Buscar

Níveis conceptuais linguísticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Atividade de Fundamentos da Alfabetização
Professora: Regina Aparecida Loureiro Caroni
Aluna: Graziele Correia Farsura Silva
Turma: 4º B
RA: 1712103914
Níveis Conceptuais Linguísticos
São cinco os níveis conceptuais:
Nível 1: Pré-silábico
	Esse nível é dividido em três fases:
•Fase pictórica: tem como característica as garatujas, ou rabiscos e desenhos. Para crianças que vivem em ambientes com muita exposição à escrita, como nas cidades repletas de propagandas, placas e etc., e com fácil acesso ao material gráfico, como lápis e papel, começam a desenvolver símbolos mais rapidamente.
•Fase gráfica primitiva: a criança registra símbolos e pseudoletras, misturadas com letras e números e ela questiona muito o adulto sobre o meio que a cerca. Demonstra linearidade e representa o meio que a cerca para escrever (bolinhas, riscos, pedaços de letras).
•Fase pré-silábica: nessa fase a criança diferencia letras e números, desenhos de escritas e percebe que as letras são para escrever, embora não saiba como acontece.
	A criança nessa fase apresenta as seguintes concepções:
- Não corresponde ainda o pensamento e a palavra escrita;
- Não há correspondência entre som e grafia, não fazendo ligação do som e da letra;
- Não se importa muito com a ordem das letras, podendo essa mudar de significado em lugar diferente, pois está relacionado ao que a criança quis escrever;
- Sensação de que se pode escrever apenas substantivos, pois tem mais significados, geralmente não escrevendo verbos e artigos;
- Acredita que a leitura e a escrita apenas são possíveis com certa quantidade de caracteres, mais de três ou quatro e, para elas, não podem repetir letras ou sílabas;
	Nessa fase pode fazer relação do objeto com o que se quer escrever. A criança pode usar várias letras para escrever elefante, por ser grande, e poucas para escrever formiga, que é pequena.
Nível 2: intermediário I
	Essa fase é caracterizada pelo conflito e precisa ser encorajada pelo professor para não desistir. A criança ainda não entende a organização do sistema lingüístico, mas passa a pensar a certeza do nível pré-silábico. Já conhece o valor sonoro convencional de algumas letras, tendo conhecimento da ligação difusa entre a pronúncia e a escrita e reconhece que as palavras são estavelmente construídas. As palavras passam a ter certa estabilidade externa, pois as crianças passam a ter dependência de outra pessoa que lhe especifica as letras e a posição que devem ser escritas. 
Nível 3: silábico
	A criança sabe que pode escrever com lógica, o que lhe deixa mais confiante. Representa cada sílaba que fala com uma letra, pode ter ou não relação com valor sonoro convencional. Já aceita uma quantidade mínima de caracteres na escrita, mas ainda tem chance de usar mais letras na palavra e pode usar uma letra para cada palavra em uma frase. Embora a criança acredite que aqui resolveu seu problema da escrita, o adulto ainda não consegue ler o que ela escreve o que também é um problema.
Nível 4: intermediário II ou silábico-alfabético
	Novamente, a criança passa por um período conflitante, pois tem que negar a lógica do nível silábico. Ela entende que a escrita e a fala estão ligadas, o adulto ainda não consegue ler o que ela escreve. O professor deve incentivar a criança a comparar sua escrita com a escrita convencional para perceber o valor sonoro. Percebe, então, que precisa de mais de uma letra para representar uma sílaba e passa a reconhecer o som das letras. A criança pode utilizar mais das vogais para escrever as sílabas, o que aumenta o conflito, já que, em algumas palavras pode usar as mesmas vogais, como nas palavras gato e sapo. Nessa fase a criança está a um passo da escrita alfabética e precisa ser incentivada a pensar sobre o sistema lingüístico partindo da observação da escrita alfabética e da reconstrução do código.
Nível 5: alfabético
	Nessa fase a criança reconstrói o sistema lingüístico e entende a função da escrita, consegue se comunicar, se expressar pela leitura e escrita. Conhece o valor sonoro de todas, ou quase todas as letras e entende a lógica de unir as letras para formar sílabas. Distingue letras, sílabas e frases, porém não as escreve convencionalmente, pois a criança escreve foneticamente. A partir desse ponto é caminhar para a escrita convencional, seguindo as normas ortográficas e gramaticais.
	Por anos vem se discutindo sobre métodos de ensino, de alfabetização, mas não se viam as necessidades da criança, as concepções dela sobre o sistema de escrita. Então os professores têm três principais dificuldades na alfabetização. Primeiramente, é olhar para o processo de ensino pelo ponto de vista de quem já sabe ler, de uma pessoa alfabetizada, mas nesse caso não há como voltarmos no tempo e ver como quando éramos analfabetos, quando não sabíamos ler e escrever. Em segundo lugar a confusão entre escrever e desenhar letras, pois alguns educadores acreditam que a cópia e repetição de modelos apresentados podem trazer bons resultados. Nesse caso as crianças copiam e não compreendem o modo de construção do que copiam. Terceiro a redução do conhecimento do leitor ao simples conhecimento das letras e seu valor sonoro convencional. Nesse ponto de vista, desconsidera a forma de pensar da criança, sua construção individual e sua conscientização sobre a escrita, o que a leva a fracassar no processo de alfabetização. Entender o som e a escrita não quer dizer que a criança saiba realmente ler, ela estará apenas repetindo o que foi memorizado, mas não será capaz de interpretar o que está escrito ou, mesmo, expressar suas ideias e sentimentos por meio da escrita. O educador precisa entender que ler e escrever não são apenas um ato de codificar e decodificar, mas um fenômeno social e coletivo. A preocupação não é mais em como se ensina, mas em como a criança aprende, torná-la capaz de desenvolver a leitura e escrita no seu cotidiano.

Outros materiais