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Tecido Adiposo 
 
Tipo especial de tecido conjuntivo, constituído de células adiposas (adipócitos) com função de 
SINTETIZAR e ARMAZENAR as gorduras (lipídeos e triglicerídeos) sob a forma de grandes ou pequenas 
gotas lipídicas. Cada adipócito é envolto por uma lâmina basal e fibras reticulares. Adipócitos podem ser 
encontrados em todos os órgãos, isolados ou em pequenos grupos. 
 
O T.A. pode se apresentar sob dois tipos: TA branco (unilocular) ou TA pardo (multilocular). TA branco: 
difunde-se amplamente e pode servir como armazenador de energia, isolante térmico ou coxins para 
pressões externas e internas. TA pardo: aparece principalmente em recém nascidos e as células adiposas 
deste tecido são especializadas em produção de calor. 
 
Desenvolvimento: Adipócitos derivam das células-tronco mesenquimais - pré-adipócitos, que são 
mitoticamente ativos e seguem duas vias de diferenciação celular, ou gordura branca, ou gordura marrom. 
Adipogênese ocorre durante os períodos pré-natal e pós-natal e se reduz à medida que a idade avança. 
A insulina faz com que os pré-adipócitos sintetizem a lipoproteína lipase e acumulem gordura em 
pequenas gotículas, que posteriormente se fusionam e formam uma grande gotícula lipídica (adipócitos 
uniloculares). O núcleo é deslocado para uma posição excêntrica e o adipócito assume a aparência de um 
anel. 
 
Funções: 
Maior depósito de energia do corpo (sob a forma de triglicerídeos). Mais eficiente que carboidratos e 
proteínas. 
Isola o corpo contra a perda de calor. Preenche espaços servindo como material estrutural. Amortece 
contra choques mecânicos (plantas dos pés). No caso da gordura marrom, dissipa energia sob a forma de 
calor. 
 
Acumulo e liberação de lipídeos nos adipócitos é regulada por três hormonios: Insulina, catecolaminas e 
prostaglandinas. 
 
TA branco ou unilocular: Presente na camada subcutânea de todo o corpo. Diferença de armazenamento 
por sexo. Formato mais ou menos esférico. 
 
TA parvo ou multilocular: Constituído por células adiposas multiloculares, que armazenam gordura em 
gotículas múltiplas. A cor varia de marrom a marrom-avermelhado por grande vascularização e grande 
número de citocromos nas mitocôndrias. Células menores que TA branco e têm forma poligonal. O núcleo 
pode ser excêntrico mas não é achatado como no branco. Possuem termogenina. 
 
Hormônio Leptina: Células adiposas sintetizam esse hormônio que participa da regulação da quantidade 
de tecido adiposo do corpo e da ingestão de alimentos, atuando no hipotálamo diminuindo a ingestão de 
alimentos e aumentando o gasto de energia. 
 
- Pode ser que não caia - 
Metabolismo dos lipídeos: Triglicerídeos armazenados podem ser (a) absorvidos diretamente pela 
alimentação sob a forma de quilomícrons; (b) originidos no fígado e a partir daí transportados até o TA sob 
a forma de triglicerídeos constrituintes das lipoproteínas de pequeno peso molecular (VLDL); (c) originados 
da síntese pelas próprias células adiposas a partir da glicose sob a influência da insulina. 
 
Quilomícrons: Classe de liproproteínas que transporta colesterol e triglicerídeos exógenos (da dieta) do 
intestino delgado aos tecidos. São sintetizados pelas células epiteliais da mucosa intestinal e 
transportados através do sistema linfático até o TA, onde sofrerão clivagem de seus triglicerídeos pela 
lipoproteína lipase lipoproteica, liberando ácidos graxos e glicerol. 
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Tecido Cartilaginoso 
 
Forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. 
Função de suporte de tecidos moles. Reveste superfícies articulares onde absorve choques e facilita o 
deslizamento dos ossos nas articularções. Essencial para a formação (vida uterina) e desenvolvimento 
(após o nascimento) dos ossos longos. 
 
Contém células (Condrócitos) e abundante material extracelular (Matriz). Lacunas são as cavidades da 
matriz ocupada por um ou mais condrócitos. 
Funções dependem da estrutura da matriz, que pode ser constituída por: colágeno; colágeno e elastina 
em associação com proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas. 
 
Tecido cartilaginoso (TC) não possui vasos sanguíneos, linfáticos nem nervos, sendo nutrido pelo 
pericôndrio, tecido conjuntivo envolvente, constituído de fibras colágeno I. O pericôndrio serve como fonte 
de novos condrócitos e é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação de metabólitos da 
cartilagem. Morfologicamente as células do pericôndrio são parecidas com fibroblastos, porém situadas 
mais profundamente. Podem se multiplicar por mitose e originar condrócitos. 
 
Não têm pericôndrio as cartilagens que revestem superfície dos ossos nas articulações móveis, recebendo 
nutrientes das cavidades articulares. As do tipo fibrosa também não possuem. 
3 tipos de cartilagem: (1) Hialina, mais comum e apresenta fibrilas de cólageno II na matriz; (2) Elástica, 
possui poucas fibrilas de colágeno II e muitas fibras elásticas; (3) Fibrosa, matriz composta principalmente 
de fibras de colágeno I, não apresentando pericôndrio. 
 
1. Cartilagem Hialina 
Forma o primeiro esqueleto do embrião que é substituído por tecido ósseo. Constitui o disco epifisiário. 
Encontra-se no adulto principalmente na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, extremidade 
ventral das costelas, e recobrindo superfícies articulares dos ossos longos. 
Matriz: Formada em 40% por fibrilas de colágeno II associadas a ac. hialurônico, proteoglicanas e 
glicoproteínas. Atua como sistema de absorção de choques. 
Importante componente da matriz é a Condronectina, uma glicoproteína estrutural com sítios de ligação 
para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e glicosaminoglicanas. Participa da associação do arcabouço da 
matriz com os condrócitos. 
 
Condrócitos: Na periferia da cartilagem apresenta forma alongada paralela à superfície. Mais 
profundamente são arredondados e aparecem em grupos de até 8 células (Grupos Isógenos, células 
originadas de um único condroblasto). Secretam colágeno tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas. Ou seja, 
secretam a matriz da cartilagem. 
 
Histogênese: No embrião, esboços da cartilagem surgem no mesênquima. O arredondamento das células 
mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos, se multiplicam rapidamente e formam aglomerados. 
As células formadas recebem o nome de condroblastos. Começa a síntese de matriz, o que afasta os 
condroblastos uns dos outros. Ocorre diferenciação das cartilagens do centro para a periferia - células 
mais centrais com características de condrócitos. O pericôndrio é formado pelo mesênquima superficial. 
 
Crescimento das cartilagens: 
(a) Crescimento Intersticial: Por divisão mitótica dos condrócitos pré-existentes. Menos importante e quase 
só ocorre nos primeiros meses de vida da cartilagem. A medida que a cartilagem se torna rígida, o 
crescimento é apenas por aposição. 
(b) Crescimento Aposicional: A partir de células do pericôndrio. Células da parte profunda do pericôndrio 
se multiplicam e se diferencial em condrócitos, que são adicionados à cartilagem. 
Controle hormonal: Síntese de proteoglicanas é acelerada pela Tiroxina e Testosterona. Diminuída pela 
Hidrocortisona, Estradiol e Cortisona. O hormônio do crescimento promove a síntese de Somatomedina C 
pelo fígado, que aumenta a capacidade sintética dos condroblastos e multiplicação destas células. 
Regeneração: Regenera-se com dificuldade e frequentemente de modo incompleto. No adulto a 
regeneração se dá pelo pericôndrio - células invadem área destruída e dão origem a tecido cartilaginoso 
que repara a lesão. Quando a área da lesão é muito extensa pode-se formar tecido conjuntivo denso pelo 
pericôndrio. 
 
2. Cartilagem Elástica 
Encontrada no pavilhão auditivo, tuba auditiva, epiglote e cartilagens da laringe. 
Semelhante à cartilagem hialina, porém além das fibrilas de colágeno II apresenta abundante rede de 
fibras elásticas contínuascom o pericôndrio. A Elastina confere cor amarelada à cartilagem. Cresce 
principalmente por aposição. 
 
3. Cartilagem Fibrosa 
Características intermediárias entre o conjuntivo denso e hialina. Encontrada nos discos intervertebrais, 
pontos que alguns tendões se inserem nos ossos e na sínfise pubiana. Sempre está associada a 
conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites. Frequentemente os condrócitos formam fileiras. Fibras 
colágenas tipo I formam feixes. Não existe pericôndrio. 
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Tecido Nervoso 
Sistema Nervoso Central (Encéfalo e medula espinhal) 
Sistema Nervoso Periférico (Nervos e gânglios nervosos) 
Nervos são constituídos principalmente por axônios de neurônios situados no SNC ou nos gânglios 
nervosos. 
Dois componentes principais do tecido nervoso: Neurônios e Células da Neuroglia. 
No SNC, a segregação entre corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos faz com que, no 
encéfalo e medula espinhal, existam duas porções: 
1. Substância Branca: Prolongamentos de neurônios e células da glia, presença de mielina que envolve 
prolongamentos dos neurônios. 
2. Substância Cinzenta: Corpos celulares dos neurônios, células da glia e prolongamentos de neurônios. 
 
Funções: Detectar, transmitir, analisar e utilizar informações geradas por estímulos sensoriais (calor, 
energia mecânica, modificações químicas). Organizar e coordenar o funcionamento de quase todas as 
funções do organismo (motoras, endócrinas, psíquicas). Estabiliza condições como pressão sanguínea, 
glicemia e participa de padrões de comportamento (alimentação, reprodução, defesa). 
 
Neurônios 
Formados por um corpo celular (pericário). Em geral o volume total dos prolongamentos é maior que o 
volume do pericário. 
Morfologicamente, quase todos apresentam três componentes: (1) Corpo celular; (2) Dendritos, 
prolongamentos especializados em receber estímulos do meio ambiente; (3) Axônio, prolongamento único 
especializado na condução de impulsos (informações de neurônios para outras células). 
Podem ser classificados morfologicamente em: 
(a) Multipolares: mais de dois prolongamentos celulares (maioria dos neurônios) 
(b) Bipolares: um dendrito e um axônio (presentes nos gânglios cocleares, vestibular, retina e mucosa 
olfatória) 
(c) Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao pericário um prolongamento único que se divide em dois. 
Um ramo vai para a periferia e outro para o SNC. 
 
Podem ser classificados quanto à sua função em: 
(a) Motores: controlam órgãos efetores (glândulas endócrinas e exócrinas e fibras musculares). 
(b) Sensoriais: recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do organismo. 
(c) Interneurônios: estabelecem conexões entre neurônios, formando circuitos complexos. 
 
1. Corpo celular ou Pericário 
Parte do neurônio com núcleo e o citoplasma. Núcleo esférico e aparece pouco corado. Nucléolo grande e 
central. Rico em RER, formando agregados de cisternas (Corpúsculos de Nissl). Citoplasma do pericário e 
dos prolongamentos apresentam microtúbulos. 
 
2. Dendrito 
Maioria das células nervosas apresenta muitos dendritos, o que aumenta a superfície celular. Possibilita 
receber e integrar impulsos trazidos por terminais axônicos de outros neurônios. 
 
3. Axônio 
Cada neurônio possui um axônio. Seu segmento inicial contém vários canais iônicos importantes para a 
geração do impulso nervoso. Citoplasma pobre em organelas. Microtúbulos, neurofilamentos são 
frequentes. 
 
4. Sinapse 
Responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos, sendo locais de contatos entre 
neurônios e células efetoras (musculares e ganglionares). Tem a função de transformar sinal elétrico 
(impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em sinal químico que atua sobre célula pós-sináptica. Maioria 
transmite informações por neurotransmissores. 
As sinapses são constituídas por: (a) Um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que traz o sinal. (b) 
Região na superfície da outra célula onde é gerado um novo sinal (terminal pós-sináptico). (c) Espaço 
entre os dois terminais (fenda sináptica). 
Tipos de sinapses: (a) Axo-somática: Axônio com o corpo celular; (b) Axo-dendrítica: Axônio com dendrito; 
(c) Axo-axônica: Axônio com axônio. 
O terminal pré-sináptico possui vesículas com neurotransmissores geralmente sintetizados no corpo do 
neurônio. Essas vesículas liberam seu conteúdo na fenda sináptica por exocitose durante a transmissão 
do impulso. 
 
Células da Glia 
(a) Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina, que serve de isolante elétrico para neurônios do 
SNC. Possuem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios (Bainha de mielina) 
(b) Células de Schwann: produzem as bainhas de mielina nos axônios do SNP. 
(c) Astrócitos: possuem forma estrelada com múltiplos processos irradiados do corpo celular. Funções: (1) 
Ligam neurônios aos capilares e à pia-máter através de seus prolongamentos. (2) Sustentação e controle 
da composição iônica do ambiente extracelular. (3) Regulação de atividades dos neurônios. 
Astrócitos fibrosos possuem prolongamentos menos numerosos e mais longos (delicados)->Substância 
branca. 
Astrócitos protoplasmáticos possuem prolongamentos curtos e ramificados (grosseiros)->Substância 
cinzenta. 
(d) Microglia: pequenas e alongadas com prolongamentos curtos e irregulares. Seus núcleos são mais 
escuros. São fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue->Sistema 
Mononuclear Fagocitário no Tecido Nervoso->participam da inflamação e reparação do SNC. Quando 
ativados, retraem prolongamentos e ficam na forma de macrófagos. 
(e) Epêndima e Células Ependimárias: células epiteliais cilíndricas que revestem ventrículos do cérebro e 
o canal medular espinhal. Seus cílios facilitam movimento do líquido cefalorraquidiano. Tanicitos são 
células ependimárias especializadas em processos basais que se estendem por entre processos dos 
astrócitos para formar pés terminais sobre os vasos sanguíneos. 
(f) Células Satélites (SNP): formam a camada epitelioide em torno dos corpos de células nervosas 
(ganglionares). Estabelecem e mantêm um meio ambiente adequado em torno da célula nervosa, tendo 
função de sustentação. 
 
Sistema Nervoso Central 
Constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. Possui consistência mole. Possui duas regiões: 
(a) Substância Branca: constituída por axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da Glia, não 
contém corpos de neurônios. Predomina nas partes mais centrais do cérebro e cerebelo. 
(b) Substância cinzenta: formada por corpos dos neurônios, dendritos, porção inicial dos axônios (não 
mielinizda) e células da glia. Predomina na superfície do cérebro e cerebelo, no córtex cerebral e 
cerebelar. É onde ocorre as sinapses do SNC. 
O córtex cerebelar apresenta três camadas: (1) Molecular (externa) com células esparsas; (2) Central 
(com grandes células de Purkinje); (3) Granulosa (mais interna) formada por pequenos neurônios 
organizados de forma compacta. 
 
Medula espinhal: Em cortes transversais substância branca se localiza externamente e a cinzenta 
internamente com a forma da letra H. Traço horizontal do H apresenta orifício, corte do canal central da 
medula, revestido por células ependimárias. Neurônios da medula são multipolares e volumosos. 
Apresenta diferenças dependendo da vértebra. 
 
 
Meninge 
Contém e protege o SNC na caixa craniana. É formada por três camadas: 
(1) Duramáter: tecido conjuntivo denso contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. Na medula 
é separada do periósteo das vértebras, formando o espaço peridural, que contém veias, tecido conjuntivo 
frouxo e células adiposas. O espaço subdural, que não existe em condições normais, é formado pela 
duramáter em contato com aracnoide, podendo ocorrer acúmulo de sangue em situações patológicas. 
(2) Aracnoide: apresenta duas partes. Uma em contato com a duramáter sob a formade membrana e 
outra constituída por traves que a ligam à piamáter. Cavidades entre as traves forma o Espaço 
Subaracnoide, que contém o líquido cefalorraquidiano, o qual constitui um colchão hidráulico que protege 
o SNC contra traumatismos. 
(3) Piamáter: muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso. Vasos sanguíneos penetram no tecido 
nervoso por meio de túneis revestidos por piamáter (Espaços perivasculares). 
 
Barreira hematoencefálica: barreira que dificulta passagem de substâncias do sangue para o tecido 
nervoso, como antibióticos, agentes químico e toxinas. Possui menor permeabilidade dos capilares do 
tecido nervoso por conta de junções oclusivas entre as células endoteliais e prolongamentos dos 
astrócitos. Pode ocorrer edema cerebral se esta barreira for rompida e o líquido tissular se acumular no 
tecido nervoso. 
Plexos coroides têm a função de secretar líquido cefalorraquidiano. 
 
 
Sistema Nervoso Periférico 
Componentes: nervos (feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo), gânglios e terminações 
nervosas. 
 
1. Fibras nervosas 
Constituídas por um axônio e sua bainha envoltória. 
Axônios envolvidos por única dobra de célula envoltória formam as Fibras Nervosas Amielínicas. 
Axônios calibrosos possuem dobras enroladas em espiral em torno de si, formando a Bainha de Mielina, 
presente nas Fibras Mielínicas. 
As fibras mielínicas são membranas plasmáticas das células de Schwann que se enrolam em volta do 
axônio. A bainha se interrompe em intervalos regulares (Nódulos de Ranvier). As fibras amielínicas são 
envolvidas pela célula de Schwann, porém não ocorre enrolamento em espiral. Uma única célula de 
Schwann envolve várias fibras nervosas. Neurônios amielínicos são mais numerosos no SNC. 
 
2. Nervos 
No SNP as fibras nervosas se agrupam em feixes denominados nervos. 
Possuem fibras aferentes (Levam informações para o SNC) e eferentes (Levam impulsos dos centros 
nervosos para órgãos efetores). 
Nervos sensitivos: apenas fibras aferentes; 
Nervos motores: apenas fibras eferentes; 
Mistos: ambos tipos de fibras. 
Raiz dorsal de um nervo espinhal é formada por fibras sensitivas; Raiz ventral, fibras motoras. 
 
3. Gânglios 
Morfologicamente são esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Os gânglios 
podem ser sensoriais (aferentes) ou do SNA (eferentes). 
Os gânglios sensoriais recebem fibras aferentes que levam impulso para o SNC. Divide-se em (1) 
Gânglios cranianos e (2) Gânglios espinhais. Seus neurônios são pseudo-unipolares. 
Gânglios do SNA aparecem geralmente como formações bulbosas ao longo dos nervos de SNA e alguns 
no interior de certos órgãos. Seus neurônios são geralmente multipolares com aspecto estrelado. 
 
 
Sistema Nervoso Autônomo 
Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, modulação do ritmo cardíaco e secreção de algumas 
glândulas. Formado por aglomerados de células nervosas localizadas no sistema nervoso central e por 
fibras que saem do SNC através de nervos cranianos e espinhais e pelos gânglios nervosos situados no 
curso destas fibras. 
SNA Simpático: Noradrenalina. 
SNA Parassimpático: Acetilcolina. 
 
SNP Autônomo 
Dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se distinguem tanto morfológica quanto 
funcionalmente. Gânglios da via simpática localizam-se ao lado da medula espinhal, distantes do órgão 
efetuador. Os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do SNC e próximos ou mesmo dentro do 
órgão efetor. Simpático de modo geral estimula ações que mobilizam energia. Parassimpático estimula 
atividades relaxantes. 
 
Regeneração do tecido nervoso 
Neurônios geralmente não se dividem. Destruição resulta em perda permanente. 
Seus prolongamentos podem regenerar devido a atividade sintética dos pericários, mas os nervos se 
regeneram com dificuldade. 
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Tecido Muscular 
Constituído por células alongadas com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas 
contráteis. 
Tem origem mesodérmica - diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas junto com o 
alongamento das células. 
Três tipos: 
1. Músculo Estriado Esquelético: feixe de células (fibras) cilíndricas longas e multinucleadas, apresentam 
estriações transversais. Sujeito ao controle voluntário. 
2. Músculo Estriado Cardíaco: células alongadas e ramificadas, unidas por discos intercalares, 
apresentam estriações. Contração involuntária e rítmica. 
3. Músculo Liso: formado por aglomerado de células fusiformes sem estriações transverais. O processo de 
contração é lento e não está sujeito ao controle voluntário. 
 
1. Músculo Esquelético 
Formado por feixe de células muito longas (Até 50cm), cilíndricas e multinucleadas. 
Contém muitos filamentos (miofibrilas). Fibras se originam no embrião pela fusão de mioblastos. 
Numerosos núcleos localizados na periferia das fibras. 
Aumento da musculatura devido ao exercício é consequência da formação de novas miofibrilas 
(Hipertrofia). O liso pode aumentar por hiperplasia. 
 
Organização: 
As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes envolvidos por tecido conjuntivo (Epimísio, 
que recobre todo o músculo). Deste partem finos septos que se dirigem para o interior do músculo, 
separando feixes (Perimísio, envolve os feixes de fibras). Cada fibra é envolvida pelo endomísio. Esse 
tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas permitindo que a força de contração gerada por 
cada fibra atue sobre o músculo inteiro. 
 
Organização das fibras musculares esqueléticas: 
Faixa escura é anisotrópica - Banda A 
Faixa clara é isotrópica - Banda I 
Centro de cada Banda I existe uma linha transversal, a Linha Z 
A estriação da miofibrila é devida à repetição de unidades chamadas sarcômeros. Cada sarcômero situa-
se entre duas linhas Z. Sarcômero = Meia Banda I + Banda A + Meia Banda I. 
Miofibrilas contêm quatro proteínas principais: Miosina, Actina, Tropomiosina e Troponina. 
Miosina: molécula grande e densa com forma de bastão. Formada por dois peptídeos enrolados em hélice, 
apresentando saliência globular em uma das extremidades. 
Actina: Forma de polímeros longos (Actina F) formados por duas cadeias de monômeros globulares 
(Actina G) torcida uma sobre a outra, em hélice dupla. 
Tropomiosina: molécula longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas uma enrolada na outra. 
Troponina: complexo de três subunidades: (1) TnT, que se liga fortemente à tropomiosina. (2) TnC que 
tem grande afinidade pelo íon Ca2+. (3) TnI que cobre o sítio ativo da acina, onde ocorre a interação da 
actina com a miosina. 
Retículo sarcoplasmático e sistema de túbulos transversais. 
De acordo com sua estrutura e composição molecular, as fibras musculares esqueléticas podem ser 
divididas em: 
(1) Tipo I, também conhecida como lentas, são fibras ricas em sarcoplasma contendo mioglobina e tem 
cor vermelho escuro. Adaptadas para contrações continuadas, sua energia é obtida principalmente dos 
ácidos graxos que são metabolizados nas mitocôndrias. 
(2) Tipo II, também conhecidas como rápidas, são fibras adaptadas para contrações rápidas e 
descontínuas. Contêm pouca mioglobina (Cor vermelho claro) e podem ser subdivididas em IIA, IIB, IIC de 
acordo com suas características funcionais e bioquímicas. 
Os músculos esqueléticos apresentam diferentes proporções destes tipos de fibras. 
 
 
2. Músculo Cardíaco 
Constituído por células alongadas e ramificadas que se prendem por meio de junções intercelulares. Suas 
fibras apresentam estriações transversais, assim como um ou dois núcleos centralmente localizados. 
Discos intercalares se apresentam como linhas transversais fortemente coráveis que aparecem em 
intervalos irregulares ao longo da célula. Nos discos intercalares se encontram três especializações 
juncionais: (1) Zônulas de Adesão, serve para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais.(2) Desmossomos, unem as células musculares cardíacas impedindo que elas se separem durante a 
atividade contrátil. (3) Junções comunicantes, responsáveis pela continuidade iônica entre células 
musculares vizinhas, sendo que a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se 
comportem como se fossem um sincício. 
A estrutura e função das proteínas contráteis são praticamente as mesmas do músculo esquelético. 
O sistema de túbulos T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados. Túbulos T localizam-se 
na altura da banda Z e não na junção das bandas A e I. Existe apenas uma expansão de túbulo T por 
sarcômero, e não duas. 
O retículo sarcoplasmático não é tão desenvolvido e está distribuído irregularmente entre os 
miofilamentos. 
Músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias e intenso metabolismo aeróbico. Armazena ácidos 
graxos sob a forma de triglicerídeos. Possui pequena quantidade de glicogênio no sarcoplasma. 
 
 
3. Músculo Liso 
Formado pela associação de células longas, mais espessas no centro e se afinando nas extremidades - 
núcleo único e central. Seu tamanho varia muito. Células revestidas por lâmina basal e mantidas juntas 
por delicada rede de fibras reticulares que amarras as células umas às outras de modo que a contração 
simultânea de uma ou mais células se transforme na contração do músculo inteiro. Apresenta sarcolema 
com muitas depressões com aspecto de vesículas de pinocitose (Cavéolas) que contêm íons Ca2+ que 
serão utilizados para dar início ao processo de contração. Duas células adjacentes podem formar junções 
comunicantes que participam da transmissão do impulso de uma célula para outra. Aparelho de Golgi 
pouco desenvolvido. Apresenta Corpos Densos, que são estruturas que aparecem escuras ao ME, 
localizadas principalmente na membrana dessas células e têm importante papel na contração. 
 
(E) = Músculo Esquelético; (C) = Músculo Cardíaco; (L) = Músculo Liso. 
Núcleos: E = Multinucleado, núcleos alongados na periferia; C = Um ou dois núcleos centrais; L = Um 
núcleo central. 
Sarcômeros: E e C = Sim; L = Não. Corpos densos e placas densas apoiam microfilamentos em rede no 
citoplasma. Não expressa troponina. 
Morfologia das células: E = Longas e cilíndricas; C = Ramificadas com discos intercalares; L = Fusiformes 
sem estriações. 
Citoesqueleto na contração: E e C = Sarcômeros, Miosina, Actina-F, Tropomiosina, Troponina; L = Actina-
F, Tropomiosina, Filamentos Intermediários (Vimentina, Desmina). 
Inervação efetora: E = Motora somática: Placa Motora; C e L = SN Autônomo. 
Contração: E = Voluntária, tudo ou nada; C = Involuntária e rítmica; L = Involuntária, lenta e vigorosa. 
Retículo sarcoplasmático: E = Bem desenvolvido, com cisternas terminais; C = Pouco definido; L = Pouco 
retículo sarcoplasmático, mas não está envolvido no armazenamento de Ca2+. 
Túbulos T: E = Sim. Formação da TRÍADE; C = Sim. Formação da DÍADE; L = Nenhum. 
Ligação de Cálcio: E e C = Troponina C; L = Calmodulina. 
Controle do Cálcio: E = Calsequestrina nas cisternas terminais; C = Ca2+ extracelular; L = Cavéolas. 
Bainhas envoltórias: E = Epimísio, Perimísio, Endomísio; C = Endomísio e bainhas; L = Endomísio. 
Junções celulares: E = Nenhuma; C = Discos intercalares ou estrias escalariformes (Desmossomas e 
nexus ou junções camunicantes); L = Nexus ou junções comunicantes. 
Distribuição: E = Musculatura associada ao esqueleto, língua e parte anterior do esôfago; C = Coração; L 
= Parede de vasos sanguíneos, vísceras, derme. 
Inervação sensorial: E = Fuso muscular, órgãos tendinosos de Golgi; C e L = Aferentes SNA 
Secreção: E = Nada; C = PNA (Peptídeo Natriurético Atrial); L = Colágeno, elastina, fatores de 
crescimento. 
Regeneração: E = Sim, células satélite; C e L = Não. 
Mitose: E e C = Não; L = Sim. 
 
Regeneração de fibra muscular esquelética: Se dá pelas células satélites, células indiferenciadas situadas 
abaixo da membrana basal da fibra muscular esquelética. Quando há necrose da fibra muscular 
adjacente, a célula satélite sai de seu estado de repouso e passa a apresentar mitoses, constituindo os 
mioblastos. Estes, por sua vez, sintetizam actina e miosina para formar miofibrilas. Os mioblastos tornam-
se fusiformes e se fundem, formando a fibra muscular regenerada. 
 
 
 
Tecido Ósseo 
Caracteriza-se pela sua rigidez e resistência. Tem como funções: suporte; proteção; movimentação; 
armazenamento de cálcio e fósforo; produção de células sanguíneas. 
 
Componentes 
Matriz óssea: 
Parte inorgânica: Cálcio, fósforo, magnésio, potássio, molibdênio etc. 
Parte orgânica: Fibras colágenas I; Substância fundamental amorfa (Proteoglicanas e glicoproteínas), 
H2O. 
Células ósseas: 
Osteoblasto: 
Função: Síntese da parte orgânica da matriz óssea (Colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas). Formação 
de cristais de Ca2+. 
Morfologia: cúbico (Em alta atividade), Plano (Em baixa atividade), apressenta prolongamentos e 
coloração(?). 
Localização: superfície óssea. 
Osteoclasto: 
Função: degradação do Ca e P (Por colagenase, enzimas proteolíticas e ácidos). 
Morfologia: Células gigantes e móveis; Ramificadas e multinucleadas; Apresenta prolongamentos vilosos; 
Citoplasma granuloso. 
Localização: Locais em reabsorção óssea. 
Origem: Precursores de monócitos. 
Osteócito: 
Função: Manutenção e produção da orgânica e inorgânica. 
Morfologia: Achatados. Apresentam prolongamentos. 
Localização: Lacunas ósseas - Matriz. 
Origem: Osteoblastos. 
celulas osteogênicas. 
 
Periósteo: Camada fibrosa e camada osteogênica 
Endósteo. 
 
Periósteo e endósteo 
Tecido conjuntivo denso. 
Funções: Irrigação; Formação; Reabsorção; Manutenção de cálcio. 
 
Classificação macroscópica óssea: 
Osso compacto 
Osso esponjoso 
Localização no: Ossos longos; Ossos curtos; Ossos planos 
Medula óssea: Vermelha e amarela. 
 
Classificação microscópica óssea: 
Tecido ósseo primário: Baixa porcentagem de minerais, Fibras colágenas desorientadas. 
Tecido ósseo maduro: Alta porcentagem de minerais, Fibras colágenas orgânicas. Lamelas concêntricas. 
Sistema de Havers

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