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Portfólio de Funadamentos e Métodos da Língua Portuguesa e Matemática - 2022

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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO 
 
 
SUELEN DE AZEREDO FERREIRA 
8097556 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA E MATEMÁTICA: PSICOGÊNESE DA LÍNGUA 
ESCRITA 
PORTFÓLIO 1 - CICLOS 1 E 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL – RS 
2022 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este portfólio (trabalho), é parte integrante para avaliação parcial da disciplina de 
Fundamentos e Métodos da Língua Portuguesa e Matemática, que visa a compreensão da 
Psicogênese da Língua Escrita no processo de alfabetização de crianças, jovens e adultos. 
Emilia Ferreiro, psicóloga argentina, propôs um novo olhar sobre a alfabetização. Suas 
ideias constituem uma nova teoria, intitulada Psicogênese da Língua escrita. Suas pesquisas, 
realizadas na Argentina e no México, juntamente com Ana Teberosky, foram motivadas pelos 
altos índices de fracasso escolar apresentados por estes países. As pesquisadoras argentinas 
buscaram, em contato direto com alunos de várias partes do continente, a resposta para esse 
fracasso escolar. Juntando os conhecimentos da psicolinguística e a teoria psicológica e 
epistemológica de Jean Piaget, Emília e Ana mostraram como a criança constrói diferentes 
hipóteses sobre o sistema de escrita, antes mesmo de chegar a compreender o sistema 
alfabético. Suas ideias chegaram ao Brasil na década de 80 e, a princípio, foram consideradas, 
erroneamente, como um novo método de alfabetização. Ela afirma que todos os 
conhecimentos têm uma gênese, explicitando quais são as formas iniciais de conhecimento da 
língua escrita. Por meio de sua teoria, explica como as crianças chegam a ser leitores, antes de 
sê-lo. Ao contrapor-se à concepção associacionista da alfabetização, a Psicogênese da Língua 
Escrita apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como 
algo a ser produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do 
processo de aprendizagem. Processo este dialético, por meio do qual este indivíduo se 
apropria da escrita e de si mesmo como usuário/produtor da mesma. A partir desta concepção, 
demonstrou que a aprendizagem da escrita não está vinculada à fala e que, mesmo quando a 
criança já estabelece a relação entre fala e escrita, esta relação não é do tipo fonema/grafema. 
Os filhos do analfabetismo são alfabetizáveis; não constituem uma população com uma 
patologia específica, que deva ser atendida por sistemas especializados de educação; eles têm 
o direito a serem respeitados, enquanto sujeitos capazes de aprender (EMÍLIA FERREIRO, 
1986). Por meio de suas ideias, procura demonstrar que o analfabetismo e o fracasso escolar 
são problemas de dimensões sociais e não consequências de vontades individuais. Afirma que 
a desigualdade social e econômica se manifesta, também, na desigualdade de oportunidades 
educacionais. Classifica a repetência como a repetição do fracasso e a evasão como expulsão 
encoberta. Propõe, por meio de sua teoria, uma mudança de ponto de vista. Até então, os 
métodos de alfabetização partiam de uma concepção psicológica, em que a aprendizagem da 
leitura e da escrita é realizada de forma mecânica: aquisição de técnica para decifrar o texto; 
resposta sonora a estímulos gráficos. Com as pesquisas na área da psicolinguística, a partir de 
1962, há uma nova visão, de que a criança procura ativamente compreender a natureza da 
língua falada à sua volta, formula hipóteses, busca regularidade, ou seja, reconstrói a 
linguagem. Há grande influência de Piaget em sua teoria. Ferreiro concebe a teoria de Piaget 
como uma teoria geral dos processos de aquisição do conhecimento, que é resultado da 
atividade do próprio sujeito e não de métodos ou pessoas, ou seja, o sujeito é produtor do seu 
próprio conhecimento. No entender de Weisz, em sua teoria, descobre a "história da 
aprendizagem", ao fazer perguntas piagetianas sobre as aprendizagens que, acreditava-se, não 
eram construídas e sim ensinadas, como a aprendizagem da leitura, da escrita, da soma. Com 
isso, muda o enfoque da pergunta, como observamos na afirmação de WEISZ: Em vez de 
indagar como se deve ensinar a escrever, ela perguntou como alguém aprende a ler e escrever, 
independente do ensino. Ela considerou uma coisa que todos sabiam: que muitas crianças 
chegam à escola, antes do ensino oficial, já alfabetizadas. As crianças leem, mas não estão 
socialmente autorizadas a fazer isso, antes do professor ensinar. Na verdade, os meninos 
 
 
trabalham muito para construir esse conhecimento, que acaba não reconhecido pela escola 
(WEISZ, 2000). Logo, no desenvolver deste trabalho, serão apresentadas 10 (dez) amostras de 
escritas infantis, classificando-as e caracterizando-as em: 
 
1. ICÔNICAS E GARATUJAS; ou 
2. PRÉ-SILÁBICO; ou 
3. SILÁBICO (COM OU SEM VALOR SONORO); ou 
4. SILÁBICO-ALFABÉTICO; ou 
5. ALFABETICO. 
 
Sempre com base no referencial teórico apresentado pela “PSICOGÊNESE DA LÍNGUA 
ESCRITA”, por Ferreiro e Teberosky. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1. ANÁLISE DOS VÍDEOS APRESENTADOS: 
 
A. Alfaletrar - Fases icônica, garatuja e pré-silábica 
 
Após assistir o primeiro vídeo que apresenta as explicações sobre as fases: icônica, garatuja e 
pré-silábica, suas características, como identificá-las, a abordagem que devemos ter com 
nossos alunos e como nortear este processo de ensino-aprendizagem, pude perceber que: 
 
A FASE ICÔNICA (PRÉ FONOLÓGICA): refere-se quando a criança não tem a 
habilidade da escrita e para associar aquilo que quer transmitir, faz um desenho para 
representar a sua comunicação achando que assim, faz-se entender. Ou seja, para ela, 
desenhar é a mesma coisa que escrever. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
A FASE GARATUJA (PRÉ FONOLÓGICA): é o momento onde a criança faz rabiscos 
para representar a escrita, ou seja, ela tenta reproduzir aquilo que observa no seu dia a dia. 
Neste momento, ela entende que escrever não é desenhar. Mas ainda não percebeu que a 
palavra é som. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
A FASE PRÉ-SILÁBICA (PRÉ-FONOLÓGICA): É a fase onde a criança entende que se 
escreve com letras, contudo, ainda não tem a consciência fonológica e por isso, coloca 
quaisquer letras para representar a escrita. 
EXEMPLO: 
 
 
 
A FASE SILÁBICA SEM VALOR SONORO (FASE FONOLÓGICA): Nesta etapa a 
criança percebe que escrevemos o som das palavras e que é segmentada, ou seja, para cada 
entonação de voz, ou parte da sílaba, ela representa com uma letra, contudo, sem valor 
sonoro. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
A FASE SILÁBICA COM VALOR SONORO (FASE FONOLÓGICA): Aqui, a criança 
percebe que escrevemos o som das palavras e que é segmentada, ou seja, para cada entonação 
de voz, ou parte da sílaba, ela representa com uma letra que condiz com o fonema 
apresentado. 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
A FASE SILÁBICO-ALFABÉTICO (FASE FONOLÓGICA): No nível silábico-
alfabético, a criança passa a entender que as sílabas possuem mais de uma letra. Todavia, para 
compreender os fonemas, é de suma importância que ela exercite sílabas apenas com uma 
letra intercalada com sílabas maiores. 
 
 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
 
A FASE ALFABÉTICA (FASE FONOLÓGICA): Nessa fase a criança conhece o valor 
sonoro de algumas ou todas as letras e consegue agrupá-las formando sílabas. Estando nesse 
nível, não quer dizer que a criança já saiba ler e escrever corretamente. Porém, espera-se que 
aos 7 anos ela já domine de maneira razoável a leitura e escrita. 
 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
 
 
A FASE ORTOGRÁFICA (FASE FONOLÓGICA): Nesta etapa, a criança já tem total 
domínio da escrita e sabe construir palavras e frases com clareza e independência. 
 
 
EXEMPLO: 
 
 
 
 
2. ANÁLISE DE 10 AMOSTRAS DE ESCRITAS INFANTIS, 
CLASSIFICADAS E CARACTERIZADAS 
 
 
 B) Análise das amostrasde escrita: 
 
 
 
 
O educando Antônio, encontra-se na fase silábico-alfabético. Pois na grande maioria das suas 
escritas, ele compreende que as sílabas possuem mais de uma letra, contudo, para 
compreender os fonemas, é necessário que ele exercite sílabas apenas com uma letra 
intercalada com sílabas maiores. 
 
 
 
 
 
 
O aluno Odirley, encontra-se na fase garatuja. Ele faz rabiscos para representar a escrita, ou 
seja, ele tenta reproduzir aquilo que observa no seu dia a dia. Neste momento, entende que 
escrever não é desenhar. Mas ainda não percebeu que a palavra é som. 
 
 
 
 
O aluno Fernando, encontra-se na fase silábico-alfabético. Porque para cada pedaço da sílaba, 
ele representa com as letras correspondentes fonéticas e percebe também, que elas precisam 
de acompanhamento (vogais), para estarem de acordo com o sistema de escrita. Mas, ainda, 
não possui total entendimento da escrita, precisando de mais auxílio docente. 
 
 
 
 
 
O discente Pedro, encontra-se na fase silábico-alfabético. Porque para cada pedaço da sílaba, 
ele representa com as letras correspondentes fonéticas e percebe também, que elas precisam 
de acompanhamento (vogais), para estarem de acordo com o sistema de escrita. Mas, ainda, 
não possui total entendimento da escrita, precisando de mais estudos. 
 
 
 
 
A aluna Daiana, encontra-se na fase pré-silábica. Porque para cada palavra apresentada, a 
mesma representou letras aleatórias e sem nenhum sentido silábico e fonético. Ou seja, a 
mesma apenas compreende que escrever é composto por letras e não mais por imagens ou 
rabiscos, como na fase inicial. 
 
 
A discente Talita, encontra-se na fase silábico sem valor sonoro. Este fato ocorre quando a 
criança compreende que as sílabas são compostas por pedaços e que para cada pedaço da 
palavra, ela apresenta uma letra, mas que não condiz com o fonema. 
 
 
 
 
A aluna Cleonilda, encontra-se na fase silábico com valor sonoro. Ela compreende que as 
palavras são compostas por letras e sílabas. Em sua escrita, é notório que para cada pedaço da 
sílaba, ela apresentou parte das letras fonéticas com o intuito de formá-las corretamente. No 
entanto, precisa de auxílio no seu processo de aprendizagem da escrita. 
 
A aluna Taís, encontra-se na fase silábico sem valor sonoro. Este fato ocorre quando a criança 
compreende que as sílabas são compostas por pedaços e que para cada pedaço da palavra, ela 
apresenta uma letra, mas que não condiz com o fonema. 
Na escrita apresentada, percebemos que as duas primeiras escritas são nítidas a representação 
de letras aleatórias para cada sílaba, assim como na terceira apresentação. Já na última, 
poderíamos classificar como pré-silábica, porém, ao analisar uma escrita, precisamos nos 
atentar em sua totalidade. 
 
 
 
 
 
O aluno Ricardo, encontra-se na fase silábico com valor sonoro. Isto é visível quando o aluno 
apresenta uma letra para cada pedaço da sílaba com valor fonético, tentando representar a 
palavra com a letra correspondente a sua entonação de voz ou percepção fonética. 
 
 
 
 
 
 
O discente Fábio, encontra-se na fase pré-silábico. Ou seja, ao analisar a sua escrita, podemos 
perceber que o mesmo provavelmente decorou como escrever o seu nome, por isso o acerto 
inicial. Porém, nas demais escritas, ele apresenta letras aleatórias para representar as palavras 
sem coerência fonética e silábica. Logo, pode notar, que o aluno está iniciando o seu processo 
de alfabetização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
Com os estudos da Psicogênese da Língua Escrita, podemos compreender como 
funciona o processo de alfabetização de um educando e os níveis que ele percorre até ser 
ortográfico. É pertinente dizer que este processo é fluido, ou seja, nem sempre é sequencial, 
afinal, estamos trabalhando com pessoas e cada pessoa possui habilidades e necessidades 
diferenciadas. Logo, cada aluno (a) se desenvolverá de uma forma única. Nós, como 
educadores, temos a missão de identificar cada processo da escrita e interferir de tal modo, 
que a criança reflita e perceba seus erros e acertos. Assim, assumindo o seu papel de 
protagonista neste processo de desenvolvimento. 
Emília Ferreiro e Ana Teberosky, ressaltam que é necessário saber em que estágio o 
aluno está, para que ele possa avançar e com isso desenvolver também aspectos propriamente 
linguísticos da psicogênese da língua escrita, e esses avanços estão descritos quando o 
aprendiz está formulando hipóteses a respeito do código. 
Para tanto, precisamos entender também, que para ensinar alguém sobre algo é preciso 
ser prazeroso e fazer sentindo para quem aprende, então, focar em aulas dinâmicas e que 
possuem sentido em seu dia a dia, ajudará neste desenvolvimento acadêmico. Isso não quer 
dizer que devemos abandonar aulas expositivas e dialogadas, mas, inovar na era tecnológica, 
auxiliará e facilitará o ato de ensinar e aprender. 
Conhecimento referencial, aliado com o amor da profissão e criatividade, com certeza, 
é a medida certa para uma educação efetiva.

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