Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tecido Adiposo Tipo especial de tecido conjuntivo, constituído de células adiposas (adipócitos) com função de SINTETIZAR e ARMAZENAR as gorduras (lipídeos e triglicerídeos) sob a forma de grandes ou pequenas gotas lipídicas. Cada adipócito é envolto por uma lâmina basal e fibras reticulares. Adipócitos podem ser encontrados em todos os órgãos, isolados ou em pequenos grupos. O T.A. pode se apresentar sob dois tipos: TA branco (unilocular) ou TA pardo (multilocular). TA branco: difunde-se amplamente e pode servir como armazenador de energia, isolante térmico ou coxins para pressões externas e internas. TA pardo: aparece principalmente em recém nascidos e as células adiposas deste tecido são especializadas em produção de calor. Desenvolvimento: Adipócitos derivam das células-tronco mesenquimais - pré-adipócitos, que são mitoticamente ativos e seguem duas vias de diferenciação celular, ou gordura branca, ou gordura marrom. Adipogênese ocorre durante os períodos pré-natal e pós-natal e se reduz à medida que a idade avança. A insulina faz com que os pré-adipócitos sintetizem a lipoproteína lipase e acumulem gordura em pequenas gotículas, que posteriormente se fusionam e formam uma grande gotícula lipídica (adipócitos uniloculares). O núcleo é deslocado para uma posição excêntrica e o adipócito assume a aparência de um anel. Funções: Maior depósito de energia do corpo (sob a forma de triglicerídeos). Mais eficiente que carboidratos e proteínas. Isola o corpo contra a perda de calor. Preenche espaços servindo como material estrutural. Amortece contra choques mecânicos (plantas dos pés). No caso da gordura marrom, dissipa energia sob a forma de calor. Acumulo e liberação de lipídeos nos adipócitos é regulada por três hormonios: Insulina, catecolaminas e prostaglandinas. TA branco ou unilocular: Presente na camada subcutânea de todo o corpo. Diferença de armazenamento por sexo. Formato mais ou menos esférico. TA parvo ou multilocular: Constituído por células adiposas multiloculares, que armazenam gordura em gotículas múltiplas. A cor varia de marrom a marrom-avermelhado por grande vascularização e grande número de citocromos nas mitocôndrias. Células menores que TA branco e têm forma poligonal. O núcleo pode ser excêntrico mas não é achatado como no branco. Possuem termogenina. Hormônio Leptina: Células adiposas sintetizam esse hormônio que participa da regulação da quantidade de tecido adiposo do corpo e da ingestão de alimentos, atuando no hipotálamo diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia. - Pode ser que não caia - Metabolismo dos lipídeos: Triglicerídeos armazenados podem ser (a) absorvidos diretamente pela alimentação sob a forma de quilomícrons; (b) originidos no fígado e a partir daí transportados até o TA sob a forma de triglicerídeos constrituintes das lipoproteínas de pequeno peso molecular (VLDL); (c) originados da síntese pelas próprias células adiposas a partir da glicose sob a influência da insulina. Quilomícrons: Classe de liproproteínas que transporta colesterol e triglicerídeos exógenos (da dieta) do intestino delgado aos tecidos. São sintetizados pelas células epiteliais da mucosa intestinal e transportados através do sistema linfático até o TA, onde sofrerão clivagem de seus triglicerídeos pela lipoproteína lipase lipoproteica, liberando ácidos graxos e glicerol. ------------------------- Tecido Cartilaginoso Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Função de suporte de tecidos moles. Reveste superfícies articulares onde absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articularções. Essencial para a formação (vida uterina) e desenvolvimento (após o nascimento) dos ossos longos. Contém células (Condrócitos) e abundante material extracelular (Matriz). Lacunas são as cavidades da matriz ocupada por um ou mais condrócitos. Funções dependem da estrutura da matriz, que pode ser constituída por: colágeno; colágeno e elastina em associação com proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas. Tecido cartilaginoso (TC) não possui vasos sanguíneos, linfáticos nem nervos, sendo nutrido pelo pericôndrio, tecido conjuntivo envolvente, constituído de fibras colágeno I. O pericôndrio serve como fonte de novos condrócitos e é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de metabólitos da cartilagem. Morfologicamente as células do pericôndrio são parecidas com fibroblastos, porém situadas mais profundamente. Podem se multiplicar por mitose e originar condrócitos. Não têm pericôndrio as cartilagens que revestem superfície dos ossos nas articulações móveis, recebendo nutrientes das cavidades articulares. As do tipo fibrosa também não possuem. 3 tipos de cartilagem: (1) Hialina, mais comum e apresenta fibrilas de cólageno II na matriz; (2) Elástica, possui poucas fibrilas de colágeno II e muitas fibras elásticas; (3) Fibrosa, matriz composta principalmente de fibras de colágeno I, não apresentando pericôndrio. 1. Cartilagem Hialina Forma o primeiro esqueleto do embrião que é substituído por tecido ósseo. Constitui o disco epifisiário. Encontra-se no adulto principalmente na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, extremidade ventral das costelas, e recobrindo superfícies articulares dos ossos longos. Matriz: Formada em 40% por fibrilas de colágeno II associadas a ac. hialurônico, proteoglicanas e glicoproteínas. Atua como sistema de absorção de choques. Importante componente da matriz é a Condronectina, uma glicoproteína estrutural com sítios de ligação para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanas. Participa da associação do arcabouço da matriz com os condrócitos. Condrócitos: Na periferia da cartilagem apresenta forma alongada paralela à superfície. Mais profundamente são arredondados e aparecem em grupos de até 8 células (Grupos Isógenos, células originadas de um único condroblasto). Secretam colágeno tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas. Ou seja, secretam a matriz da cartilagem. Histogênese: No embrião, esboços da cartilagem surgem no mesênquima. O arredondamento das células mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos, se multiplicam rapidamente e formam aglomerados. As células formadas recebem o nome de condroblastos. Começa a síntese de matriz, o que afasta os condroblastos uns dos outros. Ocorre diferenciação das cartilagens do centro para a periferia - células mais centrais com características de condrócitos. O pericôndrio é formado pelo mesênquima superficial. Crescimento das cartilagens: (a) Crescimento Intersticial: Por divisão mitótica dos condrócitos pré-existentes. Menos importante e quase só ocorre nos primeiros meses de vida da cartilagem. A medida que a cartilagem se torna rígida, o crescimento é apenas por aposição. (b) Crescimento Aposicional: A partir de células do pericôndrio. Células da parte profunda do pericôndrio se multiplicam e se diferencial em condrócitos, que são adicionados à cartilagem. Controle hormonal: Síntese de proteoglicanas é acelerada pela Tiroxina e Testosterona. Diminuída pela Hidrocortisona, Estradiol e Cortisona. O hormônio do crescimento promove a síntese de Somatomedina C pelo fígado, que aumenta a capacidade sintética dos condroblastos e multiplicação destas células. Regeneração: Regenera-se com dificuldade e frequentemente de modo incompleto. No adulto a regeneração se dá pelo pericôndrio - células invadem área destruída e dão origem a tecido cartilaginoso que repara a lesão. Quando a área da lesão é muito extensa pode-se formar tecido conjuntivo denso pelo pericôndrio. 2. Cartilagem Elástica Encontrada no pavilhão auditivo, tuba auditiva, epiglote e cartilagens da laringe. Semelhante à cartilagem hialina, porém além das fibrilas de colágeno II apresenta abundante rede de fibras elásticas contínuascom o pericôndrio. A Elastina confere cor amarelada à cartilagem. Cresce principalmente por aposição. 3. Cartilagem Fibrosa Características intermediárias entre o conjuntivo denso e hialina. Encontrada nos discos intervertebrais, pontos que alguns tendões se inserem nos ossos e na sínfise pubiana. Sempre está associada a conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites. Frequentemente os condrócitos formam fileiras. Fibras colágenas tipo I formam feixes. Não existe pericôndrio. ------------------------- Tecido Nervoso Sistema Nervoso Central (Encéfalo e medula espinhal) Sistema Nervoso Periférico (Nervos e gânglios nervosos) Nervos são constituídos principalmente por axônios de neurônios situados no SNC ou nos gânglios nervosos. Dois componentes principais do tecido nervoso: Neurônios e Células da Neuroglia. No SNC, a segregação entre corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos faz com que, no encéfalo e medula espinhal, existam duas porções: 1. Substância Branca: Prolongamentos de neurônios e células da glia, presença de mielina que envolve prolongamentos dos neurônios. 2. Substância Cinzenta: Corpos celulares dos neurônios, células da glia e prolongamentos de neurônios. Funções: Detectar, transmitir, analisar e utilizar informações geradas por estímulos sensoriais (calor, energia mecânica, modificações químicas). Organizar e coordenar o funcionamento de quase todas as funções do organismo (motoras, endócrinas, psíquicas). Estabiliza condições como pressão sanguínea, glicemia e participa de padrões de comportamento (alimentação, reprodução, defesa). Neurônios Formados por um corpo celular (pericário). Em geral o volume total dos prolongamentos é maior que o volume do pericário. Morfologicamente, quase todos apresentam três componentes: (1) Corpo celular; (2) Dendritos, prolongamentos especializados em receber estímulos do meio ambiente; (3) Axônio, prolongamento único especializado na condução de impulsos (informações de neurônios para outras células). Podem ser classificados morfologicamente em: (a) Multipolares: mais de dois prolongamentos celulares (maioria dos neurônios) (b) Bipolares: um dendrito e um axônio (presentes nos gânglios cocleares, vestibular, retina e mucosa olfatória) (c) Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao pericário um prolongamento único que se divide em dois. Um ramo vai para a periferia e outro para o SNC. Podem ser classificados quanto à sua função em: (a) Motores: controlam órgãos efetores (glândulas endócrinas e exócrinas e fibras musculares). (b) Sensoriais: recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do organismo. (c) Interneurônios: estabelecem conexões entre neurônios, formando circuitos complexos. 1. Corpo celular ou Pericário Parte do neurônio com núcleo e o citoplasma. Núcleo esférico e aparece pouco corado. Nucléolo grande e central. Rico em RER, formando agregados de cisternas (Corpúsculos de Nissl). Citoplasma do pericário e dos prolongamentos apresentam microtúbulos. 2. Dendrito Maioria das células nervosas apresenta muitos dendritos, o que aumenta a superfície celular. Possibilita receber e integrar impulsos trazidos por terminais axônicos de outros neurônios. 3. Axônio Cada neurônio possui um axônio. Seu segmento inicial contém vários canais iônicos importantes para a geração do impulso nervoso. Citoplasma pobre em organelas. Microtúbulos, neurofilamentos são frequentes. 4. Sinapse Responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos, sendo locais de contatos entre neurônios e células efetoras (musculares e ganglionares). Tem a função de transformar sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em sinal químico que atua sobre célula pós-sináptica. Maioria transmite informações por neurotransmissores. As sinapses são constituídas por: (a) Um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que traz o sinal. (b) Região na superfície da outra célula onde é gerado um novo sinal (terminal pós-sináptico). (c) Espaço entre os dois terminais (fenda sináptica). Tipos de sinapses: (a) Axo-somática: Axônio com o corpo celular; (b) Axo-dendrítica: Axônio com dendrito; (c) Axo-axônica: Axônio com axônio. O terminal pré-sináptico possui vesículas com neurotransmissores geralmente sintetizados no corpo do neurônio. Essas vesículas liberam seu conteúdo na fenda sináptica por exocitose durante a transmissão do impulso. Células da Glia (a) Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina, que serve de isolante elétrico para neurônios do SNC. Possuem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios (Bainha de mielina) (b) Células de Schwann: produzem as bainhas de mielina nos axônios do SNP. (c) Astrócitos: possuem forma estrelada com múltiplos processos irradiados do corpo celular. Funções: (1) Ligam neurônios aos capilares e à pia-máter através de seus prolongamentos. (2) Sustentação e controle da composição iônica do ambiente extracelular. (3) Regulação de atividades dos neurônios. Astrócitos fibrosos possuem prolongamentos menos numerosos e mais longos (delicados)->Substância branca. Astrócitos protoplasmáticos possuem prolongamentos curtos e ramificados (grosseiros)->Substância cinzenta. (d) Microglia: pequenas e alongadas com prolongamentos curtos e irregulares. Seus núcleos são mais escuros. São fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue->Sistema Mononuclear Fagocitário no Tecido Nervoso->participam da inflamação e reparação do SNC. Quando ativados, retraem prolongamentos e ficam na forma de macrófagos. (e) Epêndima e Células Ependimárias: células epiteliais cilíndricas que revestem ventrículos do cérebro e o canal medular espinhal. Seus cílios facilitam movimento do líquido cefalorraquidiano. Tanicitos são células ependimárias especializadas em processos basais que se estendem por entre processos dos astrócitos para formar pés terminais sobre os vasos sanguíneos. (f) Células Satélites (SNP): formam a camada epitelioide em torno dos corpos de células nervosas (ganglionares). Estabelecem e mantêm um meio ambiente adequado em torno da célula nervosa, tendo função de sustentação. Sistema Nervoso Central Constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. Possui consistência mole. Possui duas regiões: (a) Substância Branca: constituída por axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da Glia, não contém corpos de neurônios. Predomina nas partes mais centrais do cérebro e cerebelo. (b) Substância cinzenta: formada por corpos dos neurônios, dendritos, porção inicial dos axônios (não mielinizda) e células da glia. Predomina na superfície do cérebro e cerebelo, no córtex cerebral e cerebelar. É onde ocorre as sinapses do SNC. O córtex cerebelar apresenta três camadas: (1) Molecular (externa) com células esparsas; (2) Central (com grandes células de Purkinje); (3) Granulosa (mais interna) formada por pequenos neurônios organizados de forma compacta. Medula espinhal: Em cortes transversais substância branca se localiza externamente e a cinzenta internamente com a forma da letra H. Traço horizontal do H apresenta orifício, corte do canal central da medula, revestido por células ependimárias. Neurônios da medula são multipolares e volumosos. Apresenta diferenças dependendo da vértebra. Meninge Contém e protege o SNC na caixa craniana. É formada por três camadas: (1) Duramáter: tecido conjuntivo denso contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. Na medula é separada do periósteo das vértebras, formando o espaço peridural, que contém veias, tecido conjuntivo frouxo e células adiposas. O espaço subdural, que não existe em condições normais, é formado pela duramáter em contato com aracnoide, podendo ocorrer acúmulo de sangue em situações patológicas. (2) Aracnoide: apresenta duas partes. Uma em contato com a duramáter sob a formade membrana e outra constituída por traves que a ligam à piamáter. Cavidades entre as traves forma o Espaço Subaracnoide, que contém o líquido cefalorraquidiano, o qual constitui um colchão hidráulico que protege o SNC contra traumatismos. (3) Piamáter: muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso. Vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso por meio de túneis revestidos por piamáter (Espaços perivasculares). Barreira hematoencefálica: barreira que dificulta passagem de substâncias do sangue para o tecido nervoso, como antibióticos, agentes químico e toxinas. Possui menor permeabilidade dos capilares do tecido nervoso por conta de junções oclusivas entre as células endoteliais e prolongamentos dos astrócitos. Pode ocorrer edema cerebral se esta barreira for rompida e o líquido tissular se acumular no tecido nervoso. Plexos coroides têm a função de secretar líquido cefalorraquidiano. Sistema Nervoso Periférico Componentes: nervos (feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo), gânglios e terminações nervosas. 1. Fibras nervosas Constituídas por um axônio e sua bainha envoltória. Axônios envolvidos por única dobra de célula envoltória formam as Fibras Nervosas Amielínicas. Axônios calibrosos possuem dobras enroladas em espiral em torno de si, formando a Bainha de Mielina, presente nas Fibras Mielínicas. As fibras mielínicas são membranas plasmáticas das células de Schwann que se enrolam em volta do axônio. A bainha se interrompe em intervalos regulares (Nódulos de Ranvier). As fibras amielínicas são envolvidas pela célula de Schwann, porém não ocorre enrolamento em espiral. Uma única célula de Schwann envolve várias fibras nervosas. Neurônios amielínicos são mais numerosos no SNC. 2. Nervos No SNP as fibras nervosas se agrupam em feixes denominados nervos. Possuem fibras aferentes (Levam informações para o SNC) e eferentes (Levam impulsos dos centros nervosos para órgãos efetores). Nervos sensitivos: apenas fibras aferentes; Nervos motores: apenas fibras eferentes; Mistos: ambos tipos de fibras. Raiz dorsal de um nervo espinhal é formada por fibras sensitivas; Raiz ventral, fibras motoras. 3. Gânglios Morfologicamente são esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Os gânglios podem ser sensoriais (aferentes) ou do SNA (eferentes). Os gânglios sensoriais recebem fibras aferentes que levam impulso para o SNC. Divide-se em (1) Gânglios cranianos e (2) Gânglios espinhais. Seus neurônios são pseudo-unipolares. Gânglios do SNA aparecem geralmente como formações bulbosas ao longo dos nervos de SNA e alguns no interior de certos órgãos. Seus neurônios são geralmente multipolares com aspecto estrelado. Sistema Nervoso Autônomo Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, modulação do ritmo cardíaco e secreção de algumas glândulas. Formado por aglomerados de células nervosas localizadas no sistema nervoso central e por fibras que saem do SNC através de nervos cranianos e espinhais e pelos gânglios nervosos situados no curso destas fibras. SNA Simpático: Noradrenalina. SNA Parassimpático: Acetilcolina. SNP Autônomo Dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se distinguem tanto morfológica quanto funcionalmente. Gânglios da via simpática localizam-se ao lado da medula espinhal, distantes do órgão efetuador. Os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do SNC e próximos ou mesmo dentro do órgão efetor. Simpático de modo geral estimula ações que mobilizam energia. Parassimpático estimula atividades relaxantes. Regeneração do tecido nervoso Neurônios geralmente não se dividem. Destruição resulta em perda permanente. Seus prolongamentos podem regenerar devido a atividade sintética dos pericários, mas os nervos se regeneram com dificuldade. ------------------------- Tecido Muscular Constituído por células alongadas com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis. Tem origem mesodérmica - diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas junto com o alongamento das células. Três tipos: 1. Músculo Estriado Esquelético: feixe de células (fibras) cilíndricas longas e multinucleadas, apresentam estriações transversais. Sujeito ao controle voluntário. 2. Músculo Estriado Cardíaco: células alongadas e ramificadas, unidas por discos intercalares, apresentam estriações. Contração involuntária e rítmica. 3. Músculo Liso: formado por aglomerado de células fusiformes sem estriações transverais. O processo de contração é lento e não está sujeito ao controle voluntário. 1. Músculo Esquelético Formado por feixe de células muito longas (Até 50cm), cilíndricas e multinucleadas. Contém muitos filamentos (miofibrilas). Fibras se originam no embrião pela fusão de mioblastos. Numerosos núcleos localizados na periferia das fibras. Aumento da musculatura devido ao exercício é consequência da formação de novas miofibrilas (Hipertrofia). O liso pode aumentar por hiperplasia. Organização: As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo (Epimísio, que recobre todo o músculo). Deste partem finos septos que se dirigem para o interior do músculo, separando feixes (Perimísio, envolve os feixes de fibras). Cada fibra é envolvida pelo endomísio. Esse tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas permitindo que a força de contração gerada por cada fibra atue sobre o músculo inteiro. Organização das fibras musculares esqueléticas: Faixa escura é anisotrópica - Banda A Faixa clara é isotrópica - Banda I Centro de cada Banda I existe uma linha transversal, a Linha Z A estriação da miofibrila é devida à repetição de unidades chamadas sarcômeros. Cada sarcômero situa- se entre duas linhas Z. Sarcômero = Meia Banda I + Banda A + Meia Banda I. Miofibrilas contêm quatro proteínas principais: Miosina, Actina, Tropomiosina e Troponina. Miosina: molécula grande e densa com forma de bastão. Formada por dois peptídeos enrolados em hélice, apresentando saliência globular em uma das extremidades. Actina: Forma de polímeros longos (Actina F) formados por duas cadeias de monômeros globulares (Actina G) torcida uma sobre a outra, em hélice dupla. Tropomiosina: molécula longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas uma enrolada na outra. Troponina: complexo de três subunidades: (1) TnT, que se liga fortemente à tropomiosina. (2) TnC que tem grande afinidade pelo íon Ca2+. (3) TnI que cobre o sítio ativo da acina, onde ocorre a interação da actina com a miosina. Retículo sarcoplasmático e sistema de túbulos transversais. De acordo com sua estrutura e composição molecular, as fibras musculares esqueléticas podem ser divididas em: (1) Tipo I, também conhecida como lentas, são fibras ricas em sarcoplasma contendo mioglobina e tem cor vermelho escuro. Adaptadas para contrações continuadas, sua energia é obtida principalmente dos ácidos graxos que são metabolizados nas mitocôndrias. (2) Tipo II, também conhecidas como rápidas, são fibras adaptadas para contrações rápidas e descontínuas. Contêm pouca mioglobina (Cor vermelho claro) e podem ser subdivididas em IIA, IIB, IIC de acordo com suas características funcionais e bioquímicas. Os músculos esqueléticos apresentam diferentes proporções destes tipos de fibras. 2. Músculo Cardíaco Constituído por células alongadas e ramificadas que se prendem por meio de junções intercelulares. Suas fibras apresentam estriações transversais, assim como um ou dois núcleos centralmente localizados. Discos intercalares se apresentam como linhas transversais fortemente coráveis que aparecem em intervalos irregulares ao longo da célula. Nos discos intercalares se encontram três especializações juncionais: (1) Zônulas de Adesão, serve para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais.(2) Desmossomos, unem as células musculares cardíacas impedindo que elas se separem durante a atividade contrátil. (3) Junções comunicantes, responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares vizinhas, sendo que a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se comportem como se fossem um sincício. A estrutura e função das proteínas contráteis são praticamente as mesmas do músculo esquelético. O sistema de túbulos T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados. Túbulos T localizam-se na altura da banda Z e não na junção das bandas A e I. Existe apenas uma expansão de túbulo T por sarcômero, e não duas. O retículo sarcoplasmático não é tão desenvolvido e está distribuído irregularmente entre os miofilamentos. Músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias e intenso metabolismo aeróbico. Armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos. Possui pequena quantidade de glicogênio no sarcoplasma. 3. Músculo Liso Formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e se afinando nas extremidades - núcleo único e central. Seu tamanho varia muito. Células revestidas por lâmina basal e mantidas juntas por delicada rede de fibras reticulares que amarras as células umas às outras de modo que a contração simultânea de uma ou mais células se transforme na contração do músculo inteiro. Apresenta sarcolema com muitas depressões com aspecto de vesículas de pinocitose (Cavéolas) que contêm íons Ca2+ que serão utilizados para dar início ao processo de contração. Duas células adjacentes podem formar junções comunicantes que participam da transmissão do impulso de uma célula para outra. Aparelho de Golgi pouco desenvolvido. Apresenta Corpos Densos, que são estruturas que aparecem escuras ao ME, localizadas principalmente na membrana dessas células e têm importante papel na contração. (E) = Músculo Esquelético; (C) = Músculo Cardíaco; (L) = Músculo Liso. Núcleos: E = Multinucleado, núcleos alongados na periferia; C = Um ou dois núcleos centrais; L = Um núcleo central. Sarcômeros: E e C = Sim; L = Não. Corpos densos e placas densas apoiam microfilamentos em rede no citoplasma. Não expressa troponina. Morfologia das células: E = Longas e cilíndricas; C = Ramificadas com discos intercalares; L = Fusiformes sem estriações. Citoesqueleto na contração: E e C = Sarcômeros, Miosina, Actina-F, Tropomiosina, Troponina; L = Actina- F, Tropomiosina, Filamentos Intermediários (Vimentina, Desmina). Inervação efetora: E = Motora somática: Placa Motora; C e L = SN Autônomo. Contração: E = Voluntária, tudo ou nada; C = Involuntária e rítmica; L = Involuntária, lenta e vigorosa. Retículo sarcoplasmático: E = Bem desenvolvido, com cisternas terminais; C = Pouco definido; L = Pouco retículo sarcoplasmático, mas não está envolvido no armazenamento de Ca2+. Túbulos T: E = Sim. Formação da TRÍADE; C = Sim. Formação da DÍADE; L = Nenhum. Ligação de Cálcio: E e C = Troponina C; L = Calmodulina. Controle do Cálcio: E = Calsequestrina nas cisternas terminais; C = Ca2+ extracelular; L = Cavéolas. Bainhas envoltórias: E = Epimísio, Perimísio, Endomísio; C = Endomísio e bainhas; L = Endomísio. Junções celulares: E = Nenhuma; C = Discos intercalares ou estrias escalariformes (Desmossomas e nexus ou junções camunicantes); L = Nexus ou junções comunicantes. Distribuição: E = Musculatura associada ao esqueleto, língua e parte anterior do esôfago; C = Coração; L = Parede de vasos sanguíneos, vísceras, derme. Inervação sensorial: E = Fuso muscular, órgãos tendinosos de Golgi; C e L = Aferentes SNA Secreção: E = Nada; C = PNA (Peptídeo Natriurético Atrial); L = Colágeno, elastina, fatores de crescimento. Regeneração: E = Sim, células satélite; C e L = Não. Mitose: E e C = Não; L = Sim. Regeneração de fibra muscular esquelética: Se dá pelas células satélites, células indiferenciadas situadas abaixo da membrana basal da fibra muscular esquelética. Quando há necrose da fibra muscular adjacente, a célula satélite sai de seu estado de repouso e passa a apresentar mitoses, constituindo os mioblastos. Estes, por sua vez, sintetizam actina e miosina para formar miofibrilas. Os mioblastos tornam- se fusiformes e se fundem, formando a fibra muscular regenerada. Tecido Ósseo Caracteriza-se pela sua rigidez e resistência. Tem como funções: suporte; proteção; movimentação; armazenamento de cálcio e fósforo; produção de células sanguíneas. Componentes Matriz óssea: Parte inorgânica: Cálcio, fósforo, magnésio, potássio, molibdênio etc. Parte orgânica: Fibras colágenas I; Substância fundamental amorfa (Proteoglicanas e glicoproteínas), H2O. Células ósseas: Osteoblasto: Função: Síntese da parte orgânica da matriz óssea (Colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas). Formação de cristais de Ca2+. Morfologia: cúbico (Em alta atividade), Plano (Em baixa atividade), apressenta prolongamentos e coloração(?). Localização: superfície óssea. Osteoclasto: Função: degradação do Ca e P (Por colagenase, enzimas proteolíticas e ácidos). Morfologia: Células gigantes e móveis; Ramificadas e multinucleadas; Apresenta prolongamentos vilosos; Citoplasma granuloso. Localização: Locais em reabsorção óssea. Origem: Precursores de monócitos. Osteócito: Função: Manutenção e produção da orgânica e inorgânica. Morfologia: Achatados. Apresentam prolongamentos. Localização: Lacunas ósseas - Matriz. Origem: Osteoblastos. celulas osteogênicas. Periósteo: Camada fibrosa e camada osteogênica Endósteo. Periósteo e endósteo Tecido conjuntivo denso. Funções: Irrigação; Formação; Reabsorção; Manutenção de cálcio. Classificação macroscópica óssea: Osso compacto Osso esponjoso Localização no: Ossos longos; Ossos curtos; Ossos planos Medula óssea: Vermelha e amarela. Classificação microscópica óssea: Tecido ósseo primário: Baixa porcentagem de minerais, Fibras colágenas desorientadas. Tecido ósseo maduro: Alta porcentagem de minerais, Fibras colágenas orgânicas. Lamelas concêntricas. Sistema de Havers
Compartilhar