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Código de Hamurabi

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I - SORTILÉGIOS, JUÍZO DE DEUS, FALSO TESTEMUNHO, PREVARICAÇÃO DE JUÍZES 
5º - Se um juiz dirige um processo e profere uma decisão e redige por escrito a sentença, se mais tarde o seu processo se demonstra errado e aquele juiz, no processo que dirigiu, é convencido de ser causa do erro, ele deverá então pagar doze vezes a pena que era estabelecida naquele processo, e se deverá publicamente expulsá-lo de sua cadeira de juiz. Nem deverá ele voltar a funcionar de novo como juiz em um processo.
Esse artigo evidencia a demasiada responsabilidade do qual estava incumbido o poder judiciário no processo de decisão de pena na época, tendo o juiz, que analisar com o rigor necessário todos os casos, pois, a resolução imprecisa destes, implicava diretamente em alterações no seu futuro, sobretudo no âmbito profissional e moral. A maneira de reparar os danos por conta da decisão, (caso viesse a ser comprovado um erro judicial), seria pagar doze vezes a pena definida naquele processo, além de ser expulso publicamente de sua cadeira de juiz e consequentemente impedido de atuar novamente em um processo. Os juízes deveriam possuir máxima competência para conduzir impecavelmente todos os processos, era uma tarefa bem complicada, devido a consciência de que qualquer erro determinaria o cumprimento de uma pena por ele mesmo que nem fazia parte do processo de maneira direta, porém, diretamente afetado negativamente. Um erro judicial pode acarretar muitos prejuizos para as partes envolvidas, por isso havia neste código uma cobrança rigorosa para que tivessem cuidado em distribuir sentenças justas
Esperava-se, portanto, que, da mesma forma que um juiz fosse encarregado de determinar penas erradas, caberia a ele também responder por tais erros, ainda que, tivesse que pagar doze vezes a pena imposta. 
I - SORTILÉGIOS, JUÍZO DE DEUS, FALSO TESTEMUNHO, PREVARICAÇÃO DE JUÍZES 
5º - Se um juiz dirige um processo e profere uma decisão e redige por escrito a sentença, se mais tarde o seu processo se demonstra errado e aquele juiz, no processo que dirigiu, é convencido de ser causa do erro, ele deverá então pagar doze vezes a pena que era estabelecida naquele processo, e se deverá publicamente expulsá-lo de sua cadeira de juiz. Nem deverá ele voltar a funcionar de novo como juiz em um processo.
Esse artigo evidencia a demasiada responsabilidade do qual estava incumbido o poder judiciário no processo de decisão de pena na época, havia neste código uma cobrança rigorosa para que tivessem cuidado em distribuir sentenças “justas” tendo o juiz, que analisar com o rigor necessário todos os casos, pois, a resolução imprecisa destes, implicava diretamente em alterações no seu futuro, sobretudo no âmbito profissional e moral. A maneira de reparar os danos por conta da decisão, (caso viesse a ser comprovado um erro judicial), seria pagar doze vezes a pena definida naquele processo, além de ser expulso publicamente de sua cadeira de juiz e consequentemente impedido de atuar novamente em um processo. Os juízes deveriam possuir máxima competência para conduzir impecavelmente todos os processos, era uma tarefa bem complicada, devido a consciência de que qualquer erro determinaria o cumprimento de uma pena por ele mesmo que nem fazia parte do processo de maneira direta, porém, diretamente afetado negativamente. 
Esperava-se, portanto, que, da mesma forma que um juiz fosse encarregado de determinar penas erradas, caberia a ele também responder por tais erros, ainda que, tivesse que pagar doze vezes a pena imposta. Essas medidas são altamente desproporcionais e absurdas em comparação às medidas atuais. Atualmente o erro judiciário é aquele oriundo do Poder judiciário e deve ser cometido no curso de um processo, visto que na consecução da atividade jurisdicional, ao sentenciarem, ao despacharem, enfim ao externarem qualquer pronunciamento ou praticarem qualquer outro ato, os juízes estão sujeitos a erros de fato ou de direito, pois a pessoa humana é falível, sendo inerente a possibilidade de cometer equívocos. O erro judiciário foi historicamente um dos primeiros a ser reconhecido como indenizáveis.
II - CRIMES DE FURTO E DE ROUBO, REIVINDICAÇÃO DE MÓVEIS
23º - Se o salteador não é preso, o roubado deverá diante de Deus reclamar tudo que lhe foi roubado; então a aldeia e o governador, em cuja terra e circunscrição o roubo teve lugar, devem indenizar-lhe os bens roubados por quanto foi perdido.
Este artigo é deveras interessante, visto que, nele, é mostrado que o “Estado” se responsabilizava por atos que não haviam sido cometidos por ele, assim não se pode dizer que o Código de Hamurabi era uma legislação que somente recomenda a pena da compensação fosse no aspecto que fosse, não era somente talião.
É de grande relevância o governo assumir a responsabilidade por um delito que não foi ele quem cometeu, somente para deixar bem assistidos aqueles a quem aconteceu alguma coisa. O artigo vinte e quatro trazendo para a realidade atual, é um tipo de previdência social, porque fornece à família do falecido um suporte financeiro. Esse era um “Estado” que mostrava-se preocupado com os membros da sociedade.

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