérico é 
derivado do divertículo metanéfrico e a outra 
porção do rim é originada do blastema 
metanefrogênico (é uma massa de células 
mesênquimais que se desenvolvem ao redor 
do broto uretérico, uma parte dos 
componentes renais irá vir do broto e outra do 
blastema). 
IMAGEM 1: O blastema 
metanefrogênico que se desenvolve na 
porção mais caudal do cordão nefrogênico e 
temos a entrada do broto urotérico e esse 
conjunto de ambos tecidos formará o 
primórdio do metanefro que dará origem ao 
rim definitivo/permanente. Após o 
desenvolvimento o rim irá para a porção mais 
cranial. 
IMAGEM 2: Estruturas do metanefrons; 
Broto uretérico que será derivado do ducto 
mesonéfrico - evaginação do ducto próximo 
a entrada da cloaca (porção distal). 
IMAGEM 3: O broto uretérico forma o 
ureter, além disso: o pelve renal, cálice maior 
e maior, os ductos coletores – tanto reto 
quanto arqueados. 
IMAGEM 4: O broto irá se ramificando 
invadindo a região do blastema e vai produzir 
tanto a pelve renal (inicialmente), como o 
cálice maior, menor e assim é ramificado e 
produzido os ductos coletores. 
O blastema metanefrogênico será 
derivado da parte caudal do cordão 
nefrogênico. Em que na parte mais distal, há 
um conjunto de células que iram esse 
aglomerado, envolvendo a evaginação do 
broto uretérico → formando a parte funcional 
de filtração do rim, contendo os néfrons 
(derivados do blastema metanefrogênico) e 
então juntos formam o metanefro que se 
desenvolvem no rim primitivo. 
O blastema envolve a região do broto 
uretérico dando origem aos túbulos de 
filtração do néfron. Também a cápsula de 
bawman como vai formar o glomérulo com a 
evaginação dos vasos. 
O broto uretérico irá se alongando ao 
longo do desenvolvimento fetal e penetra 
cada vez mais e se ramificando. Inicialmente 
apresenta duas ramificações menores, como: 
o cálice maior – aumeta de tamanho e 
ramificando mais, surgindo o cálice menor e 
após isso a presença dos túbulos coletores 
retos (saem no cálice menor e se juntam 
diversos túbulos coletores em um cálice 
menor e 2-3 cálice menores se juntam 
formando um cálice maior e após isso pelve 
renal e ureter) e na sequência os arqueados 
(recebe o túbulo contorcido distal – a parte 
final do néfron – caminha em direção à pelve 
renal) → a parte cranial do broto sofre 
diversas ramificações para dá origem aos 
túbulos coletores. 
IMAGEM 5: O túbulo coletor reto que é 
essa parte mais central, que irá ter diversas 
ramificações (como, os: túbulos coletores 
arqueados e na sequência há conexão com 
o restante do néfron que será originado da 
vesícula metanéfrica – aglomerado de 
células originada do blastema). O 
componente renal apresenta a parte mais 
coletora final e a macroscópica que será 
originada do broto uretérico, a porção 
microscópica de filtração compõe o 
parênquima renal será originado do 
blasfema. 
Os cálices maiores são a união das 4 
primeiras porções dos ductos coletores; No 
início do desenvolvimento embrionário as 
primeiras porções, vão aumentar de 
tamanho e se unir para dá origem a esses 
cálices maiores. 
Os cálices menores serão originados 
das quatro segundas gerações de túbulos 
coletores, também aumentam e se unem. 
Crescimento mascroscópico tem-se do 
ureter em direção ao coletor. Inicia com uma 
estrutura maior que dá origem ao ureter 
formando um aglomerado de células que se 
torna pelve renal; após isso tem-se a união 
formando o cálice maior na sequência a 
segunda geração vão formar os cálices 
menores que iram se ramificar dando origem 
aos túbulos coletores retos que formaram os 
arqueados → penetrando no blasfema 
metanefrogênico, dando origem a parte mais 
cortical – funcional do rim permanente do 
adulto. 
 
 
 
 
 
 
As extremidades e cada túbulo coletor 
arqueado terá uma união, com o 
desenvolvimento das células que serão a 
partir das vesículas metanéfricas – presente 
na ponta, ou seja, porção distal do túbulo 
coletor arqueado. Tal vesícula, dará origem 
aos túbulos metanéfricos após o 
desenvolvimento das vesículas dará origem 
ao restante dos túbulos de filtração do 
rim/néfron. 
Os túbulos metanéfricos são células 
mesenquimais que se transformaram em 
células epiteliais para dá origem as estruturas 
tubulares – parte epitelial do néfron; A 
extremidade proximal do túbulo será 
invaginada pelos vasos dos glomérulos 
(capilar aferente, eferente) formando essa 
cápsula de Bowman → recebe o filtrado 
inicial. Na sequência originam outras 
estruturas, como: 
 
IMAGEM 6: A parte mais proximal do 
túbulo metanéfrico é invadido pelo vaso 
formando o glomérulo (cápsula + vasos); na 
sequência há túbulos. 
1. Túbulo contorcido proximal: a 
cápsula já está formada, recebeu os vasos – 
primeira parte do recebimento da urina será 
nesse túbulo após isso será formado a alça de 
Henle (do néfron) que irá em direção a região 
medular e depois retorna para a regiçao 
URETER → COLETOR → PELVE RENAL → 
CÁLICE MAIOR → CÁLICES MENORES → 
TÚBULOS COLETORES RETOS → TÚBULOS 
COLETORES ARQUEADOS → REGIÃO 
CORTICAL DO RIM 
cortical através do túbulo contorcido distal – 
desagua e faz a união com o túbulo coletor 
arqueado que está muito próximo a formar o 
túbulo coletor reto. 
 
 
 
 
 
Após o desenvolvimento, irá origem ao 
néfron. 
 
 
 
 
 Osentido de drenagem da urina é 
contrário ao sentido de desenvolvimento 
embriogênico. 
- Túbulo urinífero: conjunto do néfron 
(origem blastema) + os túbulos coletores 
(origem broto uretérico); vão se unir na altura 
do túbulo coletor arqueado – permite a 
filtração do sangue, com o mecanismo de 
absorção e excreção de substâncias ao 
longo dos túbulos renais. Na sequência o 
túbulo coletor irá fazer a drenagem dessa 
urina madura em direção à bexiga através 
dos ureteres. 
Até a 36ª semana, o número de néfrons 
aumenta em quantidade e após o 
nascimento esse néfrons sofrem uma 
hiperplasia e um aumento na sua 
capacidade de filtração. Quando a criança 
nasce tem cerca de 2 milhões de néfrons mas 
não são todos que são funcionantes, tendo 
que crescer de tamanho e aumentar sua 
capacidade de filtração → ao longo dos 
primeiros anos de vida. 
- Rins fetais: divididos em lobos; que 
iram desaparecer até o final do primeiro ano 
de vida, devido ao aumento no tamanho dos 
rins → por conta do alongamento dos túbulos 
contorcidos próximas e pelo aumento do 
tecido intersticial em volta dos néfrons. 
A maturação funcional aumenta a 
taxa de filtração pós nascimento. Além de 
apresentar uma reserva renal já que não são 
todos os néfrons utilizados da filtração 
glomerular e eventualmente caso um 
paciente apresente insuficiência renal aguda 
ele consegue recrutar outros néfrons para 
manter a taxa de filtração glomerular de 
forma adequada. 
 
- Ureteres: 
 
➢ Semana 13: do ovário, tuba uterina e 
útero. 
 
➢ Semana 14: formação e diferenciação 
gonadal e gametogênese. 
 
- Desenvolvimento das gônadas: o sexo 
cromossômico é determinado pelo tipo de 
cromossomo em que ele carrega, X ou Y. 
Se for X, será sexo feminino → O oócito 
(óvulo da mãe) sempre carrega o 
cromossomo X. Se o espermatozoide carregar 
o cromossomo X – será feminino, se for o 
cromossomo Y – será masculino. 
Nos estágios iniciais são 
indiferenciados, com a presença da gônada 
primitiva. Apenas a partir da 7ª semana 
começa a diferenciação. 
A gônada busca o testículo para se 
desenvolver, onde produz espermatozóides. 
Ou então, vai produzir os ovários que 
produzem os oócitos (cél. germinativa final do 
sexo feminino). 
As gônadas são derivadas de três 
fontes/tecidos/regiões que iram se unir para 
dá origem a gônada primitiva. A primeira 
porção será originada do mesotélio vindo do 
epitélio mesodérmico revestindo a parede 
abdominal posterior ➔ parte inicial da 
gônada indiferenciada. Composto pelo 
mesênquima subjacente que é a estrutura 
que entremeia o mesotélio, recebe as células 
germinativas (são os precursores, 
indiferenciadas que dão origem aos 
espermatozóides e aos oócitos) primordiais 
que vão migrar próximo da vesícula umbilical 
em direção a região que irá da origem a 
gônada. 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL ➔ ALÇA 
DE HENLE (DO NÉFRON) ➔ TÚBULO 
CONTORCIDO DISTAL ➔ TÚBULO COLETOR 
ARQUEADO ➔ TÚBULO COLETOR RETO 
TÚBULO COLETOR RETO ➔ CÁLICE MENOR ➔ 
CÁLICE MAIOR ➔ PELVE RENAL ➔ URETER 
Então a gônada indiferenciada, 
começa seu desenvolvimento a partir da 5ª 
semana devido ao espessamento do 
mesotélio no lado medial do mesonefro (2ª 
parte do desenvolvimento renal). 
Mesotélio começa a se espessar e irá 
se unir com o mesênquima subjacente se 
unindo com a crista gonadal (duas – vão 
receber as células primordiais para compor 
essa estrutura da gônada), além disso há o 
surgimento de cordões gonodais que é o 
epitélio digitiforme que dá origem a diversas 
estruturas importantes no testículo. A gônada 
indiferenciada apresenta uma estrutura mais 
interna chamada de medula e uma mais 
interna chamada de córtex. Nesse estágio de 
desenvolvimento embrionário não se sabe se 
será do sexo masculino ou feminino. 
Com o estímulo hormonal ou ausência 
do estímulo, a gônada indiferenciada irá 
caminhar para sentidos diferentes. Caso o 
sexo cromossômico seja XX, tem-se origem ao 
sexo feminino – a gônada indiferenciada há 
involução da região da medula e o córtex 
dessa gônada irá se proliferar e se 
desenvolver dando origem ao ovário. Se o 
espermatozóide carregou um cromossomo Y, 
ou seja, um indivíduo do sexo masculino será 
ao contrário – onde a região medular parte 
interna irá se desenvolver e crescer dando 
origem ao testículo, quanto ao córtex regride. 
 
- Células germinativas primordiais: são células 
sexuais grnades e esféricas dando origem aos 
espermatozóides e aos oócitos – ovário. Após 
24 dias de desenvolvimento embrionário 
então é bem precoce a migração das células 
que vem a partir da base da vesícula 
umbilical iram migrar através dessa região 
mais posterior e iram alcançar a crista 
gonodal. Esse migramento, será através do 
mesentério dorsal do intestino posterior para 
as cristas gonadais. As células germinativas 
primordiais (são envolvidas pelo mesotélio e 
mesênquima da região – formando a gônada 
indiferenciada) migram da região da vesícula 
umbilical e vão passar pelo mesentélio dorsal 
até alcançar a crista gonodal de ambos os 
lados. 
A migração é regulada ou estimulada 
por 3 genes: stella, fragilis e BMP-4. Para que 
a gônada seja no ponto de vista funcional 
normal. Caso a gônada indiferenciada se 
desenvolvam sem a migração precoce, terá 
uma gônada que não irá produzir 
espermatozóide e nem oócito. 
Na 6ª semana, há incorporação das 
células germinativas primordiais aos cordões 
gonadais em que a partir da 7ª semana inicia 
o caminho de diferenciação para o sexo 
masculino ou feminino. 
 
- Determinação do sexo 
Cromossomo X- produção do ovário; 
Presença de dois cromossomos X – um 
da mãe e um do espermatozóide. Apresenta 
vários genes envolvidos para determinar o 
surgimento do sexo. Não há o fator 
determinante de testículos (FDT), estimula que 
a gônada indiferenciada caminhe para que 
se diferencie, p/ amadurecer em ovários 
apenas a partir da 12ª semana. Além disso, há 
ausência dos hormônios sexuais masculinos 
Cromosso Y – produção de testículo. 
Presença do cromossomo Y funcional 
que apresenta o gene chamado SRY → 
determina a produção de um fator 
importante para a diferenciação do testículo 
= fator determinante de testículos. Além disso, 
esse fator estimula a diferenciação dos 
cordões gonadais em cordões seminíferos 
(primórdio dos túbulos seminíferos – presença 
das células germinativas). A diferenciação 
sexual masculina é controlada por hormônios: 
testosterona, di-hidrotestosterona e hormônio 
antimulleriano (o sexo feminino não precisa 
de estímulo hormonal para acontecer). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Semana 15: somitos, miótomos e 
esclerótomo. 
- Desenvolvimento do esqueleto axial: a 
origem deste sistema, assim como a derme 
da pele, ocorre a partir do mesoderma 
paraxial que forma os somitos subdivididos 
em somitômeros. 
O somitômero que origina o sistema 
esquelético é denominado esclerótomo. 
- Esclerótomo: a partir do somito 
recém-formado que se constitui de um bloco 
de células mesenquimais, começa a surgir na 
região central uma cavidade. Esta cavidade 
é ocupada por uma população de células 
dispostas frouxamente. 
Localizado na parede ventromedial do 
somito. Irá constituir as vértebras da coluna e 
as costelas e passam a formar blocos 
separados por tecido mesenquimal de menor 
densidade onde se diferenciam nas 
vértebras. 
A parte caudal de cada esclerótomo 
é mais compacta que a parte cefálica e a 
parte mais densa do esclerótomo originará o 
disco intervertebral. 
O crescimento do esclerótomo, no 
sentido: 
1) Dorsal: origina os arcos vertebrais – 
serão formados ao redor do tubo neural. 
2) Ventrolateral: origina as costelas. 
3) Ventral: origina os corpos vertebrais. 
Essas células migram e se dispõem em 
torno do tubo neural e da notocorda – origem 
da coluna vertebral. 
Da notocorda, irá surgir o núcleo 
pulposo, localizado no interiorde um anel 
formado de cartilagem fibrosa. 
Da parte condensada das células 
mesenquimais localizada na região lateral às 
vértebras torácicas serão originadas as 
costelas. Em consequência do rearranjo dos 
somitos para formar as vértebras, a parte 
proximal da costela se originará a partir da 
região central do esclerótomo. A parte mais 
distal da costela se originará da porção 
lateral do somito cranial. 
Inicialmente as costelas são formadas 
de cartilagem, e somente iniciam a sua 
ossificação a partir da 6ª semana de 
desenvolvimento embrionário. 
Quando ocorre união entre o processo 
costal e a vértebra, a articulação sinovial é 
estabelecida. 
Nem todos os ossos se formam a partir 
desse processo: 
- Desenvolvimento dos músculos da 
coluna vertebral e tronco ➔ Nos somitômeros 
existe uma faixa tecidual chamada miótomo, 
que se localiza na parte ventral do somito. 
Assim, enquanto a parte dorsal forma o 
dermátomo que origina a derme, o miótomo 
se subdivide em dois conjuntos de células: o 
epímero situado na parte dorsal e o hipômero 
na região ventral. 
O epímero, origina os músculos 
extensores da coluna vertebral (ilocostal 
torácico, longuíssimo dorsal, espinhal torácico 
e ilocostal lombar); Já o hipômero, se 
segmenta em três camadas localizadas na 
região torácica e na região abdominal. A 
camada torácica dará origem aos músculos 
intercostais internos e externos e o músculo 
transverso. A camada abdominal origina os 
músculos oblíquos externo e interno e o 
músculo transverso. 
Outros músculos corporais acabam se 
formando a partir da migração de células do 
hipômero para a parede ventral do corpo, 
como o escaleno, o gênio hioideo e a 
musculatura infra hioidea. No abdômen estas 
células dão origem ao músculo reto 
abdominal. 
- Desenvolvimento do esqueleto apendicular: 
quando está finalizando a 4ª semana de 
desenvolvimento, os brotos dos membros 
começam a aparecer no embrião. Eles ainda 
são apenas excrescências da parede 
ventrolateral do corpo. 
Esses brotos possuem regiões: 
1) Central → responsável pela 
formação dos ossos e tecido conjuntivo do 
membro, que será recoberta por uma 
camada de células ectodérmicas com o 
formato cubóide; 
2) Distal → forma a chamada cista 
ectodérmica apical que age sobre as células 
mesenquimais vizinhas fazendo com que 
estas fiquem indiferenciadas e tenham 
capacidade de proliferação rápida. Esta 
área do órgão é chamada de zona de 
progresso. 
Nos embriões com 6 semanas de 
desenvolvimento, a parte terminal dos brotos 
começa a se tornar achatada e forma as 
palmas das mãos e as plantas dos pés. Os 
dedos das mãos e pés são formados por 
apoptose das linhagens celulares interdigitais. 
- Ossificação esquelética: 
Na 6ª semana de desenvolvimento 
embrionário, surgem quatro locais de 
condrogênese (centros de formação de 
tecido cartilaginoso). 
Estão localizados em duas regiões 
distintas, que se fundem, formando os 
processos espinhosos e transversos, que darão 
origem, inicialmente, a uma coluna vertebral 
cartilaginosa. 
A partir daí os ossos passarão pelo 
processo de ossificação do período 
embrionário até o período pós-natal. 
A troca de um esqueleto membranoso 
e cartilaginoso por um esqueleto ósseo 
denomina-se maturação esquelética. 
Existem 5 períodos e maturação 
esquelética, que são: 
1) Período embrionário → a clavícula é 
o primeiro osso a começar o processo de 
ossificação. Também começam a se ossificar 
a mandíbula, maxilar, úmero, rádio, cúbito, 
fêmur e tíbia. 
2) Período fetal → os ossos da 
escápula, ilíaco, falange distais da mão e 
determinados ossos da cabeça começam a 
se ossificar. A ossificação da maior parte dos 
ossos cranianos e as diáfises, arcos neurais e 
centros vertebrais só vão se ossificar no 
período que antecede o nascimento (pré-
natal). Os ossos calcâneos, tallus, cubóide, 
extremo distal do fêmur e proximal da tíbia, e 
a cabeça do úmero só vão se ossificar um 
pouco antes do nascimento. 
3) Período pós nascimento → quase 
todas as extremidades começam a se 
ossificar. 
4) Período da adolescência → a 
maioria dos centros secundários de 
ossificação das vértebras, costelas, clavículas 
e ossos do qual começam a se ossificar. As 
fusões entre os centros epifisários e diafisiários 
ocorrem geralmente entre os 20 e 30 anos. 
Este processo ocorre antes nas mulheres do 
que nos homens. 
5) Período de adulto jovem: as suturas 
do crânio começam a se fechar. 
 
➢ Semana 16: craniossinostoses e a 
embriogênese das fontanelas. 
- Craniossinostoses ➔ também e chamado de 
criostenose ou estenose cranifacial, ou seja, 
junção prematura das suturas craniais – o 
crânio não cresce perpendicularmente à 
essa sutura, alteração das proporções 
normais. 
Ligada à fatores genéticos, síndromes 
e fatores externos: 
1) Fatores externos: Tamanho da pelve 
e do feto, posicionamento fetal, uso de 
fórceps, qualidade do líquido amniótico, 
também é associada à posição de sono do 
bebê. 
2) Bebês prematuros ou pós-termo 
tendem a apresentar mais. 
3) Mais presente em meninos, se supõe 
que pelo maior perímetro cefálico. 
Classificação pelas suturas afetadas: 
• Escafocelafia → estenose 
prematura da sutura sagital; forma 
mais comum, apresenta crânio 
alongado e pode ter ocorrência de 
hidrocefalia. 
 
• Plagiocefalia → estenose 
prematura unilateral da sutura 
coronal ou lambdoide; Causa um 
crescimento compensatório do 
lado oposto, segunda forma mais 
frequente. Além disso, pode ter 
caráter posicional no sono, durante 
o trabalho de parto e no útero. 
 
• Braquicefalia → crânio largo em 
relação ao seu comprimento; 
Estenose das duas suturas coronais, 
e crescimento compensatório das 
fossas temporais, podendo causar 
hipodesenvolvimento da maxila e 
exoftalmia. 
 
• Trigonocefalia → estenose precoce 
da sutura metópica; presença de 
um crânio com forma da fronte 
triangular e pode apresentar 
hipotelorismo. 
 
• Turricefalia → ocorre devido a 
sinostosis lambdóide bilateral, 
ambas as orelhas são deslocadas 
para frente e para baixo. Ao 
contrário da borda palpável das 
sinostosis sagital ou coronal, pode-
se sentir uma fenda ao longo da 
sinostosis da sutura lamboidea. 
• Crânio em folha de trevo → 
estenose das suturas coronais e 
lambdóideas; crânio trilobado com 
exorbitismo e hipertelorismo, 
podendo estar associada com 
hidrocefalia e acondroplasia. 
• Oxicefalia → várias suturas 
simultaneamente e assume forma 
cônica. Mais comum na África, 
podendo levar ao retardo e 
hipertensão intracraniana. 
Associado à Síndrome de 
Carpenter e Apert. 
 
- Embriogênese das fontanelas ➔ os ossos do 
crânio originam-se do mesênquima em torno 
do encéfalo embrionário e a ossificação 
desses ossos se faz por via intramembranosa 
ou endocondral. O que é uma característica 
exclusiva do crânio, pois com exceção da 
clavícula, todos os ossos do restante do corpo 
apresentam ossificação endocondral. 
Durante o desenvolvimento fetal e na 
infância, os ossos do crânio estão separados 
por tecido fibroso, não se tocam 
completamente, além de existir seis áreas 
grandes de tecido conjuntivo membranáceo 
que cobrem o espaço entre os ossos em 
desenvolvimendo. Essas folhas 
membranáceas são denominadas fontanelas 
ou fonticulos (conhecidas popularmente por 
moleira). 
Uma função muito importante das 
fontanelas é de auxiliar a passagem do bebê 
pelo canal de parto, pois permitem que o 
crânio possa ser comprimido através de 
cavalgamento dos ossos entre si, além de 
permitir o crescimento craniofacial. As 
fontanelas são assim divididas: duas ímpares, 
uma anterior (fontanela bregmática) e uma 
posterior (fontanela lambdóidea), situadas na 
linha mediana; e duas pares, as fontanelas 
ântero-lateral (ptérica ou esfenoidal) e, 
póstero-lateral (astérica ou mastoidea). 
A fontanela anterior é a maiordo 
crânio e pode ser palpados na criança, com 
facilidade até os dois anos de idade, quando 
em geral se ossifica, tem a forma de 
diamante, estrela ou losango e mede cerca 
de 4 cm no seu diâmetro ântero-posterior e 
2,5 cm no transverso, é localizada no ponto 
de encontro das suturas sagital, coronal e 
frontal. A fontanela posterior tem formato 
triangular e está situado no ponto de 
encontro das suturas sagital e lambdóide, se 
fecha em 8 a 12 meses após o nascimento e 
tem em média, de 0,5 a 1 cm no seu diâmetro 
maior. As fontanelas esfenoidal e mastoidea 
são pequenas e de forma irregular. 
A palpação das fontanelas durante a 
infância permite a identificação do progresso 
do crescimento dos ossos frontal e parietais, 
do grau de hidratação do recém-nascido, 
além do nível de pressão intracraniana. Até o 
fechamento das fontanelas é necessário 
tratar com cuidado a cabeça do bebê, 
entretanto as fontanelas são compostas por 
tecidos flexíveis e resistentes, que tornam o 
crânio do bebê capaz de amortizar melhor 
eventuais choques, diferentemente dos 
adultos. As fontanelas devem parecer firmes 
e se curvar levemente para dentro ao toque, 
uma fontanela tensa ou protuberante ocorre 
quando há aumento de líquido no cérebro ou 
quando esta incha, causando pressão 
aumentada dentro do crânio, quando está 
perceptivelmente afundada é um sinal de 
que o bebê não tem líquido suficiente no 
corpo. 
O crânio de um recém-nascido é 
desproporcionalmente grande quando 
comparado com outras partes do esqueleto, 
entretanto o esqueleto da face é pequeno 
quando comparado com a calvária, devido 
sobretudo às condições rudimentares da 
maxila e da mandíbula, estas mudanças são 
mais marcantes após a segunda dentição. 
 
➢ Semana 17: líquido amniótico e 
desenvolvimento muscular e 
esquelético. 
O líquido amniótico (LA) desempenha 
papel de grande importância no desenvolver 
da gestação, por propiciar diversos 
benefícios fetais. Já é grande o 
conhecimento acerca de algumas de suas 
importantes funções, como a de amortizar o 
ambiente fetal contra traumas, e suas 
propriedades antibacterianas.1 Soma-se a 
isso o fato de um volume satisfatório de líquido 
amniótico ser necessário para a 
movimentação fetal e, assim, um adequado 
desenvolvimento do sistema músculo-
esquelético, gastro-intestinal e pulmonar,2 
bem como para a integridade das 
membranas corio-amnióticas, evitando a 
formação de bridas e as malformações fetais 
consequentes.

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