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Processo e Ação - APOSTILA PESSOAL MODIFICADA (DIR.CIVIL/PENAL/PROCESSO)

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Processo e Ação 
Processo e Ação são dois termos que se complementam no andamento de uma 
demanda judicial. Enquanto o primeiro se refere ao andamento da resolução da 
reclamação em si, o segundo se do ato de reclamar em juízo. 
Conceito de Processo 
O conceito de processo no Direito Processual Civil traz que o processo 
judicial seria a solução das lides, sendo partes deste processo: 
➢ Autor (polo ativo), que propõe a solução de uma lide; 
➢ Outra parte (polo passivo); 
➢ Juiz (analisar, julgar e proferir decisão). 
➢ Assistentes processuais. 
Há aqui uma relação jurídica entre o juiz e as partes com o objetivo de encontrar 
uma solução jurídica para o problema. 
No Processo podemos observar três tipos de processo: 
1. De Conhecimento; 
2. de Execução; 
3. Cautelar (ou processo de tutelas provisórias). 
O processo divide-se ainda em: meramente declaratório, condenatório e consultivo. 
Conceito de Ação Judicial 
Já a Ação é o direito e o próprio interesse de agir para solucionar alguma 
problemática por meios jurídicos. Este direito é subjetivo de demandar em juízo 
no Poder Judiciário. 
As condições presentes na Ação são: 
➢ Interesse em agir; 
➢ Possibilidade jurídica do pedido; 
➢ Legitimidade de causa. 
 
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
https://dicionariodireito.com.br/poder-judiciario
Diferenças entre Processo e Ação Judicial 
De forma resumida podemos dizer que as diferenças entre Processo e Ação se 
distingue pelo fato de o processo ser o instrumento legal utilizado para acionar o 
Poder Judiciário, para que este por meios de procedimentos e aplicabilidade das 
leis, resolva o conflito entre as partes. 
Já a ação é um direito em que cada indivíduo possui de buscar auxílio judicial para 
resolução de conflitos. 
Ou seja, a ação é um direito do indivíduo, em que haverá um pronunciamento 
estatal que resolverá o conflito existente. A ação é o direito, a jurisdição será 
acionada por meio de um processo judicial. Exige-se do Estado uma solução para 
uma problemática. O processo, neste contexto, é o instrumento. 
 
https://dicionariodireito.com.br/agravo-de-instrumento
Despacho e Decisão 
Despacho e Decisão são termos jurídicos utilizados no curso dos processos 
judiciais, enquanto o primeiro se trata de movimentações relacionadas a demanda 
de uma ou de ambas as partes, o segundo se trata de uma manifestação do juiz 
sobre um todo ou parte do processo. 
 
Conceito de Despacho 
O conceito de despacho pode ser interpretado como movimentações realizadas 
pelo juiz que não estão diretamente relacionadas à alguma demanda das partes. 
Ou seja, podem ser denominadas de movimentações administrativas para que o 
processo seja conduzido de forma correta. 
O objetivo do despacho é resolver problemas que venham a ocorrer no decorrer do 
processo. 
Conceito de Decisão Judicial 
Uma decisão judicial diz respeito a um termo que designa a manifestação do juiz, 
diretamente relacionada à demanda por uma das partes. 
Um adendo pertinente é quanto ao Direito do Trabalho, em que a decisão judicial 
será realizada depois de rejeitada pelas partes a conciliação. 
 
https://dicionariodireito.com.br/despacho
https://dicionariodireito.com.br/decisao-proferida
https://dicionariodireito.com.br/direito-do-trabalho
Como Fazer uma Petição Inicial? Modelo, 
Fatos, Fundamentos, Mérito e Pedido 
A petição inicial corresponde à peça processual responsável por dar início a uma 
ação judicial. Diante da necessidade de ingressar com processo e mover a máquina 
do judiciário, caberá ao autor postular uma petição inicial. 
Como Fazer uma Petição Inicial – Modelo 
O primeiro passo ao redigir uma petição inicial é estar atento ao foro competente 
para julgá-lo. Assim, logo no início deverá estar presente o endereçamento para o 
juízo competente. Observe o exemplo abaixo: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DO JUIZADO 
ESPECIAL CÍVEL DO FÓRUM JOÃO MENDES JUNIOR DA 
COMARCA DE SÃO PAULO/SP. 
O passo seguinte consiste em qualificar as partes envolvidas, autor e réu, informando seus dados 
pessoais, como: RG, CPF, endereço, profissão, etc. Observe: 
NOME COMPLETO DO AUTOR, qualificação completa com estado civil, profissão, número do 
documento de identidade, CPF e endereço completo, vem à presença de Vossa Excelência, por 
seu advogado (…) 
Tópicos da Petição Inicial 
Quanto aos tópicos da petição inicial, essa costuma ser dividida em: 
1. Fatos; 
2. Fundamentos Jurídicos; 
3. Mérito; 
4. Pedido. 
Fatos 
Fatos, como o próprio nome denuncia, são os acontecimentos que geraram a lide 
entre autor e réu. Nesse momento, deverá ser narrada a história que levou a lesão 
do direito que ora se pleiteia. 
Os detalhes da parte fática devem ser tratados com clareza e de modo que permita 
ao magistrado entender o que ocorreu. 
Fundamentos Jurídicos 
Os fundamentos jurídicos para se pautar quando for redigir uma petição 
inicial são: 
• Artigos de lei; 
• Doutrina; 
• Jurisprudência; 
• Súmulas em que se baseiam o direito pleiteado. 
Os fundamentos jurídicos ainda podem ser divididos em preliminares, que são 
matérias restritas ao andamento processual, como por exemplo: incompetência 
absoluta e relativa, incorreção do valor da causa, inépcia da petição inicial, 
perempção e litispendência. 
Mérito 
Há ainda o mérito, momento em que são tratadas as questões materiais do direito e 
que se encontram verdadeira e diretamente relacionadas com a necessidade de 
intervenção judicial. O mérito deverá ser tratado somente após a apresentação das 
preliminares possivelmente existentes. 
Pedidos 
Por fim, o autor deverá expor os seus pedidos, que funcionam como uma espécie 
de ratificação obrigatória dos fundamentos jurídicos já expostos anteriormente. 
Alguns pedidos mais comuns são a citação da parte contrária para comparecimento 
em audiência de conciliação, sob pena de revelia, bem como a produção de provas 
admitidas em direito (oitiva de testemunhas, apresentação de documentos, etc). 
Lembrando que essas provas deverão ser postuladas em anexo com a petição 
inicial, como forma de demonstrar o cabimento do direito do autor. 
 
https://dicionariodireito.com.br/peticao-inicial
https://dicionariodireito.com.br/peticao-inicial
https://dicionariodireito.com.br/litispendencia
https://dicionariodireito.com.br/documentos
Adjudicar 
O termo adjudicar significa: realizar adjudicação; existência de decisão judicial que 
algo pertence a/ou/ se transfere para. Ou seja, concessão de posse ou propriedade 
de bens, móveis ou imóveis a outrem. 
Adjudicar no Direito 
Em aplicação jurídica o termo “adjudicar” diz respeito ao ato judicial em que se 
declara ou estabelece-se que a propriedade está sendo transferida para um credor. 
Indivíduo este (credor) que não assumirá de imediato, com a adjudicação, todos os 
direitos referentes a qualquer alienação. 
Trata-se de declarar de forma judicial que um bem ou parte deste bem pertence a 
alguém. 
Para o Direito Administrativo: o termo adjudicação refere-se ao direito de realização 
de obras ao vencedor de uma licitação. 
Para o Direito Imobiliário: o termo adjudicação diz respeito ao processo em que se 
estabelece passa-se de um transmitente a um credor. Como exposto acima. 
 
https://dicionariodireito.com.br/direito-administrativo
 
Adultério 
Adultério significa infidelidade conjugal, ou seja, um relacionamento fora do 
matrimônio. Uma pessoa começa a se relacionar com um terceiro indivíduo mesmo 
estando casada. 
Como era o adultério antigamente? 
Historicamente falando, a sociedade sempre teve o adultério como um crime. Isso 
era um ato reprovável já que nas sociedades onde o casamento é monogâmico a 
pessoa deve ser fiel ao cônjuge em todas as formas. 
Com o passar do tempo as leis foram se modificando e o adultério foi deixando de 
ser um crime grave. 
Crime de Adultério no BrasilAté 2005 havia o crime de adultério no Brasil. Então, cometer adultério era um 
crime onde a pessoa poderia ter detenção de 15 dias a até 6 meses de acordo com 
o Código Penal em seu artigo 240. 
O que mudou na lei? 
A doutrina percebeu que o adultério era um problema que afetava moralmente os 
envolvidos, então, julgar casos de adultério usando o código penal era um erro. 
Assim, o adultério deixou de ser considerado crime. 
Entretanto, se a infidelidade conjugal causou algum problema moral para o parceiro 
é possível recorrer entrando com um processo no direito cível. 
 
 
 
 
https://dicionariodireito.com.br/doutrina
Qual a diferença na violação de direito penal e direito civil? 
Além de ser passível de prisão, a violação de um direito penal significa que houve 
um dano social, sendo sua prática consequência de uma responsabilidade penal. 
Ao violar um direito civil a lei entende que houve um dano particular. Esse dano 
pode ser um dano material ou moral a pessoa. Violar o direito civil causa 
uma responsabilidade civil. 
O que acontece legalmente quando o adultério fica comprovado? 
Em caso de separação devido ao adultério comprovado, o cônjuge que foi infiel 
perde alguns de seus direitos no processo de divórcio. 
A pessoa que traiu não pode receber pensão do cônjuge, independentemente 
de ser o marido ou a esposa quem cometeu a traição. A única exceção é quando o 
cônjuge não tem condições para trabalhar e nenhum parente que possa fazê-lo. 
O sobrenome do parceiro também não pode mais ser usado, podendo ser mantido 
apenas em casos excepcionais. 
Como é a partilha de bens em caso de adultério? 
Mesmo que o parceiro se sinta mal por ter que dividir os bens com o cônjuge após 
uma traição, o adultério não modifica o que está estabelecido no regime de divisão 
de bens do casamento civil. 
De fato, a partilha de bens entre o casal vai acontecer como as partes definiram 
antes do casamento, ao assinar os papéis. 
 
https://dicionariodireito.com.br/direito-a-reparacao-de-danos
https://dicionariodireito.com.br/responsabilidade-civil
https://dicionariodireito.com.br/divorcio
Oitiva 
Oitiva trata-se de um termo jurídico que consiste em: uma “informação que se 
transmite por ouvir dizer”, "por ouvir dizer", "ouvir falar". Traremos de forma 
sintetizada em que situação é direcionada à qual parte do processo judicial o termo 
será utilizado e em quais consequências (ou falta de consequências específicas). 
Oitiva de Testemunhas 
Considerando a oitiva de testemunhas no Direito Processual, conceituamos o 
termo em o ato de ouvir as testemunhas de um processo judicial; no caso do 
Processo Penal sendo que as perguntas devem ser direcionadas de forma direta às 
testemunhas. 
Carta Precatória: 
No caso da oitiva de testemunhas há ainda uma peculiaridade: a carta precatória, 
a qual é enviada à testemunha mora fora da jurisdição do juiz do processo judicial, 
assim sendo, intimando as partes, segundo o que é definido no Código de Processo 
Penal, em seu artigo 222. 
Oitiva de Vítima 
Em situações em que ocorre a oitiva de vítima, trata-se da versão dos fatos da 
vítima. Consideramos ainda que a oitiva poderá ser realizada via 
videoconferência, e no novo Código de Processo Civil, há o aumento das 
autoridades com tal privilégio: 
➢ Conselho Nacional do Ministério Público; 
➢ Advogado-Geral da União; 
➢ Conselheiros do Conselho Nacional de Justiça; 
➢ Defensores Públicos Gerais da União e dos Estados; 
➢ Prefeitos; 
➢ Procuradores Gerais de Justiça; 
➢ Procuradores Gerais dos Estados e Municípios. 
 
https://dicionariodireito.com.br/jurisdicao
https://dicionariodireito.com.br/ministerio-publico
https://dicionariodireito.com.br/cnj-conselho-nacional-de-justica
Oitiva de Réu 
Na utilização do termo oitiva de réu para a parte no processo judicial em que o 
indivíduo configura-se como suspeito, trata-se de um ato informal, ou seja, 
extrajudicial, em que ouve-se o acusado, sem a necessidade da presença de 
um advogado. 
Não há comprometimento de informações, considerando que as declarações não 
poderão ser utilizadas como provas contra o réu/o acusado. 
O termo oitiva do réu diz respeito, então, ao interrogatório do acusado no processo 
judicial. 
Oitiva Sinônimo 
Se você ainda está na dúvida sobre este termo, deixaremos abaixo 
alguns sinônimos de oitiva para facilitar a compreensão: 
➢ Audição; 
➢ Oitiva; 
➢ Ouvido. 
 
https://dicionariodireito.com.br/advogado
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
Crimes Imprescritíveis 
Os crimes imprescritíveis são aqueles em que a penalidade sancionada não 
prescreve, sendo considerados assim os crimes de racismo e a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 
Conceito de Crimes Imprescritíveis 
O Conceito de Crimes Imprescritíveis pode ser definido como os crimes que 
podem ser julgados e sentenciados a qualquer tempo, independentemente da data 
em que foram cometidos, ou seja, não há prescrição do crime. 
A prescrição é o conceito do prazo em que não mais se poderá acionar a justiça 
para determinado crime, perdendo-se a pretensão de direito, devido à inércia da 
outra parte. Nos casos de Crimes Imprescritíveis, não temos a existência do 
conceito de prescrição. 
Crimes Imprescritíveis na CF 
Os crimes considerados estão previstos na Constituição Federal de 1988, em seu 
art. 5º, incisos XLII e XLIV, sendo eles: 
Crime de racismo 
O crime de racismo está previsto na Lei nº 7.716/1989, em que “define os crimes 
resultantes de preconceitos de raça ou de cor”. 
A pena para essa tipificação criminal é de reclusão podendo ser de dois a cinco 
anos. 
Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, 
incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou 
qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de 
aparências próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem 
essas exigências. 
 
https://dicionariodireito.com.br/prescricao
https://dicionariodireito.com.br/constituicao-federal
 
Ação de grupos armados contra a ordem 
constitucional e Estado Democrático 
A ação de grupos armados contra a ordem constitucional e Estado Democrático de 
é sentenciado conforme o que ocorreu (exemplos: violação de território; 
espionagem; atentado à autoridade) e assim aplicando pena respectiva, sendo 
importante ressaltar que enquadra-se neste conceito por não apresentar prescrição 
do crime, tendo os criminosos a sentença realizada a qualquer momento após o 
crime. 
Exemplos de Crimes Imprescritíveis 
Em aplicabilidade prática temos os seguintes exemplos de Crimes 
Imprescritíveis: 
Um crime de homicídio que ocorreu por motivação de racismo; 
Um grupo de pessoas armadas que se reúnem para atrapalhar a ordem do Estado 
Democrático, realizando diversas intervenções criminosas, a fim de promover 
desordem. 
Crime e Contravenção 
Crime e Contravenção são tipos de condutas ilícitas classificadas como infrações 
penais, sendo o primeiro de maior gravidade, culposo, doloso ou preterdoloso, e o 
segundo de menor gravidade, ocorrido em virtude de desconhecimento ou 
interpretação errada da lei. 
O que é crime? 
O significado de crime pode ser interpretado como o ato, ou o conjunto de atos, 
que conduzam a um ato desumano e condenado pela sociedade, o qual pode ser 
causado por um ou vários sujeitos através da transgressão de direitos de terceiros, 
sua liberdade ou suas garantias individuais/coletivas. 
De acordo com o código penal, os crimes são considerados como infrações 
penais de maior gravidade. 
 
https://dicionariodireito.com.br/estado-democratico-de-direito
https://dicionariodireito.com.br/sentenca-judicial
https://dicionariodireito.com.br/direito-a-liberdade
 
Tipos de crime 
Quanto aos crimes, os (Art.18 e 19, do códigopenal), são descriminados como: 
culposo, doloso ou preterdoloso 
▪ Crime Culposo: É o ato praticado quando o infrator o cometeu por imprudência, 
negligência ou imperícia, ou seja, sem intenção. 
▪ Crime Doloso: Quando, ao cometer um ato, a pessoa assume o risco de produzir 
dano. 
▪ Crime Preterdoloso: É o crime cujo resultado é mais grave do que o pretendido. 
O que é Contravenção? 
O significado de contravenção pode ser resumido como uma classificação de 
infração penal mais leve que um crime comum. As contravenções penais, por 
ação ou omissão voluntária estão determinadas na lei das contravenções penais. 
Admitem unicamente a ignorância ou a errata compreensão da lei se perdoáveis, 
sendo estipulada como pena máxima a ser cumprida um período de até 5 anos. 
De acordo com os termos do artigo 6º da Lei de Contravenções Penais, a pena 
estipulada deve ser cumprida sem a necessidade do infrator ser mantido em 
penitenciária, em estabelecimento apropriado em se tratando de regime fechado, 
semiaberto ou aberto. 
Pode ser aplicado também as Contravenções Penais, as Causas Excludentes de 
Ilicitude, previstas no exercício regular de direito. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm
 
Diferença entre Crime e Contravenção 
A principal diferença entre crime e contravenção é, justamente, o período de 
duração das penas a serem cumpridas. 
Outra distinção, está na possibilidade de punição por tentativa, que só cabe nos 
casos de crime. Há a previsão legal de prisão em reclusão ou detenção, que pode 
chegar até a 30 anos. 
Para os crimes de natureza dolosa (intencional) ou culposa (sem intenção), são 
previstos três tipos de penalidade, a saber: privativa de liberdade, restritiva, e 
pagamento de multas. 
No caso das contravenções mais leve, a legislação prevê duas punições: 
▪ Pena de prisão simples, podendo chegar no máximo a 5 anos; 
▪ Pagamento de Multa. 
Como podemos ver, essa lei limitou-se apenas a destacar as características que 
distinguem as infrações penais consideradas crimes, daquelas que se constituem 
como contravenções penais. 
 
Advogado Gratuito 
O advogado gratuito é concedido às pessoas que não possuem condições para pagar pelo 
serviço de um de assistência jurídica no Brasil. 
Quem fornece um Advogado Gratuito? 
Segundo a Constituição Federal, todo cidadão, seja brasileiro, seja estrangeiro, 
deve ter seu direito à justiça. Se acaso o indivíduo não possua dinheiro para pagar 
os honorários advocatícios, um advogado gratuito é assegurado pelo Estado, 
através da Defensoria Pública. 
A Defensoria Pública é um órgão de acesso a justiça para as pessoas que 
precisam. O serviço é prestado de forma gratuita e a assistência jurídica é integral. 
Existe a Defensorias a nível estadual e a nível federal, para que todas as instâncias 
do processo possam ser assistidas pelo advogado gratuito. 
Quem é o Advogado Gratuito? 
O advogado que irá ajudar o cidadão de forma gratuita é o defensor público. 
De fato, o defensor público é um bacharel em direito, com a inscrição ativa na 
Ordem dos Advogados do Brasil -OAB. Logo depois de ser aprovado em concurso 
público para a defensoria pública da União ou do Estado que desejar trabalhar o 
advogado está apto a trabalhar ajudando as pessoas em processos. 
Áreas de atuação da defensoria pública 
• Direito de família e suas demandas como pedidos de pensão 
alimentícia, separação judicial, divórcio, guarda de filhos entre outros; 
• Solução de Causas da área cível, tais como pedidos de indenização, 
alvarás; 
• Direito do consumidor; 
• Questões ligadas à Infância e juventude como processos de adoção ou 
em casos de destituição do poder familiar; 
• Direito criminal tanto para defesa da pessoa que cometeu um crime 
quanto para ajudar quem já cumpre pena. 
https://dicionariodireito.com.br/constituicao-federal
https://dicionariodireito.com.br/defensoria-publica
https://dicionariodireito.com.br/advogado
Por outro lado, o defensor público também pode realizar acordos para evitar que as 
partes entrem com uma ação na justiça. 
Quem pode solicitar um Advogado Gratuito? 
Com toda a certeza, qualquer pessoa pode solicitar um defensor público. Para 
tanto, basta se dirigir até o prédio da defensoria pública mais próximo de sua 
residência e pedir o advogado gratuito. 
Mas, para conseguir o defensor público é preciso que o cidadão comprove que não 
tem condições para pagar o serviço. Assim, é feita uma triagem onde são 
comprovados os ganhos mensais com salário e outros benefícios além do 
patrimônio e despesas familiares. 
Na maioria das vezes se a renda familiar for de até 03 salários mínimos a 
defensoria pública aceita defender o caso. 
 
Tempestividade e Intempestividade 
Tempestividade trata-se de oportunidade. Algo tempestivo é aquilo que é realizado 
dentro do tempo, ou seja, ocorre no momento adequado, ou com brevidade. Já 
a intempestividade é aquilo que extrapolou o tempo, ocorreu fora do momento 
apropriado. 
O termo pode ser tratado como uma ação tempestiva no direito, pois 
houve celeridade. 
Tempestividade digital 
Nos últimos anos o advento da internet e das mídias sociais ampliou o conceito de 
tempestividade ao mundo eletrônico. 
A tempestividade digital começou a ser usada para comprovar horários de 
entrada e saída de documentos eletrônicos dentro dos trâmites de um processo, ou 
workflow. 
Usando as ferramentas digitais disponíveis podemos consultar: 
➢ carimbo de tempo; 
➢ carimbo digital; 
➢ datação eletrônica; 
➢ estampilha temporal; 
➢ protocolos digitais; 
➢ selo cronológico digital entre outros. 
Exemplos de Tempestividade 
“Em sessão realizada na última quarta-feira (05/06), por unanimidade, a segunda 
câmara de Direito Privado do TJMT, acolheu a preliminar de tempestividade dos 
embargos de declaração, tornando sem efeito os atos decisórios praticados 
posteriormente a este feito, inclusive o decreto de falência.” (Fonte: O Bom da 
Notícia). 
 
https://dicionariodireito.com.br/principio-da-celeridade-processual
Intempestividade Significado 
De modo geral, intempestividade significa o oposto de tempestividade. É algo feito 
subitamente, fora do tempo apropriado para acontecer. Desse modo, se caracteriza 
como inapropriado ou inesperado. 
Todos os trâmites de um processo possuem prazos estabelecidos antecipadamente 
e divulgados nos autos. Entretanto, a intempestividade no processo poderá 
atrapalhar, dificultar ou até mesmo nortear o resultado final de um processo... 
A intempestividade está ligada à: 
➢ Apresentação de peças; 
➢ Protocolos; 
➢ Arrolamentos. 
Exemplos de intempestividade 
“Todavia, se não observadas as formalidades processuais aqui abordadas, 
sobretudo àquelas pertinentes ao prazo para a manifestação, o autor pode ser 
punido por sua intempestividade.” (Fonte: Jusbrasil) 
“Foi notícia no meio jurídico, no dia 7 de janeiro de 2019, uma magistrada do Foro 
Central da Comarca de São Paulo (processo 1016449-80.2018.8.26.0100) julgou 
como intempestiva defesa apresentada no 16 o dia útil do prazo legal para a 
respectiva apresentação.” (Fonte: Jusbrasil). 
 
https://dicionariodireito.com.br/protocolo
Arrolamento de Bens 
O Arrolamento de Bens é um conceito jurídico que diz respeito às seguintes 
situações: quando é necessária a criação de inventário em partilha amigável ou 
quando o valor dos bens não ultrapasse um valor pré-fixado pelo Tesouro Nacional. 
Arrolamento de Bens Significado 
O significado de arrolamento de bens pode ser definido como o instrumento 
jurídico que tem por objetivo a liquidação do crédito de contribuintes devedores, é 
uma medida de responsabilidade da Receita Federal, estabelecido pelo Decreto 
4.523/2002 e normatizado pela Instrução Normativa RFB 1.565/2015. 
Trata-se de uma forma simples de realizar o inventário e partilhar os bens 
entre os herdeiros. Sendo que o arrolamento de bens também se aplica em 
situações em quehaja apenas um único herdeiro. 
O arrolamento de bens tem um limite financeiro em que pode ser executado, o 
patrimônio deve ser superior a R$ 2 milhões de reais e a soma dos créditos 
tributários (relacionados aos tributos em responsabilidade da Receita Federal) 
exceder 30% do patrimônio. 
A pessoa responsável na Receita Federal pelo ato é o Auditor Fiscal, sempre que 
forem observadas as condições expostas acima. 
Arrolamento de Bens Herança 
O Arrolamento de Bens Herança ocorre quando uma pessoa falece e inicia-se 
o processo sucessório, há duas situações distintas envolvendo bens materiais, o 
espólio e a herança. 
No espólio pensamos em bens deixados, já na herança, além dos bens, que serão 
alvo de divisão entre os herdeiros, há também que se levar em conta os direitos e 
deveres em que a pessoa falecida deixou. 
E dessa forma, seguimos as situações previstas abaixo, seja ela extrajudicial ou 
seguindo o processo de elaboração de petição até a decisão de um juiz. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4523.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4523.htm
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=63953
https://dicionariodireito.com.br/direito-sucessorio
https://dicionariodireito.com.br/peticao-inicial
 
Arrolamento de Bens Novo CPC 
O rito sumário do Arrolamento de Bens novo CPC está previsto no artigo 1031, 
CPC, uma vez havendo concordância entre os herdeiros e a partilha de bens torna-
se amigável. 
O inventário extrajudicial, tem como requisito que todos os herdeiros devem ser 
capazes nos requisitos estabelecidos pela Lei. 
Em terceiro cenário há o arrolamento comum que não considera e não conta com 
concordância entre os herdeiros e partes interessadas. Suas limitações e requisitos 
são pautados em valores, ou seja, no valor dos bens inventariados. 
Com o novo CPC, a partir de 2016, os valores para o arrolamento comum passou a 
ser limitado e calculado pelo salário mínimo, no artigo 664. Outra alteração com a 
vinda do novo CPC é a possibilidade do inventário na modalidade arrolamento 
comum acontecer ainda que haja interessado incapaz, pela letra da Lei. 
 
https://dicionariodireito.com.br/novo-cpc-codigo-do-processo-civil
Depósito Judicial 
O depósito judicial corresponde a um valor pago a título de garantia, de modo 
que, ao término do processo, a parte vencedora não fique prejudicada pelo 
descumprindo da obrigação determinada em sede da sentença definitiva, que é 
aquela não mais passível de recurso. 
Com o objetivo de garantir à parte vencedora o pagamento devido e 
a efetividade da decisão judicial, os juízes podem determinar que o valor discutido 
em um processo seja depositado em uma conta bancária antes mesmo da decisão 
final da ação. É o que se chama de depósito de garantia judicial. 
Acerca do depósito judicial, dispõe o Conselho Nacional de Justiça (CNJ): 
Para que serve o Depósito Judicial? 
A finalidade do instituto é justamente proteger a parte a quem cabe o direito de 
provável futura inadimplência, ou seja, o depósito judicial geralmente será 
determinado quando for verificado que há grandes riscos de inadimplência à parte 
vencedora. 
No caso de a parte autora sucumbir na ação, basta a devolução dos valores pagos 
a título de depósito. 
 
https://dicionariodireito.com.br/efetividade-processual
https://dicionariodireito.com.br/decisao-proferida
http://cnj.jus.br/
 
Tipos de Depósito Judicial: Recursal, Compulsório 
e Voluntário 
Para aqueles que militam na Justiça do Trabalho, uma espécie conhecida de 
depósito judicial é o depósito recursal, que deve ser garantido antes de eventual 
propositura de recurso. 
Vale dizer ainda que, além das hipóteses de depósito judicial compulsório, há a 
possibilidade de o devedor realizar depósito voluntário. Nesses casos, ele o faz 
por mera liberalidade e com o objetivo de evitar medidas judiciais mais graves, 
como seria o caso de bloqueios de bem de uma empresa, por exemplo. 
Há também o depósito voluntário quando do pagamento em consignação, sendo 
essa uma forma de extinção da obrigação prevista nos artigos 334 e 335 do Código 
Civil. 
Um exemplo seria quando o credor se recusa a receber o pagamento das verbas 
que lhes são devidas e não justifica o motivo de sua recusa. Assim, para evitar 
multa e outras penalidades pelo atraso, o devedor poderá realizar o depósito 
judicial e garantir o pagamento de uma dívida com a qual concorda, mas se 
encontra impossibilitado de quitar. 
 
https://dicionariodireito.com.br/recurso
Ônus da Prova 
O ônus da prova é o aparato jurídico utilizado para garantir que um indivíduo que 
afirme algo tenha os requisitos necessários provar sua colocação, baseando-se na 
premissa de que "toda afirmação necessita de sustentação equivalente". 
Para que serve Ônus da Prova? 
O ônus da prova serve para comprovar uma situação, usando elementos que 
possam atestar a veracidade do que se pretende afirmar. 
A doutrina classifica juridicamente o ônus da prova em dois tipos, sendo eles 
o ônus perfeito e imperfeito, conforme destacaremos a seguir: 
Ônus Perfeito 
Na doutrina consideramos um ônus jurídico como ônus perfeito quando sua 
inobservância resulta em uma consequência negativa para a parte que foi onerada. 
Ônus Imperfeito 
O ônus da prova é chamado de ônus imperfeito se pode gerar resultados negativos, 
porém, essa consequência não é certa. 
Dessa maneira a inobservância de um ônus imperfeito, por si só, não é uma 
consequência negativa. 
Nesse caso, as alegações das partes possivelmente serão justificadas usando 
meios de prova diferentes. Tais provas podem ser: 
➢ Elementos que foram colhidos no processo; 
➢ Provas produzidas de ofício; 
➢ Provas trazidas pela parte contrária. 
 
https://dicionariodireito.com.br/doutrina
Ônus da Prova no Novo Código de Processo Civil 
Atualmente, o Novo Código de Processo Civil dispõe tanto o autor quanto o réu 
podem ser atribuídos do ônus da prova. 
O autor deve comprovar suas alegações frente ao fato constitutivo de direito. Já o 
réu precisa encontrar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
A seguir, vejamos como o ônus da prova é tratado segundo o NCPC: 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I. ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II. ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do autor. 
 
https://dicionariodireito.com.br/novo-cpc-codigo-do-processo-civil
Direito Sistêmico 
O Direito Sistêmico é o nome atribuído a prática das Constelações Sistêmicas na 
prática jurídica e no sistema judiciário, a qual surgiu há pouco tempo. Por se tratar 
de inovação no direito, seu uso e até mesmo significado ainda são pouco 
conhecidos. 
Como surgiu o Direito Sistêmico? 
Dentro da prática de direito no Brasil, o movimento sistêmico teve início com o juiz 
Sami Storch. 
Ao observar a validade das Constelações Sistêmicas na resolução de conflitos, 
decidiu conscientizar os profissionais de Direito sobre essa dinâmica de trabalho 
nos processos que envolvem conflitos de ordem familiar. 
Hoje em dia, quando usamos a expressão Direito Sistêmico isso quer dizer que os 
profissionais do Direito irão atuar com um olhar que vai além do processual. Para 
isso são usadas Leis Sistêmicas nas vivências coletivas bem como nas audiências 
de mediação. 
Em 2016 o Conselho Nacional de Justiça se posicionou sobre a temática do Direito 
Sistêmico. 
Para o CNJ ao usar a constelação familiar a probabilidade de se chegar a um 
acordo no processo é maior do que na abordagem tradicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
https://dicionariodireito.com.br/cnj-conselho-nacional-de-justica
Para que serve o Direito Sistêmico? 
O Direito Sistêmico atualmente serve para auxiliar as partes a identificar o que pode 
ser feito para a resolução dos conflitos. 
Na prática,este ramo do direito quer chegar a um acordo que atenda a demanda 
das partes e possa trazer paz, harmonia e equilíbrio para suas vidas. Assim, são 
usadas as reações dos representantes para alterar a dinâmica familiar. 
Constelação Familiar 
Atualmente, os operadores do direito usam esse método para resolver conflitos 
judiciais. Contudo, primariamente era usado apenas em questões familiares, tanto é 
que o uso mais conhecido do direito sistêmico era na resolução de conflitos 
da Constelação Familiar. 
Com o passar do tempo a eficácia do método fez com que outras áreas do direito 
também aderissem à essa abordagem humanitária. Só para exemplificar, as partes 
do direito que estão usado esse método são: 
➢ Direito de Família; 
➢ Direito Penal; 
➢ Direito Empresarial; 
➢ Direito Trabalhista; 
➢ Direito Sucessório. 
Exemplo de Direito Sistêmico 
Abaixo, segue um exemplo de direito sistêmico relatado no Educa Mais Brasil: 
“Hoje, através do Direito Sistêmico, é possível chegar a acordos muito 
interessantes e que são cumpridos porque as partes é que estão construindo esses 
acordos. As pessoas precisam ser tocadas no seu sentimento, é uma tarefa de 
reeducação das nossas matrizes mentais.” 
(Fonte: Educa Mais Brasil/ Direito Sistêmico humaniza judiciário brasileiro) 
 
https://dicionariodireito.com.br/direito-penal
https://dicionariodireito.com.br/direito-empresarial
https://dicionariodireito.com.br/direito-trabalhista
In Albis 
O in albis significa em branco, sem providência ou sem manifestação. No direito, a 
expressão é utilizada para indicar que decorreu o prazo para manifestação 
processual sem que as partes tenham se manifestado, ou seja, transcorreu in 
albis (em branco). 
 
In Albis Prazo 
Um dos usos mais comuns da expressão in albis prazo é no direito processual 
civil, se você encontrou a expressão em algum processo, sabia que existe um prazo 
para que as partes possam se manifestar a respeito do um ato legal, o qual se 
chama decurso de prazo. 
Entretanto, se existe a comunicação e divulgação do prazo e, mesmo assim, 
nenhum representante dos interessados se posiciona legalmente acontece 
um decurso do prazo in albis. 
In Albis no Direito 
Em atos normativos e demais documentos e pareceres de processos é possível 
utilizar o termo in albis de diversas formas. As variações mais comuns usadas pelos 
profissionais de direito são: 
➢ decurso in albis: Indica que o prazo transcorreu sem a manifestação das partes; 
➢ in albis o prazo recursal: prazo para recurso quando ocorre o in albis; 
➢ certificado transcurso in albis: certificado emitido quando ocorre o decurso “em 
branco”; 
➢ transcurso in albis: tempo entre o início e o fim do prazo. Apesar de possuir uma 
escrita diferente, todas as expressões possuem o mesmo significado, ou seja, em 
branco, sem nenhuma manifestação durante o prazo determinado no processo. 
 
https://dicionariodireito.com.br/decurso-de-prazo
Exemplos de In Albis 
Em pesquisa no JusBrasil encontramos alguns processos recentes onde observa-
se o uso de in albis. 
“PRAZO PARA A COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA DA PARTE 
TRANSCORRIDO IN ALBIS.AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A NÃO 
OBSERVÂNCIA DO PRAZO ASSINADO. PRECLUSÃO. DESPROVIMENTO. 
Consoante disposto no art. 223 do Código de Processo Civil, decorrido o prazo para 
a manifestação da parte, resta obstada, independentemente de declaração judicial, 
a prática de determinado ato, a cujo respeito se operou a preclusão, excetuadas as 
hipóteses de impossibilidade por justa causa. […]” (FONTE TJ-SC) E também em: 
“TRANSCORREU IN ALBIS O PRAZO PARA A JUSTIFICATIVA – DISCUSSÃO 
DO CRÉDITO -IMPROVIDO. Preclui o direito à especificação de provas se a parte, 
instada a requerê-la por despacho posterior à impugnação aos embargos, deixa de 
fazê-lo, dando margem ao julgamento antecipado da lide por se cuidar de matéria 
de direito.” (Fonte: TJ-MS) 
 
https://www.jusbrasil.com.br/home
https://dicionariodireito.com.br/despacho
https://dicionariodireito.com.br/embargos-de-declaracao
https://dicionariodireito.com.br/merito-da-lide
Audiência de Mediação 
A Audiência de Mediação trata-se de uma reunião que ocorre antes, na qual é 
possível que seja realizado um acordo entre as partes, situação que pode diminuir o 
ciclo de vida do processo judicial. 
Para que Serve a Audiência de Mediação? 
Visando estimular a conciliação na seara cível, decidiu, por bem, o legislador 
determinar que a audiência de conciliação ou de mediação se tornasse obrigatória 
com a nova redação do Código de Processo Civil. 
Realizada por conciliador ou mediador e não pelo magistrado, essa audiência 
ocorrerá antes da apresentação da contestação, motivo pelo qual as partes tendem 
a se sentir menos intimidadas e mais abertas para celebrar acordo. 
Assim, garante-se aos litigantes a possibilidade de realizarem acordo e, desse 
modo, agilizarem a obtenção daquilo de pretendem, mesmo que parcialmente, pois 
o acordo surge a partir da concessão de ambas as partes que compõe o processo. 
 
https://dicionariodireito.com.br/magistrado
https://dicionariodireito.com.br/processo-judicial
 
Audiência de Mediação Novo CPC 
Por outro lado, em alguns casos será dispensável a realização da audiência, 
sendo nesse sentido o § 4º do artigo 334 do Novo CPC. 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de 
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de 
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu 
com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. 
§4o A audiência não será realizada: 
I – Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição 
consensual; 
II – Quando não se admitir a autocomposição. Desse modo, quando ambas as 
partes demonstrarem que não possuem interesse em conciliar, bem como nas 
hipóteses em que não é admitida a autocomposição, a audiência de mediação 
deixará de ser obrigatória. 
O mesmo artigo ainda destaca ser punível de multa a falta injustificada à 
audiência de conciliação ou mediação. Observe a seguir: 
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de 
conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado 
com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da 
causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
Assim, conclui-se que o pedido de designação de audiência de conciliação em sede 
de inicial passou a ser obrigatório. 
 
Princípio da Celeridade Processual 
Os princípios da celeridade processual e da razoável duração do processo são 
essenciais para a garantia da efetividade do direito pátrio. 
 
Conceito 
O Princípio da celeridade processual diz respeito ao tempo em que o processo se 
desenvolve perante o juízo competente, de forma que não é devida a sua 
eternização em razão de questões burocráticas e protelatórias, que somente 
afastam o cidadão dos direitos que lhes são cabíveis. 
Em alguns âmbitos do direito, verifica-se que a aplicação desse princípio poderá ser 
ainda mais importante, haja vista a natureza do direito pleiteado. 
Nesse sentido, é o Direito de Família e o Direito de Trabalho, que constantemente 
postulam verbas de natureza alimentar, essenciais à concretização do princípio 
maior da Dignidade da Pessoa Humana. 
Princípio da Duração Razoável do Processo 
O Princípio da celeridade processual se encontra diretamente relacionado com 
outro princípio também constitucional, qual seja o princípio da duração razoável 
do processo. 
Segundo esse princípio, o processo não deverá se prolongar no tempo de modo 
que os direitos pleiteados se tornem esvaziados ou pereçam. 
Explica-se: O processo tem por fim garantir a tutela de determinado direito 
protegido pelo ordenamento jurídico. Quando determinado indivíduo ingressa com 
ação no âmbito jurisdicional, não se afigura razoável que seu direitosomente seja 
garantido 10 ou 20 anos depois, deixando de gerar os efeitos pretendidos por 
aquele quando do ajuizamento da ação. 
Porém, como nem sempre o processo se desenvolve de maneira eficiente, 
prolongando-se no tempo sem que haja necessidade para tanto, foram criadas 
algumas garantias como as tutelas cautelares. 
No caso da probabilidade do direito, bem como verificado o perigo de dano ser 
causado à parte, nada mais justo que garantir a proteção do bem objeto 
de litígio por meio da concessão dessas medidas. 
https://dicionariodireito.com.br/direito-do-trabalho
https://dicionariodireito.com.br/dignidade-da-pessoa-humana
https://dicionariodireito.com.br/tipos-de-tutela
https://dicionariodireito.com.br/litigio
Celeridade Processual na CF 
Acerca dos princípios constitucionais acima estudados, veja o que dispõe 
a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso LXXVIII: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
https://dicionariodireito.com.br/constituicao-federal
Notificação Judicial 
A notificação judicial trata-se de um documento utilizado como forma de 
comunicação de um tribunal que pode ser tanto direcionado às partes interessadas, 
quanto publicado através de um édito, são apresentadas informações sobre o local, 
hora e data em que alguém deve se apresentar para prestar algum tipo de 
declaração, por exemplo. 
Para que Serve uma Notificação Judicial? 
O objetivo maior de uma notificação de cunho judicial é manter ou retificar direitos, 
ou mesmo, em sentido mais amplo, manifestar alguma intenção com base 
na formalidade. 
Este informe também desempenha um importante cuidado para se evitar que, 
futuramente, o notificado alegue desconhecimento da informação que foi 
formalmente transmitida através dela. 
Importante destacar que a notificação não instrumentaliza nenhuma carga 
decisória, representando apenas uma atividade administrativa. Através dela 
o magistrado apenas comunica ao notificado sobre alguma vontade do notificante. 
Nesse sentido, por meio de uma notificação, o destinatário não será obrigado a 
nada. 
Condições para a Notificação Judicial 
A lei determina duas importantes condições para que uma notificação judicial possa 
ser utilizada e admitida: 
➢ Deve ser clara o suficiente para não gerar nenhuma incerteza ou 
impedimento quanto à concretização do negócio jurídico; 
➢ O requerente deve demonstrar interesse legítimo. 
 
Essas condições, quando respeitadas, garantem que as notificações judiciais sejam 
usadas para comunicar direitos legítimos, afastando-se, pois, de qualquer abuso 
de direito, ou mesmo de comunicados que sejam inúteis e, portanto, não 
representem nenhuma utilidade. 
 
https://dicionariodireito.com.br/magistrado
Toda Notificação é Judicial? 
O novo CPC (Código do Processo Civil) deixa de exigir que toda manifestação 
formal da vontade de uma pessoa a outra com a mesma relação jurídica seja 
comunicada apenas através da formalidade de uma notificação judicial. 
Para surtir nos mesmos efeitos, uma notificação extrajudicial pode ser utilizada. Ela 
se dá, por exemplo, através de Cartório de Títulos e Documentos ou mesmo pelo 
correio. A única exigência, nesse caso, é que o próprio notificado receba a 
comunicação e não um terceiro. 
Entretanto, em casos em que a intenção é dar ciência ao público geral de alguma 
informação, mediante edital, então é necessária que a formalidade judicial seja 
atendida. Lembrando-se que a informação deve ser relevante e legalmente lícita. 
Posso me negar a receber uma notificação judicial? 
O responsável por entregar uma notificação é chamado de escrevente notificador. 
Ele possui fé pública e, nesse sentido, em caso de o notificado se recusar a receber 
o documento, ou mesmo não o assinar conforme a formalidade jurídica exige, o 
escrevente fará o registro do acontecimento, descrevendo as características físicas 
do notificado. Todo esse procedimento tem valor legal garantido. 
Não há justificativa para a recusa de receber uma notificação judicial justamente 
porque ela não gera nem exclui nenhuma obrigação ou direito de uma pessoa, seja 
ela física ou jurídica. Ela apenas tem a função de transmitir uma informação por 
vias legais e formais. 
 
https://dicionariodireito.com.br/direito-civil/processo-civil
https://dicionariodireito.com.br/documentos
Deferido e Indeferido 
Os termos deferido e indeferido são utilizados durante o transcorrer do processo 
judicial, pelo juiz, como forma de acatar ou não determinados documentos ou 
informações apresentadas pelos litigantes. 
No Processo Judicial 
Como se sabe, o Poder Judiciário é inerte, devendo ser acionado pelo indivíduo 
que entende que seu direito foi lesado e que faz jus, portanto, a sua reparação. 
Ao longo do decorrer do processo, caberá às partes fazerem provas do seu direito, 
apresentando documentos, levando testemunhas para serem ouvidas pelo 
magistrado, atendendo aos pedidos feitos por esse para auxiliá-lo a formar sua 
convicção, bem como a sanar quaisquer defeitos que possam surgir. 
Significado de Deferido e Indeferido 
Ao final, caberá ao juiz decidir a que parte pertence o direito ou o bem 
jurídico tutelado pelo ordenamento, de modo que poderá conceder o que foi 
pleiteado pelo autor (deferimento da ação) ou negar o seu pleito (indeferimento 
da ação). 
Ou seja, quando o magistrado entende que não há razão no pleito autoral, esse 
deverá indeferir o pedido. 
Ocorre também dele entender que somente parte do direito pleiteado deva ser 
concedida, proferindo, nesse caso, uma sentença parcialmente procedente, em que 
alguns pedidos foram deferidos e outros foram indeferidos. 
 
https://dicionariodireito.com.br/documentos
https://dicionariodireito.com.br/bem-juridico
https://dicionariodireito.com.br/bem-juridico
https://dicionariodireito.com.br/magistrado
 
Exemplos 
Embora mencionado no tópico acima que o pedido autoral será deferido ou 
indeferido, também se verifica o uso dos termos ao longo do processo, antes que 
esse alcance o seu fim. 
No artigo 139 do Novo Código de Processo Civil abaixo colacionado, percebe-se 
que o juiz poderá entender que alguns atos processuais são realizados tão somente 
com o intuito de atrasar o andamento e a solução da lide, de forma a causar 
prejuízos no litigante que tem o direito e que poderá privado do exercício do mesmo 
por mais tempo que o aceitável. 
Observe o que diz o diploma processual: 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
incumbindo-lhe: 
III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir 
postulações meramente protelatórias; 
Nesse sentido, com base no próprio princípio da duração razoável do processo, o 
magistrado deve indeferir postulações que possuem caráter protelatório, pouco 
importando se essas foram feitas pelo autor ou pelo réu. 
 
https://dicionariodireito.com.br/litigante
Direito de Ir e Vir 
O direito de ir e vir consiste na liberdade de locomoção dentro do território 
brasileiro e, conforme veremos a seguir, esse direito também se amplia para a 
possibilidade de permanência no território, assim como dele sair com os seus bens. 
Qualquer pessoa que esteja no território brasileiro (brasileiro nato ou naturalizado, 
bem como estrangeiro) fará jus ao direito de ir e vir (liberdade de locomoção). 
Direito de Ir e Vir na CF – Constituição Federal 
Acerca da liberdade de ir e vir, um dos direitos e garantias fundamentais, dispõe 
o artigo 5º da Constituição Federal de 1988: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, semdistinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
Diretamente relacionado com a liberdade de ir e vir, o mesmo artigo 5º em seu 
inciso LXVIII dispõe que: 
Art. 5 […] 
LXVIII – Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder”. 
O habeas corpus será, portanto, a ação constitucional a ser impetrada quando o 
indivíduo tiver sua liberdade de locomoção injustamente tolhida. 
Considerando a importância do direito à liberdade de ir e vir em um Estado 
Democrático, a ação constitucional de habeas corpus é, inclusive, gratuita e pode 
ser proposta por qualquer pessoa, sem que haja uma forma específica exigida em 
lei. 
Destaca-se ainda que a expressão “tempo de paz” a que se refere o inciso XV 
acima trata de época de normalidade, não se verificando a presença de guerra ou 
de estado de sítio, momentos em que poderia ser admitida a restrição ao direito de 
locomoção ora estudado. 
https://dicionariodireito.com.br/constituicao-federal
https://dicionariodireito.com.br/habeas-corpus
https://dicionariodireito.com.br/estado-democratico-de-direito
https://dicionariodireito.com.br/estado-democratico-de-direito
Exemplo do Direito de Ir e Vir 
Situação curiosa que poderia dar de exemplo do direito de ir e vir é o direito à 
impetração de habeas corpus diz respeito ao indivíduo que fez uma refeição em um 
restaurante e se negou a pagar a conta. 
É muito comum ouvirmos que aquele que não paga a conta deverá ficar no local até 
o seu fechamento e lavar a louça. Mas o que ocorreria, na realidade, seria o 
ajuizamento de Ação de Execução, no âmbito cível, para obrigar judicialmente ao 
pagamento do débito e nunca restringir a liberdade de ir e vir do sujeito devedor. 
 
Capacidade Processual 
A capacidade processual diz respeito à possibilidade de o indivíduo agir em juízo, 
seja como parte autora ou ré. Ou seja, quando detentor de capacidade processual, 
o sujeito poderá tanto ingressar com ação em seu nome, postulando por direito 
próprio, como também poderá ser réu, ocupando o polo passivo da lide. 
Todos os indivíduos são sujeitos de direitos, mas nem todos poderão exercer esses 
direitos em juízo. 
Capacidade Processual x Capacidade de Direito 
Vale distinguir ainda a capacidade de direitos da capacidade processual, posto 
que todo indivíduo tem capacidade de adquirir direitos, mas nem todos poderão 
exercê-los perante o juízo. 
Quando o indivíduo nasce com vida, ele se torna capaz de adquirir direitos, 
passando a ter, portanto, capacidade de direito. 
A regra é que o indivíduo detentor do direito será a parte no processo. Por outro 
lado, considerando que nem sempre esse indivíduo preenche os requisitos exigidos 
em lei (como idade superior a 18 anos, por exemplo), poderá ser necessária a 
sua representação ou assistência. 
Nesse sentido, passa a ser exigida a capacidade processual para figurar sozinho 
como parte no processo, ou seja, é preciso a percepção da capacidade de exercer 
direitos no processo. 
Exemplo disso é a criança de 10 anos que tem direito à pensão 
alimentícia (capacidade de direito), mas que não possui capacidade de exercer 
esse direito no processo, de forma que será representada por seus pais, por tutor 
ou por curador, ou ainda, na ausência deles, pelo curador especial nomeado 
pelo magistrado. 
Nesse raciocínio, dispõe o Código de Processo Civil que: 
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por 
curador, na forma da lei. 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: 
I – Incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem 
com os daquele, enquanto durar a incapacidade; 
https://dicionariodireito.com.br/direito-a-vida
https://dicionariodireito.com.br/menor-assistido-e-incapaz
https://dicionariodireito.com.br/pensao-alimenticia
https://dicionariodireito.com.br/pensao-alimenticia
https://dicionariodireito.com.br/magistrado
Exemplo de Capacidade Processual 
No Novo Código de Processo Civil, o tema da capacidade processual está previsto 
no artigo 70 até o artigo 76, de modo que para compreensão de suas 
peculiaridades se faz necessária a completa leitura dos mesmos. 
Exemplo de capacidade processual de interessante situação regulamentada na 
legislação diz respeito à capacidade processual dos cônjuges, posto que quando 
um deles deseja propor ação que disponha acerca de direito real imobiliário, terá 
que receber o consentimento do outro cônjuge, com exceção daqueles casos em 
que o regime vigente for o de separação absoluta de bens. (Artigo 73 do NCPC) 
 
https://dicionariodireito.com.br/direitos-reais
 
Litigante 
O litigante é aquele que compõe a lide (ação), independentemente de ocuparem o 
polo ativo ou passivo, são considerados litigantes. 
Princípio da Inércia da Jurisdição 
Antes de adentrarmos ao estudo do significado de litigante, importante a análise 
de um princípio essencial ao ramo processual, qual seja o Princípio da Inércia da 
Jurisdição. 
Segundo esse princípio, para que seja iniciado o processo é necessário que o 
indivíduo possivelmente detentor do direito decida mover a máquina do Poder 
Judiciário. 
Ou seja, não é cabível que o magistrado, a partir de desejo próprio, dê início ao 
processo e ajuizamento da ação, sendo esse direito pertencente ao indivíduo que 
teve seu bem jurídico lesado pela conduta de terceiro. 
Por outro lado, iniciado o processo, é dever do juiz tomar as providências para o 
seu correto e natural desenvolvimento, requerendo todas as diligências que 
entender necessárias para a sua cognição acerca do caso concreto. 
Conceito de Lide e litigante 
Considerando que o conceito lide corresponde à demanda, processo, mérito ou 
ação, os litigantes nada mais são que as partes envolvidas nessa lide. 
Já o conceito de litigante constitui, portanto, os indivíduos que ocupam o polo 
ativo da ação (autores), bem como aqueles que ocupam o polo passivo (réus). 
 
https://dicionariodireito.com.br/principio-da-inercia-da-jurisdicao
https://dicionariodireito.com.br/principio-da-inercia-da-jurisdicao
https://dicionariodireito.com.br/magistrado
https://dicionariodireito.com.br/caso-concreto
https://dicionariodireito.com.br/merito-da-lide
 
Litigância de Má-fé 
Como se sabe, é dever dos litigantes atuar de acordo com a boa-fé, de modo a 
corroborarem para o andamento do processo e solução do conflito da forma mais 
pacífica possível. 
Ocorre que nem sempre isso se verifica na prática e, na tentativa de burlar 
o ordenamento jurídico, não raro, os litigantes atuam de má-fé, valendo-se de atos 
meramente protelatórios e que causam prejuízos não só à parte que faz jus ao 
direito, como ao próprio Poder Judiciário, que permanece afogado com a 
gigantesca demanda. 
Nesse sentido, é dever do juiz coibir atos que sejam esvaziados de conteúdo e 
somente sirvam para retardar o fim da lide, em nítida ofensa ao princípio da 
duração razoável do processo. Observe o que diz o artigo 139 do CPC: 
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
incumbindo-lhe: 
III – prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir 
postulações meramente protelatórias; 
Ainda dispondo acerca da penalidade aplicada àqueles litigantes que atuarem de 
má-fé, o artigo 777 do Novo Código de Processo Civil: 
Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de 
má-fé ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos 
próprios autos do processo. 
 
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Comutação de Pena 
A comutação de pena se verifica mediante decreto do Poder Executivo e 
possibilitará a aplicação de uma pena ou sentença mais leve ao indivíduo 
condenado ou acusado pelo cometimento de conduta tipificada como crime. 
Conceito de Comutação de Pena 
O conceito de comutação da pena pode ser definido como a concessão de uma 
punição mais benéfica, feita a partir de um decreto do Poder Executivo, cabendo 
ao magistrado competente analisar cada caso concreto e verificar se devida a sua 
respectiva aplicação ao mesmo. 
Comutação de Pena Requisitos 
Os requisitos para comutação de pena estão previstos no rol na constituição 
federal, conforme dispõe o artigo 84, inciso XII que: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
Quando há decreto estabelecendo a comutação da pena e o indivíduo condenado 
se enquadra no previsto, será garantido o seu direito adquirido em relação a esse 
primeiro decreto, mesmo que venham novos decretos que modifiquem o conteúdo 
ali estabelecido. 
 
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Exceções ao dever de punir 
Como se sabe, o direito/dever de punir ou de aplicar a pena cabe tão somente ao 
Estado, que o faz através do Poder Executivo, responsável pela execução da pena 
em cada caso concreto. 
Ocorre que também será possível em determinados momentos que o Estado deixe 
de punir o indivíduo infrator do ordenamento legal ou o faça de forma mais branda, 
enquadrando-se nessas hipóteses o instituto do indulto e a comutação da pena. 
Vale dizer que os efeitos secundários da pena ainda serão sentidos pelo indivíduo 
e, dentre esses efeitos, citamos a reincidência, bem como o pagamento referente 
aos danos provocados com sua conduta. 
Isso ocorre porque, em relação a esse último, o direito não pertence ao Estado, 
mas sim ao indivíduo que foi vítima da conduta do agente infrator e que, 
independente da postura do ente estatal, ainda merecerá a devida reparação pelos 
danos ocasionados em sua esfera particular. 
Comutação de Pena e o Indulto 
Como mencionado acima, além da comutação da pena, também existe o instituto 
jurídico do indulto, no qual o Estado deixará de exercer o seu direito de punir. 
O indulto também será realizado a partir de um decreto do Poder Executivo que 
determinará especificamente em que circunstâncias será garantido esse direito, 
dispondo acerca de critérios objetivos ou subjetivos de restrição, como seria o caso 
de vedar a concessão do indulto aos indivíduos que tiverem cometido crime 
hediondo. 
Quanto aos institutos, destaca-se que ainda que o processo esteja em fase de 
recurso, ou seja, pendente o trânsito em julgado e a consequente condenação ou 
absolvição do acusado, não há óbice à concessão do indulto ou da comutação da 
pena de forma antecipada. 
Após o trânsito em julgado, caso verificada a sua inocência, o indivíduo também 
será beneficiado com a ausência de demais efeitos da sentença condenatória e 
arquivamento processual. 
 
 
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Julgamento de Mérito 
O Julgamento de Mérito ocorre quando o magistrado vence questões meramente 
processuais, como a litispendência, ausência de interesse processual, 
indeferimento da petição inicial, etc., essa passa a julgar o mérito da ação. 
Conceito de Mérito 
O conceito de mérito corresponde à lide propriamente dita, ou seja, ao direito 
postulado que levou o autor a mover a máquina do Poder Judiciário. 
Quando o magistrado julga o mérito, isso significa dizer que esse analisou os fatos 
narrados na petição inicial, bem como seus respectivos fundamentos jurídicos. 
Ocorre que nem sempre o magistrado alcança o mérito da demanda, posto que 
poderá ser impedido de fazê-lo em razão de questões de índole formal ou 
processual. 
Nesses casos, o juiz não decide pela improcedência do pedido do autor, haja vista 
que sequer analisou o que foi pleiteado, mas tão somente extingue o processo por 
esse não apresentar condições essenciais para o seu natural desenvolvimento. 
Assim, conforme veremos a seguir, a sentença proferida pelo magistrado poderá 
extinguir o processo com ou sem resolução de mérito. 
 
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Julgamento de Mérito no Novo CPC 
Conforme mencionado, quando o juiz concede ou nega o direito pleiteado pela ação 
ou reconvenção, tem-se o julgamento ou resolução de mérito. 
Porém, essa não é a única hipótese prevista pela legislação processual civil. Nesse 
sentido, observe o que dizem os incisos do artigo 487 do NCPC: 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I – Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
II – Decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou 
prescrição; 
III – homologar: 
[…] Assim, presentes a prescrição ou decadência, bem como homologada alguma 
das matérias das alíneas do artigo acima, a sentença proferida será de resolução 
do mérito. 
 
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Consequências 
Quando a sentença proferida pelo juízo não tiver apreciado e julgado o mérito, 
nada obsta que seja proposta nova demanda, posto que não houve coisa 
julgada ou trânsito em julgado, sendo nesse sentido o caput do artigo 486 do Novo 
Código de Processo Civil. 
Observe ainda o que dizem os parágrafos do mesmo artigo: 
§ 1o – No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, 
IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício 
que levou à sentença sem resolução do mérito. 
§ 2o – A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento 
ou do depósito das custas e dos honorários de advogado. 
§ 3o – Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono 
da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-
lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
A partir da leitura acima, percebe-se que embora não seja vedado o ingresso de 
nova demanda no caso de extinção sem resolução de mérito, algumas exigências 
devem ser antes atendidas. 
 
Contrato Nulo e Anulável 
A depender da gravidade do vício presente no contrato, esse deverá ser nulo ou 
anulável. Ao contrário do que se percebe com os negócios jurídicos nulos, aqueles 
que forem somente anuláveis poderão ser confirmados pelas partes. 
 
Invalidade do negócio jurídico 
Quando um negócio jurídico apresenta algum vício em sua celebração, o mesmo 
pode vir a ser considerado inválido, posto que não esteja de acordo com as 
exigências previstas no ordenamento jurídico pátrio. 
Assim, ante a presença do vício, o negócio jurídico não estará apto a produzir 
efeitos entre as partes que o celebraram. 
A invalidade poderá se dar ainda em razão de uma nulidade absoluta ou de uma 
nulidade relativa. 
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Nulo x anulável 
Quando o vício for grave, configura-se a nulidade absoluta, de modo que o ato será 
nulo. Por outro lado, quando o vício for de gravidade relativa (nulidade relativa), o 
mesmo será anulável. 
O vício será de nulidade absoluta quando com aquele ato são gerados prejuízos 
que ultrapassam a esfera individual do particular e passam a atingir a coletividade,ferindo o interesse social como um todo. O que já não se observa na nulidade 
relativa, em que são provocados prejuízos tão somente ao interesse individual. 
As nulidades absolutas poderão ser alegadas por qualquer interessado, bem como 
pelo Ministério Público e, mesmo a requerimento das partes, não serão supridas 
pelo magistrado. 
Assim, não há que se falar na possibilidade do magistrado sanar os atos 
considerados nulos, bem como esses não poderão ser validados pelo decurso do 
tempo, sendo esse o raciocínio do artigo 169 do Código Civil. 
No Código Civil (2002) 
Dispondo acerca dos negócios jurídicos que devem ser anulados, o artigo 171 do 
Código Civil: 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: 
I – Por incapacidade relativa do agente; 
II – Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores. 
Tratando da possibilidade de confirmação dos negócios jurídicos anuláveis, o 
artigo 172 do Código Civil dispõe que os mesmos podem ser confirmados por 
vontade das partes, salvo direito de terceiro. 
Ainda quanto à confirmação do desejo de manter o negócio jurídico anulável, a 
regra é que essa deverá ocorrer expressamente, verificando-se a exceção quando 
o devedor, ciente do vício, já cumpriu com a sua obrigação estipulada 
contratualmente. 
 
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Princípio da Inércia da Jurisdição 
O princípio da inércia da jurisdição diz que a justiça só age quando acionada 
pela parte, ou seja, ela é inerte. Desta forma, podemos dizer que a jurisdição atual 
somente quando provocado pelo interessado. 
 
Como Funciona o Princípio da Inércia? 
A máquina judiciária possui a finalidade de salvaguardar os direitos dos cidadãos 
quando o convívio social e suas respectivas relações não são mais capazes de 
fazer isso. Ou seja, quando os conflitos não podem ser resolvidos de modo pacífico, 
torna-se necessária a intervenção do Poder Judiciário. 
Ocorre que, segundo o Princípio da Inércia, a máquina do Judiciário não se moverá, 
a não ser que alguém decida dela se valer. 
Exemplo 
Assim, caso a pessoa X perceba que teve seus direitos lesados ao comprar um 
aparelho de televisão quando a loja se recusa a substituir o item por outro, mesmo 
quando esse primeiro apresenta defeitos, é preciso que X tome a decisão de 
ingressar com processo judicial para, só então, o Poder Judiciário ser acionado e 
deixar de ser inerte. 
 
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Princípio da Inércia e o Novo CPC 
Nesse sentido, é o artigo 2º do Novo Código de Processo Civil (CPC), que dispõe 
que 
Art 2º – O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso 
oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
O Estado, portanto, é proibido de dar início a uma lide, sendo exigido que o cidadão 
adote essa postura e ingresse com o seu pedido que será analisado pelo Poder 
Judiciário ao longo do decurso processual. 
Por outro lado, após ter ocorrido o início do processo, não será mais permitido que 
esse deixe de se desenrolar, de modo que os órgãos do Poder Judiciário devem, a 
partir daí, atuar de modo ativo, tomando todas as medidas necessárias para que os 
direitos e deveres sejam garantidos às partes. 
Pode-se concluir que, o Princípio da Inércia dispõe que a Jurisdição somente irá 
atuar quando provocada pela parte que sentiu a lesão do seu direito, sendo-
lhe exigida postura ativa e ingresso de ação perante a comarca competente para 
análise do caso proposto mediante petição inicial. 
Nemo judex sine actore e Ne procedat judex ex 
officio 
As expressões nemo judex sine actore e ne procedat judex ex officio estão 
diretamente relacionadas ao princípio da inércia, sendo que a primeira significa que 
“não pode haver juiz sem um autor” e a segunda nos trás que “o juiz não pode dar 
início a um processo sem que haja provocação da parte”. 
 
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Perjúrio 
O perjúrio trata-se da conduta atípica cometida por aquele que acusado ou 
investigado que faz afirmações falsas durante procedimento de investigação. 
 
Conceito de Perjúrio 
Em séries policiais estrangeiras, é muito comum ouvirmos falar em “perjúrio”. O 
perjúrio consiste no ato de mentir ou inventar informações durante o ato do 
interrogatório, e pode ser cometido por aquele que está sendo acusado ou 
investigado acerca de determinado fato. 
Perjúrio é Crime? 
No Brasil, o perjúrio não é considerado crime, sendo, portanto, conduta atípica e 
não passível de punição. Por outro lado, é crime o falso testemunho. Nesse sentido, 
dispõe o artigo do Código Penal que: 
Falso Testemunho ou Falsa Perícia 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, 
perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou 
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§1o – As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado 
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a 
produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte 
entidade da administração pública direta ou indireta. 
§2o – O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que 
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. 
Como se percebe, somente será autor do crime de falso a testemunho, a própria 
testemunha, não havendo que se estender a aplicação da punição para aqueles 
que estão sendo investigados e não são verdadeiros quanto ao seu depoimento. 
 
Direito de Autodefesa 
 
Com a ausência de tipicidade do perjúrio no ordenamento pátrio, protege-se o 
direito da não autoincriminação, ou seja, o indivíduo não será punido por mentir 
nessas situações, haja vista que se contasse os fatos da forma como esses 
ocorreram terminaria se auto incriminando e sendo condenado. 
Por outro lado, já se discute acerca da restrição ao direito de autodefesa, sendo 
nesse sentido a súmula 522 do Superior de Tribunal de Justiça ao dispor que: 
Súmula 522 – STJ 
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, 
ainda que em situação de alegada autodefesa. 
Nesse caso, apesar de o indivíduo falsear sua identidade para evitar sua 
incriminação, ainda assim sua conduta será típica e considerada ilícita. 
 
Despacho 
Conceito de Despacho 
 
O conceito de despacho pode ser resumido como um termo jurídico aplicado na 
identificação do andamento de um determinado processo judicial, do qual 
o magistrado é responsável por determinar os próximos passos a serem seguidos 
para que o mesmo chegue ao fim. 
O despacho é uma expressão utilizada para designar quando um juiz realiza um 
pronunciamento referente a um processo de ofício. Um despacho pode ser deferido 
ou indeferido. 
 
Despacho Deferido e Indeferido 
Para proceder com um despacho, é encaminhada ao juiz uma solicitação de 
avaliação do processo. Ao avaliar e chegar a uma decisão, o juiz pode manifestar-
se das seguintes maneiras: 
•Deferido: para que o deferimento seja analisado, é preciso de seja 
escrito de forma detalhada por um advogado. O ato de deferir o processo é 
realizado quando o juiz avalia a solicitação feita pelo indivíduo e a aprova, 
fazendo com que o processo siga a diante. 
•Indeferido: o processo de indeferimento acontece quando o juiz não 
aprova a solicitação, fazendo com que o solicitante não consiga seguir a 
diante com o processo. 
Concluso para Despacho 
O tempo de demora o processo de concluso para despacho pode ser de vários 
meses a até anos. Esse tempo é definido de acordo com a complexidade da causa 
do processo,o número de processos pendentes a serem analisados no cartório e a 
disponibilidade do magistrado. 
 
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Analogia 
A Analogia é um termo que pode ser definido como o estabelecimento de uma 
semelhança entre dois ou mais objetos de discussão. Na esfera do Direito, 
caracteriza-se pela inserção ou integração, em um hiato jurídico, da legislação 
utilizada em um caso parecido. 
 
Conceito de Analogia 
O conceito de analogia acontece quando são comparados casos com aspectos 
similares com o objetivo de obter a mesma resposta. De forma simples, é a 
aplicação de uma interpretação jurídica previamente utilizada, em uma hipótese 
semelhante que não conte com uma disposição legal para sua regulação. 
O fundamento primordial dessa hipótese é o princípio da igualdade jurídica, que 
assegura solucionar igualmente atos infracionais semelhantes. 
Analogia nas Leis Brasileiras 
A analogia é fundamentada no Artigo 3º do Código de Processo Penal; Artigo 
108, inciso I, do Código Tributário Nacional; Artigo 140 do Código de 
Processo Civil; Artigo 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro; 
e Artigo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Há alguns contextos nos quais ela não se aplica, tais como leis fiscais e fiança. 
No direito penal, ela nunca é utilizada para prejudicar o acusado, ou seja, in malam 
partem. Por ser um princípio democrático, só poderá ser aplicada in bonam partem, 
em benefício do acusado. 
Princípio da Mão e da Luva 
Para que a analogia ocorra, é aplicado o princípio da mão e da luva, que afirma 
que a luva deve se encaixar perfeitamente na mão, não devendo sobrar ou faltar 
nenhum dedo. A interpretação é a seguinte: a analogia cabe somente nos casos em 
que a lei se encaixa perfeitamente no fato sob julgamento. 
 
 
 
 
 
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https://dicionariodireito.com.br/direito-penal
Anistia 
A anistia se trata do ato de perdão de determinado crime de cunho político ocorre 
em caráter oficial. A anistia é uma lei que estabelece o perdão de fatos puníveis e 
extingue suas consequências. No Brasil, ela é concedida pelo Poder Legislativo. 
 
A Anistia Internacional é uma Organização não Governamental (ONG) que tem 
como foco ajudar todas as pessoas, independentemente de sua classe social ou 
gênero, a serem capazes de usufruir dos Direitos Humanos. 
Tipos de Anistia 
É possível destacar dois tipos de anistia, sendo elas: 
 
• Anistia Penal: a anistia penal é realizada quando o Estado desiste de 
punir determinado indivíduo por um crime cometido, mesmo que a 
pessoa já ter sido condenada outras vezes. 
• Anistia Tributária e Previdenciária: a anistia tributária e previdenciária 
é aplicada a empresas e contribuintes que cometem infrações 
administrativas, ou seja, que não estão conseguindo arcar com a 
obrigação relativas à carga fiscal. Sendo assim, essas cargas são 
diminuídas. 
Diferenças entre Anistia, Graça e Indulto 
Devido aos termos anistia, graça e indulto serem utilizados como sinônimos, 
muitas vezes acabam sendo aplicados de forma incorreta. Abaixo, é possível 
identificar a diferença entre eles: 
• Anistia: a anistia é concedida pelo poder Legislativo, geralmente 
autorizada para crimes políticos, mas não impedida de ser aplicada em 
outras infrações penais. 
• Graça: é um perdão concedido pelo Presidente da República atribuído 
individualmente quando solicitado por requerimento. 
• Indulto: também é realizado pelo Presidente da República. A diferença do 
indulto para a graça é que o indulto é um benefício coletivo, concedido de 
forma espontânea para um determinado conjunto de pessoas. 
 
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Ad Aeternum 
O termo Ad Aeternum trata-se de uma expressão em latim que diz respeito a algo 
eterno, que durará pela eternidade, trata-se de uma locução verbal e sua 
sonoridade, ou seja, como lemos o termo é /ad etérnum/. 
 
Ad Aeternum Significado 
O termo Ad Aeternum originado do latim, faz referência a algo que durará para 
sempre, um o direito à vida, por exemplo. Faz referência a algo que diz respeito à 
eternidade, que não tem fim, infinito. 
O termo utilizado no cotidiano jurídico continua com o significado gramatical de “até 
a eternidade”, “para sempre”. 
Ad Aeternum no Direito 
 
Ad Aeternum Exemplos: 
Vamos elencar algumas situações exemplificativas em que faria sentido utilizar a 
expressão Ad Aeternum no cotidiano jurídico. 
➢ A defesa não pode recorrer ad aeternum, já que, cabe ao Tribunal a 
verificação de uma condenação injusta ou não, a defesa deve seguir os 
ritos daquele julgamento. 
➢ O direito ao recebimento de auxílios financeiros determinados em âmbitos 
jurídicos podem ser ad aeternum, ou não, a depender das leis que 
envolvem o caso específico daquela determinada pessoa. 
➢ O casamento poderá criar responsabilidades ad aeternum entre os 
cônjuges. 
Custas Judiciais 
Custas judiciais correspondem às taxas que devem ser pagas para ingressar com 
demanda judicial, utilizadas para custear as atividades prestadas pelo Poder Judiciário. 
 
 
Conceito de Custas Judiciais 
As custas judiciais tratam-se daquelas taxas cobradas em razão da prestação de 
serviço pelo Poder Judiciário. 
Assim, aquele que ingressa com um processo judicial, movendo a estrutura da 
máquina do judiciário, deverá arcar com as custas judiciais responsáveis pelas 
despesas de andamento processual. 
Essas taxas serão utilizadas para o pagamento de gastos com citação, publicação 
de editais, notificações, expedições de alvarás, dentre outras despesas próprias ao 
curso do processo. 
Gratuidade da Justiça 
Como se sabe, é direito e garantia fundamental o acesso à justiça, de modo que 
não se afigura razoável que aquele desprovido de condições financeiras de ajuizar 
uma ação e arcar com suas custas e taxas judiciais seja impedido de buscar o seu 
direito. 
 
Com base nesse raciocínio democrático e constitucional, garante-se a justiça 
gratuita para as pessoa natural ou pessoa jurídica que não tenham condições de 
arcar com as despesas decorrentes do ajuizamento da ação. Observe o artigo 98 
do Novo Código de Processo Civil: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de 
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários 
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
§ 1o A gratuidade da justiça compreende: 
I – As taxas ou as custas judiciais; 
Desse modo, será beneficiário da justiça gratuita aquele indivíduo que não pode 
pagar as despesas referentes ao andamento processual sem prejudicar a sua 
subsistência ou de sua família. 
 
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Na Justiça do Trabalho 
Ainda que se enquadre nas hipóteses do artigo 98 acima colacionado e, portanto, 
ainda que beneficiário da justiça gratuita, o obreiro que acionar a Justiça do 
Trabalho e não comparecer na primeira audiência será condenado ao pagamento 
das custas judiciais, que equivalem a 2% do valor da causa. 
Nesse sentido, observe o artigo 844, parágrafo segundo da Consolidação das Leis 
do Trabalho: 
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que 
beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a 
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. 
Assim, com a reforma da CLT, quando o trabalhador que propôs a ação perante a 
Justiça do Trabalho faltar a primeira audiência de forma injustificada, deverá arcar 
com o

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